Baleia-azul: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m ajustando datas, traduzindo nome/parâmetro nas citações usando script
Etiqueta: Inserção de predefinição obsoleta
m ajustando datas, traduzindo nome/parâmetro nas citações usando script
Linha 82: Linha 82:
Devido ao fato de o krill se mover, as baleias-azuis alimentam-se normalmente a profundidades superiores a 100 metros durante o dia, vindo a alimentar-se na superfície somente à noite. A duração típica dos mergulhos para alimentação é de 10 minutos, porém períodos de até 20 minutos são também observados. O mergulho mais longo registrado foi de 36 minutos.<ref name="Sears98">(Sears 1998)</ref> Para se alimentar, as baleias movem-se rapidamente em direção a grupos de krill, tomando os animais e grandes quantidades de água em sua boca. Na sequência, a água é pressionada para fora com ajuda da ''bolsa ventral'' e da língua, passando por suas [[Barbas de baleia|lâminas córneas]]. Assim que toda a água é empurrada para fora da boca, o krill remanescente, preso às lâminas córneas, é engolido. Baleias-azuis podem também consumir peixes pequenos, crustáceos e lulas capturadas junto com o krill.<ref>{{Citar periódico|autor=Nemoto T|ano=1957|título=Foods of baleen whales in the northern Pacific|língua=en|jornal=Sci. Rep. Whales Res. Inst.|volume=12|páginas=33–89}}</ref><ref>{{Citar periódico|autor=Nemoto T, Kawamura A|ano=1977|título=Characteristics of food habits and distribution of baleen whales with special reference to the abundance of North Pacific sei and Bryde’s whales|língua=en|jornal=Rep. Int. Whal. Commn|volume=1|número=Special Issue|página=80–87}}</ref>
Devido ao fato de o krill se mover, as baleias-azuis alimentam-se normalmente a profundidades superiores a 100 metros durante o dia, vindo a alimentar-se na superfície somente à noite. A duração típica dos mergulhos para alimentação é de 10 minutos, porém períodos de até 20 minutos são também observados. O mergulho mais longo registrado foi de 36 minutos.<ref name="Sears98">(Sears 1998)</ref> Para se alimentar, as baleias movem-se rapidamente em direção a grupos de krill, tomando os animais e grandes quantidades de água em sua boca. Na sequência, a água é pressionada para fora com ajuda da ''bolsa ventral'' e da língua, passando por suas [[Barbas de baleia|lâminas córneas]]. Assim que toda a água é empurrada para fora da boca, o krill remanescente, preso às lâminas córneas, é engolido. Baleias-azuis podem também consumir peixes pequenos, crustáceos e lulas capturadas junto com o krill.<ref>{{Citar periódico|autor=Nemoto T|ano=1957|título=Foods of baleen whales in the northern Pacific|língua=en|jornal=Sci. Rep. Whales Res. Inst.|volume=12|páginas=33–89}}</ref><ref>{{Citar periódico|autor=Nemoto T, Kawamura A|ano=1977|título=Characteristics of food habits and distribution of baleen whales with special reference to the abundance of North Pacific sei and Bryde’s whales|língua=en|jornal=Rep. Int. Whal. Commn|volume=1|número=Special Issue|página=80–87}}</ref>


== Comportamento ==
Apesar de serem mamíferos, as baleias não amamentam seus filhotes pelas tetas. O leite da baleia é tão gorduroso que ela o solta na água, de onde o filhote o suga, já que água e gordura não se misturam.

=== Vocalização ===

{{Escute
|arquivo = Blue whale atlantic1.ogg
|título = Uma canção de baleia-azul
|descrição = Registro no Atlântico (1)
|arquivo2 = Blue whale atlantic3.ogg
|título2 = Uma canção de baleia-azul
|descrição2 = Registro no Atlântico (2)
|arquivo3 = Blue_Whale_NE_Pacific.ogg
|título3 = Uma canção de baleia-azul
|descrição3 = Registro no nordeste do Pacífico
|arquivo4 = Blue_Whale_West_Pacific.ogg
|título4 = Uma canção de baleia-azul
|descrição4 = Registro no oeste do Pacífico
|arquivo5 = Blue_Whale_South_Pacific.ogg
|título5 = Uma canção de baleia-azul
|descrição5 = Registro no sul do Pacífico
|posição = direita
}}

As vocalizações da baleia-azul estão entre os sons de frequência mais altos e mais baixos produzidos por qualquer animal.<ref name=NMFS_2018/><ref name=Cummings_Thompson_1971>{{cite journal | author1=Cummings, W. C. | author2=Thompson, P. O. | title=Underwater sounds from the blue whale ''Balaenoptera musculus'' | journal=Journal of the Acoustical Society of America | volume=50 | issue=4 | pages=1193–1198 | date=1971| doi=10.1121/1.1912752 | bibcode=1971ASAJ...50.1193C }}</ref> O nível de origem das baleias-azuis ao largo do [[Chile]] na faixa de 14 a 222 Hz foi estimado em 188 dB re 1 μPa a 1 m,<ref name=Cummings_Thompson_1971/> 189 dB re 1 μPa a 1 m para as baleias-azuis da Antártica,<ref name=Sirovic_etal_2007>{{cite journal | author1=Sirovic, A. | author2=Hildebrand, J. A. | author3=Wiggins, S. M. | title=Blue and fin whale call source levels and propagation range in the Southern Ocean | journal=Journal of the Acoustical Society of America | volume=122 | issue=2 | pages=1208–121 | date=2007| doi=10.1121/1.2749452 | pmid=17672667 | bibcode=2007ASAJ..122.1208S | url=http://www.escholarship.org/uc/item/8mr3c6vn }}</ref> e 174 dB re 1 μPa a 1 m para baleias-azuis pigmeias.<ref name=Samaran_etal_2010>{{cite journal | author1=Samaran, F. | author2=Adam, O. | author3=Guinet, C. | title=Discovery of a mid-latitude sympatric area for two Southern Hemisphere blue whale subspecies | journal=Endangered Species Research | volume=12 | issue=2 | pages=157–165 | date=2010| doi=10.3354/esr00302}}</ref> A [[frequência fundamental]] para [[vocalização|vocalizações]] de baleias-azuis varia de 8 a 25 Hz.<ref name=Stafford_etal_1998>{{cite journal | author1=Stafford, K. M. | author2=Fox, G. C. | author3=Clark, D. S. | title=Long‐range acoustic detection and localization of blue whale calls in the northeast Pacific Ocean | journal=Journal of the Acoustical Society of America | volume=50 | issue=4 | pages=1193–1198 | date=1998| bibcode=1998ASAJ..104.3616S | doi=10.1121/1.423944 | pmid=9857519 }}</ref> Os tipos de música da baleia-azul foram divididos inicialmente em nove tipos de música,<ref name=McDonald_etal_2006>{{cite journal | author1=McDonald, M. A. | author2=Mesnick, S. L. | author3=Hildebrand, J. A. | title=Biogeographic characterization of blue whale song worldwide: Using song to identify populations | journal=Journal of Cetacean Research and Management | volume=8 | pages=55–66 | date=2006}}</ref> embora pesquisas em andamento sugiram que existem pelo menos 13 tipos de música.<ref name=Sirovic_etal_2017>{{cite journal | author1=Sirovic, A. | author2=Oleson, E. M. | author3=Buccowich, J. | author4=Rice, A. | author5=Bayless, A. R. | title=Fin whale song variability in southern California and the Gulf of California | journal=Scientific Reports | volume=7 | issue=1 | page=10126 | date=2017| doi=10.1038/s41598-017-09979-4 | pmid=28860617 | pmc=5579205 }}</ref>

Os possíveis motivos para os chamados incluem:<ref name=Richardson_etal_1995>{{cite journal | author1=Richardson, W. J. | author2=Green, C. R. Jr. | author3=Malme, C. I. | author4=Thomson, D. H. | title=Marine mammals and noise | journal=Academic Press | location=San Diego, CA | page=576 | date=1995}}</ref>
# manutenção da distância interindividual
# espécie e reconhecimento individual
# transmissão de informações contextuais (por exemplo, alimentação, alarme, namoro)
# manutenção da organização social (por exemplo, ligações de contato entre mulheres e homens)
# localização de recursos topográficos,
# localização de recursos de presas.

