Usuário(a):Zac Salvatore/Testes/4

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 Nota: Para o filme com Adam Sandler, veja Bedtime Stories (filme).
Bedtime Stories
Zac Salvatore/Testes/4
Álbum de estúdio de Madonna
Lançamento 25 de outubro de 1994 (1994-10-25)
Gravação Fevereiro — Agosto de 1994
Gênero(s)
Duração 51:50
Formato(s)
Gravadora(s)
Produção
Cronologia de Madonna
Erotica
(1992)
Something to Remember
(1995)
Singles de Bedtime Stories
  1. "Secret"
    Lançamento: 27 de setembro de 1994 (1994-09-27)
  2. "Take a Bow"
    Lançamento: 6 de dezembro de 1994 (1994-12-06)
  3. "Bedtime Story"
    Lançamento: 13 de fevereiro de 1995 (1995-02-13)
  4. "Human Nature"
    Lançamento: 6 de junho de 1995 (1995-06-06)

es el sexto álbum de estudio de la cantante estadounidense Madonna, publicado por primera vez el 21 de octubre de 1994 por las compañías Maverick, Sire y Warner Bros. Records. Para la producción, colaboró con Dallas Austin, Babyface, Dave «Jam» Hall y Nellee Hooper con el objetivo de cambiar a un sonido más convencional y atenuar su imagen pública, tras enfrentar respuestas negativas crítica y comercialmente por proyectos sexualmente explícitos en 1992, especialmente con el álbum Erotica y el libro Sex. El lanzamiento del sencillo «I'll Remember» en marzo de 1994, para la banda sonora del filme With Honors, marcó el comienzo de esta nueva transformación y continuó con Bedtime Stories. De géneros pop y R&B, las letras exploran temas como el amor, la tristeza y el romance, pero con un enfoque más suave y reflexivo. No obstante, en otras canciones aborda la polémica en relación con sus trabajos anteriores, lo que los críticos analizaron como autobiográfico. Madonna también quería explorar la música club británica, cuyos géneros como el dub habían ganado popularidad, por lo que trabajó con la cantante islandesa Björk.

En términos generales, el disco obtuvo reseñas favorables de los críticos y periodistas musicales, quienes elogiaron la voz de la artista, la producción y la composición de las canciones. Asimismo, fue nominado a los premios Grammy de 1996 en la categoría de mejor álbum de pop. Desde el punto de vista comercial, debutó en la tercera posición de la lista Billboard 200 y recibió tres discos de platino por la Recording Industry Association of America (RIAA). Además, ingresó en el primer lugar en Australia y estuvo entre los cinco primeros en otros países europeos. En total, vendió un estimado de ocho millones de copias en el mundo.

Para la promoción del material, se publicaron cuatro sencillos: «Secret», «Take a Bow», «Bedtime Story» y «Human Nature», de los cuales el primero se convirtió en el 35.º tema consecutivo de Madonna en ubicarse entre los diez primeros puestos en Reino Unido, mientras que el segundo permaneció siete semanas en lo más alto del conteo Billboard Hot 100; sin embargo, los últimos dos no pudieron igualar el éxito de sus predecesores. La artista interpretó «Take a Bow» y «Bedtime Story» en los premios American Music y Brit, respectivamente. Sumado a ello, hubo planes de realizar una gira mundial, pero finalmente no se llevó a cabo debido a que Madonna había obtenido el papel principal en la película Evita, de 1996.

Publicado en una época en la que los medios y el público seguían cuestionando la carrera de la artista, esperaban que Bedtime Stories fuese publicitado como una disculpa luego de todos los escándalos que la rodearon años anteriores. Sin embargo, se negó a mostrar arrepentimiento y a abandonar su provocación sexual, y afirmó que había sido malinterpretada. Tras su publicación, algunos medios lo reconocieron como uno de los mejores álbumes de 1994 y la revista Slant lo incluyó dentro de los mejores de la década de 1990. En reseñas retrospectivas, numerosos críticos lo consideraron no solo uno de los trabajos más destacados de Madonna, sino también de sus materiales más infravalorados y progresistas.

Antecedentes e lançamento[editar | editar código-fonte]

Babyface (imagem), um dos produtores de Bedtime Stories.

Em 1992, Madonna lançou seu controverso livro Sex e seu quinto álbum de estúdio Erotica, ambos os quais continham temáticas sexuais explícitas e de fantasias voyeurísticas, estrelando também o filme de terror erótico Body of Evidence. No primeiro semestre de 1994, sua aparição no Late Show with David Letterman foi notada por seu polêmico comportamento; na ocasião, ela fez uso de palavras obscenas diversas vezes, que tiveram de ser censuradas na televisão, entregando a Letterman uma calcinha supostamente usada e pedindo para que ele a cheirasse. Este foi o episódio de um talk-show mais censurado da história televisiva estadunidense, rendendo também ao programa uma de suas maiores audiências.[1][2] Os lançamentos do livro, álbum e filme sexualmente explícitos e o comportamento desrespeitoso no programa de Letterman fizeram com que a mídia considerasse Madonna como uma renegada sexual. Críticos e fãs reagiram negativamente a conduta da cantora, ao comentarem que "ela tinha ido longe demais" e que sua carreira estava em declínio.[3] Nas palavras de Joe Lynch, da Billboard: "Pela primeira vez em uma década de estrelato, as pessoas não estava mais chocadas com suas travessuras e, pior ainda, muitas delas estavam cansadas". Em meio ao ápice das críticas do público e da mídia em relação à sua imagem sexual, Madonna decidiu mudar sua personalidade. A primeira tentativa foi o lançamento da balada "I'll Remember" para a trilha sonora do filme With Honors, que foi bem recebida criticamente e comercialmente.[4]

Sobre esse período de sua carreira, ela afirmou que houve um tempo em que "não dava para abrir um jornal ou uma revista e não ler algo incrivelmente contundente sobre mim. Sinto que fui mal interpretada. Tentei fazer uma declaração sobre se sentir bem consigo mesmo e explorar sua sexualidade, mas as pessoas entenderam que eu estava induzindo a que se saísse por aí fazendo sexo com qualquer um. Então decidi me desvencilhar porque era nisso que todo mundo acabava focando. Sexo é um assunto tão tabu e uma distração que prefiro nem mesmo aborda-lo". Durante 1994, Madonna começou a trabalhar em seu sexto álbum de estúdio; Para isso, ela se interessou em explorar novos estilos como hip hop, new jack swing e R&B contemporâneo, sons que dominavam as rádios e as paradas musicais da época. Além de querer "suavizar" sua imagem e apresentar um tom mais romântico. Partindo disso, ela então decidiu trabalhar com produtores conhecidos desses gêneros como Dallas Austin, Babyface e Dave "Jam" Hall, além do britânico Nellee Hooper.[5][6][7] Tornou-se uma das poucas vezes que ela trabalhou com produtores conhecidos, a primeira desde Nile Rodgers em Like a Virgin (1984).[8][9] Quando questionada sobre o disco, ela afirmou que queria que o público focasse nos aspectos musicais e deixasse as canções falarem por si, já que não estava interessada em dar muitas entrevistas ou ser capa de revistas. Ela o descreveu como "muito romântico" e uma "combinação de pop, R&B e hip hop". Em entrevista concedida à revista The Face e registrada no livro The Complete Guide to the Music of Madonna, Madonna explicou:

Produção e gravação[editar | editar código-fonte]

Ao mesmo tempo em que expunha suas ideias, [Madonna] estava aberta a ideia dos outros. Você não chegava nela e logo de cara dizia: 'Bem, eu ouvi isso', porque ela era tão específica e articulada. Ela já tinha o som que queria na cabeça. Mas depois que ela falou, fizemos nossa misera contribuição.

