Memorial das Vítimas do Comunismo: diferenças entre revisões

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O '''Memorial das Vítimas do Comunismo '''({{lang-en|''Victims of Communism Memorial''}}) é um [[monumento]] localizado na [[cidade]] de [[Washington, D.C.|Washington]], nas imediações do edifício do [[Capitólio dos Estados Unidos|Capitólio]].
O '''Memorial das Vítimas do Comunismo '''({{lang-en|''Victims of Communism Memorial''}}) é um [[monumento]] localizado na [[cidade]] de [[Washington, D.C.|Washington]], nas imediações do edifício do [[Capitólio dos Estados Unidos|Capitólio]].


O objectivo deste memorial encontra-se expresso na sua respectiva inscrição: "''Para os mais de cem milhões de vítimas do comunismo e para os que amam a liberdade''."
O objectivo deste memorial encontra-se expresso na sua respectiva inscrição:


O Memorial das Vítimas do Comunismo foi inaugurado pelo Presidente George W. Bush, no 20.º aniversário do discurso de [[Ronald Reagan]], junto ao [[Muro de Berlim]].
:"''Para os mais de cem milhões de vítimas do comunismo e para os que amam a liberdade''."
O Memorial das Vítimas do Comunismo foi inaugurado pelo Presidente [[George W. Bush]], no 20.º aniversário do discurso de [[Ronald Reagan]], junto ao [[Muro de Berlim]].


==Historial legislativo==
==Historial legislativo==
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*réplica da [[Portão de Brandemburgo|Porta de Brandenburgo]], junto ao [[Muro de Berlim]];
*réplica da [[Portão de Brandemburgo|Porta de Brandenburgo]], junto ao [[Muro de Berlim]];


*conjunto de ossadas para evocar os campos da morte [[camboja]]nos, sob o regime de [[Pol Pot]].<ref>{{cite news|title=D.C. Monument To Be Built In Honor of Victims of Communism|publisher=The New York Sun|author=Meghan Clyne|date=December 13, 2005|url=http://www.nysun.com/article/24366?page_no=2}}</ref>
*conjunto de ossadas para evocar os campos da morte [[camboja]]nos, sob o regime de [[Pol Pot]] <ref>{{cite news|title=D.C. Monument To Be Built In Honor of Victims of Communism|publisher=The New York Sun|author=Meghan Clyne|date=December 13, 2005|url=http://www.nysun.com/article/24366?page_no=2}}</ref> (''ver: [[Regime do Khmer Vermelho]]'').


Por fim, em Novembro de [[2005]], a ''National Capital Planning Commission'' aprovou a proposta artística apresentada pelo [[Escultura|escultor]] [[Thomas Marsh]].<ref>[http://article.nationalreview.com/q=NDliOGVlYjU2MzhiN2Q4M2ZlNmY3ZjE5ZTU1MTliODM= The Long Marsh-Sculptor Thomas Marsh on the Victims of Communism Memorial], June 12, 2007, ''National Review Online'', (acedido a Junho 14, 2007)</ref>
Por fim, em Novembro de [[2005]], a ''National Capital Planning Commission'' aprovou a proposta artística apresentada pelo [[Escultura|escultor]] [[Thomas Marsh]].<ref>[http://article.nationalreview.com/q=NDliOGVlYjU2MzhiN2Q4M2ZlNmY3ZjE5ZTU1MTliODM= The Long Marsh-Sculptor Thomas Marsh on the Victims of Communism Memorial], June 12, 2007, ''National Review Online'', (acedido a Junho 14, 2007)</ref>
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Relativamente à quantificação do [[número]] de vítimas causadas pelos regimes comunistas, os autores do memorial basearam-se nas estimativas apresentadas pelo [[O livro negro do Comunismo|''Livro Negro do Comunismo]]'' <ref>[[Stéphane Courtois]] et al., ''O Livro Negro do Comunismo - Crimes, Terror e Repressão'', Lisboa, 1998, p. 20. ISBN 9725643585</ref>, bem como no [[cálculo]], generalizador e parcial, do [[História|historiador]] da [[Universidade]] do [[Havai]], R.J. Rummel<ref>[http://freedomspeace.blogspot.com/2005/09/victims-of-communism-memorial.html Communist Democide], Democratic Peace, September 6, 2005, (acedido a Junho 13, 2007)</ref>'', ''que engloba diferentes experiências políticas, com distorções de comunismos degenerados dentro desse cálculo que não passa de um contorcionismo tendencioso. ''
Relativamente à quantificação do [[número]] de vítimas causadas pelos regimes comunistas, os autores do memorial basearam-se nas estimativas apresentadas pelo [[O livro negro do Comunismo|Livro Negro do Comunismo]],<ref>[[Stéphane Courtois]] et al., ''O Livro Negro do Comunismo - Crimes, Terror e Repressão'', Lisboa, 1998, p. 20. ISBN 9725643585</ref> bem como nos [[cálculo]]s, do [[cientista político]] da [[Universidade]] do [[Havai]], [[R.J. Rummel]].<ref>[https://www.hawaii.edu/powerkills/COM.ART.HTM Hawaii.edu] - HOW MANY DID
COMMUNIST REGIMES MURDER? By R.J. Rummel. {{en}} Acessado em 28/11/2015.</ref>


