Saltar para o conteúdo

Cidade global: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 260: Linha 260:
|}
|}


=== Índice de Cidades Globais ===
Em 2008, a revista estadunidense ''[[Foreign Policy]]'', em conjunto com empresa de consultoria [[A.T. Kearney]] e pelo Conselho de Chicago sobre Assuntos Globais, publicou um ''ranking'' de cidades globais, com base em entrevistas com Saskia Sassen, Witold Rybczynski e outros. A ''Foreign Policy'' observou que "as maiores e mais interconectadas cidades do mundo ajudam a definir as agendas globais, perigos para transnacionais e servem como ''[[hub]]s'' de integração global. Elas são os motores de crescimento para seus países e os portais para os recursos de suas regiões."<ref>{{cite journal | title = The 2008 Global Cities Index | journal = [[Foreign Policy]] | volume = | issue = November/December 2008 | date = 21 de outubro de 2008 | url = http://www.foreignpolicy.com/story/cms.php?story_id=4509 | acessodata = 31 de outubro de 2008}}</ref>


Em 2010 o índice foi atualizado. As únicas cidades [[Lusofonia|lusófonas]] e [[brasil]]eiras a aparecer no ranking foram [[São Paulo (cidade)|São Paulo]] e [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], nas posições 35ª e 49ª, respectivamente. As trinta primeiras cidades do ranking foram:<ref>[http://www.atkearney.at/content/misc/wrapper.php/id/50369/name/pdf_urban_elite-gci_2010_12894889240b41.pdf The Urban Elite: The A.T. Kearney Global Cities Index 2010]</ref>

[[Ficheiro:Global Cities Index.png|thumb|450px|Índice de Cidades Globais]]
{| class="wikitable"
|-
! Posição
! Cidade
! Pontuação
|-
| 1
| {{flagicon|United States}} [[Nova Iorque]]
| 6.22
|-
| 2
| {{flagicon|United Kingdom}} [[Londres]]
| 5.86
|-
| 3
| {{flagicon|Japan}} [[Tóquio]]
| 5.42
|-
| 4
| {{flagicon|France}} [[Paris]]
| 5.35
|-
| 5
| {{flagicon|Hong Kong}} [[Hong Kong]]
| 4.14
|-
| 6
| {{flagicon|United States}} [[Chicago]]
| 3.94
|-
| 7
| {{flagicon|United States}} [[Los Angeles]]
| 3.90
|-
| 8
| {{flagicon|Singapore}} [[Singapura]]
| 3.45
|-
| 9
| {{flagicon|Australia}} [[Sydney]]
| 3.44
|-
| 10
| {{flagicon|South Korea}} [[Seul]]
| 3.40
|-
| 11
| {{flagicon|Belgium}} [[Bruxelas]]
| 3.29
|-
| 12
| {{flagicon|United States}} [[São Francisco (Califórnia)|São Francisco]]
| 3.26
|-
| 13
| {{flagicon|United States}} [[Washington, D.C.]]
| 3.25
|-
| 14
| {{flagicon|Canada}} [[Toronto]]
| 3.13
|-
| 15
| {{flagicon|China}} [[Pequim]]
| 3.12
|-
| 16
| {{flagicon|Germany}} [[Berlim]]
| 3.03
|-
| 17
| {{flagicon|Spain}} [[Madrid]]
| 3.02
|-
| 18
| {{flagicon|Austria}} [[Viena]]
| {{flagicon|Austria}} [[Viena]]
| 2.96
| 2.96

Revisão das 11h14min de 26 de junho de 2012

Ficheiro:Manhattan from top of the rock, hdr.JPG
Nova Iorque, Estados Unidos da América.
Londres, Reino Unido.
Paris, França.
Tóquio, Japão.

Cidade global (também chamada de cidade mundial, cidade alfa ou centro mundial) é uma cidade considerada um ponto importante no sistema econômico global. O conceito vem dos estudos urbanos e da geografia e se assenta na ideia de que a globalização criou, facilitou e promulgou locais geográficos estratégicos de acordo com uma hierarquia de importância para o funcionamento do sistema global de finanças e comércio.