A vocalista de apoio Donna De Lory sobre o desenvolvimento do álbum.[5]

Madonna gravou Bedtime Stories com uma equipe formada por novos músicos e compositores, todos os quais ela ainda não havia trabalhado antes, em nove estúdios distintos: Axis Studios, The Hit Factory e Soundworks, localizados em Nova Iorque; Chappel Studios em Los Angeles; DARP Studios e Tea Room em Atlanta; The Enterprise em Burbank; The Music Grinder em Hollywood e Wild Bunch Studios em Londres.[11][12] Inicialmente, a artista começou a trabalhar com Shep Pettibone, que co-produziu Erotica. No entanto, ela percebeu que ele estava tomando a mesma direção musical do anterior, o que a desagradou, então o retirou do projeto. Quando Bedtime Stories foi lançado, ela o agradeceu nos créditos por ter sido "compreensivo" com sua decisão.[11][13] Na época, Madonna estava demasiadamente ouvindo "When Can I See You", de Babyface, e como queria "baladas pesadas" para seu disco, interessou em trabalhar com ele, cujas colaborações anteriores com artistas como Whitney Houston, Boyz II Men e Toni Braxton resultaram em canções de R&B suaves e bem sucedidas.[5][9] Os dois trabalharam em três faixas em seu estúdio em Beverly Hills, das quais "Forbidden Love" e "Take a Bow" acabariam no álbum. Sobre o desenvolvimento dessa última, ele lembrou que tocou a base de alguns acordes e a cantora aprovou, então começaram a compor. Segundo o produtor, "era só um compasso e os acordes. A partir daí, colaboramos e construímos [...] eu não estava pensando tanto nas paradas musicais. Acho que fiquei mais impressionado com o fato de estar trabalhando com Madonna. No começo foi surreal, mas depois você conhece um pouco a pessoa, recupera o controle e é só trabalhar". Ela também expressou que para "Forbidden Love" ouviu o esboço e "tudo começou a sair", reconhecendo que foi um processo "muito mais fácil" do que pensava.[5]

Através dele, ela encontrou-se com Dallas Austin, um jovem produtor musical de Atlanta, que tornou-se conhecido por seu trabalho em Ooooooohhh... On the TLC Tip (1992), álbum de estreia do grupo feminino TLC. Ambos criaram três faixas, "Secret", "Don't Stop" e "Sanctuary"; o primeiro foi originalmente produzido por Pettibone em uma demo sob o título "Something's Coming Over Me".[14] No entanto, Austin reorganizou completamente a composição musical, pela qual recebeu os créditos junto com Madonna, e a versão final foi intitulada "Secret".[15][11] Para "Survival", a abertura do álbum, as vocalistas de apoio da artista, Donna De Lory e Niki Haris, foram contatadas para fornecer harmonias. De Lory afirmou que as sessões duraram "algumas horas" e não houve retomadas, acrescentando que "no momento em que entramos [no estúdio], ela já nos ofereceu a folha com as letras. Essa era a atmosfera, não viemos apenas para passar tempo. É divertido, mas estamos aqui para trabalhar e fazer acontecer".[5]

De acordo com a autora e biógrafa Lucy O'Brien, enquanto Madonna queria causar um "impacto" no mercado urbano, seu trabalho com produtores de R&B "subestimou suas limitações vocais". Na época, sua voz não era "poderosa o suficiente" para acertar as notas, então, ao procurar outra "fórmula" para o álbum, ela decidiu explorar a música das boate britânicas, cujos gêneros como o dub ganharam popularidade com artistas como Björk e as bandas Massive Attack e Soul II Soul. Desta forma, colaborou com compositores e produtores europeus especializados em música eletrônica, entre os quais Marius de Vries e Hooper, de quem a cantora gostou pela sua "sensibilidade bem europeia" e a quem reconheceu como a maior influência no resultado final. Os três se conheceram em Los Angeles e as sessões de gravação aconteceram no Chappell Studios em Encino durante o verão de 1994..[16][17] Lá, Madonna e Hooper produziram "Survival", "Inside of Me" e "Bedtime Story", co-escritas por Björk. Em relação a esta última, Madonna a contatou por meio de suas conexões com Hooper e de Vries e a pediu para escrever algo para seu álbum. Apesar de não se considerar uma admiradora da música da cantora, a islandesa aceitou a proposta e entregou uma demo chamada "Let's Get Unconscious" aos produtores, que modificaram várias partes — pelas quais receberam créditos como autores — e a versão final foi intitulada "Bedtime Story".[6] Trabalhando com várias pessoas, de Vries expressou que "é preciso ter cuidado para que [o disco] não acabe soando muito fora de foco", embora reconheça que foi Madonna, determinada a faze-lo "o mais perfeito possível", que manteve uma "visão geral" e resultou em um som "bastante coerente".[16]

Estrutura musical[editar | editar código-fonte]

Ryan Tedder foi responsável pela composição e produção de "Bleeding Love" e "Take A Bow".
O tema "I'm You" foi gravado com a presença do cantor Ne-Yo no estúdio. Ele foi o responsável pela composição da faixa.
Jonathan Reuven Rotem, que já havia composto "Better in Time", compôs também "Forgive Me" em 2008, uma canção inclusa apenas na versão norte-americana de Spirit.

No âmbito musical, Bedtime Stories apresentou uma mudança notável em relação à Erotica. De forma majoritária, compreende faixas predominadas pelos gêneros pop e R&B fundindo elementos de new jack swing, estilo híbrido que mescla samples e técnicas oriundas da música urbana contemporânea, em especial, o hip hop. Da mesma forma, Joe Lynch, da Billboard, observou que a sua sonoridade e a suas letras eram "mais suaves" e que aqui ela se concentrava em explorar temas autobiográficos, uma visão compartilhada por outros críticos. A cantora deu atenção especial à sequência das músicas, com o objetivo de criar um "álbum realmente coeso", afirmando que todas elas refletiam algo em sua vida, "seja uma experiência que vivi ou estou vivendo. São reflexos do meu estado de espírito atual", acrescentando: "Liricamente e tematicamente, eu descreveria a maioria das canções como românticas e reflexivas. Resultado do meu estado de espírito durante os últimos anos. Quando eu estava fazendo Erotica e ao mesmo tempo estava trabalhando em meu livro de sexo. Naquela época eu estava interessada em explorar o erotismo e minhas fantasias sexuais. Agora estou explorando o romance. Musicalmente, Erotica era mais club e house e tinha uma vibração meio industrial. Este é o outro lado do amor. Acho que o amor deve ser erótico e romântico". Neste ponto, as letras são mais sobre romance, perda de um amor não correspondido, depressão, solidão e luto, embora temas religiosos e espirituais também sejam explorados, especialmente em "Secret" e "Sanctuary".