Da lista <ref>[http://assembly.coe.int//Main.asp?link=http://assembly.coe.int/Documents/WorkingDocs/Doc05/EDOC10765.htm Report-Need for international condemnation of crimes of totalitarian communist regimes], Doc. 10765, Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, Dezembro 16, 2005</ref> de crimes dos regimes comunistas destacam-se os seguintes:
Da lista <ref>[http://assembly.coe.int//Main.asp?link=http://assembly.coe.int/Documents/WorkingDocs/Doc05/EDOC10765.htm Report-Need for international condemnation of crimes of totalitarian communist regimes], Doc. 10765, Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, Dezembro 16, 2005</ref> de crimes dos regimes comunistas destacam-se os seguintes:


*dezenas de milhar de vítimas de [[Pena capital|execuções]] individuais e colectivas, sob a suspeita de [[oposição]] política e com ou sem [[julgamento]] sumário; repressão violenta de manifestações e de [[greve]]s; [[Assassínio|assassinato]] de reféns e de [[prisioneiros de guerra]], na Rússia, entre [[1918]]-[[1922]].
*dezenas de milhares de vítimas de [[Pena capital|execuções]] individuais e colectivas, sob a suspeita de [[oposição]] política e com ou sem [[julgamento]] sumário; repressão violenta de manifestações e de [[greve]]s; [[Assassínio|assassinato]] de reféns e de [[prisioneiros de guerra]], na Rússia, entre [[1918]]-[[1922]].


*cerca de 5 milhões de mortos por [[fome]] em consequência das requisições [[Agricultura|agrícolas]], especialmente na [[Ucrânia]], em [[1921]]-[[1923]]. A fome foi usada como uma [[arma]] política por outros regimes comunistas além da [[União Soviética]].
*cerca de 5 milhões de mortos por [[fome]] em consequência das requisições [[Agricultura|agrícolas]] em [[1921]]-[[1922]] (''ver: [[Fome russa de 1921]]''), especialmente na [[Ucrânia]] em [[1932]]-[[1933]]. A fome foi usada como uma [[arma]] política por outros regimes comunistas além da [[União Soviética]].


*300.000 a 500.000 [[Cossaco]]s exterminados entre [[1919]] e [[1920]].
*300.000 a 500.000 [[Cossaco]]s exterminados entre [[1919]] e [[1920]].


*centenas de milhar de mortos nos [[Gulag|campos de concentração]], num total de 15 a 20 milhões de prisioneiros, entre 1930 e [[1953]].
*centenas de milhares de mortos nos [[Gulag|campos de concentração]], num total de 15 a 20 milhões de prisioneiros, entre 1930 e [[1953]].


*690.000 pessoas arbitrariamente condenadas à [[Pena de morte|pena capital]] durante o [[Grande Expurgo|Grande Terror]] de [[1936]]-[[1938]]. Deportação de outros milhares para os [[Campos de concentração|campos]] do Gulag. No total, entre [[1 de Outubro]] de 1936 e [[1 de Novembro]] de 1938, aproximadamente 1.565.000 pessoas foram detidas.
*690.000 pessoas arbitrariamente condenadas à [[Pena de morte|pena capital]] durante o [[Grande Expurgo]] de [[1936]]-[[1938]]. Deportação de outros milhares para os [[Campos de concentração|campos]] do Gulag. No total, entre [[1 de Outubro]] de 1936 e [[1 de Novembro]] de 1938, aproximadamente 1.565.000 pessoas foram detidas.
*cerca de 30.000 "[[kulak]]s" exterminados ([[Camponês|campesinato]] rico) durante colectivização forçada de [[1929]]-[[1933]]. Outros 2 milhões são deportados em [[1930]]-[[1932]].
*cerca de 30.000 "[[kulak]]s" exterminados ([[Camponês|campesinato]] rico) durante [[coletivização forçada na União Soviética]] de [[1929]]-[[1933]]. Outros 2 milhões são deportados em [[1930]]-[[1932]].


