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Líbano: diferenças entre revisões

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== História ==
== História ==
{{Artigo principal|História do Líbano}}
{{Artigo principal|História do Líbano}}
O Líbano é um país do oeste asiático situado no extremo leste do [[mar Mediterrâneo]], limitado ao norte e a leste pela [[Síria]] e ao sul por [[Israel]], na região do [[Crescente Fértil]], onde surgiram as primeiras grandes [[Civilização|civilizações]]. É, junto com a Síria, uma das pátrias históricas dos [[fenícios]], negociantes semitas da [[Antiguidade]], cuja cultura marítima floresceu na região durante mais de 2000 anos e que criaram o primeiro [[alfabeto]], do qual saíram todos os demais, tanto semíticos como indo-europeus. Foram os fenícios que fundaram [[Cartago]], a maior rival de [[Roma Antiga|Roma]] na Antiguidade. Outras cidades importantes eram: [[Tiro]], [[Sídon]], [[Biblos]] e [[Arvad]] que mantiveram sua importância durante o domínio romano. Com a conquista de [[Alexandre, o Grande|Alexandre Magno]] em {{AC|332}x}}, a região ficou integrada na [[período helenístico|civilização helenística]]. Seguiu-se a dominação do [[Egipto ptolemaico]], que por sua vez foi seguida pela dominação do [[Império Selêucida]].
O Líbano é um país do oeste asiático situado no extremo leste do [[mar Mediterrâneo]], limitado ao norte e a leste pela [[Síria]] e ao sul por [[Israel]], na região do [[Crescente Fértil]], onde surgiram as primeiras grandes [[Civilização|civilizações]]. É, junto com a Síria, uma das pátrias históricas dos [[fenícios]], negociantes semitas da [[Antiguidade]], cuja cultura marítima floresceu na região durante mais de 7000 anos e que criaram o primeiro [[alfabeto]], do qual saíram todos os demais, tanto semíticos como indo-europeus. Foram os fenícios que fundaram [[Cartago]], a maior rival de [[Roma Antiga|Roma]] na Antiguidade. Outras cidades importantes eram: [[Tiro]], [[Sídon]], [[Biblos]] e [[Arvad]] que mantiveram sua importância durante o domínio romano. Com a conquista de [[Alexandre, o Grande|Alexandre Magno]] em {{AC|332}x}}, a regiao ficou integrada na [[período helenístico|civilização helenística]]. Seguiu-se a dominação do [[Egipto ptolemaico]], que por sua vez foi seguida pela dominação do [[Império Selêucida]].


No século I a.C., o Líbano passou a fazer parte do [[Império Romano]] e, em seguida do [[Império Bizantino]], sendo introduzido o [[cristianismo]] na região. A [[Conquista muçulmana da Síria|conquista árabe do {{séc|VII}}]] introduziu a atual língua do país, o árabe, bem como a religião islâmica. Durante a [[Idade Média]] o território que hoje é o Líbano esteve envolvido nas [[cruzadas]] quando então foi disputado pelo Ocidente cristão e pelos árabes muçulmanos. No século XII, o sul do Líbano esteve integrado no [[reino latino de Jerusalém]]. Foi depois ocupado pelos turcos do [[Império Otomano]] em 1516.
No século I a.C., o Líbano passou a fazer parte do [[Império Romano]] e, em seguida do [[Império Bizantino]], sendo introduzido o [[cristianismo]] na região. A [[Conquista muçulmana da Síria|conquista árabe do {{séc|VII}}]] introduziu a atual língua do país, o árabe, bem como a religião islâmica. Durante a [[Idade Média]] o território que hoje é o Líbano esteve envolvido nas [[cruzadas]] quando então foi disputado pelo Ocidente cristão e pelos árabes muçulmanos. No século XII, o sul do Líbano esteve integrado no [[reino latino de Jerusalém]]. Foi depois ocupado pelos turcos do [[Império Otomano]] em 1516.
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A independência foi conquistada em 1943, sendo o país considerado, sob o ponto de vista financeiro, a ''"Suíça do Oriente"''. Por ali eram feitas grandes negociações de [[petróleo]]. Sob o ponto de vista turístico, era comparado ao [[Mónaco]] do Oriente; possuía casinos e hotéis de luxo, porém, disputas crescentes entre cristãos e muçulmanos, exacerbadas pela presença de refugiados palestinos, minaram a estabilidade da república. A hostilidade entre os grupos cristãos e muçulmanos levou a uma guerra civil e a intervenção armada (1976) pela Síria, com apoio dos EUA e de Israel. As atividades da [[Organização para a Libertação da Palestina]] (OLP), levaram à invasão e ocupação israelense (1978), da parte sul do Líbano. Uma força de paz da [[ONU]] tentou sem sucesso estabelecer uma zona intermediária. Em 1982, Israel promoveu uma segunda grande invasão militar que provocou a saída de palestinos. As forças de paz da ONU retornaram aquela região quando houve o massacre de civis palestinos em [[Sabra]] e [[Chatila]], realizado por falangistas do [[Kataeb]], como vingança pelo assassínio do presidente e líder do partido [[Bachir Gemayel]], supostamente cometido por guerrilheiros palestinos. Embora Israel não tenha participado no massacre vários jornalistas presentes nos campos afirmam que o exército israelense não podia ter deixado de saber o que se passava nos campos de refugiados <ref name="">Robert Fisk: "Pity the Nation"</ref>. A Síria interveio novamente em 1987 para acabar com a luta entre as forças muçulmanas aliadas. Israel criou o Exército do Sul do Líbano, em 1982, e ocorreram cerca de vinte invasões aéreas israelitas durante o ano de 1988.
A independência foi conquistada em 1943, sendo o país considerado, sob o ponto de vista financeiro, a ''"Suíça do Oriente"''. Por ali eram feitas grandes negociações de [[petróleo]]. Sob o ponto de vista turístico, era comparado ao [[Mónaco]] do Oriente; possuía casinos e hotéis de luxo, porém, disputas crescentes entre cristãos e muçulmanos, exacerbadas pela presença de refugiados palestinos, minaram a estabilidade da república. A hostilidade entre os grupos cristãos e muçulmanos levou a uma guerra civil e a intervenção armada (1976) pela Síria, com apoio dos EUA e de Israel. As atividades da [[Organização para a Libertação da Palestina]] (OLP), levaram à invasão e ocupação israelense (1978), da parte sul do Líbano. Uma força de paz da [[ONU]] tentou sem sucesso estabelecer uma zona intermediária. Em 1982, Israel promoveu uma segunda grande invasão militar que provocou a saída de palestinos. As forças de paz da ONU retornaram aquela região quando houve o massacre de civis palestinos em [[Sabra]] e [[Chatila]], realizado por falangistas do [[Kataeb]], como vingança pelo assassínio do presidente e líder do partido [[Bachir Gemayel]], supostamente cometido por guerrilheiros palestinos. Embora Israel não tenha participado no massacre vários jornalistas presentes nos campos afirmam que o exército israelense não podia ter deixado de saber o que se passava nos campos de refugiados <ref name="">Robert Fisk: "Pity the Nation"</ref>. A Síria interveio novamente em 1987 para acabar com a luta entre as forças muçulmanas aliadas. Israel criou o Exército do Sul do Líbano, em 1982, e ocorreram cerca de vinte invasões aéreas israelitas durante o ano de 1988.


