Memorial das Vítimas do Comunismo: diferenças entre revisões
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O '''Memorial das Vítimas do Comunismo '''({{lang-en|''Victims of Communism Memorial''}}) é um [[monumento]] localizado na [[cidade]] de [[Washington, D.C.|Washington]], nas imediações do edifício do [[Capitólio dos Estados Unidos|Capitólio]]. |
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O Memorial das Vítimas do Comunismo foi inaugurado pelo Presidente George W. Bush, no 20.º aniversário do discurso de [[Ronald Reagan]], junto ao [[Muro de Berlim]]. |
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*conjunto de ossadas para evocar os campos da morte [[camboja]]nos, sob o regime de [[Pol Pot]] |
*conjunto de ossadas para evocar os campos da morte [[camboja]]nos, sob o regime de [[Pol Pot]] <ref>{{cite news|title=D.C. Monument To Be Built In Honor of Victims of Communism|publisher=The New York Sun|author=Meghan Clyne|date=December 13, 2005|url=http://www.nysun.com/article/24366?page_no=2}}</ref> (''ver: [[Regime do Khmer Vermelho]]''). |
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Por fim, em Novembro de [[2005]], a ''National Capital Planning Commission'' aprovou a proposta artística apresentada pelo [[Escultura|escultor]] [[Thomas Marsh]].<ref>[http://article.nationalreview.com/q=NDliOGVlYjU2MzhiN2Q4M2ZlNmY3ZjE5ZTU1MTliODM= The Long Marsh-Sculptor Thomas Marsh on the Victims of Communism Memorial], June 12, 2007, ''National Review Online'', (acedido a Junho 14, 2007)</ref> |
Por fim, em Novembro de [[2005]], a ''National Capital Planning Commission'' aprovou a proposta artística apresentada pelo [[Escultura|escultor]] [[Thomas Marsh]].<ref>[http://article.nationalreview.com/q=NDliOGVlYjU2MzhiN2Q4M2ZlNmY3ZjE5ZTU1MTliODM= The Long Marsh-Sculptor Thomas Marsh on the Victims of Communism Memorial], June 12, 2007, ''National Review Online'', (acedido a Junho 14, 2007)</ref> |
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Relativamente à quantificação do [[número]] de vítimas causadas pelos regimes comunistas, os autores do memorial basearam-se nas estimativas apresentadas pelo [[O livro negro do Comunismo|Livro Negro do Comunismo]],<ref>[[Stéphane Courtois]] et al., ''O Livro Negro do Comunismo - Crimes, Terror e Repressão'', Lisboa, 1998, p. 20. ISBN 9725643585</ref> bem como nos [[cálculo]]s, do [[cientista político]] da [[Universidade]] do [[Havai]], [[R.J. Rummel]].<ref>[https://www.hawaii.edu/powerkills/COM.ART.HTM Hawaii.edu] - HOW MANY DID |
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COMMUNIST REGIMES MURDER? By R.J. Rummel. {{en}} Acessado em 28/11/2015.</ref> |
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Da lista <ref>[http://assembly.coe.int//Main.asp?link=http://assembly.coe.int/Documents/WorkingDocs/Doc05/EDOC10765.htm Report-Need for international condemnation of crimes of totalitarian communist regimes], Doc. 10765, Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, Dezembro 16, 2005</ref> de crimes dos regimes comunistas destacam-se os seguintes: |
Da lista <ref>[http://assembly.coe.int//Main.asp?link=http://assembly.coe.int/Documents/WorkingDocs/Doc05/EDOC10765.htm Report-Need for international condemnation of crimes of totalitarian communist regimes], Doc. 10765, Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, Dezembro 16, 2005</ref> de crimes dos regimes comunistas destacam-se os seguintes: |
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*dezenas de milhares de vítimas de [[Pena capital|execuções]] individuais e colectivas, sob a suspeita de [[oposição]] política e com ou sem [[julgamento]] sumário; repressão violenta de manifestações e de [[greve]]s; [[Assassínio|assassinato]] de reféns e de [[prisioneiros de guerra]], na Rússia, entre [[1918]]-[[1922]]. |