As vocalizações produzidas pela população do nordeste do Pacífico foram bem estudadas. Esta população produz pulsos de baixa frequência de longa duração ("A") e chamados tonais ("B"), tons de varredura para cima que precedem os chamados de tipo B ("C"), tons de varredura para baixo de duração moderada ("D") e variáveis sons modulados por amplitude e sons modulados por frequência.<ref name=Thompson_etal_1996>{{cite journal | author1=Thompson, P. O. | author2=Findley, L. T. | author3=Vidal, O. | author4=Cummings, W. C. | title=Underwater sounds of blue whales, ''Balaenoptera musculus'', in the Gulf of California, Mexico | journal=Marine Mammal Science | volume=13 | issue=2 | pages=288–293 | date=1996| display-authors=etal| doi=10.1111/j.1748-7692.1996.tb00578.x }}</ref><ref name=Aroyan_etal_2000>{{cite book | author1=Aroyan, J. L. | author2=McDonald, M. A. | author3=Webb, S. C. | author4=Hildebrand, J. A. | author5=Clark, D. S. | author6=Laitman, J. T. | author7=Reidenberg, J. S. | title=Hearing by whales and dolphins | chapter=Acoustic models of sound production and propagation | editor1-last=Au | editor1-first=W. W. A. | editor2-last=Popper | editor2-first=A. | editor3-last=Fay | editor3-first=R. N. | publisher=Springer-Verlag | location=Nova Iorque | pages=409–469 | date=2000}}</ref><ref name=Thode_etal_2000>{{cite journal | author1=Thode, A. M. | author2=D'Spain, G. L. | author3=Kuperman, W. A. | title=Matched-field processing, geoacoustic inversion, and source signature recovery of blue whale vocalizations | journal=Journal of the Acoustical Society of America | volume=107 | issue=3 | pages=1286–1300 | date=2000| doi=10.1121/1.428417 | pmid=10738784 | bibcode=2000ASAJ..107.1286T }}</ref><ref name=McDonald_etal_2001>{{cite journal | author1=McDonald, M. A. | author2=Calambokidis, J. | author3=Teranishi, A. M. | author4=Hildebrand, J. A. | title=The acoustic calls of blue whales off California with gender data | journal=Journal of the Acoustical Society of America | volume=109 | issue=4 | pages=1728–1735 | date=2001| doi=10.1121/1.1353593 | pmid=11325141 | bibcode=2001ASAJ..109.1728M | url=http://www.escholarship.org/uc/item/6vg9t2g7 }}</ref> Os chamados A e B são frequentemente produzidos em sequências repetidas e concomitantes como música apenas pelos machos, sugerindo uma função reprodutiva.<ref name=McDonald_etal_2001/> Chamados D são produzidos por ambos os sexos durante as interações sociais durante o forrageamento e podem ser considerados chamados de contato multiuso.<ref name=Oleson_etal_2007a>{{cite journal | author1=Oleson, E. M. | author2=Calambokidis, J. | author3=Burgess, W. C. | author4=McDonald, M. A. | author5=LeDuc, C. A. | author6=Hildebrand, J. A. | title=Behavioral context of call production by eastern North Pacific blue whales | journal= [[Marine Ecology Progress Series]]| volume=330 | pages=269–284 | date=2007| doi=10.3354/meps330269 | bibcode=2007MEPS..330..269O}}</ref><ref name=Oleson_etal_2007b>{{cite journal | author1=Oleson, E. M. | author2=Calambokidis, J. | author3=Barlow, J. | author4=Hildebrand, J. A. | title=Blue whale visual and acoustic encounter rates in the Southern California Bight | journal=Marine Mammal Science | volume=23 | issue=3 | pages=574–597 | date=2007| doi=10.1111/j.1748-7692.2007.02303.x | url=https://digitalcommons.unl.edu/usdeptcommercepub/299 }}</ref><ref name=Lewis_etal_2018>{{cite journal | author1=Lewis, L. A. | author2=Calambokidis, J. | author3=Stimpert, A. K. | author4=Fahlbusch, J. | author5=Friedlaender, A. S. | author6=McKenna, M. F. | author7=Mesnick, S. | author8=Oleson, E. M. | author9=Southall, B. L. | author10=Szesciorka, A. S. | author11=Sirovic, A. | title=Context-dependent variability in blue whale acoustic behaviour | journal=[[Royal Society Open Science]] | volume=5 | issue=8 | page=1080241 | date=2018 | doi=10.1098/rsos.180241| pmid=30225013 | pmc=6124089 }}</ref> Como os cantos também foram gravados em trios de baleias-azuis em um contexto que foi considerado reprodutivo, foi sugerido recentemente que esse canto tem funções diferentes.<ref name=Schall_etal_2019>{{cite journal | author1=Schall, E. | author2=Di Lorio, L. | author3=Berchok, C. | author4=Filún, D. | author5=Bedriñana-Romano, L. | author6=Buchan, S. J. | author7=Van Opzeeland, I. | author8=Sears, R. | author9=Hucke-Gaete, R. | title=Visual and passive acoustic observations of blue whale trios from two distinct populations | journal=Marine Mammal Science | volume=36 | issue=1 | doi=10.1111/mms.12643 | pages=365–374 | date=2019}}</ref> O canto da baleia-azul registrado no Seri Lanca é uma frase de três unidades. A primeira unidade é um chamado pulsátil de 19,8 a 43,5 Hz, com duração de 17,9 ± 5,2 segundos. A segunda unidade é uma varredura FM para cima de 55,9 para 72,4 Hz com duração de 13,8 ± 1,1 segundos. A unidade final é um tom longo (28,5 ± 1,6 s) que varia de 108 a 104,7 Hz.<ref name=Stafford_etal_2010>{{cite journal | author1=Stafford, K. M. | author2=Chapp, E. | author3=Bohnenstiel, D. | author4=Tolstoy, M. | title=Seasonal detection of three types of "pygmy" blue whale calls in the Indian Ocean | journal=Marine Mammal Science | volume=27 | issue=4 | pages=828–840 | date=2010| doi=10.1111/j.1748-7692.2010.00437.x }}</ref> O canto da baleia-azul registrado fora de Madagascar, uma frase de duas unidades,<ref name=Ljungblad_etal_1998>{{cite report | author1=Ljungblad, D. K. | author2=Clark, C. W. | author3=Shimada, H. | title=A comparison of sounds attributed to pygmy blue whales (''Balaenoptera musculus brevicauda'') recorded south of the Madagascar Plateau and those attributed to 'true' blue whales (''Balaenoptera musculus'') recorded off Antarctica | publisher=International Whaling Commission | volume=48 | pages=439–442 | date=1998}}</ref> começa com 5–7 pulsos com uma frequência central de 35,1 ± 0,7 Hz e duração de 4,4 ± 0,5 segundos, seguido por um tom de 35 ± 0 Hz com duração de 10,9 ± 1,1 segundos.<ref name=Stafford_etal_2010/> No Oceano Antártico, os cantos das baleias-azuis duram cerca de 18 segundos e consistem em um tom de 27 Hz de 9 segundos de duração, seguido por uma varredura para baixo de 1 segundo para 19 Hz e outra varredura para baixo para 18 Hz.<ref name=Sirovic_etal_2004>{{cite journal | author1=Sirovic, A. | author2=Hildebrand, J. A. | author3=Wiggins, S. M. | author4=McDonald, M. A. | author5=Moore, S. E. | author6=Thiele, D. | title=Seasonality of blue and fin whale calls and the influence of sea ice in the Western Antarctic Peninsula | journal=[[Deep Sea Research Part II: Topical Studies in Oceanography]] | volume=51 | issue=17–19 | pages=2327–2344 | date=2004| doi=10.1016/j.dsr2.2004.08.005 | bibcode=2004DSRII..51.2327S }}</ref> Também produzem chamados curtos, com duração de 1 a 4 segundos e moduladas em frequência, que variam em frequência entre 80 e 38 Hz.<ref name=Rankin_etal_2005>{{cite journal | author1=Rankin, S. | author2=Ljungblad, D. | author3=Clark, C. | author4=Kato, H. | title=Vocalisations of Antarctic blue whales, ''Balaenoptera musculus intermedia'', recorded during the 2001/2002 and 2002/2003 IWC/SOWER circumpolar cruises, Area V, Antarctica | journal=Journal of Cetacean Research and Management | volume=7 | pages=13–20 | date=2005}}</ref><ref name=Sirovic_etal_2006>{{cite journal | author1=Sirovic, A. | author2=Hildebrand, J. A. | author3=Thiele, D. | title=Baleen whales in the Scotia Sea in January and February 2003 | journal=Journal of Cetacean Research and Management | volume=8 | pages=161–171 | date=2006}}</ref>

Pelo menos sete tipos de canto de baleia-azul foram mudando linearmente para baixo na frequência tonal ao longo do tempo, embora em taxas diferentes.<ref name=Leroy_etal_2018>{{cite journal | author1=Leroy, E. C. | author2=Royer, J.-Y. | author3=Bonnel, J. | author4=Samaran, F. | title=Long-term and seasonal changes of large whale call frequency in the southern Indian Ocean | journal=[[Journal of Geophysical Research: Oceans]] | volume=123 | issue=11 | pages=8568–8580 | date=2018| doi=10.1029/2018JC014352 | bibcode=2018JGRC..123.8568L | url=https://archimer.ifremer.fr/doc/00516/62730/ }}</ref> A frequência tonal da baleia-azul do nordeste do Pacífico é 31% menor do que no início dos anos 1960.<ref name=Nieukirk_etal_2005>{{cite conference | author1=Nieukirk, S. L. | author2=Mellinger, D. K. | author3=Hildebrand, J. A. | author4=McDonald, M. A. | author5=Dziak, R. P. | title=Downward shift in the frequency of blue whale vocalizations | conference=16th Biennial Conference on the Biology of Marine Mammals | location=San Diego, CA | page=205 | date=2005}}</ref><ref name=McDonald_etal_2009>{{cite journal | author1=McDonald, M. A. | author2=Hildebrand, J. A. | author3=Mesnick, S. | title=Worldwide decline in tonal frequencies of blue whale songs | journal=Endangered Species Research | volume=9 | pages=13–21 | date=2009| doi=10.3354/esr00217}}</ref> A frequência das baleias-azuis pigmeias na Antártica diminuiu a uma taxa de alguns décimos de hertz por ano a partir de 2002.<ref name=Leroy_etal_2018/> Uma hipótese é que, conforme as populações de baleias-azuis se recuperam da caça às baleias, isso aumenta a pressão de seleção sexual (ou seja, uma frequência mais baixa indica um tamanho corporal maior).<ref name=McDonald_etal_2009/>


== Ameaças ==
== Ameaças ==
Linha 89: Linha 124:
[[Imagem:BlueWhaleSkeleton.jpg|thumbnail|300px|Esqueleto de baleia-azul em frente ao ''Long Marine Laboratory'' da [[Universidade da Califórnia]] em [[Santa Cruz (Califórnia)|Santa Cruz]]]]
[[Imagem:BlueWhaleSkeleton.jpg|thumbnail|300px|Esqueleto de baleia-azul em frente ao ''Long Marine Laboratory'' da [[Universidade da Califórnia]] em [[Santa Cruz (Califórnia)|Santa Cruz]]]]


