Usuário:Bageense/Testes/FSP

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Foro de São Paulo
(FSP)
Bageense/Testes/FSP
Tipo Organização internacional
Fundação julho de 1990 (33 anos)
Estado legal Ativo
Propósito Segundo o próprio grupo: aprofundar o debate e procurar avançar com propostas de unidade de ação consensuais na luta anti-imperialista e popular, promover intercâmbios especializados em torno dos problemas econômicos, políticos, sociais e culturais que a esquerda continental enfrenta.
Sede Não possui sede oficial
Membros 111 partidos políticos e organizações de esquerda de toda a América Latina[1]
Línguas oficiais Espanhol, português e inglês
Organização
Sítio oficial www.forodesaopaulo.org

O Foro de São Paulo (FSP) é uma conferência de partidos políticos e organizações de esquerda criada em 1990 a partir de um seminário internacional promovido pelo Partido dos Trabalhadores do Brasil,[2] que convidou outros partidos e organizações da América Latina e do Caribe para discutir alternativas às políticas dominantes na região durante a década de 1990, chamadas de "neoliberais",[3] e para promover a integração latino-americana no âmbito econômico, político e cultural.

Segundo a organização, atualmente mais de 100 partidos e organizações políticas de diversos países participam dos encontros. As posições políticas variam dentro de um largo espectro, que inclui partidos social-democratas; extrema-esquerda; organizações comunitárias, sindicais e sociais; esquerda cristã, grupos étnicos e ambientalistas; organizações nacionalistas; e partidos comunistas.

A primeira reunião do Foro foi realizada em São Paulo em 1990. Desde então, o Foro tem acontecido a cada um ou dois anos, em diferentes países: México (1991), Manágua, Nicarágua (1992); Havana, Cuba (1993); Montevidéu, Uruguai (1995); San Salvador, El Salvador (1996); Porto Alegre, Brasil (1997); Cidade do México, México (1998); Niquinohomo, Nicarágua (2000); Havana (2001), Antígua, Antígua e Barbuda (2002); Quito, Equador (2003); São Paulo (2005); San Salvador (2007); Montevidéu (2008); Cidade do México (2009), Buenos Aires, Argentina (2010); Manágua (2011); Caracas, Venezuela (2012); São Paulo (2013), La Paz, Bolívia (2014), Cidade do México (2015), San Salvador (2016) e Nicarágua (2017). Foram 23 encontros no total.[4]

O Foro de São Paulo é alvo de diversas críticas, geralmente vindas da direita, que denuncia a falta de transparência das atividades do grupo e que o mesmo seria uma organização que visa o controle supranacional da política, ferindo a soberania dos países e integrando a América Latina sob uma ideologia socialista. Ligações do grupo com o narcotráfico e grupos terroristas como as FARC também são denunciados.

História[editar | editar código-fonte]

O primeiro encontro foi na cidade de São Paulo, em julho de 1990, e conseguiu reunir 48 partidos e organizações de 14 países latino-americanos e caribenhos, atendendo o convite do Partido dos Trabalhadores.[5] Essas organizações reuniram-se visando debater a nova conjuntura internacional pós-queda do Muro de Berlim (1989) e elaborar estratégias para fazer face ao embargo dos Estados Unidos a Cuba. O encontro chavama-se Encontro de Partidos e Organizações de Esquerda da América Latina e do Caribe.

No encontro seguinte, realizado na Cidade do México, em 1991, com a participação de 68 organizações e partidos políticos de 22 países, examinou-se a situação e a perspectiva da América Latina e do Caribe frente à reestruturação hegemônica internacional. Na ocasião, consagrou-se o nome "Foro de São Paulo".

Após esse encontro, o Foro não parava de crescer. No ano seguinte, em Havana (Cuba), já contava com a participação de 30 países e o número de participantes havia aumentado exponencialmente.[6]

Posicionamentos[editar | editar código-fonte]

18º encontro do Foro de São Paulo, em Caracas, Venezuela.

Os objetivos iniciais do Foro de São Paulo estão expressos na "Declaração de São Paulo", documento que foi aprovado no final do primeiro encontro, na cidade de São Paulo, em 1990. O texto deste documento ressalta que o objetivo do foro é aprofundar o debate e procurar avançar com propostas de unidade de ação consensuais na luta anti-imperialista e popular, promover intercâmbios especializados em torno dos problemas econômicos, políticos, sociais e culturais que a esquerda continental enfrenta após a queda do muro de Berlim. O documento afirmou que o encontro foi inédito por sua amplitude política e pela participação das mais diversas correntes ideológicas da esquerda[7]