*milhares de vulgares [[cidadão]]s da União Soviética acusados de cumplicidade com o "inimigo" e executados no período que precedeu a [[Segunda Guerra Mundial]]. Por exemplo, em 1937, cerca de 144.000 pessoas foram detidas, tendo 110.000 sido executadas por suspeita de contactos com cidadãos [[Polónia|polacos]] residentes na União Soviética. Também em 1937, 42.000 pessoas foram executadas por alegados contactos com [[trabalhador]]es [[Alemanha|alemães]] na U.R.S.S.
*milhares de vulgares [[cidadão]]s da União Soviética acusados de cumplicidade com o "inimigo" e executados no período que precedeu a [[Segunda Guerra Mundial]]. Por exemplo, em 1937, cerca de 144.000 pessoas foram detidas, tendo 110.000 sido executadas por suspeita de contactos com cidadãos [[Polónia|polacos]] residentes na União Soviética. Também em 1937, 42.000 pessoas foram executadas por alegados contactos com [[trabalhador]]es [[Alemanha|alemães]] na U.R.S.S.


*6 milhões de [[Ucrânia|ucranianos]] mortos por fome, no decurso do [[genocídio]] de 1932-1933 ([[Holodomor]]).
*6 milhões de [[Ucrânia|ucranianos]] mortos por fome (''ver: [[Fome soviética de 1932-1933]]''), no decurso do [[democídio]]/[[genocídio]] de 1932-1933 ([[Holodomor]]).


*centenas de milhar de Polacos, Ucranianos, [[Lituânia|lituanos]], [[Letónia|letões]], [[Estónia|estonianos]], [[Moldávia|moldavos]] e de habitantes da [[Bessarábia]], deportados em [[1939]]-[[1941]] e [[1944]]-[[1945]].
*centenas de milhares de Polacos, Ucranianos, [[Lituânia|lituanos]], [[Letónia|letões]], [[Estónia|estonianos]], [[Moldávia|moldavos]] e de habitantes da [[Bessarábia]], deportados em [[1939]]-[[1941]] e [[1944]]-[[1945]].


*deportação de 900 mil alemães do [[Rio Volga|Volga]], em 1941; de 180 mil [[tártaros]] da [[Crimeia]], em [[1943]]; de 521 mil [[Chechênia|chechenos]] e [[Inguchétia|inguches]], em [[1944]].
*deportação de 900 mil [[alemães do Volga]], em 1941; de 180 mil [[tártaros]] da [[Crimeia]], em [[1943]]; de 521 mil [[Chechênia|chechenos]] e [[Inguchétia|inguches]], em [[1944]].


*deportação e extermínio de um quarto da população do Camboja, entre [[1975]]-[[1978]].
*deportação e extermínio de um quarto da população do [[Camboja]], entre [[1975]]-[[1978]] (''ver: [[Genocídio cambojano]]'').


*dezenas de milhões de vítimas dos regimes [[Totalitarismo|totalitários]] de [[Mao Tse-tung|Mao Zedong]], na China e de [[Kim Il-sung|Kim Il Sung]], na [[Coreia do Norte]].
*dezenas de milhões de vítimas dos regimes [[Totalitarismo|totalitários]] de [[Mao Tse-tung|Mao Zedong]], na China e de [[Kim Il-sung|Kim Il Sung]], na [[Coreia do Norte]].
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==Inauguração do memorial==
==Inauguração do memorial==