* Ataques de navios: os ataques de navios são um fator de mortalidade significativo para as baleias azuis, especialmente na costa oeste dos Estados Unidos,<ref name=Berman-Kowalewski_etal_2010>{{citar periódico|autor1 =Berman-Kowalewski, M. |autor2 =Gulland, F. |autor3 =Wilkin, S. |autor4 =Calambokidis, J. |autor5 =Mate, B. |autor6 =Cordaro, J. |autor7 =Rotstein, D. |autor8 =St. Leger, J. |autor9 =Collins, P. |autor10 =Fahy, K. |autor11 =Dover, S. |título=Association between blue whale mortality and ship strikes along the California coast |periódico=Aquatic Mammals | volume=36 |número=1 |páginas=59–66 |data=2010| doi=10.1578/AM.36.1.2010.59 }}</ref> que tem algumas das maiores densidades de tráfego de navios comerciais do mundo.<ref name=Betz_etal_2011>{{citar tese|autor1 =Betz, S. |autor2 =Bohnsack, K. |autor3 =Callahan, A. R. |autor4 =Campbell, L. E. |autor5 =Green, S. E. |autor6 =Labrum, K. M. |título=Reducing the Risk of Vessel Strikes to Endangered Whales in the Santa Barbara Channel: An Economic Analysis and Risk Assessment of Potential Management Scenarios |tipo=MSc |publicado=Bren School of Environmental Science & Management, University of California, Santa Barbara |local=Santa Barbara, CA |data=2011}}</ref> Nove baleias azuis foram conhecidas por terem sido mortas e uma gravemente ferida por ataques de navios entre 2007 e 2010 ao largo da Califórnia.<ref name=Carretta_etal_2012>{{citar relatório|autor1 =Carretta, J. V. |autor2 =Oleson, E. |autor3 =Weller, D. W. |autor4 =Lang, A. R. |autor5 =Forney, K. A. |autor6 =Baker, J. |autor7 =Hanson, B. |autor8 =Martien, K. |autor9 =Muto, M. M. |autor10 =Lowry, M. S. |autor11 =Barlow, J. |autor12 =Lynch, D. |autor13 =Carswell, L. |autor14 =Brownell, R. L. Jr. |autor15 =Mattila, D. K. |título=U.S. Pacific Marine Mammal Stock Assessments |publicado=U.S. Department of Commerce, NOAA |número=NMFS-SWFSC-504 |data=2012}}</ref> As cinco mortes em 2007 foram consideradas um evento de mortalidade incomum, conforme definido na [[Lei de Proteção de Mamíferos Marinhos]].<ref name=Berman-Kowalewski_etal_2010/><ref name=Abramson_etal_2009>{{citar relatório|autor1 =Abramson, L. |autor2 =Polefka, S. |autor3 =Hastings, S. |autor4 =Bor, K. |título=Reducing the Threat of Ship Strikes on Large Cetaceans in the Santa Barbara Channel Region and Channel Islands National Marine Sanctuary: Recommendations and Case Studies |publicado=Channel Islands National Marine Sanctuary Advisory Council |páginas=1–73 |data=2009}}</ref> Os ataques letais de navios também são um problema nas águas do [[Seri Lanca]], onde seu habitat se sobrepõe a uma das rotas marítimas mais movimentadas do mundo.<ref name=deVos_etal_2013>{{citar relatório|autor1 =de Vos, A. |autor2 =Wu, T. |autor3 =Brownell, R. L. Jr. |título=Recent blue whale deaths due to ship strikes around Sri Lanka |publicado=International Whaling Commission Scientific Committee | volume=SC/65a/HIM03 |data=2013}}</ref><ref name=deVos_etal_2016>{{citar periódico|autor1 =de Vos, A. |autor2 =Brownell, R. L. Jr. |autor3 =Tershy, B. R. |autor4 =Croll, D. A. |título=Anthropogenic threats and conservation needs of blue whales, "Balaneoptera musculus indica", around Sri Lanka |periódico=J. Mar. Biol. | volume=2016 |número=8420846 |páginas=1–12 |data=2016| doi=10.1155/2016/8420846}}</ref> Ataques de navios mataram onze baleias azuis entre 2010 e 2012 em torno do Seri Lanca,<ref name=Priyadarshana_etal_2015>{{citar relatório|autor1 =Priyadarshana, T. |autor2 =Randage, R. |autor3 =Alling, A. |autor4 =Calderan, S. |autor5 =Gordon, J. |autor6 =Leaper, R. |autor7 =Porter, L. |título=An update on work related to ship strike risk to Blue whales off southern Sri Lanka |publicado=The International Whaling Commission | volume=SC66A |data=2015}}</ref> e pelo menos duas em 2014.<ref name=Randage_etal_2014>{{citar periódico|autor1 =Randage, S. M. |autor2 =Alling, A. |autor3 =Currier, K. |autor4 =Heywood, E. |título=Review of the Sri Lanka blue whale (''Balaenoptera musculus'') with observations on its distribution in the shipping lane |periódico=Journal of Cetacean Research and Management | volume=14 |páginas=43–49 |data=2014}}</ref> Ataques de navios mataram duas baleias azuis chilenas nos últimos anos no sul do Chile.<ref name=Brownell_etal_2014>{{citar relatório|autor1 =Brownell, R. L. Jr. |autor2 =Cabrera, E. |autor3 =Galletti-Vernazzani, B. |título=Dead blue whale in Puerto Montt, Chile: Another case of ship collision mortality |publicado=International Whaling Commission | volume=SC/65b/HIM08 |data=2014}}</ref><ref name=IWC_2017>{{citar relatório|autor1 =International whaling Commission |título=Report of the Scientific Committee |publicado=International Whaling Commission |página=136 |data=2017}}</ref> Possíveis medidas para reduzir futuros ataques de navios incluem melhores modelos de previsão de distribuição de baleias, mudanças nas rotas de navegação, reduções de velocidade de embarcações e gerenciamento sazonal e dinâmico de rotas de navegação.<ref name=Betz_etal_2011/><ref name=Redfern_etal_2013>{{citar periódico|autor1 =Redfern, J. V. |autor2 =McKenna, M. F. |autor3 =Moore, T. J. |autor4 =Calambokidis, J. |autor5 =Deangelis, M. L. |autor6 =Becker, E. A. |autor7 =Barlow, J. |autor8 =Forney, K. A. |autor9 =Fiedler, P. C. |autor10 =Chivers, S. J. |título=Assessing the risk of ships striking large whales in marine spatial planning |periódico=[[Conservation Biology (journal)|Conservation Biology]] | volume=22 |número=2 |páginas=292–302 |data=2013| doi=10.1111/cobi.12029 | pmid=23521668 }}</ref><ref name=Dransfield_etal_2014>{{citar periódico|autor1 =Dransfield, A. |autor2 =Hines, E. |autor3 =McGowan, J. |autor4 =Holzman, B. |autor5 =Nur, N. |autor6 =Elliott, M. |autor7 =Howar, J. |autor8 =Jacncke, J. |título=Where the whales are: using habitat modeling to support changes in shipping regulations within National Marine Sanctuaries in Central California |periódico=Endanger Species Res | volume=26 |número=1 |páginas=39–57 |data=2014| doi=10.3354/esr00627}}</ref>
* Ataques de navios: os ataques de navios são um fator de mortalidade significativo para as baleias-azuis, especialmente na costa oeste dos Estados Unidos,<ref name=Berman-Kowalewski_etal_2010>{{citar periódico|autor1 =Berman-Kowalewski, M. |autor2 =Gulland, F. |autor3 =Wilkin, S. |autor4 =Calambokidis, J. |autor5 =Mate, B. |autor6 =Cordaro, J. |autor7 =Rotstein, D. |autor8 =St. Leger, J. |autor9 =Collins, P. |autor10 =Fahy, K. |autor11 =Dover, S. |título=Association between blue whale mortality and ship strikes along the California coast |periódico=Aquatic Mammals | volume=36 |número=1 |páginas=59–66 |data=2010| doi=10.1578/AM.36.1.2010.59 }}</ref> que tem algumas das maiores densidades de tráfego de navios comerciais do mundo.<ref name=Betz_etal_2011>{{citar tese|autor1 =Betz, S. |autor2 =Bohnsack, K. |autor3 =Callahan, A. R. |autor4 =Campbell, L. E. |autor5 =Green, S. E. |autor6 =Labrum, K. M. |título=Reducing the Risk of Vessel Strikes to Endangered Whales in the Santa Barbara Channel: An Economic Analysis and Risk Assessment of Potential Management Scenarios |tipo=MSc |publicado=Bren School of Environmental Science & Management, University of California, Santa Barbara |local=Santa Barbara, CA |data=2011}}</ref> Nove baleias-azuis foram conhecidas por terem sido mortas e uma gravemente ferida por ataques de navios entre 2007 e 2010 ao largo da Califórnia.<ref name=Carretta_etal_2012>{{citar relatório|autor1 =Carretta, J. V. |autor2 =Oleson, E. |autor3 =Weller, D. W. |autor4 =Lang, A. R. |autor5 =Forney, K. A. |autor6 =Baker, J. |autor7 =Hanson, B. |autor8 =Martien, K. |autor9 =Muto, M. M. |autor10 =Lowry, M. S. |autor11 =Barlow, J. |autor12 =Lynch, D. |autor13 =Carswell, L. |autor14 =Brownell, R. L. Jr. |autor15 =Mattila, D. K. |título=U.S. Pacific Marine Mammal Stock Assessments |publicado=U.S. Department of Commerce, NOAA |número=NMFS-SWFSC-504 |data=2012}}</ref> As cinco mortes em 2007 foram consideradas um evento de mortalidade incomum, conforme definido na [[Lei de Proteção de Mamíferos Marinhos]].<ref name=Berman-Kowalewski_etal_2010/><ref name=Abramson_etal_2009>{{citar relatório|autor1 =Abramson, L. |autor2 =Polefka, S. |autor3 =Hastings, S. |autor4 =Bor, K. |título=Reducing the Threat of Ship Strikes on Large Cetaceans in the Santa Barbara Channel Region and Channel Islands National Marine Sanctuary: Recommendations and Case Studies |publicado=Channel Islands National Marine Sanctuary Advisory Council |páginas=1–73 |data=2009}}</ref> Os ataques letais de navios também são um problema nas águas do [[Seri Lanca]], onde seu habitat se sobrepõe a uma das rotas marítimas mais movimentadas do mundo.<ref name=deVos_etal_2013>{{citar relatório|autor1 =de Vos, A. |autor2 =Wu, T. |autor3 =Brownell, R. L. Jr. |título=Recent blue whale deaths due to ship strikes around Sri Lanka |publicado=International Whaling Commission Scientific Committee | volume=SC/65a/HIM03 |data=2013}}</ref><ref name=deVos_etal_2016>{{citar periódico|autor1 =de Vos, A. |autor2 =Brownell, R. L. Jr. |autor3 =Tershy, B. R. |autor4 =Croll, D. A. |título=Anthropogenic threats and conservation needs of blue whales, "Balaneoptera musculus indica", around Sri Lanka |periódico=J. Mar. Biol. | volume=2016 |número=8420846 |páginas=1–12 |data=2016| doi=10.1155/2016/8420846}}</ref> Ataques de navios mataram onze baleias-azuis entre 2010 e 2012 em torno do Seri Lanca,<ref name=Priyadarshana_etal_2015>{{citar relatório|autor1 =Priyadarshana, T. |autor2 =Randage, R. |autor3 =Alling, A. |autor4 =Calderan, S. |autor5 =Gordon, J. |autor6 =Leaper, R. |autor7 =Porter, L. |título=An update on work related to ship strike risk to Blue whales off southern Sri Lanka |publicado=The International Whaling Commission | volume=SC66A |data=2015}}</ref> e pelo menos duas em 2014.<ref name=Randage_etal_2014>{{citar periódico|autor1 =Randage, S. M. |autor2 =Alling, A. |autor3 =Currier, K. |autor4 =Heywood, E. |título=Review of the Sri Lanka blue whale (''Balaenoptera musculus'') with observations on its distribution in the shipping lane |periódico=Journal of Cetacean Research and Management | volume=14 |páginas=43–49 |data=2014}}</ref> Ataques de navios mataram duas baleias-azuis chilenas nos últimos anos no sul do Chile.<ref name=Brownell_etal_2014>{{citar relatório|autor1 =Brownell, R. L. Jr. |autor2 =Cabrera, E. |autor3 =Galletti-Vernazzani, B. |título=Dead blue whale in Puerto Montt, Chile: Another case of ship collision mortality |publicado=International Whaling Commission | volume=SC/65b/HIM08 |data=2014}}</ref><ref name=IWC_2017>{{citar relatório|autor1 =International whaling Commission |título=Report of the Scientific Committee |publicado=International Whaling Commission |página=136 |data=2017}}</ref> Possíveis medidas para reduzir futuros ataques de navios incluem melhores modelos de previsão de distribuição de baleias, mudanças nas rotas de navegação, reduções de velocidade de embarcações e gerenciamento sazonal e dinâmico de rotas de navegação.<ref name=Betz_etal_2011/><ref name=Redfern_etal_2013>{{citar periódico|autor1 =Redfern, J. V. |autor2 =McKenna, M. F. |autor3 =Moore, T. J. |autor4 =Calambokidis, J. |autor5 =Deangelis, M. L. |autor6 =Becker, E. A. |autor7 =Barlow, J. |autor8 =Forney, K. A. |autor9 =Fiedler, P. C. |autor10 =Chivers, S. J. |título=Assessing the risk of ships striking large whales in marine spatial planning |periódico=[[Conservation Biology (journal)|Conservation Biology]] | volume=22 |número=2 |páginas=292–302 |data=2013| doi=10.1111/cobi.12029 | pmid=23521668 }}</ref><ref name=Dransfield_etal_2014>{{citar periódico|autor1 =Dransfield, A. |autor2 =Hines, E. |autor3 =McGowan, J. |autor4 =Holzman, B. |autor5 =Nur, N. |autor6 =Elliott, M. |autor7 =Howar, J. |autor8 =Jacncke, J. |título=Where the whales are: using habitat modeling to support changes in shipping regulations within National Marine Sanctuaries in Central California |periódico=Endanger Species Res | volume=26 |número=1 |páginas=39–57 |data=2014| doi=10.3354/esr00627}}</ref>