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*cerca de 5 milhões de mortos por [[fome]] em consequência das requisições [[Agricultura|agrícolas]], especialmente na [[Ucrânia]] |
*cerca de 5 milhões de mortos por [[fome]] em consequência das requisições [[Agricultura|agrícolas]] em [[1921]]-[[1922]] (''ver: [[Fome russa de 1921]]''), especialmente na [[Ucrânia]] em [[1932]]-[[1933]]. A fome foi usada como uma [[arma]] política por outros regimes comunistas além da [[União Soviética]]. |
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*300.000 a 500.000 [[Cossaco]]s exterminados entre [[1919]] e [[1920]]. |
*300.000 a 500.000 [[Cossaco]]s exterminados entre [[1919]] e [[1920]]. |
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*centenas de milhares de mortos nos [[Gulag|campos de concentração]], num total de 15 a 20 milhões de prisioneiros, entre 1930 e [[1953]]. |
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*690.000 pessoas arbitrariamente condenadas à [[Pena de morte|pena capital]] durante o [[Grande Expurgo |
*690.000 pessoas arbitrariamente condenadas à [[Pena de morte|pena capital]] durante o [[Grande Expurgo]] de [[1936]]-[[1938]]. Deportação de outros milhares para os [[Campos de concentração|campos]] do Gulag. No total, entre [[1 de Outubro]] de 1936 e [[1 de Novembro]] de 1938, aproximadamente 1.565.000 pessoas foram detidas. |
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*cerca de 30.000 "[[kulak]]s" exterminados ([[Camponês|campesinato]] rico) durante |
*cerca de 30.000 "[[kulak]]s" exterminados ([[Camponês|campesinato]] rico) durante [[coletivização forçada na União Soviética]] de [[1929]]-[[1933]]. Outros 2 milhões são deportados em [[1930]]-[[1932]]. |
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*milhares de vulgares [[cidadão]]s da União Soviética acusados de cumplicidade com o "inimigo" e executados no período que precedeu a [[Segunda Guerra Mundial]]. Por exemplo, em 1937, cerca de 144.000 pessoas foram detidas, tendo 110.000 sido executadas por suspeita de contactos com cidadãos [[Polónia|polacos]] residentes na União Soviética. Também em 1937, 42.000 pessoas foram executadas por alegados contactos com [[trabalhador]]es [[Alemanha|alemães]] na U.R.S.S. |
*milhares de vulgares [[cidadão]]s da União Soviética acusados de cumplicidade com o "inimigo" e executados no período que precedeu a [[Segunda Guerra Mundial]]. Por exemplo, em 1937, cerca de 144.000 pessoas foram detidas, tendo 110.000 sido executadas por suspeita de contactos com cidadãos [[Polónia|polacos]] residentes na União Soviética. Também em 1937, 42.000 pessoas foram executadas por alegados contactos com [[trabalhador]]es [[Alemanha|alemães]] na U.R.S.S. |
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*6 milhões de [[Ucrânia|ucranianos]] mortos por fome, no decurso do [[genocídio]] de 1932-1933 ([[Holodomor]]). |
*6 milhões de [[Ucrânia|ucranianos]] mortos por fome (''ver: [[Fome soviética de 1932-1933]]''), no decurso do [[democídio]]/[[genocídio]] de 1932-1933 ([[Holodomor]]). |
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*centenas de milhares de Polacos, Ucranianos, [[Lituânia|lituanos]], [[Letónia|letões]], [[Estónia|estonianos]], [[Moldávia|moldavos]] e de habitantes da [[Bessarábia]], deportados em [[1939]]-[[1941]] e [[1944]]-[[1945]]. |
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*deportação de 900 mil [[alemães do Volga]], em 1941; de 180 mil [[tártaros]] da [[Crimeia]], em [[1943]]; de 521 mil [[Chechênia|chechenos]] e [[Inguchétia|inguches]], em [[1944]]. |