Na cerimónia de inauguração, em 12 de Junho de 2007, participaram mais de um milhar de convidados, entre os quais, membros do [[Governo]], da [[Câmara dos Representantes dos Estados Unidos da América|Câmara dos Representantes]] e do [[Senado dos Estados Unidos|Senado]] dos [[Estados Unidos]]; representantes das minorias [[Etnia|étnicas]]; diversos dissidentes, como o [[Poesia|poeta]] [[Vietname|vietnamita]] [[Nguyen Chi Thien]], o ex-[[preso político]] [[China|chinês]] Harry Wu, ou a [[Lituânia|lituana]] [[Nijolė Sadūnaitė]] <ref>Monika Bončkutė. [http://www.lrytas.lt/?data=20070614&id=11817208641180235078&view=4 Monumento komunizmo aukoms atidarymo iškilmėse - ir kovotojai už Lietuvos laisvę]. 2007-06-14</ref>; [[Diplomacia|representantes diplomáticos]] da [[Polónia]], [[República Checa]], [[Lituânia]], [[Letónia]], [[Estónia]] e [[República da China|República da China (Taiwan)]], bem como os que contribuíram financeiramente para a construção do Memorial.<ref>{{cite news|title=100 Million Victims of Communism Remembered|publisher=The Epoch Times|author=Nicholas Zifcak|date= October 2, 2006|url=http://en.epochtimes.com/news/6-10-2/46561.html}}</ref>
Na cerimónia de inauguração, em 12 de Junho de 2007, participaram mais de um milhar de convidados, entre os quais, membros do [[Governo]], da [[Câmara dos Representantes dos Estados Unidos da América|Câmara dos Representantes]] e do [[Senado dos Estados Unidos|Senado]] dos [[Estados Unidos]]; representantes das minorias [[Etnia|étnicas]]; diversos dissidentes, como o [[Poesia|poeta]] [[Vietname|vietnamita]] [[Nguyen Chi Thien]], o ex-[[preso político]] [[China|chinês]] Harry Wu, ou a [[Lituânia|lituana]] [[Nijolė Sadūnaitė]] <ref>Monika Bončkutė. [http://www.lrytas.lt/?data=20070614&id=11817208641180235078&view=4 Monumento komunizmo aukoms atidarymo iškilmėse - ir kovotojai už Lietuvos laisvę]. 2007-06-14</ref>; [[Diplomacia|representantes diplomáticos]] da [[Polónia]], [[República Checa]], [[Lituânia]], [[Letónia]], [[Estónia]] e [[República da China|República da China (Taiwan)]], bem como os que contribuíram financeiramente para a construção do Memorial.<ref>{{cite news|title=100 Million Victims of Communism Remembered|publisher=The Epoch Times|author=Nicholas Zifcak|date= October 2, 2006|url=http://en.epochtimes.com/news/6-10-2/46561.html}}</ref>
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A Assembleia Parlamentar do [[Conselho da Europa]] aprovou, em [[25 de Janeiro]] de [[2006]], uma resolução de condenação dos crimes praticados em nome da ideologia comunista.<ref>[http://assembly.coe.int/Main.asp?link=/Documents/AdoptedText/ta06/ERES1481.htm Resolution 1481 (2006) Need for international condemnation of crimes of totalitarian communist regimes], Council of Europe Parliamentary Assembly, Janeiro 25, 2006, (acedido a Outubro 10, 2007)</ref><ref>[http://assembly.coe.int/ASP/APFeaturesManager/defaultArtView.asp?ID=382 PACE strongly condemns crimes of totalitarian communist regimes], PACE News, (acedido a Outubro 10, 2007)</ref><ref>[http://assembly.coe.int//Main.asp?link=http://assembly.coe.int/Documents/WorkingDocs/Doc05/EDOC10765.htm Doc. 10765 Need for international condemnation of crimes of totalitarian communist regimes], Council of Europe Parliamentary Assembly, Dezembro 16, 2005, (acedido a Outubro 10, 2007)</ref>
A Assembleia Parlamentar do [[Conselho da Europa]] aprovou, em [[25 de Janeiro]] de [[2006]], uma resolução de condenação dos crimes praticados em nome da ideologia comunista.<ref>[http://assembly.coe.int/Main.asp?link=/Documents/AdoptedText/ta06/ERES1481.htm Resolution 1481 (2006) Need for international condemnation of crimes of totalitarian communist regimes], Council of Europe Parliamentary Assembly, Janeiro 25, 2006, (acedido a Outubro 10, 2007)</ref><ref>[http://assembly.coe.int/ASP/APFeaturesManager/defaultArtView.asp?ID=382 PACE strongly condemns crimes of totalitarian communist regimes], PACE News, (acedido a Outubro 10, 2007)</ref><ref>[http://assembly.coe.int//Main.asp?link=http://assembly.coe.int/Documents/WorkingDocs/Doc05/EDOC10765.htm Doc. 10765 Need for international condemnation of crimes of totalitarian communist regimes], Council of Europe Parliamentary Assembly, Dezembro 16, 2005, (acedido a Outubro 10, 2007)</ref>