"Survival", a faixa de abertura do álbum, é um "número funk docemente divertido" que transmite um manifesto sobre a forma de Madonna pensar e de viver e uma resposta a todas as duras críticas que vem suportando há praticamente sempre, como evidenciado em suas linhas iniciais, onde ela diz: "Nunca serei anja, nunca serei santa, é verdade". No trecho; "Eu estarei vivendo para contar", faz alusão ao single "Live to Tell" (1986), com vocais fortes e dupla harmonia. Na música, Madonna aprimorou mais os sons rítmicos e comprimiu os graves, a fim de atender à tendência musical da época. Contendo vários ganchos, suas linhas são sobre dualidades como céu/inferno, cima/baixo, anjos/santos. A segunda obra, "Secret", combina pop e R&B com instrumentação fornecida por um violão, baterias e cordas, enquanto versa sobre uma enigmática relação guiada por um segredo que não é revelado. "I'd Rather Be Your Lover" inicia-se com um riff de quatro acordes e é tocado em um ritmo moderadamente lento; na letra, Madonna fala com seu amante tentando chegar a um acordo: "Eu poderia ser sua irmã, eu poderia ser sua mãe / Nós poderíamos ser amigos, ou até mesmo irmãos". No meio da música, uma pausa de rap de oito compassos é feita pelo cantor e rapper Meshell Ndegeocello, que profere: "Diga-me o que você quer / Diga-me o que você precisa". Ela interrompe, com sua voz em primeiro plano e justaposta sobre as curtas interjeições da parte do rap de Ndegeocello.[23] A obra, ainda, apresenta uma amostra de "It's Your Thing" interpretada por Lou Donaldson.[20]

"Desde o mini-concerto que fizemos para Leona em Los Angeles em Fevereiro, até à selecção do material e depois [passamos] por todo o processo de gravação, esta foi verdadeiramente uma experiência maravilhosa. É uma euforia absoluta ver o single ['Bleeding Love'] e álbum de Leona explodirem para o número um [no Reino Unido]. Estamos diligentemente a preparar a sua grandiosa estreia na América do Norte, assumindo nada por garantido, mas sabendo que o talento prodigioso de Leona irá vencer."

Clive Davis ao anunciar o lançamento de Spirit na América do Norte aquando do desempenho comercial favorável do álbum no Reino Unido.[18]

"Don't Stop", o quarto tema, contém características de hip hop, um baixo pulsante sobreposto por cordas pontuando e acompanhando os riffs em gestos sustentados e glissados. A retórica da faixa é exibida pelos comandos de Madonna: "Não pare de fazer o que você está fazendo, baby / Não pare, continue se mexendo — continue no groove". "Inside of Me" começa no mesmo ritmo da supracitada, combinando guitarras, cordas sustentadas, um baixo vibrante e teclados ao estilo jazz, enquanto a artista a interpreta em um registro "rasgado". Nesta canção, ela mostra-nos um lado mais vulnerável, onde confessa que apesar de parecer forte, há uma certa dor por dentro; "em público ajo como se nada me importasse mas quando ninguém me vê, estou a chorar". Embora pareça ser sobre um coração partido e dirigida a um ex-amante, foi analisado como uma dedicatória à sua falecida mãe —o que a própria cantora confirmou em algumas entrevistas— especificamente pelas linhas: "Quando meu mundo parece desmoronar / E pessoas tolas tentam me derrubar / Eu só penso em seu rosto sorridente". Contém samples de "Back and Forth" de Aaliyah; "Oustanding" de The Gap Band e "The Trials of Life" de Gutter Snypes. Em "Human Nature", Madonna é uma irônica resposta ao excrutínio que ela suportou durante a era Erotica, dizendo: "Ops, não sabia que não podia falar sobre sexo / eu não sabia que não podia falar o que pensava" e "eu não me desculpo, não sou sua puta, não venha jogar sua merda em mim".[23] Ao sussurrar o gancho; "se expresse, não se reprima", ela faz uma referência ao título de sua música "Express Yourself" (1989). Contém amostra de "What You Need" da Main Source.

"Desde o mini-concerto que fizemos para Leona em Los Angeles em Fevereiro, até à selecção do material e depois [passamos] por todo o processo de gravação, esta foi verdadeiramente uma experiência maravilhosa. É uma euforia absoluta ver o single ['Bleeding Love'] e álbum de Leona explodirem para o número um [no Reino Unido]. Estamos diligentemente a preparar a sua grandiosa estreia na América do Norte, assumindo nada por garantido, mas sabendo que o talento prodigioso de Leona irá vencer."

Clive Davis ao anunciar o lançamento de Spirit na América do Norte aquando do desempenho comercial favorável do álbum no Reino Unido.[18]

Na letra de "Forbidden Love", uma balada soul, Madonna compara a rejeição amorosa a um afrodisíaco e descarta qualquer relacionamento intocado pelo tabu. Composta em tom menor com vozes sussurrantes ao fundo — uma delas sendo a de Babyface —, contém uma seção de cordas na ponte. Os instrumentos são reduzidos ao mínimo para enfatizar os vocais e encerra-se de forma gradualmente lenta. "Love Tried to Welcome Me" é outra balada "poética" cujo o lírico, inspirado em uma stripper que a cantora conheceu em uma boate, romantiza a rejeição. Seus primeiros 42 segundos consistem em uma seção de cordas, toques de violão e depois os versos se iniciam. A canção projeta um clima sombrio e melancólico, com linhas em que Madonna afirma que ela é "atraída pela tristeza" e que "a solidão nunca foi um sofrimento". A seguinte é "Sanctuary", que inicia-se com ela recitando um trecho do poema Vocalism, de Walt Whitman: "Certamente quem falar comigo no tom certo, ele ou ela eu irei seguir". Acompanhada de uma batida techno, nele a musicista se refere ao amor incondicional onde o objeto de desejo se transforma em "santuário" e ela ainda ousa comparar o amor com a morte. Contém amostras de "Watermelon Man" de Herbie Hancock. A penúltima pista, "Bedtime Story", apresenta um som influenciado pela música ambiente, com uma batida house. A estrutura da obra consiste numa melodia subjacente e esquelética de sintetizadores, apoiada por efeitos como palmas, loops de caixa de ritmos, órgãos e cordas. Em termos líricos, aborda as alegrias do mundo inconsciente. Começa com as frases: "hoje é o último dia que uso palavras; Elas se foram, perderam o sentido; Elas não funcionam mais". O disco finda-se com "Take a Bow". Formada por cordas pentatônicas orientais, que dão a impressão de uma ópera japonesa ou chinesa, é uma balada de ritmo moderado derivada do pop e R&B que versa sobre o amor não correspondido e a necessidade de dizer adeus quando não se é valorizado. O título aparece apenas uma vez no início do primeiro verso da música e não se repete. Aqui, a intérprete também parafraseia William Shakespeare, dizendo "todo o mundo é um palco".

Arte[editar | editar código-fonte]

O estilo de Madonna na capa de Bedtime Stories foi comparada com o da atriz Jean Harlow (imagem) nos anos 1930.