Por fim, a Declaração diz encontrar "a verdadeira face do Império" nas renovadas agressões à Cuba e também à Revolução Sandinista na Nicarágua, no aberto intervencionismo e apoio ao militarismo em El Salvador, na invasão e ocupação militar norte-americana do Panamá, nos projetos e passos dados no sentido de militarizar zonas andinas da América do Sul sob o pretexto de lutar contra o “narcoterrorismo”. Assim, eles reafirmam sua solidariedade em relação à revolução cubana e à Revolução Sandinista, e também seu apoio em relação às tentativas de desmilitarização e de solução política da guerra civil de El Salvador, além de se solidarizarem com o povo panamenho e com os povos andinos que "enfrentam a pressão militarista do imperialismo".[7]

Um dos temas centrais previstos para o encontro do Foro de São Paulo em Montevidéu (dias 22 a 25 de maio de 2008) foi a reivindicação de renegociação do tratado de criação da Usina Hidrelétrica de Itaipu Binacional. O presidente do Paraguai, Fernando Lugo de esquerda, é membro do Foro de São Paulo e deseja aumentar a receita paraguaia proveniente da Usina de Itaipu, fixada no tratado de constituição da hidroeléctrica, de 1973.

Em Janeiro de 2010, o Partido da Esquerda Europeia - uma coalizão ampla de partidos de esquerda na Comunidade Económica Europeia - expressou na abertura de seu terceiro congresso seu interesse em estreitar os laços com o Foro de São Paulo.

Organização[editar | editar código-fonte]

Mapa mostrando membros do FSP em setembro de 2011. Percebe-se a dominância quase total do continente.

O Foro funcionou sem um grupo executivo apenas na sua primeira edição. No segundo encontro, realizado na cidade do México, em 1991, foi criado o chamado "Grupo de Trabalho", encarregado de "consultar e promover estudos e ações unitárias em torno dos acordos do Foro". Já na reunião realizada em Montevidéu (1995), foi criado o Secretariado Permanente do FSP.

Essas instâncias têm sua composição decidida a cada encontro e já foram integradas por organizações como: Partido dos Trabalhadores (Brasil); Izquierda Unida (Peru); Partido Comunista de Cuba; Partido da Revolução Democrática (México); Movimiento Bolivia Libre (Bolívia), entre diversos outros.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC)[8][9][10] foram excluídas do Foro a partir de 2002, após abandonarem as negociações para um acordo de paz na Colômbia e enveredarem pelo caminho dos sequestros, como da senadora Ingrid Betancourt, e do narcotráfico para financiar sua causa.[11] O grupo tentou participar de duas reuniões subsequentes (em 2004 e 2008), porém não obteve sucesso. No ano de 2008 sua presença foi barrada pelo PT, que ocupava a secretaria-executiva da entidade.[12]

Participantes em governos[editar | editar código-fonte]

Os seguintes países são governados por presidentes cujos partidos políticos são membros do Foro de São Paulo:

Membros oficiais[editar | editar código-fonte]

Lista de alguns dos membros mais notórios do Foro de São Paulo, ordenados por país:[13]

País Nome Situação
 Argentina Partido Comunista da Argentina na oposição
 Barbados Partido do Empoderamento do Povo sem representação
 Bolívia Partido Comunista da Bolívia apoia o governo
Movimento para o Socialismo no governo
 Brasil Partido dos Trabalhadores
Partido Comunista do Brasil
Partido Democrático Trabalhista
Partido Comunista Brasileiro
Partido Socialista Brasileiro
Partido Popular Socialista
Partido Pátria Livre
na oposição
 Chile Esquerda Cidadã no governo
Movimento Amplo Social no governo
Partido Comunista do Chile no governo
Partido Humanista Chile na oposição
Partido Socialista do Chile no governo
 Colômbia Polo Democrático Alternativo na oposição
Partido Comunista Colombiano na oposição
Marcha Patriotica na oposição
Presentes por el Socialismo na oposição
Costa Rica Frente Ampla na oposição
 Cuba Partido Comunista de Cuba estado de partido único
Dominica Partido Trabalhista da Dominica no governo
República Dominicana Partido da Libertação Dominicana no governo
Equador Alianza País no governo
El Salvador Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional no governo
 Guatemala União Revolucionária Nacional Guatemalteca na oposição
Guiana Aliança do Povo Trabalhador na oposição
Honduras Liberdade e Refundação na oposição
Partido Unificação Democrática na oposição
 Martinique Partido Comunista para a Independência e o Socialismo
Conselho Nacional de Comitês Populares
sem representação
 México Partido da Revolução Democrática
Partido do Trabalho
Partido Popular Socialista (México)
na oposição
Partido Comunista do México
Partido dos Comunistas Mexicanos
sem representação
Nicarágua Frente Sandinista de Libertação Nacional no governo
 Paraguai Partido Comunista Paraguaio na oposição
Partido País Solidário na oposição
 Peru Partido Comunista Peruano
Partido Socialista
Partido Nacionalista Peruano
no governo
 Porto Rico Partido Nacionalista de Porto Rico
Frente Socialista
Movimento Independentista Nacional Hostosiano
sem representação
Uruguai Frente Ampla no governo
 Venezuela Partido Socialista Unido da Venezuela no governo