O [[Parlamento Europeu]] aprovou, em [[22 de Setembro]] de [[2008]], a instituição do ''Dia Europeu da Memória das Vítimas do [[Estalinismo]] e do [[Nacional-Socialismo]]''.<ref>[http://www.europarl.europa.eu/news/public/story_page/017-38392-338-12-49-902-20080929STO38339-2008-03-12-2008/default_en.htm Hitler and Stalin's victims remembered with special day], Parlamento Europeu, Outubro 3, 2008, (acedido a Outubro 29, 2008)</ref>
O [[Parlamento Europeu]] aprovou, em [[22 de Setembro]] de [[2008]], a instituição do ''[[Dia da Fita Preta]]'' (''Dia Europeu da Memória das Vítimas do [[Estalinismo]] e do [[Nacional-Socialismo]]'' <ref>[http://www.europarl.europa.eu/news/public/story_page/017-38392-338-12-49-902-20080929STO38339-2008-03-12-2008/default_en.htm Hitler and Stalin's victims remembered with special day], Parlamento Europeu, Outubro 3, 2008, (acedido a Outubro 29, 2008)</ref> ''ver: [[Comparação entre nazismo e stalinismo]]'')

== Outros monumentos pelo mundo, dedicados às vitimas do comunismo ==

<gallery widths=140px heights=160px>
Memorial to the Victims of Communism, Prague.jpg|<center>''' ''[[Pomník obětem komunismu]]'' <br />([[Praga]], [[República Tcheca]])'''<center>
Hargeisa War Memorial 2012.jpg|<center>''' ''[[Hargeisa War Memorial]]'' <br />([[Hargeisa]], [[Somalilândia]])'''<center>
Monumentul deportaților (1).jpg|<center>''' ''[[Monumentul deportaților]]'' <br />([[Chişinău]], [[Moldávia]])'''<center>
Monumento intentona comunista 1935.jpg|'''Monumento aos soldados mortos durante a [[Intentona Comunista]] <br />([[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], [[Brasil]])'''
Mask of Sorrow.JPG|<center>''' ''Маска скорби'' <br />([[Máscara da Tristeza]], [[Magadan]], [[Rússia]])'''<center>
</gallery>


=={{Ver também}}==
=={{Ver também}}==
Linha 219: Linha 231:
* [[Aleksandr Solzhenitsyn]]
* [[Aleksandr Solzhenitsyn]]
* [[Arquipélago de Gulag]]
* [[Arquipélago de Gulag]]
* [[Instituto da Memória Nacional]]
* [[Instituto para o Estudo dos Regimes Totalitários]]
* [[O Livro Negro do Comunismo]]
* [[O Livro Negro do Comunismo]]
* [[Patocracia]]
* [[Ponerologia]]


{{referências}}
{{referências|col=3}}


== {{Ligações externas}} ==
== {{Ligações externas}} ==
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*[http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/070612/mundo/eua_hist__ria_comunismo Monumento às vítimas do comunismo é inaugurado nos EUA]
*[http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/070612/mundo/eua_hist__ria_comunismo Monumento às vítimas do comunismo é inaugurado nos EUA]
*[http://www.dcmemorials.com/index_indiv0000002.htm Imagens do Memorial]
*[http://www.dcmemorials.com/index_indiv0000002.htm Imagens do Memorial]

{{Portal3|Arquitetura|Estados Unidos|Direitos humanos}}


{{Pontos turistícos em Washington D.C}}
{{Pontos turistícos em Washington D.C}}
{{Portal3|Arquitetura|Estados Unidos}}


[[Categoria:Anticomunismo]]
[[Categoria:Anticomunismo]]