O álbum leva o nome da música "Bedtime Story", escrita por Björk.[6][19] Madonna o escolheu como título, pois ela sentiu que tocava na ideia de "contos sendo contados, de palavras que você ensina às crianças".[7] O acadêmico Georges Claude Guilbert, autor de Madonna As Postmodern Myth, opinou que era um trocadilho e que a cantora estava se referindo a "[possíveis histórias eróticas] contadas na [na cama] durante a hora de dormir. De certa forma [o disco] é realmente um livro de histórias que você pode contar para seus filhos na hora de dormir [...] sexualidade explicada para crianças".[20] Temendo uma reação negativa, a cantora hesitou e pensou em mudar, pois o público poderia "vê insinuações e malícias que em nenhuma hipótese era intencional, imaginassem que significava canções para ouvir antes de fazer sexo". Eventualmente, ela desistiu da ideia e pensou "foda-se, é um título lindo".[19]

A arte de Bedtime Stories foi fotografada pelo fotógrafo de moda francês Patrick Demarchelier, no Eden Roc Miami Beach Hotel nos Estados Unidos em agosto de 1994.[11][21] Ela também trabalhou com o cabeleireiro Sam McKnight para as fotos, que foram dirigidas por Fabien Baron.[22] McKnight lembrou que foi uma sessão de fotos "discreta" com menos de 50 pessoas, e foi realizada no aniversário de Madonna, portanto, foi encerrada rapidamente, já que a ela tinha que ir para sua festa.[23] A capa foi lançada online e a mostrava de cabeça para baixo, olhando para cima com maquiagem pesada, piercing no nariz, cabelo loiro e fontes simples em tons pastel.[24] Inspirada na atriz Jean Harlow, a cantora exibiu sobrancelhas bem contornadas para as fotos que foram desenhadas pelo maquiador François Nars.[25]

Michael R. Smith, do site The Daily Vault, definiu a arte como "colorida" e a considerou um dos pontos altos do lançamento.[26] Ao revisar a vida e a carreira de Demarchelier, a foto foi considerada "memorável" por Valentine de Badereau.[27] A capa de Back to Basics (2006), quinto álbum de estúdio da cantora Christina Aguilera, recebeu comparações com à de Bedtime Stories por serem muito semelhantes.[28] O encarte de Bedtime Stories apresentava uma arraia digital de plástico branco segurando o CD, enquanto a capa era de papel azul-celeste com textura aveludada.[29] O jornalista britânico Paul Du Noyer deu uma descrição detalhada da mudança de imagem de Madonna com o disco, durante uma entrevista com a cantora para a revista Q:

Madonna parece mais velha e mais jovem do que nas fotos e vídeos: um pouco mais enrugada e possivelmente cansada, mas também menos madura e elegante. Sua atitude é bastante adolescente, não mulher fatal. Ela parece disposta a fazer travessuras e, no entanto, está bastante ciente de seu poder. Ao mesmo tempo, sua franqueza é quase inocente. Essas combinações são estranhas e dão a ela o ar de uma criança prematuramente inteligente. Seu novo estilo remete a [...] Jean Harlow e Angela Bowie. Não é cativante, mas certamente é lindo. Ela está usando piercing no nariz que tanto irritou Norman Mailer em uma entrevista recente. Se você a visse na rua, pensaria que ela estava parecendo com uma garota que se parece um pouco com Madonna.[17]

Recepção[editar | editar código-fonte]

Crítica profissional[editar | editar código-fonte]

De um modo geral, Bedtime Stories recebeu avaliações positivas ​​de críticos, acadêmicos e jornalistas musicais, que elogiaram a voz, produção e composição de Madonna. Jim Farber, da revista Entertainment Weekly, o condecorou com uma nota B e notou que enquanto em seu último trabalho a artista concentrava-se em explorar os ritmo dance da cultura underground LGBT, aqui ela "substituía essas formulas por sua apreciação pela cultura negra".[30] J. Randy Taraborrelli, autor de Madonna: An Intimate Biography of an Icon at Sixty (2018), elogiou-o por ser "consideravelmente mais suave em estilo do que a sonoridade etérea e o conteúdo sexualmente explícito" de Erotica, atribuído isso ao "instinto aguçado" da intérprete sobre para onde a música pop estava indo.[8] Greg Kot, do Chicago Tribune, classificou o álbum com uma nota 3 de 4. Na análise, o editor o avaliou como uma "mudança bem-vinda" dos "escândalos estridentes" do antecessor e que nele Madonna suava "mais calma e sedutora".[31] Barry Walters, do jornal San Francisco Examiner, prezou-a por abandonar as provocações do passado e se voltar a aspectos muito mais sutis como o amor, em um "registro mais simples", "agradável" e "corajoso" do que o que o precedeu.[32] Francesco Falconi, escritor de Mad for Madonna: La Regina del Pop (2017), considerou que a sonoridade R&B era "perfeita para esfriar o tom de Erotica e inclinar-se para uma sonoridade diferente e uma imagem menos provocativa". Além disso, constatou que havia maior atenção às letras e à produção e que a atmosfera do material era "refinada e glamorosa".[33] Para Eduardo Viñuela, um dos editores de Bitch She's Madonna: La reina del pop en la cultura Contemporary (2018), neste material a intérprete refugiou-se "na ligação com a arte para tentar deixar para trás as polêmicas" sexuais de seu último disco.[34]

Críticas profissionais
Avaliações da crítica
Fonte Avaliação
AllMusic 4 de 5 estrelas.[35]
Blender 3 de 5 estrelas.[36]
Chicago Tribune 3 de 4 estrelas.[31]
Entertainment Weekly B+[37]
Los Angeles Times 2.5 de 4 estrelas.[38]
NME 9/10[39]
Pitchfork 6.5/10[40]
Rolling Stone 3.5 de 5 estrelas.[41]
USA Today 3.5 de 4 estrelas.[42]

Stephen Thomas Erlewine, editor do banco de dados Allmusic, agraciou Bedtime Stories com quatro estrelas de cinco, o adjetivando de "caloroso" e sentindo que ele oferece a musicista uma musicalidade "mais humana e plural".[35] Em revisão para a revista Slant, Sal Cinquemani emitiu quatro estrelas de cinco, dizendo que era "um álbum conceitual [ ...] que se desenvolve como um conto de fadas musical". Sobre o lírico, a jornalista destacou que, aqui, a cantora "parecia mais interessada em literatura e psicologia humana do que em anatomia sexual".[43] Barbara O'Dair, da Rolling Stone, reconheceu que, graças ao trabalho dos produtores, "o disco realmente brilha" e admitiu que Madonna criou "sons extremamente atraentes". Como classificação, deu três estrelas e meia em cinco.[44] Stan Hawkins, um musicólogo da Universidade de Leeds, apreciou sua "fusão habilmente produzida dos estilos dance e hip hop dos anos 90".[45] Com uma A-, Michael R. Smith, da página The Daily Vault, aprovou a decisão da artista de trabalhar com "um grupo dos melhores produtores de R&B", resultando em uma obra com melodias "suavemente melódicas" — incluindo "Bedtime Story" —, que elegeu como sendo a mais notável dentre todas.[26] O periodista Chris Willman, do Los Angeles Times, atribuiu duas estrelas e meia em quatro: ele elogiou o trabalho de Austin e Hooper e — embora tenha achado o menos "notável" de todos os trabalhos da cantora —, observou que não era necessariamente o pior deles, já que tinha uma "sensação agradável e consistentemente relaxante" e nenhuma das canções "aumentava desnecessariamente acima do tempo médio".[46]