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*deportação e extermínio de um quarto da população do Camboja, entre [[1975]]-[[1978]]. |
*deportação e extermínio de um quarto da população do [[Camboja]], entre [[1975]]-[[1978]] (''ver: [[Genocídio cambojano]]''). |
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*dezenas de milhões de vítimas dos regimes [[Totalitarismo|totalitários]] de [[Mao Tse-tung|Mao Zedong]], na China e de [[Kim Il-sung|Kim Il Sung]], na [[Coreia do Norte]]. |
*dezenas de milhões de vítimas dos regimes [[Totalitarismo|totalitários]] de [[Mao Tse-tung|Mao Zedong]], na China e de [[Kim Il-sung|Kim Il Sung]], na [[Coreia do Norte]]. |
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==Inauguração do memorial== |
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Na cerimónia de inauguração, em 12 de Junho de 2007, participaram mais de um milhar de convidados, entre os quais, membros do [[Governo]], da [[Câmara dos Representantes dos Estados Unidos da América|Câmara dos Representantes]] e do [[Senado dos Estados Unidos|Senado]] dos [[Estados Unidos]]; representantes das minorias [[Etnia|étnicas]]; diversos dissidentes, como o [[Poesia|poeta]] [[Vietname|vietnamita]] [[Nguyen Chi Thien]], o ex-[[preso político]] [[China|chinês]] Harry Wu, ou a [[Lituânia|lituana]] [[Nijolė Sadūnaitė]] <ref>Monika Bončkutė. [http://www.lrytas.lt/?data=20070614&id=11817208641180235078&view=4 Monumento komunizmo aukoms atidarymo iškilmėse - ir kovotojai už Lietuvos laisvę]. 2007-06-14</ref>; [[Diplomacia|representantes diplomáticos]] da [[Polónia]], [[República Checa]], [[Lituânia]], [[Letónia]], [[Estónia]] e [[República da China|República da China (Taiwan)]], bem como os que contribuíram financeiramente para a construção do Memorial.<ref>{{cite news|title=100 Million Victims of Communism Remembered|publisher=The Epoch Times|author=Nicholas Zifcak|date= October 2, 2006|url=http://en.epochtimes.com/news/6-10-2/46561.html}}</ref> |
Na cerimónia de inauguração, em 12 de Junho de 2007, participaram mais de um milhar de convidados, entre os quais, membros do [[Governo]], da [[Câmara dos Representantes dos Estados Unidos da América|Câmara dos Representantes]] e do [[Senado dos Estados Unidos|Senado]] dos [[Estados Unidos]]; representantes das minorias [[Etnia|étnicas]]; diversos dissidentes, como o [[Poesia|poeta]] [[Vietname|vietnamita]] [[Nguyen Chi Thien]], o ex-[[preso político]] [[China|chinês]] Harry Wu, ou a [[Lituânia|lituana]] [[Nijolė Sadūnaitė]] <ref>Monika Bončkutė. [http://www.lrytas.lt/?data=20070614&id=11817208641180235078&view=4 Monumento komunizmo aukoms atidarymo iškilmėse - ir kovotojai už Lietuvos laisvę]. 2007-06-14</ref>; [[Diplomacia|representantes diplomáticos]] da [[Polónia]], [[República Checa]], [[Lituânia]], [[Letónia]], [[Estónia]] e [[República da China|República da China (Taiwan)]], bem como os que contribuíram financeiramente para a construção do Memorial.<ref>{{cite news|title=100 Million Victims of Communism Remembered|publisher=The Epoch Times|author=Nicholas Zifcak|date= October 2, 2006|url=http://en.epochtimes.com/news/6-10-2/46561.html}}</ref> |