* Emaranhamento: Poucos casos de emaranhamento de baleias azuis em equipamentos de pesca comercial foram documentados. O primeiro relatório nos Estados Unidos ocorreu ao largo da Califórnia em 2015, supostamente algum tipo de armadilha de águas profundas / pesca com potes.<ref name=Carretta_etal_2017>{{citar relatório|autor1 =Carretta, J. V. |autor2 =Muto, M. M. |autor3 =Greenman, J. |autor4 =Wilkinson, K. |autor5 =Viezbicke, J. |autor6 =Jannot, J. |título=Sources of human-related injury and mortality for U.S. Pacific west coast marine mammal stock assessments, 2011– 2015 |publicado=NOAA | volume=PSRG-2017-07 |data=2017}}</ref> Mais três casos de emaranhamento foram relatados em 2016.<ref name=NMFS_2017>{{citar relatório|autor1 =NMFS |título=National Report on Large Whale Entanglements |publicado=NOAA | url=https://www.fisheries.noaa.gov/resource/document/national-report-large-whale-entanglements-2017 |data=2017}}</ref> No Seri Lanca, uma baleia azul foi documentada com uma rede enrolada em sua boca, ao longo dos lados de seu corpo, e enrolada em sua cauda.<ref name=deVos_2015>{{citar livro|autor1 =de Vos, A. |título=Deepwater Horizon oil spill: Final Programmatic Damage Assessment and Restoration Plan and Final Programmatic Environmental Impact Statement |capítulo=Marine life on the line |editor-sobrenome1 =Braun |editor-nome1 =D. |publicado=National Geographic | local=Washington|página=685 |capítulourl=http://www.gulfspillrestoration.noaa.gov/restoration-planning/gulf-plan |data=2015}}</ref> Existem também efeitos não letais de complicações, incluindo estresse, que diminui o sucesso reprodutivo de um indivíduo ou reduz a expectativa de vida. Lesões causadas por emaranhamentos podem enfraquecer os indivíduos, tornando-os mais vulneráveis a outras causas de mortalidade.<ref name=Kenney_Kraus_1993>{{citar periódico|autor1 =Kenney, R. D. |autor2 =Kenney, S. D. |título=Right whale mortality – a correction and an update |periódico=Marine Mammal Science | volume=9 |número=4 |páginas=445–446 |data=1993| doi=10.1111/j.1748-7692.1993.tb00480.x }}</ref><ref name=Moore_VanDerHoop_2012>{{citar periódico|autor1 =Moore, M. J. |autor2 =Van Der Hoop, J. V. M. |título=The painful side of trap and fixed net fisheries: Chronic entanglement of large whales |periódico=Journal of Marine Biology | volume=2012 |número=230653 |páginas=1–4 |data=2012| doi=10.1155/2012/230653}}</ref>
* Emaranhamento: Poucos casos de emaranhamento de baleias-azuis em equipamentos de pesca comercial foram documentados. O primeiro relatório nos Estados Unidos ocorreu ao largo da Califórnia em 2015, supostamente algum tipo de armadilha de águas profundas / pesca com potes.<ref name=Carretta_etal_2017>{{citar relatório|autor1 =Carretta, J. V. |autor2 =Muto, M. M. |autor3 =Greenman, J. |autor4 =Wilkinson, K. |autor5 =Viezbicke, J. |autor6 =Jannot, J. |título=Sources of human-related injury and mortality for U.S. Pacific west coast marine mammal stock assessments, 2011– 2015 |publicado=NOAA | volume=PSRG-2017-07 |data=2017}}</ref> Mais três casos de emaranhamento foram relatados em 2016.<ref name=NMFS_2017>{{citar relatório|autor1 =NMFS |título=National Report on Large Whale Entanglements |publicado=NOAA | url=https://www.fisheries.noaa.gov/resource/document/national-report-large-whale-entanglements-2017 |data=2017}}</ref> No Seri Lanca, uma baleia-azul foi documentada com uma rede enrolada em sua boca, ao longo dos lados de seu corpo, e enrolada em sua cauda.<ref name=deVos_2015>{{citar livro|autor1 =de Vos, A. |título=Deepwater Horizon oil spill: Final Programmatic Damage Assessment and Restoration Plan and Final Programmatic Environmental Impact Statement |capítulo=Marine life on the line |editor-sobrenome1 =Braun |editor-nome1 =D. |publicado=National Geographic | local=Washington|página=685 |capítulourl=http://www.gulfspillrestoration.noaa.gov/restoration-planning/gulf-plan |data=2015}}</ref> Existem também efeitos não letais de complicações, incluindo estresse, que diminui o sucesso reprodutivo de um indivíduo ou reduz a expectativa de vida. Lesões causadas por emaranhamentos podem enfraquecer os indivíduos, tornando-os mais vulneráveis a outras causas de mortalidade.<ref name=Kenney_Kraus_1993>{{citar periódico|autor1 =Kenney, R. D. |autor2 =Kenney, S. D. |título=Right whale mortality – a correction and an update |periódico=Marine Mammal Science | volume=9 |número=4 |páginas=445–446 |data=1993| doi=10.1111/j.1748-7692.1993.tb00480.x }}</ref><ref name=Moore_VanDerHoop_2012>{{citar periódico|autor1 =Moore, M. J. |autor2 =Van Der Hoop, J. V. M. |título=The painful side of trap and fixed net fisheries: Chronic entanglement of large whales |periódico=Journal of Marine Biology | volume=2012 |número=230653 |páginas=1–4 |data=2012| doi=10.1155/2012/230653}}</ref>