Revisão das 15h54min de 28 de novembro de 2015

Memorial das Vítimas do Comunismo
Informação geral
País  Estados Unidos
Data da construção 12 de junho de 2007 (16 anos)
Estatuto Memorial
Localização
Memorial das Vítimas do Comunismo está localizado em: Estados Unidos
Memorial das Vítimas do Comunismo
Localizado na interseção da Avenida Massachusetts e Avenida New Jersey com G Street, NW.
 Distrito de Colúmbia
 Estados Unidos
38° 53' 54.56" N 77° 00' 43.39" W{{{latG}}}° {{{latM}}}' {{{latS}}}" {{{latP}}} {{{lonG}}}° {{{lonM}}}' {{{lonS}}}

O Memorial das Vítimas do Comunismo (em inglês: Victims of Communism Memorial) é um monumento localizado na cidade de Washington, nas imediações do edifício do Capitólio.

O objectivo deste memorial encontra-se expresso na sua respectiva inscrição:

"Para os mais de cem milhões de vítimas do comunismo e para os que amam a liberdade."

O Memorial das Vítimas do Comunismo foi inaugurado pelo Presidente George W. Bush, no 20.º aniversário do discurso de Ronald Reagan, junto ao Muro de Berlim.

Historial legislativo

A "Fundação do Memorial das Vítimas do Comunismo", foi instituída em 1994, na sequência da aprovação unânime, a 17 de Dezembro de 1993, da Resolução H.R. 3000 (Secção 905) do Congresso dos Estados Unidos, apresentada pelos congressistas californianos Dana Rohrabacher e Tom Lantos; Claiborne Pell, de Rhode Island e Jesse Helms, da Carolina do Norte, sendo posteriormente ratificada pelo presidente Bill Clinton (Public Law 103-199).[1]

Devido ao atraso no processo de criação do memorial, a autorização legislativa foi alargada através da Public Law 105-277 (Secção 326) de 21 de Outubro de 1998, até 17 de Dezembro de 2007, cabendo à "Fundação do Memorial das Vítimas do Comunismo" a responsabilidade inicial pelo financiamento e planeamento da construção do memorial.[2]

A "Fundação do Memorial das Vítimas do Comunismo"

O presidente honorário da Fundação é o antigo chefe de Estado norte-americano George Bush, e entre os seus membros encontram-se vários senadores dos Estados Unidos; os académicos Robert Conquest, Paul Hollander, Richard Pipes e R.J. Rummel; os ex-presidentes Guntis Ulmanis, da Letónia; Vytautas Landsbergis, da Lituânia; Lennart Meri, da Estónia; Lech Wałęsa, da Polónia; Emil Constantinescu, da Roménia; Arpad Goncz, da Hungria; Sali Berisha, da Albânia; e Václav Havel, da República Checa, bem como os dissidentes Yelena Bonner e Vladimir Bukovsky, da Rússia; Armando Valladares, de Cuba; e Harry Wu, da República Popular da China.

Concepção artística

Relativamente à concepção artística do memorial, os dirigentes da Fundação consideraram várias hipóteses temáticas:

Por fim, em Novembro de 2005, a National Capital Planning Commission aprovou a proposta artística apresentada pelo escultor Thomas Marsh.[4]

Esta proposta, consistia numa estátua de três metros de altura, réplica em bronze da Deusa da Democracia erigida pelos estudantes chineses, durante o Protesto na Praça da Paz Celestial em 1989, por sua vez inspirada na Estátua da Liberdade e tendo como finalidade "homenagear os mais de 100 milhões de vítimas do comunismo".[5]

Fundamentação do memorial

Estimativa do número de vítimas causadas pelos regimes comunistas
País Anos Vítimas
em milhares
República Democrática do Afeganistão 1978-1987 228
República Popular Socialista da Albânia 1944-1987 100
República Popular de Angola 1975-1987 125
República Popular da Bulgária 1944-1987 222
Camboja Democrático (Khmer Vermelho) 1975-1979 2.035
República Popular do Camboja 1979-1987 230
República Popular da China 1949-1987 61.911
República de Cuba 1959-1987 73
República Socialista Checoslovaca 1948-1987 65
República Democrática Popular da Etiópia 1974-1987 725
República Democrática Alemã 1948-1987 70
Governo Revolucionário Popular de Granada 1983 0,1
República Popular da Hungria 1948-1987 27
República Democrática Popular da Coreia 1948-1987 1.663
República Democrática Popular Lao 1975-1987 56
República Popular da Mongólia 1926-1987 100
República Popular de Moçambique 1975-1987 198
República da Nicarágua 1979-1987 5
República Popular da Polónia 1948-1987 22
República Socialista da Roménia 1948-1987 435
União Soviética 1917-1987 35.236
República Socialista do Vietname 1945-1987 1.670
República Democrática Popular do Iémen 1967-1987 1
República Socialista Federal da Jugoslávia 1944-1987 1.073
Subtotal 1917-1987 106.267
Guerrilha comunista 1944-1987 4.019
Total 1917-1987 110.286