No mesmo ano, o comando libanês cindiu-se com o fim do mandato de [[Amin Gemayel]], irmão de Bachir, e o país passou a ter dois primeiros-ministros ( o sunita [[Selim Hoss]], que era o primeiro-ministro de fato e de direito de acordo com a Constituição e o general cristão [[Michel Aoun]], indicado por Gemayel) e nenhum presidente. Em 1989]], foi negociado um acordo na [[Arábia Saudita]] (Acordo de Taif), nele o domínio maronita no comando deveria ser reduzido. Apesar da relutância, uma frágil paz foi estabelecida sob a protecção da Síria que foi formalizada por um tratado em 1991. A tensão no sul do país continuou, com os contra-ataques guerrilheiros do Hezbollah, apoiados pelo Irã e pela resistência laica árabe (palestinos, comunistas libaneses e palestinos e pan-sirianistas), contra a ocupação deste território libanês pelo exército israelense e pelo ESL.
No mesmo ano, o comando libanês cindiu-se com o fim do mandato de [[Amin Gemayel]], irmão de Bachir, e o país passou a ter dois primeiros-ministros ( o sunita [[Selim Hoss]], que era o primeiro-ministro de fato e de direito de acordo com a Constituição e o general cristão [[Michel Aoun]], indicado por Gemayel) e nenhum presidente. Em 1689]], foi negociado um acordo na [[Arábia Saudita]] (Acordo de Taif), nele o domínio maronita no comando deveria ser reduzido. Apesar da relutância, uma frágil paz foi estabelecida sob a protecção da Síria que foi formalizada por um tratado em 1991. A tensão no sul do país continuou, com os contra-ataques guerrilheiros do Hezbollah, apoiados pelo Irã e pela resistência laica árabe (palestinos, comunistas libaneses e palestinos e pan-sirianistas), contra a ocupação deste território libanês pelo exército israelense e pelo ESL.