A mais complexa dessas entidades é a "cidade global", através da qual as relações vinculativas de uma cidade têm efeito direto e tangível sobre assuntos globais através de meios sócio-económicos.[1] A expressão "cidade global", em oposição à megacidade, foi introduzida por Saskia Sassen, em referência a Londres, Nova York e Tóquio, em sua obra de 1991 "A Cidade Global".[2] O termo "cidade mundial" já tinha sido usado por Patrick Geddes, em 1915, para descrever as cidades que controlam uma quantidade desproporcional de datas de negócios globais. Depois dele Peter Hall, em sua obra The World Cities (1966) usou uma série de critérios para definir as cidades que ocupam o topo da hierarquia urbana mundial. Vinte anos depois, John Friedmann lançou The World City Hypothesis e indicou as cidades que comandavam a economia global.[3][4]. Com uma metodologia multidisciplinar e inovadora, Ronald Daus investigará depois o papel de um “fundamento europeu”, existente desde a “invenção” do colonialismo, nas cidades globais extra-europeias que se desenvolvem durante o século XX e que é responsável pelo caos urbanístico que assola localidades situadas tanto fora da Europa como nela própria, suscitando novas questões em áreas como as da sociologia ou da antropologia cultural (ver biografia e referências).

Características

A classificação de cidade global é vista como benéfica e, por isso, muitos grupos têm tentado classificar quais as cidades que podem ser vistas como "cidades mundiais".[3] Embora haja um consenso sobre quais são as cidades líderes do mundo,[5] definir quais são os critérios para que essa classificação seja feita pode afetar outras cidades incluídas.[3] Os critérios para a identificação tendem a basear-se num "valor critério" ("por exemplo, se o setor produtor de serviços é o maior setor econômico, então a cidade X é uma cidade global)[3] ou em uma "determinação iminente" (se o setor produtor de serviços da cidade X é maior do que o setor produtor de serviços das cidades N, então a cidade X é uma cidade global).[3]

Algumas características básicas de cidades globais são:

Estudos

Estudos do GaWC

A primeira tentativa de definir, categorizar e classificar as cidades globais usando de "dados relacionados" foi feita em 1998 por Jon Beaverstock, Richard G. Smith e Peter Taylor, que trabalharam na Universidade de Loughborough, no Reino Unido. Juntos, eles estabeleceram a Globalization and World Cities Research Network. Uma lista de cidades globais foi descritao no Boletim de Pesquisa GaWC 5 e cidades classificadas com base em sua conectividade através de quatro "serviços de produção avançada": contabilidade, publicidade, bancária/financeira e direito.[5] O inventário GaWC identifica três níveis de cidades globais e vários sub-níveis. Esta lista geralmente denota cidades em que há escritórios de algumas empresas multinacionais de prestação de serviços financeiros e consultoria ao invés de denotar outros centros culturais, políticos e econômicos.

Os rankings de 2004 reconheceram vários novos indicadores, enquanto continuavam a classificar a economia das cidade mais fortemente do que fatores políticos ou culturais. A lista de 2008, semelhante à versão de 1998, é classificada em categorias de cidades globais "Alfa" (com quatro sub-categorias), "Beta" (com três sub-categorias), "Gama" (com três sub-categorias ) e cidades adicionais com potencial para se tornar uma cidade global.

A lista de 2010 de cidades globais alfa, beta e gama é a seguinte:[15]

Mapa das cidades globais de acordo com Globalization and World Cities (GaWC) (dados de 2010).
Categoria Cidades
Alfa++
Alfa+
Alfa
Alfa−
Beta+
Beta
Beta−
Gama+
Gama
Gama−


| Áustria Viena | 2.96 |- | 19 | Estados Unidos Boston | 2.78 |- | 20 | Alemanha Frankfurt | 2.78 |- | 20 | China Xangai | 2.78 |- | 22 | Argentina Buenos Aires | 2.73 |- | 23 | Suécia Estocolmo | 2.71 |- | 24 | Suíça Zurique | 2.68 |- | 25 | Rússia Moscou | 2.61 |- | 26 | Espanha Barcelona | 2.57 |- | 27 | Emirados Árabes Unidos Dubai | 2.56 |- | 28 | Itália Roma | 2.56 |- | 29 | Países Baixos Amsterdã | 2.54 |- | 30 | México Cidade do México | 2.41 |}