Concedendo três de cinco estrelas para o disco, Tony Power, da Blender, viu de forma positiva a produção de Hooper, Austin e Babyface. Sobre os vocais da artista, a jornalista considerou-os "a coisa maior forte do álbum" e que em "Take a Bow" ela entrega uma das "melhores interpretações de sua carreira".[36] Linda L. Labin, do periódico Bangor Daily News, ecoou pensamentos semelhantes, dizendo que "[Madonna] não está se arriscando. Desta vez, sua ousadia tem mais a ver com música do que com letras", ao mesmo tempo em que elogia seus vocais; "De qualquer forma, seu canto é a coisa mais forte do álbum. Madonna usa todos os truques de seu repertório. [...] Bedtime Stories apresenta algumas das interpretações mais fortes de sua carreira. 'Madonna canta bem' — aposto que você não verá essa manchete nos tablóides em breve".[47] A equipe de redação da revista People notou que seu alcance vocal mais baixo, que soava menos agudo do que nos discos anteriores, era adequado para arranjos de hip hop, e "faz com que valha a pena ficar acordado para ouvir essas histórias antes de dormir".[48] Para Tom Breihan, do portal Stereogum, "[Bedtime Stories] não chega nem perto de ser o melhor álbum de Madonna, mas sua fusão elegante de R&B e club funciona muito melhor do que provavelmente deveria".[49] Stephen Holden, do New York Times, chamou-o de "facilmente [seu] melhor álbum" e concluiu que era "uma mistura sedutora de hip hop suave e baladas agridoces".[50] Jon Pareles, do mesmo jornal, observou que muitas das canções tinham " melodias”, que as tornavam “concisas e aparentemente inconclusivas, com uma ressaca melancólica; o tom é suave, com toques de abundância".[51] Na biografia da cantora, Borja Prieto e Natalia Flores expressaram que foi um álbum "relaxado, doce e até cafona".[52]

Em comentários mais negativos, Steve Morse, para o The Boston Globe, chamou-o de "monótono" e "apático" e criticou sua falta de "vida" e o "carimbo peculiar" de seu material anterior. Ele acrescentou que foi uma viagem "para lugar nenhum" e a diversão que Madonna costumava ter se foi "neste disco lento", já que ela agora parecia perdida e sem nada a dizer.[53] Luiz Henrique Romagnoli, do jornal brasileiro O Globo, considerou Bedtime Stories melhor do que Erotica, por ser "mais leve" e por ter "bases dançantes mais sutis". Porém, não aprovou a qualidade de suas letras, sentindo que elas só poderiam ser salvas se estivessem na voz de uma "cantora verdadeiramente funk, como Chaka Khan, por exemplo".[54] Allen Metz e Carol Benson, autores de The Madonna Companion: Two Decades of Commentary (1999), opinaram que "em vez de representar uma nova direção ousada para a artista, Bedtime Stories raramente se arrisca [porque] não oferece nem a epifania pop de Like a Virgin e nem a folia descarada de [seus] sucessos dançantes".[55] Owen Pallett, para Pitchfork, deu uma nota 6,5 de 10; Em sua análise das faixas, ele elogiou a produção de "Take a Bow" e "Human Nature", mas criticou a "decepcionante" "Bedtime Story" e a duração "interminável" de "Secret". Em um plano geral, ele chamou o som de "suave" e "sensual" e reconheceu que tem seu "charme sedutor", mas na "carreira astuta da estrela pop" continua sendo um "curioso fiasco, um asterisco para sua onipresença, outro quente dia em uma onda de calor". Concluindo: "Quando Madonna brinca de turista com a cultura gay, com a Broadway, com Hollywood, com a selva do Reino Unido, ela é capaz de manter as coisas (geralmente) deferentes e até interessantes e muitas vezes alcança a transcendência. Mas aqui ela soa, infelizmente, deslocada como compositora e cantora [nessas] tentativas medíocres de baladas de R&B".[56]

Reconhecimento[editar | editar código-fonte]

"Ver Bedtime Stories como algo mais do que uma extensão do que [Madonna] vinha fazendo o tempo todo seria negligente. E ao invés de simplesmente seguir as tendências americanas da época, Madge injetou o álbum com os sons do trip hop que estavam em voga do outro lado da lagoa. Mas foi seu gosto literário refinado, de Proust a Whitman, bem como a rejeição pública e da mídia de sua politicagem sexual, que realmente trouxe o álbum para a velocidade".

—Sal Cinquemani, de Slant Magazine, en el artículo «Los 100 mejores álbumes de los años 1990», donde figuró en el puesto 63.[57]

Após seu lançamento, Bedtime Stories entrou em diversas listas compilando os melhores álbuns de 1994 realizadas por diferentes publicações, como Billboard (posições 2 e 10), The Village Voice (26), NME (30) e Slant, nesta última recebeu menções honrosas. Além disso, esteve entre nas contagens dos melhores álbuns de Madonna, cujas avaliações retrospectivas foram positivas.[58] Por exemplo, Jason Lipshutz, da Billboard, o classificou como o sexto entre os treze melhores da artista, reconhecendo que, embora não tenha sido tão explícito quanto Erotica, também "não foi um mea culpa por seu polarizado projeto anterior". Em vez disso, capturou a cantora "em transição, afastando-a da sexualidade explícita e contando com R&B e baladas, antes de mergulhar de cabeça na dance music quatro anos depois". Ele concluiu que "Human Nature", "Secret" e "I'd Rather Be Your Lover" eram mais "interessantes do que a maioria das novas músicas lançadas em meados dos anos 90" e "Take a Bow" adicionou uma "balada clássica" ao catálogo de Madonna.[59] Steven E. Flemming, Jr., do Albumism, afirmou que era o "mais comovente" em seu catálogo e que "Madonna aqui é um pouco menos dura e muito mais honesta, um contraste necessário com os anos voláteis da era Sex".[60] Em uma classificação de todos os seus álbuns de estúdio, Samuel Murrian, do Instinct, o colocou no número cinco, concluindo que era o seu material "mais suave", mas que mostrava algumas de suas habilidades "mais atraentes" como compositora.[61] Em 2013, Chris Gerard, do Metro Weekly, considerou-o seu sétimo melhor trabalho: ele elogiou sua produção, singles e a voz de Madonna, chamando-o de "uma coleção primorosamente polida de canções pop/R&B".[62]

A era Bedtime Stories recebeu várias indicações e condecorações em diversas cerimônias de premiação. Na 38.ª edição dos Grammy Awards, o disco recebeu a uma indicação a Melhor Álbum Vocal Pop; no entanto, perdeu para Turbulent Indigo, de Joni Mitchell.[63][64] Madonna conquistou o prêmio de Melhor Artista Feminina no Bravo Otto,[65] e esteve entre as indicadas para a mesma categoria na primeira edição dos Blockbuster Entertainment Awards, nos MTV Europe Music Awards e nos Brit Awards e Smash Hits Poll Winners Party.[66][67][68] A Cash Box a nomeou a artista solo de maior êxito em 1995 nas paradas de singles da revista, e nos VH1 Fashion and Music Awards daquele ano, ela foi homenageada com as honras de Artista Mais Bem Vestida e Escolha do Público.[69][70] Da mesma forma, as canções da obra também alcançaram distinções. A American Society of Composers, Authors and Publishers (ASCAP), durante a 13ª cerimônia dos ASCAP Pop Music Awards, realizado em maio de 1996, reconheceu "Secret" e "Take a Bow" como uma das faixas mais tocadas na América.[71] "Bedtime Story" recebeu o prêmio com a mesma distinção nos ASCAP Rhythm & Soul Awards naquele mesmo ano, enquanto "Human Nature" ganhou de Melhor Canção Dance.[72] Na 12.ª cerimônia dos MTV Video Music Awards, Madonna recebeu cinco indicações no total para os vídeos de "Human Nature" e "Take a Bow", vencendo o de Melhor Vídeo Feminino para o último, e "Bedtime Story" estava entre os candidatos a Melhor Vídeo Internacional nos MuchMusic Video Awards.[73][74]

Promoção[editar | editar código-fonte]

Madonna apresentando "Secret" durante a Drowned World Tour (2001).