Relativamente à quantificação do número de vítimas causadas pelos regimes comunistas, os autores do memorial basearam-se nas estimativas apresentadas pelo Livro Negro do Comunismo,[6] bem como nos cálculos, do cientista político da Universidade do Havai, R.J. Rummel.[7]

Da lista [8] de crimes dos regimes comunistas destacam-se os seguintes:

  • milhares de vulgares cidadãos da União Soviética acusados de cumplicidade com o "inimigo" e executados no período que precedeu a Segunda Guerra Mundial. Por exemplo, em 1937, cerca de 144.000 pessoas foram detidas, tendo 110.000 sido executadas por suspeita de contactos com cidadãos polacos residentes na União Soviética. Também em 1937, 42.000 pessoas foram executadas por alegados contactos com trabalhadores alemães na U.R.S.S.

Inauguração do memorial

Na cerimónia de inauguração, em 12 de Junho de 2007, participaram mais de um milhar de convidados, entre os quais, membros do Governo, da Câmara dos Representantes e do Senado dos Estados Unidos; representantes das minorias étnicas; diversos dissidentes, como o poeta vietnamita Nguyen Chi Thien, o ex-preso político chinês Harry Wu, ou a lituana Nijolė Sadūnaitė [9]; representantes diplomáticos da Polónia, República Checa, Lituânia, Letónia, Estónia e República da China (Taiwan), bem como os que contribuíram financeiramente para a construção do Memorial.[10]

Durante a cerimónia, o Presidente George W. Bush mencionou algumas das nações que sofreram a repressão dos regimes comunistas:[11]

A estátua suscitou fortes críticas da Embaixada da República Popular da China, por invocar os trágicos acontecimentos da Praça da Paz Celestial, sendo por isso considerada um acto de difamação.[12]

O custo aproximado do projecto foi de um milhão de dólares, tendo a comunidade letã dos E.U.A. e doadores particulares do antigo bloco soviético sido os principais financiadores.[13]

Condenação internacional dos regimes comunistas

Diversos países têm condenado os regimes comunistas e prestado homenagem às suas vítimas: Albânia;[14] Bulgária;[15] Camboja;[16] Croácia;[17] Eslováquia;[18] Estónia;[19] Etiópia;[20] Geórgia;[21] Hungria;[22] Letónia;[23] Lituânia;[24] Macedónia;[25] Polónia;[26] República Checa [27](ver: Declaração de Praga sobre Consciência Europeia e Comunismo); Roménia;[28] e Ucrânia.[29]

A Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa aprovou, em 25 de Janeiro de 2006, uma resolução de condenação dos crimes praticados em nome da ideologia comunista.[30][31][32]

O Parlamento Europeu aprovou, em 22 de Setembro de 2008, a instituição do Dia da Fita Preta (Dia Europeu da Memória das Vítimas do Estalinismo e do Nacional-Socialismo [33] ver: Comparação entre nazismo e stalinismo)