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A Assembleia Parlamentar do [[Conselho da Europa]] aprovou, em [[25 de Janeiro]] de [[2006]], uma resolução de condenação dos crimes praticados em nome da ideologia comunista.<ref>[http://assembly.coe.int/Main.asp?link=/Documents/AdoptedText/ta06/ERES1481.htm Resolution 1481 (2006) Need for international condemnation of crimes of totalitarian communist regimes], Council of Europe Parliamentary Assembly, Janeiro 25, 2006, (acedido a Outubro 10, 2007)</ref><ref>[http://assembly.coe.int/ASP/APFeaturesManager/defaultArtView.asp?ID=382 PACE strongly condemns crimes of totalitarian communist regimes], PACE News, (acedido a Outubro 10, 2007)</ref><ref>[http://assembly.coe.int//Main.asp?link=http://assembly.coe.int/Documents/WorkingDocs/Doc05/EDOC10765.htm Doc. 10765 Need for international condemnation of crimes of totalitarian communist regimes], Council of Europe Parliamentary Assembly, Dezembro 16, 2005, (acedido a Outubro 10, 2007)</ref> |
A Assembleia Parlamentar do [[Conselho da Europa]] aprovou, em [[25 de Janeiro]] de [[2006]], uma resolução de condenação dos crimes praticados em nome da ideologia comunista.<ref>[http://assembly.coe.int/Main.asp?link=/Documents/AdoptedText/ta06/ERES1481.htm Resolution 1481 (2006) Need for international condemnation of crimes of totalitarian communist regimes], Council of Europe Parliamentary Assembly, Janeiro 25, 2006, (acedido a Outubro 10, 2007)</ref><ref>[http://assembly.coe.int/ASP/APFeaturesManager/defaultArtView.asp?ID=382 PACE strongly condemns crimes of totalitarian communist regimes], PACE News, (acedido a Outubro 10, 2007)</ref><ref>[http://assembly.coe.int//Main.asp?link=http://assembly.coe.int/Documents/WorkingDocs/Doc05/EDOC10765.htm Doc. 10765 Need for international condemnation of crimes of totalitarian communist regimes], Council of Europe Parliamentary Assembly, Dezembro 16, 2005, (acedido a Outubro 10, 2007)</ref> |
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O [[Parlamento Europeu]] aprovou, em [[22 de Setembro]] de [[2008]], a instituição do ''Dia Europeu da Memória das Vítimas do [[Estalinismo]] e do [[Nacional-Socialismo]]'' |
O [[Parlamento Europeu]] aprovou, em [[22 de Setembro]] de [[2008]], a instituição do ''[[Dia da Fita Preta]]'' (''Dia Europeu da Memória das Vítimas do [[Estalinismo]] e do [[Nacional-Socialismo]]'' <ref>[http://www.europarl.europa.eu/news/public/story_page/017-38392-338-12-49-902-20080929STO38339-2008-03-12-2008/default_en.htm Hitler and Stalin's victims remembered with special day], Parlamento Europeu, Outubro 3, 2008, (acedido a Outubro 29, 2008)</ref> ''ver: [[Comparação entre nazismo e stalinismo]]'') |
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== Outros monumentos pelo mundo, dedicados às vitimas do comunismo == |
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Memorial to the Victims of Communism, Prague.jpg|<center>''' ''[[Pomník obětem komunismu]]'' <br />([[Praga]], [[República Tcheca]])'''<center> |
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Hargeisa War Memorial 2012.jpg|<center>''' ''[[Hargeisa War Memorial]]'' <br />([[Hargeisa]], [[Somalilândia]])'''<center> |
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Monumentul deportaților (1).jpg|<center>''' ''[[Monumentul deportaților]]'' <br />([[Chişinău]], [[Moldávia]])'''<center> |
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Monumento intentona comunista 1935.jpg|'''Monumento aos soldados mortos durante a [[Intentona Comunista]] <br />([[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], [[Brasil]])''' |
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Mask of Sorrow.JPG|<center>''' ''Маска скорби'' <br />([[Máscara da Tristeza]], [[Magadan]], [[Rússia]])'''<center> |
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=={{Ver também}}== |
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* [[Aleksandr Solzhenitsyn]] |
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* [[Arquipélago de Gulag]] |
* [[Arquipélago de Gulag]] |
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* [[Instituto da Memória Nacional]] |