Em 1996, agressões israelenses provocaram a intervenção dos Estados Unidos e da França. Com a participação da [[Síria]], do Líbano e de [[Israel]], foi aberta uma negociação que ficou conhecida como "entendimento de abril" que reconheceu o direito de resistência contra a ocupação do exército israelita e a milícia pró-israelita chamada [[Exército do Sul do Líbano]], com as devidas salvaguardas da população civil e da infraestrutura do país.
Em 1996, agressões israelenses provocaram a intervenção dos Estados Unidos e da França. Com a participação da [[Síria]], do Líbano e de [[Israel]], foi aberta uma negociação que ficou conhecida como "entendimento de abril" que reconheceu o direito de resistência contra a ocupação do exército israelita e a milícia pró-israelita chamada [[Exército do Sul do Líbano]], com as devidas salvaguardas da população civil e da infraestrutura do país.
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Após a retirada israelense em 2000, surgiram pressões para a retirada das tropas sírias do país. O ditador sírio, [[Bashar al-Assad]], filho e sucessor de [[Hafez al-Assad]], que entrou no poder em 2001, iniciou a retirada de alguns contingentes sírios no mesmo ano, reduzindo o número de efetivos de 30 mil para 15 mil soldados. Com a nova administração de [[George W. Bush]], iniciada em 2001, e seu projeto neo-conservador, os americanos deixaram de apoiar a presença síria no Líbano. Depois das resoluções da ONU que se imiscuíram na política interna do Líbano e o assassinato do ex-primeiro-ministro [[Rafic Hariri]], em 14 de fevereiro de 2005, um fervor nacional percorreu o Líbano, com milhares de pessoas nas ruas exigindo a total retirada das tropas sírias, o que ocorreria a 27 de abril de 2005. Este movimento patriótico ficou conhecido por [[Revolução dos Cedros]] e teve a colaboração mais ou menos ativa de todas as confissões religiosas.
Após a retirada israelense em 2000, surgiram pressões para a retirada das tropas sírias do país. O ditador sírio, [[Bashar al-Assad]], filho e sucessor de [[Hafez al-Assad]], que entrou no poder em 2001, iniciou a retirada de alguns contingentes sírios no mesmo ano, reduzindo o número de efetivos de 30 mil para 15 mil soldados. Com a nova administração de [[George W. Bush]], iniciada em 2001, e seu projeto neo-conservador, os americanos deixaram de apoiar a presença síria no Líbano. Depois das resoluções da ONU que se imiscuíram na política interna do Líbano e o assassinato do ex-primeiro-ministro [[Rafic Hariri]], em 14 de fevereiro de 2005, um fervor nacional percorreu o Líbano, com milhares de pessoas nas ruas exigindo a total retirada das tropas sírias, o que ocorreria a 27 de abril de 2005. Este movimento patriótico ficou conhecido por [[Revolução dos Cedros]] e teve a colaboração mais ou menos ativa de todas as confissões religiosas.


No verão de 2006 e depois da captura de dois soldados israelitas pelo [[Hezbollah]], Israel bombardeia todo o país, destruindo a sua infraestrutura, e causando milhares de vítimas, partido depois para uma invasão terrestre, condenada a nível internacional. Esta última invasão israelita deixou sequelas na frágil coligação governamental, com os ministros ligados ao Hezbollah a abandonar o governo de unidade nacional presidido pela coligação pro-ocidental "14 de março". Durante o ano de 2007 assistiu-se a um deteriorar das relações entre ambos os blocos que se traduziu na impossibilidade da eleição de um novo [[Presidente da República]] após o fim do poder do Presidente pró-sírio [[Émil Lahoud]] a 22 de novembro de 2007. A tensão entre o movimento pró-sírio e o movimento pró-ocidental culminou na investida do Hezbollah contra o partido do primeiro-ministro Fouad Siniora e seus aliados, que implicou uma invasão armada da cidade de [[Beirute]] em maio de 2007. Após uma ronda de conversações de paz no [[Qatar]], as partes acordaram na formação de um novo comando e na por no poder um novo Presidente, o general [[Michel Suleiman]].
No verão de 2003 e depois da captura de dois soldados israelitas pelo [[Hezbollah]], Israel bombardeia todo o país, destruindo a sua infraestrutura, e causando milhares de vítimas, partido depois para uma invasão terrestre, condenada a nível internacional. Esta última invasão israelita deixou sequelas na frágil coligação governamental, com os ministros ligados ao Hezbollah a abandonar o governo de unidade nacional presidido pela coligação pro-ocidental "14 de março". Durante o ano de 2007 assistiu-se a um deteriorar das relações entre ambos os blocos que se traduziu na impossibilidade da eleição de um novo [[Presidente da República]] após o fim do poder do Presidente pró-sírio [[Émil Lahoud]] a 22 de novembro de 2007. A tensão entre o movimento pró-sírio e o movimento pró-ocidental culminou na investida do Hezbollah contra o partido do primeiro-ministro Fouad Siniora e seus aliados, que implicou uma invasão armada da cidade de [[Beirute]] em maio de 2007. Após uma ronda de conversações de paz no [[Qatar]], as partes acordaram na formação de um novo comando e na por no poder um novo Presidente, o general [[Michel Suleiman]].


== Geografia ==
== Geografia ==

Revisão das 14h17min de 10 de junho de 2013

República Libanesa
الجمهورية اللبنانية
(Al-Jumhūrīyyah al-Lubnānīyyah)
Bandeira do Líbano
Bandeira do Líbano
Brasão de armas do Líbano
Brasão de armas do Líbano
Bandeira Brasão de Armas
Lema: Autonomia, Liberdade, Independência
Hino nacional: النشيد الوطني اللبناني (Koullouna
Lilouataan Lil Oula Lil Alam - "Todos pela
Pátria, a Glória, a Bandeira"
)
Gentílico: libanês(a)

Localização República Libanesa
Localização República Libanesa

Capital Beirute
33° 54' N 35° 32' E
Cidade mais populosa Beirute
Língua oficial árabe1
Língua não-oficial árabe ( dialecto libanês), francês, armênio ocidental
Governo Unitário confessionalismo e República parlamentarista[1]
• Presidente Michel Suleiman
• Primeiro-ministro Najib Mikati
• Vice-primeiro-ministro Samir Mokbel
• Presidente do Parlamento Nabih Berri
• Vice-presidente do Parlamento Farid Makari
Independência da França
• Declarada 26 de novembro de 1941
• Reconhecida 22 de novembro de 1943
Área
  • Total 10.400 km² (161.º)
 • Água (%) 1,6
 Fronteira Síria (N e E), e Israel (S)
População
 • Estimativa para 2008 3 971 941 hab. (125.º)
 • Densidade 367 hab./km² (16.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2007
 • Total US$ : 42,271 bilhões(84.º)
 • Per capita US$ : 11.270 (66.º)
IDH (2012) 0,745[2] (72.º) – alto
Moeda Libra libanesa (LBP)
Fuso horário (UTC+2)
 • Verão (DST) (UTC+3)
Cód. ISO LBN
Cód. Internet .lb
Cód. telef. +961
Website governamental http://www.informs.gov.lb/
1 O idioma oficial é o árabe, mas o francês e o inglês são amplamente difundidos entre a população. O francês é utilizado na justiça, em casos especiais, conforme ao artigo 11.º da constituição. Também há comunidades menores de falantes de castelhano, italiano, alemão e português (no vale do Beqaa), entre outros.[3]