* Ruído oceânico: O aumento do ruído subaquático antropogênico altera o ambiente acústico e afeta as baleias azuis.<ref name=Southall_etal_2018>{{citar periódico|autor1 =Southall, B. L. |autor2 =Hatch, L. |autor3 =Scholik-Schlomer, A. |autor4 =Bergmann, T. |autor5 =Jasny, M. |autor6 =Metcalf, K. |autor7 =Weilgart, L. |autor8 =Wright, A. J. |autor9 =Perera, M. E. |título=Reducing noise from large commercial ships: progress and partnerships |periódico=Proc. Mar. Saf. Sec. Council | volume=1 |páginas=58–65 |data=2018}}</ref> Além de mascarar os intervalos de comunicação da baleia azul,<ref name=Perry_1998>{{citar relatório|autor1 =Perry, C. |título=A review of the impact of anthropogenic noise on cetaceans |publicado=Report of the International Whaling Commission | volume=SC/50/E9 |data=1996}}</ref><ref name=Wiggins_etal_2001>{{citar periódico|autor1 =Wiggins, S. M. |autor2 =Oleson, E. M. |autor3 =Hildebrand, J. A. |título=Blue whale call intensity varies with ambient noise level |periódico=[[Journal of the Acoustical Society of America]] | volume=110 |número=5 |página=2771 |data=2001| bibcode=2001ASAJ..110.2771W | doi=10.1121/1.4777708 }}</ref> a exposição ao som antropogênico pode causar uma série de respostas comportamentais. Para as baleias de barbatanas, essas respostas variam de moderadas a severas, e foi demonstrado que causam mudanças imediatas nos intervalos de comportamento de natação e mergulho,<ref name=Simmonds_etal_2004>{{citar relatório|autor1 =Simmonds, M. |autor2 =Dolman, S. |autor3 =Weilgart, L. |título=Oceans of Noise |publicado=Whale and Dolphin Conservation Society |data=2004}}</ref><ref name=Weilgart_2007>{{citar periódico|autor1 =Weilgart, L. S. |título=The impacts of anthropogenic ocean noise on cetaceans and implications for management |periódico=Canadian Journal of Zoology | volume=85 |número=11 |páginas=1091–1116 |data=2007| doi=10.1139/Z07-101 }}</ref> interrupções de forrageamento, descanso e socialização,<ref name=Hildebrand_2009>{{citar periódico|autor1 =Hildebrand, J. A. |título=Anthropogenic and natural sources of ambient noise in the ocean |periódico=[[Marine Ecology Progress Series]] |volume=395 |páginas=5–20 |data=2009| doi=10.3354/meps08353 | bibcode=2009MEPS..395....5H}}</ref> deslocamento de habitat,<ref name=Simmonds_etal_2004/> perda de audição;<ref name=Weilgart_2007/> e habituação,<ref name=Richardson_Würsig_1995>{{citar livro|autor1 =Richardson, W. J. |autor2 =Würsig, B. |título=Marine Mammals and Noise |capítulo=Significance of responses and noise impacts |editor-sobrenome1 =Richardson |editor-nome1 =W. J. |editor-sobrenome2 =Greene |editor-nome2 =C. R. Jr. |editor-sobrenome3 =Malme |editor-nome3 =C. I. |editor-sobrenome4 =Thomson |editor-nome4 =D. H. |publicado=Academic Press, Inc |local=San Diego, CA |páginas=387–424 |data=1995}}</ref><ref name=Laist_etal_2001>{{citar periódico|autor1 =Laist, D. W. |autor2 =Knowlton, A. R. |autor3 =Mead, J. G. |autor4 =Collet, A. S. |autor5 =Podesta, M. |título=Collisions between ships and whales |periódico=Marine Mammal Science | volume=17 |número=1 |páginas=35–75 |data=2001| doi=10.1111/j.1748-7692.2001.tb00980.x }}</ref> além da exposição ao ruído de navegação comercial<ref name=McKenna_etal_2012>{{citar periódico|autor1 =McKenna, M. F. |autor2 =Ross, D. |autor3 =Wiggins, S. M. |autor4 =Hildebrand, J. A. |título=Underwater radiated noise from modern commercial ships |periódico=The Journal of the Acoustical Society of America | volume=131 |número=1 |páginas=92–103 |data=2012| doi=10.1121/1.3664100 | pmid=22280574 | bibcode=2012ASAJ..131...92M }}</ref><ref name=Szesciorka_etal_2019>{{citar periódico|autor1 =Szesciorka, A. R. |autor2 =Allen, A. N. |autor3 =Calambokidis, J. |autor4 =Fahlbusch, J. |autor5 =McKenna, M. F. |autor6 =Southall, B. L. |título=A case study of a near vessel strike of a blue whale: perceptual cues and fine-scale aspects of behavioral avoidance |periódico=Front. Mar. Sci. | volume=6 |número=761 |páginas=1–10 |data=2019| doi=10.3389/fmars.2019.00761}}</ref> e pesquisas sísmicas como parte da exploração de petróleo e gás.<ref name=DiIorio_Ckark_2009>{{citar periódico|autor1 =Di Iorio, L. |autor2 =Clark, C. W. |título=Exposure to seismic survey alters blue whale acoustic communication |periódico=Biology Letters | volume=6 |número=1 |páginas=1–4 |data=2009}}</ref><ref name=McDonald_etal_1995>{{citar periódico|autor1 =McDonald, M. A. |autor2 =Hildebrand, J. A. |autor3 =Webb, S. C. |título=Blue and fin whales observed on a seafloor array in the Northeast Pacific |periódico=Journal of the Acoustical Society of America | volume=98 |número=2 |páginas=712–721 |data=1995| doi=10.1121/1.413565 | pmid=7642810 | bibcode=1995ASAJ...98..712M | url=https://escholarship.org/uc/item/2sx2b1cj }}</ref> As baleias azuis no [[cabo sul da Califórnia]] diminuíram a vocalização na presença de [[sonar]] ativo de média frequência (MFA).<ref name=Melcón_etal_2012>{{citar periódico|autor1 =Melcón, M. L. |autor2 =Cummins, A. J. |autor3 =Kerosky, S. M. |autor4 =Roche, L. K. |autor5 =Wiggins, S. M. |autor6 =Hildebrand, J. A. |título=Blue Whales Respond to Anthropogenic Noise |periódico=PLOS ONE | volume=7 |número=2 |página=e32681 |data=2012| doi=10.1371/journal.pone.0032681 | pmid=22393434 | pmc=3290562 | bibcode=2012PLoSO...732681M}}</ref> A exposição ao sonar MFA simulado interrompeu sua alimentação, especialmente quando os animais estavam no modo de alimentação profunda, embora as respostas dependessem muito do estado comportamental do animal no momento da exposição.<ref name=Goldbogen_etal_2013>{{citar periódico|autor1 =Goldbogen, J. A. |autor2 =Friedlaender, A. S. |autor3 =Calambokidis, J. |autor4 =McKenna, M. F. |autor5 =Malene, S. M. |autor6 =Nowacek, D. P. |título=Integrative Approaches to the Study of Baleen Whale Diving Behavior, Feeding Performance, and Foraging Ecology |periódico=[[BioScience]] | volume=63 |número=2 |páginas=90–100 |data=2013| doi=10.1525/bio.2013.63.2.5 }}</ref><ref name=Southall_etal_2018/><ref name=Southall_etal_2012>{{citar periódico|autor1 =Southall, B. L. |autor2 =Moretti, D. |autor3 =Abraham, B. |autor4 =Calambokidis, J. |autor5 =DeRuiter, S. L. |autor6 =Tyack, P. L. |título=Marine mammal behavioral response studies in southern California: advances in technology and experimental methods |periódico= Marine Technology Society Journal | volume=46 |número=4 |páginas=48–59 |data=2012| doi=10.4031/MTSJ.46.4.1 }}</ref><ref name=DeRuiter_etal_2017>{{citar periódico|autor1 =DeRuiter, S. L. |autor2 =Langrock, R. |autor3 =Skirbutas, T. |autor4 =Goldbogen, J. A. |autor5 =Calambokidis, J. |autor6 =Friedlaender, A. S. |autor7 =Southall, B. L. |título=A multivariate mixed hidden Markov model for blue whale behaviour and responses to sound exposure |periódico=[[Annals of Applied Statistics]] | volume=11 |número=1 |páginas=362–392 |data=2017| doi=10.1214/16-AOAS1008}}</ref><ref name=Southall_etal_2019>{{citar periódico|autor1 =Southall, B. L. |autor2 =DeRuiter, S. L. |autor3 =Friedlaender, A. |autor4 =Stimpert, A. K. |autor5 =Goldbogen, J. A. |autor6 =Hazen, E. |autor7 =Casey, C. |autor8 =Fregosi, S. |autor9 =Cade, D. E. |autor10 =Allen, A. N. |autor11 =Harris, C. M. |autor12 =Schorr, G. |autor13 =Moretti, D. |título=Behavioral responses of individual blue whales (''Balaenoptera musculus'') to mid-frequency military sonar |periódico=The Journal of Experimental Biology| volume=222 |número=jeb190637 |páginas=jeb190637 |data=2019| doi=10.1242/jeb.190637 | pmid=30833464}}</ref>
* Ruído oceânico: O aumento do ruído subaquático antropogênico altera o ambiente acústico e afeta as baleias-azuis.<ref name=Southall_etal_2018>{{citar periódico|autor1 =Southall, B. L. |autor2 =Hatch, L. |autor3 =Scholik-Schlomer, A. |autor4 =Bergmann, T. |autor5 =Jasny, M. |autor6 =Metcalf, K. |autor7 =Weilgart, L. |autor8 =Wright, A. J. |autor9 =Perera, M. E. |título=Reducing noise from large commercial ships: progress and partnerships |periódico=Proc. Mar. Saf. Sec. Council | volume=1 |páginas=58–65 |data=2018}}</ref> Além de mascarar os intervalos de comunicação da baleia-azul,<ref name=Perry_1998>{{citar relatório|autor1 =Perry, C. |título=A review of the impact of anthropogenic noise on cetaceans |publicado=Report of the International Whaling Commission | volume=SC/50/E9 |data=1996}}</ref><ref name=Wiggins_etal_2001>{{citar periódico|autor1 =Wiggins, S. M. |autor2 =Oleson, E. M. |autor3 =Hildebrand, J. A. |título=Blue whale call intensity varies with ambient noise level |periódico=[[Journal of the Acoustical Society of America]] | volume=110 |número=5 |página=2771 |data=2001| bibcode=2001ASAJ..110.2771W | doi=10.1121/1.4777708 }}</ref> a exposição ao som antropogênico pode causar uma série de respostas comportamentais. Para as baleias de barbatanas, essas respostas variam de moderadas a severas, e foi demonstrado que causam mudanças imediatas nos intervalos de comportamento de natação e mergulho,<ref name=Simmonds_etal_2004>{{citar relatório|autor1 =Simmonds, M. |autor2 =Dolman, S. |autor3 =Weilgart, L. |título=Oceans of Noise |publicado=Whale and Dolphin Conservation Society |data=2004}}</ref><ref name=Weilgart_2007>{{citar periódico|autor1 =Weilgart, L. S. |título=The impacts of anthropogenic ocean noise on cetaceans and implications for management |periódico=Canadian Journal of Zoology | volume=85 |número=11 |páginas=1091–1116 |data=2007| doi=10.1139/Z07-101 }}</ref> interrupções de forrageamento, descanso e socialização,<ref name=Hildebrand_2009>{{citar periódico|autor1 =Hildebrand, J. A. |título=Anthropogenic and natural sources of ambient noise in the ocean |periódico=[[Marine Ecology Progress Series]] |volume=395 |páginas=5–20 |data=2009| doi=10.3354/meps08353 | bibcode=2009MEPS..395....5H}}</ref> deslocamento de habitat,<ref name=Simmonds_etal_2004/> perda de audição;<ref name=Weilgart_2007/> e habituação,<ref name=Richardson_Würsig_1995>{{citar livro|autor1 =Richardson, W. J. |autor2 =Würsig, B. |título=Marine Mammals and Noise |capítulo=Significance of responses and noise impacts |editor-sobrenome1 =Richardson |editor-nome1 =W. J. |editor-sobrenome2 =Greene |editor-nome2 =C. R. Jr. |editor-sobrenome3 =Malme |editor-nome3 =C. I. |editor-sobrenome4 =Thomson |editor-nome4 =D. H. |publicado=Academic Press, Inc |local=San Diego, CA |páginas=387–424 |data=1995}}</ref><ref name=Laist_etal_2001>{{citar periódico|autor1 =Laist, D. W. |autor2 =Knowlton, A. R. |autor3 =Mead, J. G. |autor4 =Collet, A. S. |autor5 =Podesta, M. |título=Collisions between ships and whales |periódico=Marine Mammal Science | volume=17 |número=1 |páginas=35–75 |data=2001| doi=10.1111/j.1748-7692.2001.tb00980.x }}</ref> além da exposição ao ruído de navegação comercial<ref name=McKenna_etal_2012>{{citar periódico|autor1 =McKenna, M. F. |autor2 =Ross, D. |autor3 =Wiggins, S. M. |autor4 =Hildebrand, J. A. |título=Underwater radiated noise from modern commercial ships |periódico=The Journal of the Acoustical Society of America | volume=131 |número=1 |páginas=92–103 |data=2012| doi=10.1121/1.3664100 | pmid=22280574 | bibcode=2012ASAJ..131...92M }}</ref><ref name=Szesciorka_etal_2019>{{citar periódico|autor1 =Szesciorka, A. R. |autor2 =Allen, A. N. |autor3 =Calambokidis, J. |autor4 =Fahlbusch, J. |autor5 =McKenna, M. F. |autor6 =Southall, B. L. |título=A case study of a near vessel strike of a blue whale: perceptual cues and fine-scale aspects of behavioral avoidance |periódico=Front. Mar. Sci. | volume=6 |número=761 |páginas=1–10 |data=2019| doi=10.3389/fmars.2019.00761}}</ref> e pesquisas sísmicas como parte da exploração de petróleo e gás.<ref name=DiIorio_Ckark_2009>{{citar periódico|autor1 =Di Iorio, L. |autor2 =Clark, C. W. |título=Exposure to seismic survey alters blue whale acoustic communication |periódico=Biology Letters | volume=6 |número=1 |páginas=1–4 |data=2009}}</ref><ref name=McDonald_etal_1995>{{citar periódico|autor1 =McDonald, M. A. |autor2 =Hildebrand, J. A. |autor3 =Webb, S. C. |título=Blue and fin whales observed on a seafloor array in the Northeast Pacific |periódico=Journal of the Acoustical Society of America | volume=98 |número=2 |páginas=712–721 |data=1995| doi=10.1121/1.413565 | pmid=7642810 | bibcode=1995ASAJ...98..712M | url=https://escholarship.org/uc/item/2sx2b1cj }}</ref> As baleias-azuis no [[cabo sul da Califórnia]] diminuíram a vocalização na presença de [[sonar]] ativo de média frequência (MFA).<ref name=Melcón_etal_2012>{{citar periódico|autor1 =Melcón, M. L. |autor2 =Cummins, A. J. |autor3 =Kerosky, S. M. |autor4 =Roche, L. K. |autor5 =Wiggins, S. M. |autor6 =Hildebrand, J. A. |título=Blue Whales Respond to Anthropogenic Noise |periódico=PLOS ONE | volume=7 |número=2 |página=e32681 |data=2012| doi=10.1371/journal.pone.0032681 | pmid=22393434 | pmc=3290562 | bibcode=2012PLoSO...732681M}}</ref> A exposição ao sonar MFA simulado interrompeu sua alimentação, especialmente quando os animais estavam no modo de alimentação profunda, embora as respostas dependessem muito do estado comportamental do animal no momento da exposição.<ref name=Goldbogen_etal_2013>{{citar periódico|autor1 =Goldbogen, J. A. |autor2 =Friedlaender, A. S. |autor3 =Calambokidis, J. |autor4 =McKenna, M. F. |autor5 =Malene, S. M. |autor6 =Nowacek, D. P. |título=Integrative Approaches to the Study of Baleen Whale Diving Behavior, Feeding Performance, and Foraging Ecology |periódico=[[BioScience]] | volume=63 |número=2 |páginas=90–100 |data=2013| doi=10.1525/bio.2013.63.2.5 }}</ref><ref name=Southall_etal_2018/><ref name=Southall_etal_2012>{{citar periódico|autor1 =Southall, B. L. |autor2 =Moretti, D. |autor3 =Abraham, B. |autor4 =Calambokidis, J. |autor5 =DeRuiter, S. L. |autor6 =Tyack, P. L. |título=Marine mammal behavioral response studies in southern California: advances in technology and experimental methods |periódico= Marine Technology Society Journal | volume=46 |número=4 |páginas=48–59 |data=2012| doi=10.4031/MTSJ.46.4.1 }}</ref><ref name=DeRuiter_etal_2017>{{citar periódico|autor1 =DeRuiter, S. L. |autor2 =Langrock, R. |autor3 =Skirbutas, T. |autor4 =Goldbogen, J. A. |autor5 =Calambokidis, J. |autor6 =Friedlaender, A. S. |autor7 =Southall, B. L. |título=A multivariate mixed hidden Markov model for blue whale behaviour and responses to sound exposure |periódico=[[Annals of Applied Statistics]] | volume=11 |número=1 |páginas=362–392 |data=2017| doi=10.1214/16-AOAS1008}}</ref><ref name=Southall_etal_2019>{{citar periódico|autor1 =Southall, B. L. |autor2 =DeRuiter, S. L. |autor3 =Friedlaender, A. |autor4 =Stimpert, A. K. |autor5 =Goldbogen, J. A. |autor6 =Hazen, E. |autor7 =Casey, C. |autor8 =Fregosi, S. |autor9 =Cade, D. E. |autor10 =Allen, A. N. |autor11 =Harris, C. M. |autor12 =Schorr, G. |autor13 =Moretti, D. |título=Behavioral responses of individual blue whales (''Balaenoptera musculus'') to mid-frequency military sonar |periódico=The Journal of Experimental Biology| volume=222 |número=jeb190637 |páginas=jeb190637 |data=2019| doi=10.1242/jeb.190637 | pmid=30833464}}</ref>