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* [[Instituto para o Estudo dos Regimes Totalitários]] |
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* [[O Livro Negro do Comunismo]] |
* [[O Livro Negro do Comunismo]] |
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* [[Patocracia]] |
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*[http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/070612/mundo/eua_hist__ria_comunismo Monumento às vítimas do comunismo é inaugurado nos EUA] |
*[http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/070612/mundo/eua_hist__ria_comunismo Monumento às vítimas do comunismo é inaugurado nos EUA] |
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*[http://www.dcmemorials.com/index_indiv0000002.htm Imagens do Memorial] |
*[http://www.dcmemorials.com/index_indiv0000002.htm Imagens do Memorial] |
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Revisão das 15h54min de 28 de novembro de 2015
Memorial das Vítimas do Comunismo | |
---|---|
Informação geral | |
País | Estados Unidos |
Data da construção | 12 de junho de 2007 (16 anos) |
Estatuto | Memorial |
Localização | |
Localizado na interseção da Avenida Massachusetts e Avenida New Jersey com G Street, NW. Distrito de Colúmbia Estados Unidos |
|
O Memorial das Vítimas do Comunismo (em inglês: Victims of Communism Memorial) é um monumento localizado na cidade de Washington, nas imediações do edifício do Capitólio.
O objectivo deste memorial encontra-se expresso na sua respectiva inscrição:
- "Para os mais de cem milhões de vítimas do comunismo e para os que amam a liberdade."
O Memorial das Vítimas do Comunismo foi inaugurado pelo Presidente George W. Bush, no 20.º aniversário do discurso de Ronald Reagan, junto ao Muro de Berlim.
Historial legislativo
A "Fundação do Memorial das Vítimas do Comunismo", foi instituída em 1994, na sequência da aprovação unânime, a 17 de Dezembro de 1993, da Resolução H.R. 3000 (Secção 905) do Congresso dos Estados Unidos, apresentada pelos congressistas californianos Dana Rohrabacher e Tom Lantos; Claiborne Pell, de Rhode Island e Jesse Helms, da Carolina do Norte, sendo posteriormente ratificada pelo presidente Bill Clinton (Public Law 103-199).[1]
Devido ao atraso no processo de criação do memorial, a autorização legislativa foi alargada através da Public Law 105-277 (Secção 326) de 21 de Outubro de 1998, até 17 de Dezembro de 2007, cabendo à "Fundação do Memorial das Vítimas do Comunismo" a responsabilidade inicial pelo financiamento e planeamento da construção do memorial.[2]
A "Fundação do Memorial das Vítimas do Comunismo"
O presidente honorário da Fundação é o antigo chefe de Estado norte-americano George Bush, e entre os seus membros encontram-se vários senadores dos Estados Unidos; os académicos Robert Conquest, Paul Hollander, Richard Pipes e R.J. Rummel; os ex-presidentes Guntis Ulmanis, da Letónia; Vytautas Landsbergis, da Lituânia; Lennart Meri, da Estónia; Lech Wałęsa, da Polónia; Emil Constantinescu, da Roménia; Arpad Goncz, da Hungria; Sali Berisha, da Albânia; e Václav Havel, da República Checa, bem como os dissidentes Yelena Bonner e Vladimir Bukovsky, da Rússia; Armando Valladares, de Cuba; e Harry Wu, da República Popular da China.
Concepção artística
Relativamente à concepção artística do memorial, os dirigentes da Fundação consideraram várias hipóteses temáticas:
- arame farpado para simbolizar o Gulag;
- embarcações em memória dos refugiados vietnamitas, conhecidos por "boat people";
- réplica da Porta de Brandenburgo, junto ao Muro de Berlim;
- conjunto de ossadas para evocar os campos da morte cambojanos, sob o regime de Pol Pot [3] (ver: Regime do Khmer Vermelho).