Para começar a divulgar Bedtime Stories, anúncios foram veiculados em canais de televisão proclamando que não haveria "absolutamente nenhuma referência sexual no álbum", ao que Madonna comentou: "Não porque eu esteja envergonhada. Não porque mudei. Não porque eu tenha uma nova visão da vida. Eu abdiquei desses assuntos [...] por assim dizer. É um novo eu! Eu serei uma boa garota, eu prometo".[75][76] Após seu lançamento, ela deu algumas entrevistas para publicações internacionais visando promovê-lo. Uma de suas primeiras aparições foi em Paris, onde a atriz Ruby Wax a entrevistou e tratou sobre o álbum.[77] No entanto, Wax posteriormente criticou o encontro por se sentir intimidada pela equipe de Madonna e que "a tensão tomou conta" dela, forçando-a a fazer perguntas que, em suas palavras, não faziam sentido ou pareciam incomodar a cantora.[77] Acompanhada por Babyface e uma orquestra completa, Madonna interpretou "Take a Bow" pela primeira vez nos American Music Awards em 30 de janeiro de 1995.[78] Ela expressou que "nunca esteve tão nervosa antes", e Babyface reagiu dizendo: "Isso foi uma loucura para mim. Eu fiquei tipo, "Você é a Madonna! Você está no palco o tempo todo!".[5] Anos mais tarde, Erin Strecker, da Billboard, elegeu a apresentação como uma das doze melhores da história da premiação.[78]

Em 18 de fevereiro, Madonna chegou à Europa para divulgar Bedtime Stories por lá; nesse mesmo dia, ela apareceu no programa de televisão alemão Wetten, dass..?, onde concedeu uma entrevista e interpretou "Secret" e "Take a Bow".[79][80] Dois dias depois, ela executou "Bedtime Story" na 15.ª edição dos Brit Awards; usando um vestido branco da marca Versace e cintos na cintura, enquanto um trio de dançarinos vestidos de cetim a acompanhava.[81] A estadunidense convidou Björk para cantar ao seu lado na premiação, mas a islandesa recusou-se; sobre isso, ela explicou: "Eu deveria ter pego o número pessoal e ligado para ela, mas simplesmente não parecia certo [aceitar]. Eu adoraria conhecê-la descontraída, bebendo em um bar. O que me desagrada é toda essa formalidade".[6] Em 22 de fevereiro, Madonna tocou "Take a Bow", junto com Babyface, no Sanremo Song Festival, trajando um longo vestido de gala e o cabelo preso em um coque.[82][83]

Em janeiro de 1995, o jornal italiano Corriere della Sera noticiou que a artista se apresentaria naquele país como parte de uma turnê mundial para promover Bedtime Stories, entre maio a junho ou setembro a outubro daquele ano.[84] No entanto, dois meses depois, Madonna, e seu empresário Freddy DeMann, cancelaram todos os planos depois que ela conseguiu o papel de Eva Perón no filme Evita, de Alan Parker.[85] Su publicista, Liz Rosenberg, había considerado «una gira más corta» debido al rodaje,[86] Sua assessora de imprensa, Liz Rosenberg, defendeu que fosse feita "uma turnê mais curta" devido às filmagens, mas a cantora se negou justificando: "Esperei anos por este papel e tenho que colocar toda a minha concentração nele. Eu amo fazer turnês e estou realmente ansiosa para lançar este álbum. Mas não posso, teria que conciliar a turnê com filmagens: me sentiria exausta e tensa. Não seria bom para o filme se eu não pudesse entregar o máximo da minha energia".[85] Apesar disso, ela incluiu "Secret" e "Human Nature" no repertório de sua digressão seguinte, Drowned World (2001).[87]

Singles[editar | editar código-fonte]

O primeiro single retirado de Bedtime Stories foi "Secret", liberado em em 27 de setembro de 1994, sendo acompanhado por oito remixes diferentes criados pelo disco-jóquei (DJ) Junior Vasquez, que apenas reutilizou os vocais de Madonna mas mudou a composição do tema completamente. Recebeu análises geralmente positivas de críticos musicais, que elogiaram a entrega vocal da cantora, seu novo estilo musical e o ritmo R&B moderado da faixa, considerando-o sedutor e cheio de alma. A obra também obteve um desempenho comercialmente positivo, atingindo o topo das tabelas no Canadá, Finlândia e Suíça, enquanto listou-se nas dez primeiras colocações na Austrália, Dinamarca, Espanha, França, Itália, Nova Zelândia e Reino Unido, onde tornou-se o seu 35.º single consecutivo a listar-se entre os dez primeiros. Nos Estados Unidos, foi a canção mais pedida nas rádios após seu lançamento, sendo reproduzida por 152 estações e gerando mais de 1 mil e 900 execuções, atingindo a terceira colocação como melhor na Billboard Hot 100 e sendo certificada como ouro pela Recording Industry Association of America (RIAA), denotando vendas de 500 mil cópias na nação. O vídeo musical acompanhante de "Secret", filmado em preto-e-branco, foi dirigida pela fotógrafa Melodie McDaniel em setembro de 1994 em Nova Iorque; McDaniel foi selecionada pela própria cantora devido aos seus trabalhos anteriores. O vídeo retrata Madonna como uma cantora em uma boate do Harlem, sendo intercalado com cenas da vida diária na vizinhança e terminando com a artista unindo-se com seu parceiro e sua criança. Lançado em 4 de outubro de 1994 na MTV, o projeto foi um sucesso no canal, sendo exibido diversas vezes ao longo do dia, e gerou discussões acadêmicas sobre o que pode constituir o segredo lírico da canção.

Madonna executando o quarto single do álbum, "Human Nature", em uma guitarra elétrica durante um dos shows da Sticky & Sweet Tour (2008—09)

Em 28 de outubro do mesmo ano, "Take a Bow", o segundo single do projeto, foi liberado. Críticos musicais elogiaram suas letras expressivas e poéticas. Comercialmente, obteve um desempenho positivo, atingindo o topo das tabelas no Canadá e Estados Unidos e as dez primeiras colocações na Itália, Nova Zelândia, Suécia e Suíça.. Em território estadunidense, tornou-se o décimo primeiro tema de Madonna a conquistar o ápice da Billboard Hot 100, onde permaneceu por sete semanas consecutivas. No Reino Unido, contudo, foi a primeira música da cantora a não entrar nas dez primeiras em dez anos, desde "Lucky Star". O vídeo musical correspondente foi dirigido por Michael Haussman e filmado em Ronda, Espanha, e nas praças de touros da cidade. Lançado em 22 de novembro, na MTV, e usado nas campanhas promocionais de relançamento do canal VH1, o trabalho retratada Madonna como uma parceira negligenciada de um toureiro (interpretado por Emilio Muñoz, toureiro na vida real), ansiando por seu amor.