Críticas e controvérsias[editar | editar código-fonte]

Em 1997, o advogado José Carlos Graça Wagner acusou o Foro de ser uma organização internacional que objetivava o domínio político de países latino-americanos, alegando que a conferência reunia partidos ilegais e grupos terroristas ligados ao tráfico internacional de drogas.[14] Ainda de acordo com José Carlos Graça, o Foro visa manter o castrismo em Cuba e fazê-lo expandir-se para o continente, e para tal, usa o MST como ponta-de-lança.[15]

Luiz Felipe Lampreia ex-Ministro das Relações Exteriores, disse, em entrevista para a Globo News, que “O que explica a confusão da América Latina é o Foro de São Paulo”.[16] No último capítulo de seu livro O Brasil e os ventos do mundo: memórias de cinco décadas na cena internacional, Lampreia escreveu que, "O PT impulsionou o Foro de São Paulo (…). Nesses encontros, forjou-se um pacto de solidariedade visando chegar ao poder e tudo fazer para conservá-lo. A solidariedade vem daí e explica a leniência com que nosso governo aceitou os agravos de Hugo Chávez e Evo Morales (…). Chávez não tem nenhum poder de convocatório no Brasil, mas penso que faríamos bem em manter uma distância crescente do coronel."[17]

Em editorial de 13 de agosto de 2013, o jornal O Estado de S. Paulo, descrevendo a reunião como um foro anacrônico, aponta que os países participantes do foro tinham pior desempenho econômico do que os da Aliança do Pacífico. O editorial aponta ainda o fato de que todos os países que participam do Foro "padecem de burocratismo do aparelho estatal" que acometeu a União Soviética e seus satélites, e que não possuem perspectiva de conquistarem uma "verdadeira democracia social e de massas".[18]

Opositores do Foro de São Paulo dão destaque principalmente à participação da organização guerrilheira colombiana FARC nos encontros da organização, além de outros grupos também considerados criminosos por eles.[19][12][20][21] Entre estes grupos que se opõem ao Foro estão associações de intelectuais liberais como o UnoAmerica,[22] organização liderada pelo venezuelano Alejandro Peña Esclusa.

O fato da Lei dos Partidos Políticos supostamente proibir a associação de partidos com entidades estrangeiras[23] fez com que vários grupos de direita criticassem o fato do Partido dos Trabalhadores não ter seu registro cassado.

Um dos grandes críticos do Foro de São Paulo é o filósofo brasileiro Olavo de Carvalho, que o criticou em jornais e periódicos desde o início de suas atividades. Em um dos artigos do seu livro O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota, Olavo, referindo-se ao Foro, escreve que "nunca se viu, no mundo, em escala tão gigantesca, uma convivência tão íntima, tão persistente, tão organizada e tão duradoura entre a política e o crime”.[14] Em seu sítio Mídia Sem Máscara, o filósofo postou todas as supostas atas do Foro.[24]

A psicológa Graça Salgueiro, que já escreveu um livro sobre o FSP (O Foro de São Paulo) e estuda ele há mais de uma década, alardeia sobre a participação de membros das FARC e do ETA na organização, além de considerar intransparente o seu financiamento. Ela afirma que "(...) o objetivo dele, do Fidel Castro quando resolveu criar essa organização, foi muito claro: ele disse que pretendia recriar na América Latina o que se perdeu no Leste Europeu. Então foi assim que foi criado o Foro de São Paulo".[25][26]

Diante de uma consulta sobre o Foro de São Paulo, o então Ministro das Relações Exteriores, José Serra, alegou que “O Brasil não tem de estar aí (no foro), pois não é um país cucaracha”.[27]

Declarações de Lula[editar | editar código-fonte]

Lula em 20 de novembro de 2015

Em um discurso, Lula atribui parte da guinada à esquerda (fenômeno político ocorrido na América Latina na começo do milênio) ao FSP, que segundo os críticos, é uma organização pouco transparente e atua de formas duvidosas.[26]

Em outra ocasião, Lula faz a mesma afirmação, e acrescenta que os cubanos são exemplo de tolerância e convivencia pacífica.