Por fim, em Novembro de 2005, a National Capital Planning Commission aprovou a proposta artística apresentada pelo escultor Thomas Marsh.[4]
Esta proposta, consistia numa estátua de três metros de altura, réplica em bronze da Deusa da Democracia erigida pelos estudantes chineses, durante o Protesto na Praça da Paz Celestial em 1989, por sua vez inspirada na Estátua da Liberdade e tendo como finalidade "homenagear os mais de 100 milhões de vítimas do comunismo".[5]
Fundamentação do memorial
Relativamente à quantificação do número de vítimas causadas pelos regimes comunistas, os autores do memorial basearam-se nas estimativas apresentadas pelo Livro Negro do Comunismo,[6] bem como nos cálculos, do cientista político da Universidade do Havai, R.J. Rummel.[7]
Da lista [8] de crimes dos regimes comunistas destacam-se os seguintes:
- dezenas de milhares de vítimas de execuções individuais e colectivas, sob a suspeita de oposição política e com ou sem julgamento sumário; repressão violenta de manifestações e de greves; assassinato de reféns e de prisioneiros de guerra, na Rússia, entre 1918-1922.
- cerca de 5 milhões de mortos por fome em consequência das requisições agrícolas em 1921-1922 (ver: Fome russa de 1921), especialmente na Ucrânia em 1932-1933. A fome foi usada como uma arma política por outros regimes comunistas além da União Soviética.
- centenas de milhares de mortos nos campos de concentração, num total de 15 a 20 milhões de prisioneiros, entre 1930 e 1953.
- 690.000 pessoas arbitrariamente condenadas à pena capital durante o Grande Expurgo de 1936-1938. Deportação de outros milhares para os campos do Gulag. No total, entre 1 de Outubro de 1936 e 1 de Novembro de 1938, aproximadamente 1.565.000 pessoas foram detidas.
- cerca de 30.000 "kulaks" exterminados (campesinato rico) durante coletivização forçada na União Soviética de 1929-1933. Outros 2 milhões são deportados em 1930-1932.
- milhares de vulgares cidadãos da União Soviética acusados de cumplicidade com o "inimigo" e executados no período que precedeu a Segunda Guerra Mundial. Por exemplo, em 1937, cerca de 144.000 pessoas foram detidas, tendo 110.000 sido executadas por suspeita de contactos com cidadãos polacos residentes na União Soviética. Também em 1937, 42.000 pessoas foram executadas por alegados contactos com trabalhadores alemães na U.R.S.S.
- 6 milhões de ucranianos mortos por fome (ver: Fome soviética de 1932-1933), no decurso do democídio/genocídio de 1932-1933 (Holodomor).
- centenas de milhares de Polacos, Ucranianos, lituanos, letões, estonianos, moldavos e de habitantes da Bessarábia, deportados em 1939-1941 e 1944-1945.
- deportação de 900 mil alemães do Volga, em 1941; de 180 mil tártaros da Crimeia, em 1943; de 521 mil chechenos e inguches, em 1944.
- deportação e extermínio de um quarto da população do Camboja, entre 1975-1978 (ver: Genocídio cambojano).
- dezenas de milhões de vítimas dos regimes totalitários de Mao Zedong, na China e de Kim Il Sung, na Coreia do Norte.
- numerosas vítimas em outras regiões do Mundo, como em África, Ásia e América Latina.