"Bedtime Story" serviu como o terceiro foco de promoção do registro em 13 de fevereiro de 1995. Foi aclamado por críticos especializados, que elogiaram a sua produção e estilo eletrônico e hipnótico; alguns resenhistas o selecionaram como um dos destaques do projeto e notaram o seu afastamento das demais faixas, enquanto outros compararam-na com trabalhos de Björk e observaram sua influência em trabalhos posteriores. Obteve um desempenho comercial moderado, atingindo as dez primeiras posições na Austrália, Itália e Reino Unido, enquanto nos Estados Unidos tornou-se o primeiro lançamento de Madonna desde "Burning Up" a não atingir as quarenta primeiras posições da tabela Billboard Hot 100, parando na 42ª posição. Apesar disso, liderou a Hot Dance Club Songs, onde foi a terceira mais bem sucedida naquele ano, convertendo-se num sucesso nas boates. O vídeo musical correspondente foi dirigido por Mark Romanek e filmado num período de seis dias nos Universal Studios. É um dos vídeos mais caros de todos os tempos, custando 5 milhões de dólares em sua produção; a gravação é composta por imagens surrealistas e da nova era, com influências de artistas como Remedios Varo, Frida Kahlo e Leonora Carrington.

"Human Nature" foi lançada em 6 de junho como a quarta e última música de trabalho de Bedtime Stories. Recebeu críticas positivas de críticos de música que notaram sua natureza antêmica e fortalecedora. Comercialmente, foi um sucesso moderado nos Estados Unidos, chegando ao número 46 no Billboard Hot 100 e a dois na Hot Dance Club Play. No Reino Unido, a composição alcançou o número oito, além de figurar entre os dez maiores na Itália e os vinte primeiros na Austrália. O videoclipe que o acompanha foi dirigido por Jean-Baptiste Mondino, e apresenta Madonna e seus dançarinos em trajes pretos de látex e couro, enquanto executam coreografias de dança. Inspirado pelas práticas BDSM, a obra mais tarde influenciou o trabalho das cantoras Rihanna e Christina Aguilera.

Legado[editar | editar código-fonte]

Na opinião de Stan Hawkins, da Universidade de Leeds, Bedtime Stories foi visto pela crítica como um "importante ponto de chegada da maturidade da artista, ao introduzi-la em novos campos da produção, composição e interpretação de canções. Isso significa que, de certa forma, sua continuidade [na indústria] está assegurada dentro de um ambiente heterogêneo que faz parte de uma memória social coletiva mais ampla. O autor afirmou que "a metamorfose contínua de sua identidade constrói um pluralismo que se encaixa na agenda do pós-modernismo". Carmine Sarracino e Kevin M. Scott, autores de The Porning of America: The Rise of Porn Culture, what it Means, and where We Go from Here (2008), apontou que todas aquelas críticas negativas que ela enfrentou no início dos anos 1990 provocaram nela uma reação "acalorada", razão pela qual em Bedtime Stories expressa a "aparente surpresa de que seu trabalho, tão obviamente calculado para escandalizar, na verdade escandalizou". Fermín Zabalegui, da versão espanhola da GQ, elogiou a sua capacidade de se reinventar em discos "tão lendários" como este. Segundo Eduardo Viñuela, o material apresentava uma "imagem adocicada da artista, uma viagem interior, surreal, misteriosa, romântica e aberta a outras culturas". Jamieson Cox, periodista da Time, considerou-o "subestimado", opinião que foi compartilhada por Graham Gremore, do Queerty, que acrescentou que até hoje continua como um dos mais subestimados e menosprezados de sua carreira e merece mais atenção do que "já recebeu". Nesse sentido, Troy L. Smith, do The Plain Dealer, explica que foi esquecido porque foi lançado "entre sua obra mais polêmica (Erotica) e, possivelmente, sua melhor (Ray of Light)". Borja Prieto e Natalia Flores acrescentaram que "apesar de não ter sido um sucesso no início como seus trabalhos anteriores, [...] o passar do tempo o transformou em um trabalho marcante em sua discografia".

Depois de várias tentativas, Madonna finalmente fez um álbum para ser totalmente experimentado. O que se seguiu a Bedtime Stories foi uma deslumbrante variedade de gravações em Ray of Light, Music (2000) e American Life (2003), que encontraram sua visão artística mais confiante e vibrante. No entanto, a génese desta segunda fase da sua carreira foi Bedtime Stories, um projeto que evitou polémicas e destacou as suas habilidades únicas como cantora e compositora.[88]

—Revisão de Albumism de Quentin Harrison para o 25º aniversário do álbum.

Durante o seu 20º aniversário de lançamento, Babyface disse à Billboard que achou uma "experiência surreal" trabalhar no álbum com a cantora: "Hoje, quando penso nisso, é difícil acreditar que fiz isso com Madonna. É sempre bom fazer parte de um álbum que é um clássico, mas você nunca sabe quando fará parte dele naquele momento. Só o tempo pode dizer". Patrick DeMarco, da Philadelphia, afirmou que não foram apenas os momentos de "puro pop" que tornaram este um "ótimo" disco, mas também por ter consolidado a artista "como o ícone que conhecemos hoje". Bradley Stern, do MuuMuse, referiu-se a ele como uma de suas maiores obras e uma das mais progressivas. Com relação a novos sons e gêneros, o editor observou que se Erotica "foi feito para desafiar o nível de confiança da sociedade em questões sobre sexo, Bedtime Stories ultrapassou todas as expectativas dos limites sonoros de Madonna". Brendon Veevers, do Renowned for Sound, chamou-a de "obra-prima pop completa", acrescentando que as canções ajudaram a forjar o sucesso de Madonna em meados da década de 1990, além de apresentar vários singles que marcaram desde então e se tornaram "algumas das composições mais valiosas e apreciadas" de sua carreira. Em abril de 2020, mais de vinte e cinco anos após sua publicação, o álbum alcançou a primeira posição na parada do iTunes nos Estados Unidos, graças a uma promoção de descontos e campanha publicitária que os fãs da artista organizaram nas redes sociais.

De acordo com a jornalista da revista Vice, Mary von Aue, Bedtime Stories é o álbum "mais importante" de sua discografia. Antes de seu lançamento, foi apresentado como uma "redenção por seu comportamento sexual", com os críticos esperando que este fosse seu "retorno à inocência". Em vez disso, no entanto, Madonna escolheu se retratar como uma figura sem remorso, onde ela reagiu ainda mais à questão de artistas femininas sendo examinadas por sua sexualidades em vez de suas músicas, e continuou a abordar seus críticos e pessoas que tentaram humilha-la por ser provocante. Consequentemente, não foi o pedido de desculpas exato que o público pediu, vendo-o como o retorno a uma "expressão mais segura de sua sexualidade" e ignorando a profundidade emocional do álbum. Por fim, o jornalista acrescentou: "Hoje, Bedtime Stories não é o primeiro álbum que vem à mente no legado de Madonna. No entanto, é o mais relevante para muitas das discussões culturais que ainda estão acontecendo. Se ela tivesse realizado o pedido de desculpas que o público esperava, ela poderia ter estabelecido um padrão perigoso de como o público pode silenciar um artista, e teria permitido que as categorias para cantoras permanecessem no lugar". Da mesma forma, Bianca Gracie, de Idolator, observou que o projeto em nenhum momento fugiu de sua abordagem sexual e optou por ir contra o que a mídia esperava dela na época, ou seja, um tom de arrependimento por Erótica. Além disso, descreveu-o como uma das maiores eras da cantora e a sua mais "sutil", e declarou que este era seu álbum mais acessível e com uma sonoridade "an temporal" significando uma evolução de Madonna como artista, o que a ajudou na criação de seus discos seguintes como Ray of Light. Concluindo:

Bedtime Stories provou que Madonna nunca perdeu o controle. Quando você ouve os tons sensuais e as influências do R&B, você entende o quão perfeitamente a cantora pode mudar sua personalidade enquanto ainda soa genuína. Como muitos de seus álbuns, Bedtime Stories teve um impacto em muitos artistas hoje. Mas o disco fala com a nova geração que prefere música eletrônica e R&B a sintetizadores alegres. Nomes como Banks, Tinashe, Jhené Aiko e Rihanna têm um som que combina vocais fracos com uma produção calorosa e emocionante. Por isso, temos que agradecer a Madonna por sussurrar histórias doces para nós do conforto de sua cama.[89]

Créditos e pessoal[editar | editar código-fonte]

Todo o processo de elaboração de Bedtime Stories atribui os seguintes créditos:[11][90]

Intérpretes
Instrumentistas
  • Dallas Austin: bateria, teclado
  • Babyface: sintetizador
  • Tommy Martin: guitarra
  • Meshell Ndegeocello: baixo
  • Colin Wolfe: baixo
  • Jessie Leavey: arranjo de cordas
  • Craig Armstrong: arranjo de cordas
  • Suzie Kattayama: direção de orquestra
  • Jessie Leavey: direção de orquestra
Visuais e imagem
  • Fabien Baron: direção de arte, design
  • Patrick Li: direção de arte, design
  • Patrick Demarchelier: fotografia
Composição e produção
  • Madonna: composição, produção musical
  • Dallas Austin: composição, produção musical
  • Babyface: composição, produção musical, programação de bateria
  • Björk: composição
  • Scott Cutler: composição
  • Marius de Vries: composição, programação
  • Milo Deering: composição
  • Dave Hall: composição, programação
  • Herbie Hancock: programação
  • Nellee Hooper: composição, produção musical
  • The Isley Brothers: composição
  • Chris Jasper: composição
  • Kevin McKenzie: composição
  • Anne Preven: composição
  • Colin Wolfe: composição
  • Rick Sheppard: design de som
  • Michael Fossenkemper: engenharia
  • Brad Gilderman: engenharia
  • Darin Prindle: engenharia
  • Alvin Speights: engenharia
  • Mark "Spike" Stent: engenharia
  • Gus Garces: assistência de de engenharia
  • Kevin Parker: assistência de de engenharia
  • Brian Rernenick: assistência de de engenharia
  • Will Williams: assistência de de engenharia
  • Andy Warwick: assistência de de engenharia
  • Jon Gass: mixagem
  • Alvin Speights: mixagem

Desempenho comercial[editar | editar código-fonte]

Nos Estados Unidos, Bedtime Stories estreou em terceiro lugar na Billboard 200, atrás de Murder Was the Case, de Snoop Dogg (topo), e II, de Boyz II Men (abaixo).

Nos Estados Unidos, país nativo de Madonna, Bedtime Stories estreou em terceiro lugar na parada Billboard 200 em 12 de novembro de 1994, com 145 mil unidades sendo vendidas em sua primeira semana — ficando atrás de Murder Was the Case, de Snoop Dogg, e II, de Boyz II Men. Embora esse valor seja 15% inferior ao de Erotica (1992) — que entrou em segundo lugar com 167 mil exemplares —, o tempo que esteve na contagem fez com que no final suas vendas fossem maiores que a de seu antecessor. Após a apresentação da artista no American Music Awards, sua comercialização registrou um acréscimo de 19%. Mais tarde, a Recording Industry Association of America (RIAA) o agraciou com três certificações de platina, denotando 3 milhões de cópias adquiridas na nação. De acordo com a Nielsen SoundScan, as compras do disco ultrapassam 2 milhões e 336 mil até dezembro de 2016, número que não inclui as que foram realizadas em clubes como o BMG Music Clubs, onde foram constatadas mais 195 mil vendas. Em 3 de setembro de 2016, entrou em 19º lugar na parada de álbuns de vinil da Billboard, após seu lançamento nesse formato, comercializando pouco menos de mil cópias.

No Canadá, Bedtime Stories classificou-se nas paradas das revistas RPM e The Record. Na primeira, entrou na quarta posição em 7 de novembro de 1994; passou um total de 32 semanas até junho do ano seguinte, onde se posicionou pela última vez no número 93, sendo o 48º e 41º disco de maior sucesso em 1994 e 1995 no país, respectivamente. Na segunda, debutou na oitava colocação durante a edição de 19 do mesmo mês e, sete dias depois, subiu para a sétima. Em dezembro, a Music Canada (MC) condecorou o trabalho com platina pelas 200 mil cópias adquiridas. Concluiu o ano como o 36º álbum com melhores resultados no gráfico. Em países da América Latina, nomeadamente o Brasil, o CD conquistou a posição máxima da tabela publicada pelo instituto Nelson Oliveira Pesquisa e Estudo de Mercado (NOPEM) em 22 de novembro.[ Posteriormente, foi qualificado como platina pela Pro-Música Brasil (PMB), indicando vendas de 200 mil unidades. Por sua vez, a Cámara Argentina de Productores de Fonogramas y Videogramas (CAPIF) certificou-o com duas placas de platina depois de ter distribuído 120 mil réplicas na Argentina.

Obteve um desempenho positivo na Oceânia; em território australiano estreou no topo dos ARIA Charts, em 6 de novembro, e permaneceu lá por 30 semanas no total. Depois de vender 140 mil réplicas, foi eventualmente certificado como platina pela Australian Recording Industry Association (ARIA) reconhecendo 200 mil cópias vendidas. Teve pouco sucesso na Nova Zelândia, chegando ao número cinco em 20 de novembro e passou apenas nove semanas na parada. Em solo japonês, estreou o décimo posto na edição de 19 de novembro e depois alcançou o sétimo; no mesmo mês, a Recording Industry Association of Japan (RIAJ) concedeu-lhe o disco de platina pelo excedente de 200 mil réplicas. Na África do Sul foram constatadas cerca de 50 mil vendas, o que lhe garantiu uma certificação de ouro entregue pela Recording Industry of South Africa (RiSA); Além disso, o material alcançou a décima segunda posição no gráfico oficial do país.

Na Europa, a recepção comercial foi majoritariamente favorável. Debutou na vice-liderança do UK Albums Chart do Reino Unido em 5 de novembro de 1994, onde constou por um total de 30 semanas. A British Phonographic Industry certificou-o com platina por ter sido adquirido 300 mil vezes. Ao redor da Europa, a obra conseguiu liderar as tabelas da Finlândia, França, Itália e Portugal, e ficou entre os cinco primeiros na Alemanha, Escócia, Espanha e Suécia. Similarmente, alcançou o segundo posto no European Top 100 Albums da revista Music & Media, sendo barrado por Cross Road de Bon Jovi, posicionando-se entre os números 49 e 33 nas listagens anuais de 1994 e 1995, respectivamente. Em 1998, a International Federation of the Phonographic Industry (IFPI) qualificou-o com dois certificados de platina por ter ultrapassado a marca de dois milhões de unidades comercializadas no continente europeu. No total, oito milhões de exemplares do produto foram adquiridos globalmente.

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