* Poluentes: Os impactos potenciais dos poluentes nas baleias azuis são desconhecidos. No entanto, como as baleias azuis se alimentam de um nível baixo na cadeia alimentar, há uma chance menor de [[bioacumulação]] de contaminantes químicos orgânicos.<ref name=OShea_Brownell_1994>{{citar periódico|autor1 =O'Shea, T. J. |autor2 =Brownell, R. L. |título=Organochlorine and metal contaminants in baleen whales:a review and evaluation of conservation implications |periódico=[[Science of the Total Environment]]| volume=154 |número=2–3 |páginas=179–200 |data=1994| doi=10.1016/0048-9697(94)90087-6 | pmid=7973606 | bibcode=1994ScTEn.154..179O }}</ref> A análise da cera de ouvido de um macho de baleia azul morto em uma colisão com um navio na costa da Califórnia mostrou contaminantes como pesticidas, retardadores de chama e mercúrio. Perfis reconstruídos de [[poluentes orgânicos persistentes]] (POP) sugeriram que uma transferência materna substancial ocorreu durante a gestação e / ou lactação.<ref name=Trumble_etal_2013>{{citar periódico|autor1 =Trumble, S. J. |autor2 =Robinson, E. M. |autor3 =Berman-Kowalewski, M. |autor4 =Potter, C. W. |autor5 =Usenko, S. |título=Blue whale earplug reveals lifetime contaminant exposure and hormone profiles |periódico=Proceedings of the National Academy of Sciences | volume=110 |número=42 |páginas=16922–16926 |data=2013| doi=10.1073/pnas.1311418110 | bibcode=2013PNAS..11016922T | pmid=24043814 | pmc=3801066 }}</ref> Baleias azuis machos no [[Golfo de São Lourenço]], Canadá, apresentaram concentrações mais altas de PCBs, diclorodifeniltricloroetano ([[DDT]]), [[metabólito]]s e vários outros compostos organoclorados em relação às fêmeas, refletindo a transferência materna desses contaminantes persistentes das fêmeas para os jovens.<ref name=Metcalfe_etal_2004>{{citar periódico|autor1 =Metcalfe, C. D. |autor2 =Koenig, B. G. |autor3 =Metcalfe, T. L. |autor4 =Paterson, G. |autor5 =Sears, R. |título=Intra- and inter-species differences in persistent organic contaminants in the blubber of blue whales and humpback whales from the Gulf of St. Lawrence, Canada |periódico=Marine Environmental Research| volume=57 |número=4 |páginas=245–260 |data=2004| doi=10.1016/j.marenvres.2003.08.003 | pmid=14749058 }}</ref>
* Poluentes: Os impactos potenciais dos poluentes nas baleias-azuis são desconhecidos. No entanto, como as baleias-azuis se alimentam de um nível baixo na cadeia alimentar, há uma chance menor de [[bioacumulação]] de contaminantes químicos orgânicos.<ref name=OShea_Brownell_1994>{{citar periódico|autor1 =O'Shea, T. J. |autor2 =Brownell, R. L. |título=Organochlorine and metal contaminants in baleen whales:a review and evaluation of conservation implications |periódico=[[Science of the Total Environment]]| volume=154 |número=2–3 |páginas=179–200 |data=1994| doi=10.1016/0048-9697(94)90087-6 | pmid=7973606 | bibcode=1994ScTEn.154..179O }}</ref> A análise da cera de ouvido de um macho de baleia-azul morto em uma colisão com um navio na costa da Califórnia mostrou contaminantes como pesticidas, retardadores de chama e mercúrio. Perfis reconstruídos de [[poluentes orgânicos persistentes]] (POP) sugeriram que uma transferência materna substancial ocorreu durante a gestação e / ou lactação.<ref name=Trumble_etal_2013>{{citar periódico|autor1 =Trumble, S. J. |autor2 =Robinson, E. M. |autor3 =Berman-Kowalewski, M. |autor4 =Potter, C. W. |autor5 =Usenko, S. |título=Blue whale earplug reveals lifetime contaminant exposure and hormone profiles |periódico=Proceedings of the National Academy of Sciences | volume=110 |número=42 |páginas=16922–16926 |data=2013| doi=10.1073/pnas.1311418110 | bibcode=2013PNAS..11016922T | pmid=24043814 | pmc=3801066 }}</ref> baleias-azuis machos no [[Golfo de São Lourenço]], Canadá, apresentaram concentrações mais altas de PCBs, diclorodifeniltricloroetano ([[DDT]]), [[metabólito]]s e vários outros compostos organoclorados em relação às fêmeas, refletindo a transferência materna desses contaminantes persistentes das fêmeas para os jovens.<ref name=Metcalfe_etal_2004>{{citar periódico|autor1 =Metcalfe, C. D. |autor2 =Koenig, B. G. |autor3 =Metcalfe, T. L. |autor4 =Paterson, G. |autor5 =Sears, R. |título=Intra- and inter-species differences in persistent organic contaminants in the blubber of blue whales and humpback whales from the Gulf of St. Lawrence, Canada |periódico=Marine Environmental Research| volume=57 |número=4 |páginas=245–260 |data=2004| doi=10.1016/j.marenvres.2003.08.003 | pmid=14749058 }}</ref>


* Plásticos e microplásticos: O impacto da ingestão de plásticos e microplásticos nas baleias azuis é desconhecido. As baleias de barbatana são expostas à ingestão de plástico como resultado da atividade de alimentação do filtro. Microplásticos também podem ser uma fonte significativa de poluentes orgânicos persistentes, bem como [[polietileno]], [[polipropileno]] e, particularmente, [[ftalato]]s, que são potenciais [[disruptor endócrino|disruptores endócrinos]] e podem afetar a viabilidade populacional.<ref name=Fossi_etal_2012>{{citar periódico|autor1 =Fossi, M. C. |autor2 =Panti, C. |autor3 =Guerranti, C. |autor4 =Coppola, D. |autor5 =Giannetti, M. |autor6 =Marsili, L. |autor7 =Minutolic, R. |título=Are baleen whales exposed to the threat of microplastics? A case study of the Mediterranean fin whale (''Balaenoptera physalus'') |periódico=Marine Pollution Bulletin| volume=64 |número=11 |páginas=2374–9 |data=2012| doi=10.1016/j.marpolbul.2012.08.013 | pmid=22964427 }}</ref><ref name=Teuten_etal_2007>{{citar periódico|autor1 =Teuten E. L. |autor2 =Rowland S. J. |autor3 =Galloway T. S. |autor4 =Thompson R. C. |título=Potential for plastics to transport hydrophobic contaminants |periódico=[[Environmental Science & Technology]]| volume=41 |número=22 |páginas=7759–7764 |data=2007| doi=10.1021/es071737s | pmid=18075085 | bibcode=2007EnST...41.7759T}}</ref>
* Plásticos e microplásticos: O impacto da ingestão de plásticos e microplásticos nas baleias-azuis é desconhecido. As baleias de barbatana são expostas à ingestão de plástico como resultado da atividade de alimentação do filtro. Microplásticos também podem ser uma fonte significativa de poluentes orgânicos persistentes, bem como [[polietileno]], [[polipropileno]] e, particularmente, [[ftalato]]s, que são potenciais [[disruptor endócrino|disruptores endócrinos]] e podem afetar a viabilidade populacional.<ref name=Fossi_etal_2012>{{citar periódico|autor1 =Fossi, M. C. |autor2 =Panti, C. |autor3 =Guerranti, C. |autor4 =Coppola, D. |autor5 =Giannetti, M. |autor6 =Marsili, L. |autor7 =Minutolic, R. |título=Are baleen whales exposed to the threat of microplastics? A case study of the Mediterranean fin whale (''Balaenoptera physalus'') |periódico=Marine Pollution Bulletin| volume=64 |número=11 |páginas=2374–9 |data=2012| doi=10.1016/j.marpolbul.2012.08.013 | pmid=22964427 }}</ref><ref name=Teuten_etal_2007>{{citar periódico|autor1 =Teuten E. L. |autor2 =Rowland S. J. |autor3 =Galloway T. S. |autor4 =Thompson R. C. |título=Potential for plastics to transport hydrophobic contaminants |periódico=[[Environmental Science & Technology]]| volume=41 |número=22 |páginas=7759–7764 |data=2007| doi=10.1021/es071737s | pmid=18075085 | bibcode=2007EnST...41.7759T}}</ref>