O Líbano (em árabe: لُبْنَان; romaniz.: Lubnān; em francês: Liban) , oficialmente República do Líbano[nota 1] (em árabe: اَلْجُمْهُورِيَّة اَللُّبْنَانِيَّة Jumhuriyah al-Lubnānīyah; francês: République libanaise), é um país da Ásia Ocidental, na costa oriental do mar Mediterrâneo. Faz fronteira com a Síria ao norte e a leste e com Israel ao sul. A localização do Líbano, no cruzamento da bacia do Mediterrâneo e a região árabe tem ditado a sua história rica, às vezes violenta, e a forma da sua identidade cultural única em diversidade étnica e religiosa.[4]

Os primeiros indícios de civilização no Líbano remontam a mais de 7 000 anos de história registrada.[5] O Líbano foi o local de origem dos fenícios, uma cultura marítima que floresceu durante quase 2 500 anos (3 000−539 a.C.). Após o colapso do Império Otomano após a Primeira Guerra Mundial, as cinco províncias que compõem o Líbano moderno ficaram sob mandato da França. O Líbano estabeleceu um sistema político único em 1942, conhecido como confessionalismo, um mecanismo de partilha de poder com base em comunidades religiosas.[6] Foi criado quando os franceses expandiram as fronteiras do monte Líbano, que era maioritariamente habitado por católicos maronitas e drusos, para incluir mais elementos muçulmanos. O país ganhou a independência em 1943, e as tropas francesas se retiraram em 1946.

Antes da Guerra Civil Libanesa (1975-1990), o país vivia um período de relativa calma e prosperidade, impulsionada pelo turismo, agricultura e serviços bancários.[7] Por causa de seu poder financeiro e diversidade, o Líbano era conhecido em seu auge como o "Suíça do Oriente".[8] O país atraiu um grande número de turistas,[9] tal que a capital Beirute era referida como "Paris do Oriente Médio". No final da guerra, houve grandes esforços para reanimar a economia e reconstruir a infra-estrutura do país.[10]

Até julho de 2006, o Líbano desfrutou de uma estabilidade considerável, a reconstrução de Beirute estava praticamente concluída[11] e um número crescente de turistas se hospedavam nos resorts do país.[9] Em seguida, a guerra de 2006 entre Israel e o Hezbollah causou a morte de civis e pesados e significativos danos na infraestrutura civil do Líbano. O conflito durou de 12 de julho daquele ano até um cessar-fogo patrocinado pela ONU em 14 de agosto.[12]

História

Ver artigo principal: História do Líbano

O Líbano é um país do oeste asiático situado no extremo leste do mar Mediterrâneo, limitado ao norte e a leste pela Síria e ao sul por Israel, na região do Crescente Fértil, onde surgiram as primeiras grandes civilizações. É, junto com a Síria, uma das pátrias históricas dos fenícios, negociantes semitas da Antiguidade, cuja cultura marítima floresceu na região durante mais de 7000 anos e que criaram o primeiro alfabeto, do qual saíram todos os demais, tanto semíticos como indo-europeus. Foram os fenícios que fundaram Cartago, a maior rival de Roma na Antiguidade. Outras cidades importantes eram: Tiro, Sídon, Biblos e Arvad que mantiveram sua importância durante o domínio romano. Com a conquista de Alexandre Magno em [[332}x a.C.|332}x a.C.]], a regiao ficou integrada na civilização helenística. Seguiu-se a dominação do Egipto ptolemaico, que por sua vez foi seguida pela dominação do Império Selêucida.

No século I a.C., o Líbano passou a fazer parte do Império Romano e, em seguida do Império Bizantino, sendo introduzido o cristianismo na região. A conquista árabe do século VII introduziu a atual língua do país, o árabe, bem como a religião islâmica. Durante a Idade Média o território que hoje é o Líbano esteve envolvido nas cruzadas quando então foi disputado pelo Ocidente cristão e pelos árabes muçulmanos. No século XII, o sul do Líbano esteve integrado no reino latino de Jerusalém. Foi depois ocupado pelos turcos do Império Otomano em 1516.

Entre o fim do século XIX e o início do século XX, grandes quantidades de libaneses de diferentes etnias e religiões fugiram de conflitos bélicos e perseguições religiosas. Muitos migraram para a América, estabelecendo-se em países como os Estados Unidos, a Argentina e o Brasil (ver Imigração árabe no Brasil).