Cidades por categoria

Posição População[16] População da área metropolitana[17] População estrangeira[18] Custo de vida para expatriados (mais cara primeiro)[13] Número de passageiros no sistema de metrô Extensão da rede de metrô Número de passageiros anuais no sistema aeroviário Número de bilionários (US$)[14] Produto Metropolitano Bruto em PPC[19]
1 Xangai Tóquio Dubai Luanda Tóquio Xangai Londres Moscou Tóquio
2 Karachi Seul Toronto Tóquio Moscou Londres Nova Iorque Nova Iorque Nova Iorque
3 Mumbai Cidade do México Hong Kong N'Djamena Seul Nova Iorque Tóquio Londres Los Angeles
4 Pequim Nova Iorque Miami Moscou Xangai Pequim Atlanta Hong Kong Chicago
5 Moscou Mumbai Los Angeles Genebra Pequim Berlim Paris Istambul Paris
6 Istambul Jacarta Riade Osaka Nova Iorque Seul Chicago Mumbai,
São Paulo
Londres
7 São Paulo São Paulo Sydney Zurique Paris Tóquio Los Angeles n/a Osaka
8 Tianjin Déli São Francisco Singapura Cidade do México Moscou Pequim Taipei,
Los Angeles,
Pequim
Cidade do México
9 Guangzhou Osaka Melbourne Hong Kong Hong Kong Madrid Xangai n/a Filadélfia
10 Shenzhen Xangai Londres São Paulo Guangzhou Guangzhou Dallas n/a Washington, D.C.

Ver também

Referências

  1. Sassen, Saskia - The global city: strategic site/new frontier
  2. Sassen, Saskia - The Global City: New York, London, Tokyo. (1991) - Princeton University Press. ISBN 0-691-07063-6
  3. a b c d e Doel,M. & Hubbard, P., (2002), "Taking World Cities Literally: Marketing the City in a Global Space of flows",City, vol. 6, no. 3, pp. 351-368. Subscription required
  4. The urban geography reader. Nicholas R. Fyfe e Judith T. Kenny(ed.). J. Beaverstock, R. Smith e P. Taylor. "World-city Network: a new metageography?"
  5. a b GaWC Research Bulletin 5, GaWC, Loughborough University, 28 de julho de 1999
  6. Chapter 5: Globalization and cultural choice PDF (352 KB), "2004 Human Development Report" (page 99), UNDP, 2004
  7. Mapping the Global Network Economy on the Basis of Air Passenger Transport Flows, GaWC, Loughborough University, 8 de dezembro de 2004
  8. Mobility 2001 PDF (1.59 MB), WBCSD
  9. World-wide quality of living survey, Mercer, 10 de abril de 2006
  10. [1] PDF (registration required)
  11. World Indices, Bloomberg
  12. Urban Characteristics,City Level, 1993 PDF (61.6 KB), "World Resources 1998-99", WRI, 1998.
  13. a b Worldwide Cost of Living survey 2011 - City rankings, Mercer, 12 July 2011
  14. a b Moscow Leads Cities With Most Billionaires, Forbes, 17 May 2011
  15. «The World According to GaWC 2010». Globalization and World Cities (GaWC) Study Group and Network. Loughborough University. Consultado em 15 de setembro de 2011 
  16. «Cities: largest (without surrounding suburban areas)». Geohive. Consultado em 3 de agosto de 2011 
  17. R.L. Forstall, R.P. Greene, and J.B. Pick, "Which are the largest? Why published populations for major world urban areas vary so greatly", City Futures Conference, (University of Illinois at Chicago, July 2004) – Table 5 (p.34)
  18. Global City Migration Map
  19. PriceWaterhouseCoopers, "UK Economic Outlook, March 2007", page 5. «Table 1.2 – Top 30 urban agglomeration GDP rankings in 2005 and illustrative projections to 2020 (using UN definitions and population estimates)» (PDF). Consultado em 9 de março de 2007. Cópia arquivada em 10 de junho de 2007 

Ligações externas

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
Commons Imagens e media no Commons