* Óleo: as baleias podem inalar, ingerir ou absorver compostos de [[petróleo]] ou [[Dispersão (química)|dispersante]]s, que podem causar lesões no trato respiratório ou gastrointestinal ou afetar as funções hepáticas ou renais.<ref name=Geraci_1990>{{citar livro|autor1 =Geraci, J. R. |título=Sea Mammals and Oil: Confronting the Risks |capítulo=Physiologic and toxic effects on cetaceans |editor-sobrenome1 =Geraci |editor-nome1 =J. R. |editor-sobrenome2 =St Aubin |editor-nome2 =D. J. |local=San Diego, CA |publicado=Academic Press |páginas=167–197 |data=1990}}</ref><ref name=Schwacke_etal_2014>{{citar periódico|autor1 =Schwacke, L. H. |autor2 =Smith, C. R. |autor3 =Townsend, F. I. |autor4 =Wells, R. S. |autor5 =Hart, L. B. |autor6 =Balmer, B. C. |autor7 =Collier, T. K. |autor8 =De Guise, S. |autor9 =Fry, M. M. |autor10 =Guillette, L. J. Jr. |autor11 =Lamb, S. V. |autor12 =Lane, S. M. |autor13 =McFee, W. E. |autor14 =Place, N. J. |autor15 =Tumlin, M. C. |título=Health of common bottlenose dolphins (''Tursiops truncatus'') in Barataria Bay, Louisiana, following the Deepwater horizon oil spill Environ |periódico=Sci. Technol. | volume=48 |número=1 |páginas=93–103 |data=2014| doi=10.1021/es403610f | pmid=24350796}}</ref> Embora a ingestão seja um risco para as baleias, um estudo de 2019 descobriu que o óleo não sujou as barbatanas e, em vez disso, foi facilmente enxaguado pela água corrente.<ref>{{citar periódico|último1 =Werth|primeiro1 =A. J.|último2 =Blakeney|primeiro2 =S. M.|último3 =Cothren|primeiro3 =A. I.|ano=2019|título=Oil adsorption does not structurally or functionally alter whale baleen|periódico=Royal Society Open Science|volume=6|número=5|página=182194|doi=10.1098/rsos.182194|pmid=31218043|pmc=6549998|bibcode=2019RSOS....682194W}}</ref>
* Óleo: as baleias podem inalar, ingerir ou absorver compostos de [[petróleo]] ou [[Dispersão (química)|dispersante]]s, que podem causar lesões no trato respiratório ou gastrointestinal ou afetar as funções hepáticas ou renais.<ref name=Geraci_1990>{{citar livro|autor1 =Geraci, J. R. |título=Sea Mammals and Oil: Confronting the Risks |capítulo=Physiologic and toxic effects on cetaceans |editor-sobrenome1 =Geraci |editor-nome1 =J. R. |editor-sobrenome2 =St Aubin |editor-nome2 =D. J. |local=San Diego, CA |publicado=Academic Press |páginas=167–197 |data=1990}}</ref><ref name=Schwacke_etal_2014>{{citar periódico|autor1 =Schwacke, L. H. |autor2 =Smith, C. R. |autor3 =Townsend, F. I. |autor4 =Wells, R. S. |autor5 =Hart, L. B. |autor6 =Balmer, B. C. |autor7 =Collier, T. K. |autor8 =De Guise, S. |autor9 =Fry, M. M. |autor10 =Guillette, L. J. Jr. |autor11 =Lamb, S. V. |autor12 =Lane, S. M. |autor13 =McFee, W. E. |autor14 =Place, N. J. |autor15 =Tumlin, M. C. |título=Health of common bottlenose dolphins (''Tursiops truncatus'') in Barataria Bay, Louisiana, following the Deepwater horizon oil spill Environ |periódico=Sci. Technol. | volume=48 |número=1 |páginas=93–103 |data=2014| doi=10.1021/es403610f | pmid=24350796}}</ref> Embora a ingestão seja um risco para as baleias, um estudo de 2019 descobriu que o óleo não sujou as barbatanas e, em vez disso, foi facilmente enxaguado pela água corrente.<ref>{{citar periódico|último1 =Werth|primeiro1 =A. J.|último2 =Blakeney|primeiro2 =S. M.|último3 =Cothren|primeiro3 =A. I.|ano=2019|título=Oil adsorption does not structurally or functionally alter whale baleen|periódico=Royal Society Open Science|volume=6|número=5|página=182194|doi=10.1098/rsos.182194|pmid=31218043|pmc=6549998|bibcode=2019RSOS....682194W}}</ref>


* Mudanças climáticas: As projeções atuais de mudanças climáticas preveem que o habitat da baleia azul diminuirá significativamente.<ref name=Hazen_etal_2012>{{citar periódico|autor1 =Hazen, E. L. |autor2 =Maxwell, S. M. |autor3 =Bailey, H. |autor4 =Bograd, S. J. |autor5 =Hamann, M. |autor6 =Gaspar, P. |autor7 =Godley, B. J. |autor8 =Shillinger, G. L. |título=Ontogeny in marine tagging and tracking science: technologies and data gaps |periódico=Marine Ecology Progress Series | volume=457 |páginas=221–240 |data=2012| doi=10.3354/meps09857 | bibcode=2012MEPS..457..221H}}</ref><ref name=Hazen_etal_2019>{{citar periódico|autor1 =Hazen, E. L. |autor2 =Abrahms, B. |autor3 =Brodie, S. |autor4 =Carroll, G. |autor5 =Jacox, M. G. |autor6 =Savoca, M. S. |autor7 =Scales, K. L. |autor8 =Sydeman, W. J. |autor9 =Bograd, S. J. |título=Marine top predators as climate and ecosystem sentinels |periódico=[[Frontiers in Ecology and the Environment]] | volume=17 |número=10 |páginas=565–574 |data=2019| doi=10.1002/fee.2125}}</ref> Além disso, o aquecimento dos oceanos pode afetar a disponibilidade de krill de várias maneiras, incluindo a distribuição vertical devido ao aprofundamento da [[termoclina]] e ao aumento da estratificação da coluna de água<ref name=Palacios_2004>{{citar periódico|autor1 =Palacios, D. |título=Long-term and seasonal trends in stratification in the California Current |periódico=[[Journal of Geophysical Research]] | volume=109 |páginas=307–312 |data=2004| doi=10.1029/2004JC002380}}</ref> e mudanças na direção dos polos resultantes da contração do habitat favorável e mudanças na ressurgência costeira.<ref name=Roemmich_McGowan_1995>{{citar periódico|autor1 =Roemmich, D. |autor2 =McGowan, J. |título=Climatic warming and the decline of zooplankton in the California Current |periódico=Science | volume=267 |número=5202 |páginas=1324–1326 |data=1995| doi=10.1126/science.267.5202.1324 | pmid=17812604 | bibcode=1995Sci...267.1324R }}</ref><ref name=DiLorenzo_etal_2005>{{citar periódico|autor1 =DiLorenzo, E. |autor2 =Miller, A. J. |autor3 =Schneider, N. |autor4 =McWilliams, J. C. |título=The warming of the California Current System: Dynamics and ecosystem implications |periódico=[[Journal of Physical Oceanography]] | volume=35 |número=3 |páginas=336–362 |data=2005| doi=10.1175/JPO-2690.1 | bibcode=2005JPO....35..336D}}</ref><ref name=Rykaczewski_etal_2015>{{citar periódico|autor1 =Rykaczewski, R. R. |autor2 =Dunne, J. P. |autor3 =Sydeman, W. J. |autor4 =García-Reyes, M. |autor5 =Black, B. A. |autor6 =Bograd, S. J. |título=Poleward intensification of coastal upwelling in response to global warming |periódico=[[Geophysical Research Letters]] | volume=42 |número=15 |páginas=6424–6431 |data=2015| doi=10.1002/2015GL064694}}</ref> A [[acidificação do oceano]] pode afetar adversamente as presas da baleia azul, como o desenvolvimento [[Embriogénese|embrionário]] do krill,<ref name=Kawaguchi_etal_2011>{{citar periódico|autor1 =Kawaguchi, S. |autor2 =Kurihara, H. |autor3 =King, R. |autor4 =Hale, L. |autor5 =Berlie, T. |autor6 =Robinson, J. P. |autor7 =Ishida, A. |autor8 =Wakita, M. |autor9 =Virtue, P. |autor10 =Nicol, S. |autor11 =Ishimatsu, A. |título=Will krill fare well under Southern Ocean acidification? |periódico=Biology Letters | volume=7 |número=2 |páginas=288–291 |data=2011| doi=10.1098/rsbl.2010.0777 | pmid=20943680 | pmc=3061171 }}</ref> as taxas de eclosão<ref name=Kawaguchi_etal_2013>{{citar periódico|autor1 =Kawaguchi, S. |autor2 =Ishida, A. |autor3 =King, R. |autor4 =Raymond, B. |autor5 =Waller, N. |autor6 =Constable, A. |autor7 =Nicol, S. |autor8 =Ishimatsu, A. |título=Risk maps for Antarctic krill under projected Southern Ocean acidification |periódico=[[Nature Climate Change]] | volume=3 |número=9 |páginas=843–847 |data=2013| doi=10.1038/nclimate1937 | bibcode=2013NatCC...3..843K }}</ref> e a fisiologia metabólica pós-larval.<ref name=Saba_etal_2012>{{citar periódico|autor1 =Saba, V. S. |autor2 =Stock, C. A. |autor3 =Spotila, J. R. |autor4 =Paladino, F. V. |autor5 =Tomillo, P. S. |título=Projected response of an endangered marine turtle population to climate change |periódico=Nature Climate Change | volume=2 |número=11 |páginas=814–820 |data=2012| doi=10.1038/nclimate1582 | bibcode=2012NatCC...2..814S }}</ref>
* Mudanças climáticas: As projeções atuais de mudanças climáticas preveem que o habitat da baleia-azul diminuirá significativamente.<ref name=Hazen_etal_2012>{{citar periódico|autor1 =Hazen, E. L. |autor2 =Maxwell, S. M. |autor3 =Bailey, H. |autor4 =Bograd, S. J. |autor5 =Hamann, M. |autor6 =Gaspar, P. |autor7 =Godley, B. J. |autor8 =Shillinger, G. L. |título=Ontogeny in marine tagging and tracking science: technologies and data gaps |periódico=Marine Ecology Progress Series | volume=457 |páginas=221–240 |data=2012| doi=10.3354/meps09857 | bibcode=2012MEPS..457..221H}}</ref><ref name=Hazen_etal_2019>{{citar periódico|autor1 =Hazen, E. L. |autor2 =Abrahms, B. |autor3 =Brodie, S. |autor4 =Carroll, G. |autor5 =Jacox, M. G. |autor6 =Savoca, M. S. |autor7 =Scales, K. L. |autor8 =Sydeman, W. J. |autor9 =Bograd, S. J. |título=Marine top predators as climate and ecosystem sentinels |periódico=[[Frontiers in Ecology and the Environment]] | volume=17 |número=10 |páginas=565–574 |data=2019| doi=10.1002/fee.2125}}</ref> Além disso, o aquecimento dos oceanos pode afetar a disponibilidade de krill de várias maneiras, incluindo a distribuição vertical devido ao aprofundamento da [[termoclina]] e ao aumento da estratificação da coluna de água<ref name=Palacios_2004>{{citar periódico|autor1 =Palacios, D. |título=Long-term and seasonal trends in stratification in the California Current |periódico=[[Journal of Geophysical Research]] | volume=109 |páginas=307–312 |data=2004| doi=10.1029/2004JC002380}}</ref> e mudanças na direção dos polos resultantes da contração do habitat favorável e mudanças na ressurgência costeira.<ref name=Roemmich_McGowan_1995>{{citar periódico|autor1 =Roemmich, D. |autor2 =McGowan, J. |título=Climatic warming and the decline of zooplankton in the California Current |periódico=Science | volume=267 |número=5202 |páginas=1324–1326 |data=1995| doi=10.1126/science.267.5202.1324 | pmid=17812604 | bibcode=1995Sci...267.1324R }}</ref><ref name=DiLorenzo_etal_2005>{{citar periódico|autor1 =DiLorenzo, E. |autor2 =Miller, A. J. |autor3 =Schneider, N. |autor4 =McWilliams, J. C. |título=The warming of the California Current System: Dynamics and ecosystem implications |periódico=[[Journal of Physical Oceanography]] | volume=35 |número=3 |páginas=336–362 |data=2005| doi=10.1175/JPO-2690.1 | bibcode=2005JPO....35..336D}}</ref><ref name=Rykaczewski_etal_2015>{{citar periódico|autor1 =Rykaczewski, R. R. |autor2 =Dunne, J. P. |autor3 =Sydeman, W. J. |autor4 =García-Reyes, M. |autor5 =Black, B. A. |autor6 =Bograd, S. J. |título=Poleward intensification of coastal upwelling in response to global warming |periódico=[[Geophysical Research Letters]] | volume=42 |número=15 |páginas=6424–6431 |data=2015| doi=10.1002/2015GL064694}}</ref> A [[acidificação do oceano]] pode afetar adversamente as presas da baleia-azul, como o desenvolvimento [[Embriogénese|embrionário]] do krill,<ref name=Kawaguchi_etal_2011>{{citar periódico|autor1 =Kawaguchi, S. |autor2 =Kurihara, H. |autor3 =King, R. |autor4 =Hale, L. |autor5 =Berlie, T. |autor6 =Robinson, J. P. |autor7 =Ishida, A. |autor8 =Wakita, M. |autor9 =Virtue, P. |autor10 =Nicol, S. |autor11 =Ishimatsu, A. |título=Will krill fare well under Southern Ocean acidification? |periódico=Biology Letters | volume=7 |número=2 |páginas=288–291 |data=2011| doi=10.1098/rsbl.2010.0777 | pmid=20943680 | pmc=3061171 }}</ref> as taxas de eclosão<ref name=Kawaguchi_etal_2013>{{citar periódico|autor1 =Kawaguchi, S. |autor2 =Ishida, A. |autor3 =King, R. |autor4 =Raymond, B. |autor5 =Waller, N. |autor6 =Constable, A. |autor7 =Nicol, S. |autor8 =Ishimatsu, A. |título=Risk maps for Antarctic krill under projected Southern Ocean acidification |periódico=[[Nature Climate Change]] | volume=3 |número=9 |páginas=843–847 |data=2013| doi=10.1038/nclimate1937 | bibcode=2013NatCC...3..843K }}</ref> e a fisiologia metabólica pós-larval.<ref name=Saba_etal_2012>{{citar periódico|autor1 =Saba, V. S. |autor2 =Stock, C. A. |autor3 =Spotila, J. R. |autor4 =Paladino, F. V. |autor5 =Tomillo, P. S. |título=Projected response of an endangered marine turtle population to climate change |periódico=Nature Climate Change | volume=2 |número=11 |páginas=814–820 |data=2012| doi=10.1038/nclimate1582 | bibcode=2012NatCC...2..814S }}</ref>