O fim da Primeira Guerra Mundial trouxe consigo o fim do Império Otomano e a ocupação da Mesopotâmia e da Palestina pelas tropas francesas e britânicas. Reconhecida a importância que petróleo teve durante a guerra, as potências ocupantes decidiram controlar todo este vasto território e impedir o acesso alemão aos poços de petróleo de Kirkuk [13]. As divisões previamente estipuladas pelo Acordo Sykes-Picot elaborado ainda em tempo de guerra foram alteradas em San Remo. o Líbano foi colocado sob o mandato francês, confirmado pela Sociedade das Nações em 1922. A República Libanesa foi criada em 1926. Durante a Segunda Guerra Mundial, o país foi ocupado (1941-1945), pelas forças da França apoiadas pelo Reino Unido.

Cartago e suas dependências no século III a.C. Era um dos assentamentos fenícios no Mediterrâneo ocidental
Sarcófago de Ahiram, rei de Biblos, hoje no Museu Nacional de Beirute.
Beirute em 1982, durante a Guerra Civil Libanesa

A independência foi conquistada em 1943, sendo o país considerado, sob o ponto de vista financeiro, a "Suíça do Oriente". Por ali eram feitas grandes negociações de petróleo. Sob o ponto de vista turístico, era comparado ao Mónaco do Oriente; possuía casinos e hotéis de luxo, porém, disputas crescentes entre cristãos e muçulmanos, exacerbadas pela presença de refugiados palestinos, minaram a estabilidade da república. A hostilidade entre os grupos cristãos e muçulmanos levou a uma guerra civil e a intervenção armada (1976) pela Síria, com apoio dos EUA e de Israel. As atividades da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), levaram à invasão e ocupação israelense (1978), da parte sul do Líbano. Uma força de paz da ONU tentou sem sucesso estabelecer uma zona intermediária. Em 1982, Israel promoveu uma segunda grande invasão militar que provocou a saída de palestinos. As forças de paz da ONU retornaram aquela região quando houve o massacre de civis palestinos em Sabra e Chatila, realizado por falangistas do Kataeb, como vingança pelo assassínio do presidente e líder do partido Bachir Gemayel, supostamente cometido por guerrilheiros palestinos. Embora Israel não tenha participado no massacre vários jornalistas presentes nos campos afirmam que o exército israelense não podia ter deixado de saber o que se passava nos campos de refugiados [14]. A Síria interveio novamente em 1987 para acabar com a luta entre as forças muçulmanas aliadas. Israel criou o Exército do Sul do Líbano, em 1982, e ocorreram cerca de vinte invasões aéreas israelitas durante o ano de 1988.

No mesmo ano, o comando libanês cindiu-se com o fim do mandato de Amin Gemayel, irmão de Bachir, e o país passou a ter dois primeiros-ministros ( o sunita Selim Hoss, que era o primeiro-ministro de fato e de direito de acordo com a Constituição e o general cristão Michel Aoun, indicado por Gemayel) e nenhum presidente. Em 1689]], foi negociado um acordo na Arábia Saudita (Acordo de Taif), nele o domínio maronita no comando deveria ser reduzido. Apesar da relutância, uma frágil paz foi estabelecida sob a protecção da Síria que foi formalizada por um tratado em 1991. A tensão no sul do país continuou, com os contra-ataques guerrilheiros do Hezbollah, apoiados pelo Irã e pela resistência laica árabe (palestinos, comunistas libaneses e palestinos e pan-sirianistas), contra a ocupação deste território libanês pelo exército israelense e pelo ESL.

Em 1996, agressões israelenses provocaram a intervenção dos Estados Unidos e da França. Com a participação da Síria, do Líbano e de Israel, foi aberta uma negociação que ficou conhecida como "entendimento de abril" que reconheceu o direito de resistência contra a ocupação do exército israelita e a milícia pró-israelita chamada Exército do Sul do Líbano, com as devidas salvaguardas da população civil e da infraestrutura do país.

A resistência libanesa obedeceu ao "entendimento de abril" não violando os seus termos. O que tem ocorrido desde então são ações de legítima defesa da resistência libanesa contra a ocupação que causaram o descontrole do exército israelita, o qual começou a perpetuar ataques contra o Líbano, como os do dia 8 de fevereiro de 2000]. Finalmente, em maio de 2000, Israel, sob pressão da resistência, se retirou de grande parte do sul do Líbano. A retirada foi repentina para provocar uma guerra civil em pequena escala. Entretanto, os libaneses reclamam da ocupação israelense das Fazendas de Chebaa, região contínua às Colinas do Golã. [carece de fontes?]

Após a retirada israelense em 2000, surgiram pressões para a retirada das tropas sírias do país. O ditador sírio, Bashar al-Assad, filho e sucessor de Hafez al-Assad, que entrou no poder em 2001, iniciou a retirada de alguns contingentes sírios no mesmo ano, reduzindo o número de efetivos de 30 mil para 15 mil soldados. Com a nova administração de George W. Bush, iniciada em 2001, e seu projeto neo-conservador, os americanos deixaram de apoiar a presença síria no Líbano. Depois das resoluções da ONU que se imiscuíram na política interna do Líbano e o assassinato do ex-primeiro-ministro Rafic Hariri, em 14 de fevereiro de 2005, um fervor nacional percorreu o Líbano, com milhares de pessoas nas ruas exigindo a total retirada das tropas sírias, o que ocorreria a 27 de abril de 2005. Este movimento patriótico ficou conhecido por Revolução dos Cedros e teve a colaboração mais ou menos ativa de todas as confissões religiosas.