Inauguração do memorial
Na cerimónia de inauguração, em 12 de Junho de 2007, participaram mais de um milhar de convidados, entre os quais, membros do Governo, da Câmara dos Representantes e do Senado dos Estados Unidos; representantes das minorias étnicas; diversos dissidentes, como o poeta vietnamita Nguyen Chi Thien, o ex-preso político chinês Harry Wu, ou a lituana Nijolė Sadūnaitė [9]; representantes diplomáticos da Polónia, República Checa, Lituânia, Letónia, Estónia e República da China (Taiwan), bem como os que contribuíram financeiramente para a construção do Memorial.[10]
Durante a cerimónia, o Presidente George W. Bush mencionou algumas das nações que sofreram a repressão dos regimes comunistas:[11]
“ | "Incluem-se os inocentes ucranianos mortos à fome por Estaline durante a Grande Fome; ou os Russos mortos nas purgas estalinistas; os lituanos, letões e estonianos transportados em vagões de gado e deportados para os campos da morte árticos do Comunismo Soviético. Incluem-se os chineses mortos no Grande Salto em Frente e na Revolução Cultural; os cambojanos chacinados nos campos da morte de Pol Pot; os alemães de Leste abatidos ao tentarem saltar o Muro de Berlim, em busca da liberdade; os polacos massacrados na Floresta de Katyn; e os etíopes exterminados durante o "Terror Vermelho"; os índios misquitos assassinados pela ditadura sandinista da Nicarágua; e os "balseros" cubanos afogados ao fugirem da tirania". | ” |
A estátua suscitou fortes críticas da Embaixada da República Popular da China, por invocar os trágicos acontecimentos da Praça da Paz Celestial, sendo por isso considerada um acto de difamação.[12]
O custo aproximado do projecto foi de um milhão de dólares, tendo a comunidade letã dos E.U.A. e doadores particulares do antigo bloco soviético sido os principais financiadores.[13]
Condenação internacional dos regimes comunistas
Diversos países têm condenado os regimes comunistas e prestado homenagem às suas vítimas: Albânia;[14] Bulgária;[15] Camboja;[16] Croácia;[17] Eslováquia;[18] Estónia;[19] Etiópia;[20] Geórgia;[21] Hungria;[22] Letónia;[23] Lituânia;[24] Macedónia;[25] Polónia;[26] República Checa [27](ver: Declaração de Praga sobre Consciência Europeia e Comunismo); Roménia;[28] e Ucrânia.[29]
A Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa aprovou, em 25 de Janeiro de 2006, uma resolução de condenação dos crimes praticados em nome da ideologia comunista.[30][31][32]
O Parlamento Europeu aprovou, em 22 de Setembro de 2008, a instituição do Dia da Fita Preta (Dia Europeu da Memória das Vítimas do Estalinismo e do Nacional-Socialismo [33] ver: Comparação entre nazismo e stalinismo)
Outros monumentos pelo mundo, dedicados às vitimas do comunismo
-
Маска скорби
(Máscara da Tristeza, Magadan, Rússia)
Ver também
- Anticomunismo
- Aleksandr Solzhenitsyn
- Arquipélago de Gulag
- Instituto da Memória Nacional
- Instituto para o Estudo dos Regimes Totalitários
- O Livro Negro do Comunismo
- Patocracia
- Ponerologia
Referências
- ↑ H.R. 3000, The Library of the Congress - Thomas, January 5, 1993
- ↑ Public Law 105-277, The Library of the Congress - Thomas, October 21, 1998
- ↑ Meghan Clyne (December 13, 2005). «D.C. Monument To Be Built In Honor of Victims of Communism». The New York Sun Verifique data em:
|data=
(ajuda) - ↑ The Long Marsh-Sculptor Thomas Marsh on the Victims of Communism Memorial, June 12, 2007, National Review Online, (acedido a Junho 14, 2007)
- ↑ Victims of Communism Memorial Foundation
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Ligações externas
- Fundação do Memorial das Vítimas do Comunismo (em inglês)
- Rudolph Rummel, Paz Democrática - Memorial das Vítimas do Comunismo (em inglês)
- Quin Hillyer, "Memorial das Vítimas do Comunismo", The American Spectator, 8 de junho de 2007 (em inglês)
- Philip Kennicott, "O Significado de um Monumento Para 100 Milhões de Vítimas", The Washington Post, 13 de junho de 2007 (em inglês)
- Kristen Chick, Bush homenageia as vítimas do comunismo, The Washington Times, 13 de junho de 2007 (em inglês)
- Paul Weyrich, Um Memorial às Vítimas do Comunismo e a Minha Homenagem a Lee Edwards (em inglês)
- Monumento à memória das vítimas do comunismo inaugurado nos Estados Unidos (em francês)
- Monumento às vítimas do comunismo é inaugurado nos EUA
- Imagens do Memorial