Outros monumentos pelo mundo, dedicados às vitimas do comunismo

Ver também

Referências

  1. H.R. 3000, The Library of the Congress - Thomas, January 5, 1993
  2. Public Law 105-277, The Library of the Congress - Thomas, October 21, 1998
  3. Meghan Clyne (December 13, 2005). «D.C. Monument To Be Built In Honor of Victims of Communism». The New York Sun  Verifique data em: |data= (ajuda)
  4. The Long Marsh-Sculptor Thomas Marsh on the Victims of Communism Memorial, June 12, 2007, National Review Online, (acedido a Junho 14, 2007)
  5. Victims of Communism Memorial Foundation
  6. Stéphane Courtois et al., O Livro Negro do Comunismo - Crimes, Terror e Repressão, Lisboa, 1998, p. 20. ISBN 9725643585
  7. Hawaii.edu - HOW MANY DID COMMUNIST REGIMES MURDER? By R.J. Rummel. (em inglês) Acessado em 28/11/2015.
  8. Report-Need for international condemnation of crimes of totalitarian communist regimes, Doc. 10765, Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, Dezembro 16, 2005
  9. Monika Bončkutė. Monumento komunizmo aukoms atidarymo iškilmėse - ir kovotojai už Lietuvos laisvę. 2007-06-14
  10. Nicholas Zifcak (October 2, 2006). «100 Million Victims of Communism Remembered». The Epoch Times  Verifique data em: |data= (ajuda)
  11. "President Bush Attends Dedication of Victims of Communism Memorial", Office of the Press Secretary, White House, June 12, 2007
  12. Leora Falk (June 12, 2007). «New DC memorial dedicated to communism's victims». Chicago Tribune  Verifique data em: |data= (ajuda)
  13. Johanna Neuman (June 13, 2007). «Memorial honors communism's victims». Los Angeles Times  Verifique data em: |data= (ajuda)
  14. Parliament adopts the Resolution "On condemnation of crimes committed by the communist regime of Enver Hoxha and his clique in Albania", Parliament of Albania, October 30, 2006, (acedido a Outubro 10, 2007)
  15. Bulgarians Agree to Open Secret Service Archives, By Tatyana Vaksberg, Balkan Investigative Reporting Network, October 12, 2006, (acedido a Outubro 10, 2007)
  16. Cambodia appoints 'killing fields' trial judges, New Zealand Herald, May 05, 2006, (acedido a Outubro 10, 2007)
  17. Croatian parlament officially condemn communist crimes, Croatia Network, July 3, 2006, (acedido a Outubro 10, 2007)
  18. Slovak Republic, Privacy and Human Rights 2003, (acedido a Outubro 11, 2007)
  19. Estonian Parliament Condemns Crimes of Nazi, Soviet Occupiers, Estonian Social Democratic Labour Party, June 19, 2002, (acedido a Outubro 10, 2007)
  20. Mengistu found guilty of genocide, December 12, 2006, BBC News, (acedido a Outubro 10, 2007)
  21. A Monument to the Terror, By Melik Kaylan, Wall Street Journal, September 4, 2007, (acedido a Outubro 10, 2007)
  22. Hungary to Disband Party Militia, New York Times, October 21, 1989, (acedido a Outubro 10, 2007)
  23. Declaration on Condemnation of the Totalitarian Communist Occupation Regime Implemented in Latvia by the Union of Soviet Socialist Republics, 12 May, 2005, Latvijas Republikas Saeima, (acedido a Outubro 11, 2007)
  24. The International Congress on the Evaluation of Crimes of Communism, June 12-14, 2000, (acedido a Outubro 10, 2007)
  25. Macedonia apologizes to victims of communists, Virtual Macedonia Archives, (acedido a Outubro 10, 2007)
  26. "Russia should tell the whole truth about the Katyn massacre", Polish Radio, Janeiro 5, 2007, (acedido a Outubro 11, 2007)
  27. MPs agree on compensation for victims of 1968 Soviet-led invasion, By Brian Kenety, Radio Prague, Fevereiro 25, 2005, (acedido a Outubro 10, 2007)
  28. Romanian Leader Condemns Communist Rule, By Craig S. Smith, New York Times, December 19, 2006,(acedido a Outubro 10, 2007)
  29. Ukraine Parliament Votes to Call 1930s Famine Genocide, Spiegel Online, November 29, 2006, (acedido a Outubro 10, 2007)
  30. Resolution 1481 (2006) Need for international condemnation of crimes of totalitarian communist regimes, Council of Europe Parliamentary Assembly, Janeiro 25, 2006, (acedido a Outubro 10, 2007)
  31. PACE strongly condemns crimes of totalitarian communist regimes, PACE News, (acedido a Outubro 10, 2007)
  32. Doc. 10765 Need for international condemnation of crimes of totalitarian communist regimes, Council of Europe Parliamentary Assembly, Dezembro 16, 2005, (acedido a Outubro 10, 2007)
  33. Hitler and Stalin's victims remembered with special day, Parlamento Europeu, Outubro 3, 2008, (acedido a Outubro 29, 2008)

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