No verão de 2003 e depois da captura de dois soldados israelitas pelo Hezbollah, Israel bombardeia todo o país, destruindo a sua infraestrutura, e causando milhares de vítimas, partido depois para uma invasão terrestre, condenada a nível internacional. Esta última invasão israelita deixou sequelas na frágil coligação governamental, com os ministros ligados ao Hezbollah a abandonar o governo de unidade nacional presidido pela coligação pro-ocidental "14 de março". Durante o ano de 2007 assistiu-se a um deteriorar das relações entre ambos os blocos que se traduziu na impossibilidade da eleição de um novo Presidente da República após o fim do poder do Presidente pró-sírio Émil Lahoud a 22 de novembro de 2007. A tensão entre o movimento pró-sírio e o movimento pró-ocidental culminou na investida do Hezbollah contra o partido do primeiro-ministro Fouad Siniora e seus aliados, que implicou uma invasão armada da cidade de Beirute em maio de 2007. Após uma ronda de conversações de paz no Qatar, as partes acordaram na formação de um novo comando e na por no poder um novo Presidente, o general Michel Suleiman.

Geografia

Imagem de satélite do Líbano. Cobertas de Neve podem ser vistos o Monte Líbano e o Antilíbano.
Ver artigo principal: Geografia do Líbano

Possuindo um formato semelhante ao de um trapézio isósceles, o Líbano alonga-se pelo lado leste do mar Mediterrâneo, com seu comprimento quase três vezes o lado maior ao sul, que faz fronteira com sucessivas áreas em litígio desde 1947 e a oeste com a Síria. Quando se estica no sentido sul norte, a largura de seu território torna-se mais fina.

O clima do Líbano é do tipo mediterrâneo moderado, com Verões quentes e secos e Invernos frios e chuvosos. A pluviosidade é maior nas áreas montanhosas e no Vale do Bekaa do que na costa. Nas montanhas do Monte-Líbano cai neve que permanece nos cumes até ao começo do Verão.

O rio Litani é o único grande rio do Sudoeste Asiático que não cruza uma fronteira internacional.

Alguns dos fenômenos que atualmente atingem o meio-ambiente são erosão do solo, desertificação, poluição do ar devido ao tráfego de automóveis em Beirute e devido à queima de resíduos industriais, poluição de águas costeiras. Alguns dos acordos internacionais que Líbano assinou incluem o da biodiversidade, da mudança climática, desertificação, resíduos tóxicos, lei do mar, proteção da camada de ozônio e poluição marítima.

Demografia

O Líbano é um dos lugares com maior diversidade religiosa do Oriente Médio.
Ver artigo principal: Demografia do Líbano

A população do Líbano é composta por diversos grupos étnicos e religiosos: muçulmanos (xiitas e sunitas), cristãos (maronitas, ortodoxos gregos, melquitas greco-católicos, cristãos armênios, cristãos assírios, coptas) e outras, incluindo as seitas alauíta e drusa, e uma pequena comunidade judaica. No total o estado reconhece a existência de dezoito comunidades religiosas. 59.7% dos libaneses são muçulmanos e 39% cristãos (divididos por entre os grupos enunciados).[15]

Segundo dados de Julho de 2006 a população do Líbano é de 3 874 050 habitantes. No tocante à estrutura etária 66% da população tem entre 15 e 64 anos, com uma esperança de vida situada nos 70 anos para os homens e nos 75 anos para as mulheres. A população distribui-se principalmente pelas cidades do litoral (32% em Beirute e na sua periferia) e 20% na província do Líbano Norte.

Política

Ver artigo principal: Política do Líbano
Parlamento do Líbano

O Líbano é uma democracia parlamentar regida pela constituição de 23 de maio de 1926, que foi alvo de várias emendas, a mais importante das quais ocorreu em 1989. Esta constituição consagra a divisão do poder em três ramos, o executivo, legislativo e judicial. Segundo a lei, os cargos de presidente, primeiro-ministro e porta-voz do parlamento devem ser ocupados respectivamente por um cristão maronita, por um muçulmano sunita e por um muçulmano xiita.

Saad Hariri, ex-primeiro-ministro do Líbano

O poder executivo recai sobre o presidente da República Líbanesa, que nomeia para tal função o primeiro-ministro e o resto do Gabinete, nos quais exercem dita função, reservando-se ao Presidente da República amplas competências. A Assembleia Nacional elege o presidente por períodos de seis anos.[16] O atual presidente do Líbano é Michel Suleiman (desde maio de 2008) e o primeiro-ministro é Fuad Siniora (desde 30 de junho de 2005). O Líbano estava sem presidente desde novembro de 2007, por causa de um impasse entre a situação, que apoia os governos ocidentais, e a oposição, liderada pelo grupo xiita Hezbollah – que tem o apoio da Síria.

O poder legislativo é exercido pela Assembleia Nacional (em árabe: Majlis Alnuwab; em francês: Assemblee Nationale) composta por 128 membros eleitos por sufrágio universal para um poder de quatro anos.[16] A assembleia de representantes é multirreligiosa. As últimas eleições para a assembleia tiveram lugar em maio e junho de 2005. O voto é obrigatório para todos os homens a partir dos vinte e um anos de idade, sendo permitido votar às mulheres a partir da mesma idade.[17]

De acordo com as leis islâmicas que imperam no Líbano, em um casamento, o pai é quem tem poder sobre a esposa e os filhos. Mesmo em caso de desaparecimento do pai, quem fica responsável pelo filho não é a mãe, é a família do pai.[carece de fontes?].