Na celebração dos quinze anos do FSP, Lula fez um pronunciamento que foi criticado por Olavo de Carvalho como sendo uma confissão explícita de uma conspiração contra a soberania nacional. Em relação à formação do FSP, Lula disse:[26]

Ou seja, o FSP seria uma entitade que atua nos bastidores estabelecendo uma comunicação entre governos latinos de esquerda.[26]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Miembros del Foro de São Paulo ordenados por países:». Consultado em 31 de Julho de 2017 
  2. Valter Pomar (13 de maio de 2013). «Declaração Final dos Encontros do Foro de São Paulo (1990-2012)» (pdf). Website do Foro de São Paulo. 5 páginas. Consultado em 2 de agosto de 2013 
  3. Silva Amaral, Marisa. «Neoliberalismo na América Latina e a nova fase da Dependência» (PDF). unicamp. Consultado em 26 de fevereiro de 2017 
  4. «DECLARACIONES FINALES DE LOS ENCUENTROS». Consultado em 30 de Julho de 2017 
  5. «Foro de São Paulo Histórico do Foro de São Paulo». forodesaopaulo.org. Consultado em 19 de outubro de 2015 
  6. SALGUEIRO, Graça (2017). O Foro de São Paulo. [S.l.]: Observatório Latino. 210 páginas. ISBN 9780692803882 
  7. a b «Declaração Final dos Encontros do Foro de São Paulo (1990-2012)» (PDF). Secretaria de Relações Internacionais do PT. Maio de 2013. Consultado em 26 de fevereiro de 2017 
  8. «Farc. Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia». Brasil Escola. Consultado em 26 de fevereiro de 2017 
  9. «Home». farc-epeace.org (em inglês). Consultado em 26 de fevereiro de 2017 
  10. «The guerrilla groups in Colombia». www.unric.org (em inglês). Consultado em 26 de fevereiro de 2017 
  11. Rodrigo Rangel (30 de maio de 2008). Revista Época, ed. «De: Raúl Reyes Para: Lula». Época. Consultado em 22 de dezembro de 2015 
  12. a b Folha de S. Paulo, ed. (31 de maio de 2008). «PT barrou as Farc em foro da esquerda em São Paulo». Consultado em 22 de dezembro de 2015 
  13. «Miembros del Foro de São Paulo ordenados por países» (em espanhol). Website do Foro de São Paulo. 5 páginas. Consultado em 2 de agosto de 2013 
  14. a b «Conhecer o Foro de São Paulo é o mínimo para não ser um idiota». Livraria da Folha de S.Paulo. 19 de novembro de 2014. Consultado em 15 de janeiro de 2017 
  15. Graça Wagner, José Carlos (3 de fevereiro de 1998). «Conversão à vista?». Folha de S. Paulo. Consultado em 7 de janeiro de 2017 
  16. Grimaldo de Camargo, Silvio (24 de agosto de 2013). «Foro de São Paulo, 23 anos depois». Gazeta do Povo. Consultado em 27 de fevereiro de 2017 
  17. Lima, Mauricio (12 de maio de 2010). «Pouco diplomático». VEJA.com 
  18. «Um foro anacrônico». O Estado de S. Paulo. 10 de agosto de 2013. Consultado em 15 de janeiro de 2017 
  19. Azevedo, Reinaldo (30 de janeiro de 2008). «O Foro de São Paulo não é uma fantasia». Revista VEJA. Consultado em 27 de fevereiro de 2017 
  20. «Foro de São Paulo celebra iniciativas que aumentam controle da imprensa». www1.folha.uol.com.br. Folha de S.Paulo. 20 de agosto de 2010. Consultado em 27 de fevereiro de 2017 
  21. Noblat, Ricardo (31 de julho de 2010). «Conflito sem mediadores». Ricardo Noblat 
  22. Peña Esclusa, Alejandro (24 de fevereiro de 2009). «The Foro de São Paulo. A Threat to Freedom in Latin America.». www.unoamerica.org. UnoAmerica. Consultado em 27 de fevereiro de 2017 
  23. «Lei dos Partidos Políticos - Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995». www.tse.jus.br. Consultado em 4 de fevereiro de 2016 
  24. «Compilação da Atas do Foro de São Paulo» (PDF). Mídia Sem Máscara. Consultado em 1 de junho de 2017 
  25. Arantes, Larissa (14 de agosto de 2013). «Risco do Foro volta ao debate». O Tempo. Consultado em 31 de julho de 2017 
  26. a b c d e «Conheça o Foro de São Paulo, o maior inimigo do Brasil». VEJA. Consultado em 31 de Julho de 2017 
  27. País, Ediciones El (17 de maio de 2016). «O Brasil, a região e a encruzilhada da Venezuela». EL PAÍS 
  28. «Mensaje del Ex Presidente Lula Da Silva al XVIII Encuentro del Foro de Sao Paulo». YouTube. Consultado em 31 de Julho de 2017 
  29. «Lula explica a estratégia do Foro de São Paulo para chegar ao poder». YouTube. Consultado em 31 de Julho de 2017 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]