Divisões administrativas

Divisões administrativas do Líbano.
Ver artigo principal: Subdivisões do Líbano

O Líbano divide-se em seis províncias (árabe: muhafazat; singular muhafazah). Entre elas encontra-se Beirute, a menor de todas em extensão (19,8 km² e que tem como capital a própria cidade de Beirute), mas que é a mais populosa, industrializada e rica de todo o país, além de ser centro financeiro e turístico de todo o Oriente Médio.

As seis províncias e as respectivas capitais são:

  1. Beirute: Beirute
  2. Monte Líbano: Baabda
  3. Líbano Setentrional (ou Líbano Norte): Trípoli
  4. Bekaa: Zahleé
  5. Nabatieh: Nabatieh
  6. Líbano Meridional (ou Líbano Sul): Sídon

Economia

Ver artigo principal: Economia do Líbano
Beirute, capital e maior cidade do país.

A economia do Líbano, tal como a sua qualidade de vida, já chegou das mais prósperas de todo o Oriente Médio, porém os conflitos internos e externos abalaram a economia libanesa sobremaneira.

Com o término do último conflito interno e a recuperação da estabilidade política, o país mobilizou-se na reconstrução. Para realizá-la, o Líbano recebeu de imediato cerca de US$ 15 mil milhões (bilhões) de países como França e Alemanha e, atualmente, também dos Estados Unidos. Com a infra-estrutura reconstruída, a economia voltou a crescer com uma das mais altas taxas do mundo, tornando-se um pólo de crescimento na região. A capital, Beirute (apelidada de "a Paris do Oriente") voltou a ganhar destaque no cenário regional, sediando vários eventos.

O país voltou a ser chamado de "Suíça do Oriente" devido às atividades financeiras ali realizadas. A reconstrução de monumentos e infra-estrutura tem atraído o turismo que cresce a cada ano.

Atualmente, o Líbano possui um dos mais elevados padrões de vida do Médio Oriente (há poucos anos - quando a guerra civil ainda fazia parte do cotidiano do país, o país tinha a pior qualidade de vida da região).

O PIB do Líbano tem mantido uma alta taxa de crescimento anual que, desde o final da guerra, tem se mantido entre 5,5% à 7% anuais. Eis alguns dados sobre a economia libanesa:

  • Produto Interno Bruto (2003): US$ 19 mil milhões.
  • Participação no PIB: Turismo e comércio: 60%, Agricultura: 20%, Indústria: 20%
  • Principais produtos agropecuários: cítricos, uva, tomate, maçã, hortaliças, batata, azeitona, tabaco; criação de ovelhas e cabras
  • Indústrias principais: atividades financeiras, turismo, processamento de alimentos, joalheria, cimento, têxteis, produtos minerais e químicos, refino de petróleo, metalurgia.

Infraestrutura

Transportes

Aeroportos

O Líbano possui poucos aeroportos, são alguns poucos militares, algumas bases aéreas em algumas cidades, e o principal do país, o único internacional da nação, o Aeroporto Internacional de Beirute, rebatizado após o atentado que matou o ex-primeiro-ministro do país e passou a se chamar Aeroporto Internacional Rafik Hariri. Moderno, o aeroporto atende a grandes empresas aéreas do mundo, e é parada de escala para grande números de voos que vão de países do Ocidente para países do Extremo Oriente e Oriente Médio.

Portos

O Líbano possui vários portos por seu litoral, porém três merecem maior destaque. Sídon, no sul do Líbano: seu porto é também chamado de porto petrolífero, já que atende os países produtores de petróleo no comércio e na exportação de produtos desses países para a União Europeia e Estados Unidos.

Trípoli, no norte do Líbano: importante porto do norte do país, atende mercadorias em geral, porém não possui a mesma magnitude que o porto da capital Beirute, a capital e maior cidade do Líbano. Além de Beirute ser a porta de entrada do Líbano por via aérea, é também por mar, já que possui o maior e o mais bem equipado porto de todo o país, é também considerado o porto mais movimentado do Mediterrâneo Oriental. Abastece todo o país e exporta toda sua produção, além de ser também o ponto de acolhimento de vários turistas

Estradas

As estradas libanesas em geral estão em bom estado e poucas são as estradas não pavimentadas, com os pesados bombardeios de Israel ao Líbano, todo seu sistema rodoviário ficou comprometido

Ferrovias

A primeira linha ferroviária instalada no país data de 1895, quando o país era ainda parte integrante do Império Otomano e estabelecia a ligação entre Beirute e Damasco. Em 1906, uma segunda linha foi construída desta feita entre Riayk, situada no vale de Bekaa e a cidade de Alepo. Cinco anos depois, esta linha abriu uma ramificação de Homs na atual Síria, até Tripoli. Quando o Líbano se tornou um país independente, a linha de Trípoli ficou isolada da rede.

Durante a Segunda Guerra Mundial as tropas aliadas prolongaram a linha de Trípoli pel costa até Haifa. O Estado libanês acabou por adquirir os direitos sobre a linha, mas quando as relações entre o Líbano e Israel se deterioraram a linha deixou de funcionar até Haifa passando a terminar em Naqoura.

A rede ferroviária não sofreu mais alterações até o início da Guerra Civil Libanesa ao longo da qual foi quase completamente destruída. A última viagem de trem foi em 1977. Desde o final da guerra civil que algumas propostas têm sido feitas no sentido de recuperar a rede ferroviária, mas nada tem sido feito.

Hidrovias

Devido ao fato de seu território margear uma extensão montanhosa o Líbano possui pequenos cursos de água que não chegam a desaguar no Mediterrâneo. Suas nascentes são nas montanhas que fazem fronteira com a Síria e nenhum dos rios é navegável.

Cultura

Ver artigo principal: Cultura do Líbano

O Líbano possuí uma riquíssima cultura herdada desde remotas épocas, de influências que vão da Fenícia ao Império Romano e ao mundo árabe.

A cultura árabe como um todo - na qual a cultura libanesa está inserida - se destaca das demais por sua música, religião, danças entre outros aspectos. No Líbano é muito comum a dabke, dança em que várias pessoas dançam ao mesmo tempo de mãos dadas e andando em círculos através dos passos que conduz.

O árabe é a língua oficial do país, sendo falado na sua forma de dialecto libanês. Este dialecto é inteligível para os arabofónos do Médio Oriente, caracterizando-se pela presença de várias palavras estrangeiras oriundas do francês, inglês, turco e italiano.

O francês e o inglês são as segundas línguas do país, sendo entendidas por cerca de 50% da população. A língua armênia é utilizada pela minoria armênia do país.

O Líbano conta com vinte universidades, entre as quais se encontram a Universidade Libanesa, a Universidade Americana (desde 1886) e Universidade São José (desde 1875).

Desportos

O Líbano não possui muito destaque nos desportos, os mais populares são o Basquete e o Futebol. Conquistou quatro medalhas em todos os Jogos Olímpicos de que participou (duas medalhas de prata e duas medalhas de bronze).

Jogos Olímpicos

O desporto de melhor desempenho olímpico do país é a luta greco-romana, que conquistou três das quatro medalhas da nação.

Luta greco-romana:

Levantamento de peso:

Basquete

O basquete libanês é o esporte que mais se destaca internacionalmente do país, número 24 do Ranking da Fiba e número 3 da ásia a seleção libanesa de basquete participou dos três últimos mundias de basquete (2002),(2006),(2010) e vencido uma vez a Stanković Cup (2010) que foi realizada em Beirute. Além disso, chegaram em segundo lugar por três vezes no Fiba Asia Championship, os clubes de basquete libaneses também se destacam com 4 títulos de clubes asiáticos.

Rugby

O rugby libanês é importante no cenário mundial também, ocupam a 11 (2009) posição do ranking mundial e participaram das copas do mundo de 2000 e de 2008 além de ganhar a copa do mediterrâneo.

Ver também

Notas

  1. República do Líbano é o termo mais comum, usado pelo governo libanês e suas agências. O termo República Libanesa, uma tradução literal dos nomes oficiais árabe e francês, também é usado, porém com menos frequência.

Referências

  1. «The Lebanese Constitution» (PDF). Presidency of Lebanon. Consultado em 20 Agosto 2011 
  2. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), ed. (14 de março de 2013). «Relatório de Desenvolvimento Humano 2013 – Ascensão do Sul: progresso humano num mundo diversificado» (PDF). Consultado em 15 de março de 2013 
  3. Embaixada do Líbano no Brasil, "O Líbano/Língua"
  4. McGowen, Afaf Sabeh (1989), «Historical Setting», in: Collelo, Thomas, Lebanon: A Country Study, Area Handbook Series 3rd ed. , Washington, D.C.: The Division, OCLC 18907889, consultado em 24 de julho de 2009 
  5. Dumper, Michael; Stanley, Bruce E.; Abu-Lughod, Janet L. (2006). Cities of the Middle East and North Africa. [S.l.]: ABC-CLIO. p. 104. ISBN 1576079198. Archaelogical excavations at Byblos indicate that the site has been continually inhabited since at least 5000 B.C. 
  6. Countries Quest. "Lebanon, Government". Retrieved 14 December 2006.
  7. U.S. Department of State (January 2009). "Background Note: Lebanon". Retrieved July 21, 2009.
  8. Moubayed, Sami (5 de setembro de 2007). «Lebanon douses a terrorist fire». Asia Times. Consultado em 27 de outubro de 2009 
  9. a b Anna Johnson (2006). "Lebanon: Tourism Depends on Stability"[ligação inativa]. Retrieved 31 October 2006.
  10. Canadian International Development Agency. "Lebanon: Country Profile". Retrieved 2 December 2006.
  11. Center for the Study of the Built Environment. "Deconstructing Beirut's Reconstruction: 1990-2000". Retrieved 31 October 2006.
  12. «Security Council calls for end to hostilities between Hizbollah, Israel, unanimously adopting Resolution 1701 (2006)». UN. Consultado em 14 de outubro de 2008 
  13. A House of Many Mansions: The history of Lebanon Reconsidered
  14. Robert Fisk: "Pity the Nation"
  15. CIA-the World Factbook, "Lebanon-2009"; UNDP, "Briefing Report: Living Conditions in Lebanon"
  16. a b Bureau of Democracy, Human Rights, and Labor. «Country Reports on Human Rights Practices - 2002: Lebanon» (em inglês). Consultado em 3 de Janeirode 2007  Parâmetro desconhecido |fecho= ignorado (ajuda); Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  17. bbc.co.uk

Ligações externas

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