=== Ameaças naturais ===
=== Ameaças naturais ===


* Predação: A única ameaça natural conhecida para as baleias azuis é a [[orca]] (''Orcinua orca''), embora a taxa de ataques fatais por orcas seja desconhecida. Estudos de identificação por fotografia de baleias azuis estimaram que uma alta proporção de indivíduos no golfo da Califórnia têm cicatrizes semelhantes a um ancinho, indicativas de encontros com orcas.<ref name=Sears_1990>{{citar periódico|autor1 =Sears, R. |título=The Cortez blues |periódico=Whalewatcher | volume=24 |páginas=12–15 |data=1990}}</ref> No sudeste da Austrália, 3,7% das baleias azuis fotografadas tinham marcas e 42,1% das baleias azuis pigmeias fotografadas no oeste da Austrália tinham marcas.<ref name=Mehta_etal_2007>{{citar periódico|autor1 =Mehta, A. V. |autor2 =Allen, J. M. |autor3 =Constantine, R. |autor4 =Garrigue, C. |autor5 =Jann, B. |autor6 =Jenner, C. |autor7 =Marx, M. K. |autor8 =Matkin, C. O. |autor9 =Mattila, D. K. |autor10 =Minton, G. |autor11 =Mizroch, S. A. |autor12 =Olavarría, C. |autor13 =Robbins, J. |autor14 =Russell, K. G. |autor15 =Seton, R. E. |título=Baleen whales are not important as prey for killer whales (''Orcinus orca'') in high latitudes |periódico=Marine Ecology Progress Series | volume=348 |páginas=297–307 |data=2007| doi=10.3354/meps07015}}</ref> A predação documentada por orcas é rara. Uma baleia azul mãe e filhote foram observados pela primeira vez sendo perseguidos em alta velocidade por orcas no sudeste da Austrália.<ref name=Cotton_1944>{{citar periódico|autor1 =Cotton, B. C. |título=Killer whales in South Australia |periódico=[[Australian Zoologist]] | volume=10 |páginas=293–294 |data=1944}}</ref> O primeiro ataque documentado ocorreu em 1977 no sudoeste da [[península da Baixa Califórnia]], no México, mas a baleia ferida escapou após cinco horas.<ref name=Tarpy_1979>{{citar periódico|autor1 =Tarpy, C. |título=Killer whale attack! |periódico=National Geographic Magazine | volume=155 |páginas=542–545|data=1979}}</ref> Outras quatro baleias azuis foram documentadas como perseguidas por um grupo de orcas entre 1982 e 2003.<ref name=Ford_Reeves_2008>{{citar periódico|autor1 =Ford, J. K. B. |autor2 =Reeves, R. |título=Fight or flight: antipredator strategies of baleen whales |periódico=[[Mammal Review]] | volume=38 |número=1 |páginas=50–86 |data=2008| doi=10.1111/j.1365-2907.2008.00118.x }}</ref> O primeiro evento de predação documentado por orcas ocorreu em setembro de 2003, quando um grupo de orcas no [[Pacífico Tropical Oriental]] foi encontrado se alimentando de um filhote de baleia azul recentemente morto.<ref name=Pitman_etal_2007>{{citar periódico|autor1 =Pitman, R. |autor2 =Fearnbach, H. |autor3 =LeDuc, R. |autor4 =Gilpatrick, J. W. |autor5 =Ford, J. K. B. |autor6 =Balance, L. T. |título=Killer whales preying on a blue whale calf on the Costa Rica Dome: Genetics, morphometrics, vocalizations and composition of the group |periódico=Journal of Cetacean Research and Management | volume=9 |páginas=151–158 |data=2007}}</ref> Em março de 2014, um operador de barco comercial de observação de baleias registrou um incidente envolvendo um grupo de orcas temporárias assediando uma baleia azul na Baía de Monterey.<ref>{{citar web| url=https://www.livescience.com/43879-killer-whales-attack-blue-whale-video.html |título=Killer Whales Bully Lone Blue Whale in Rare Video |data=5 de março de 2014 |publicado=[[Live Science]] |acessodata=23 de dezembro de 2019}}</ref> Um incidente semelhante foi registrado por um drone na [[baía de Monterey]] em maio de 2017.<ref>{{citar web| url=https://www.nationalgeographic.com/news/2017/05/killer-whale-attacks-blue-whale-monterey-drone-video |título=Killer Whales Attacked a Blue Whale—Here's the Surprising Reason Why |data=25 de maio de 2017 |publicado=National Geographic |acessodata=23 de dezembro de 2019}}</ref> Em ambos os casos, a baleia azul fugiu e escapou. Uma segunda morte documentada ocorreu em maio de 2019 na costa sul da Austrália Ocidental, quando orcas atacaram, mataram e comeram uma baleia azul subadulta.<ref>{{citar web| url=https://thewest.com.au/news/albany-advertiser/orcas-hunt-blue-whale-in-bloody-battle-of-the-sea-ng-b881145970z |título=Orcas hunt blue whale in bloody battle of the sea |data=25 de março de 2019 |publicado=[[The West Australian]] |acessodata=23 de dezembro de 2019}}</ref>
* Predação: A única ameaça natural conhecida para as baleias-azuis é a [[orca]] (''Orcinua orca''), embora a taxa de ataques fatais por orcas seja desconhecida. Estudos de identificação por fotografia de baleias-azuis estimaram que uma alta proporção de indivíduos no golfo da Califórnia têm cicatrizes semelhantes a um ancinho, indicativas de encontros com orcas.<ref name=Sears_1990>{{citar periódico|autor1 =Sears, R. |título=The Cortez blues |periódico=Whalewatcher | volume=24 |páginas=12–15 |data=1990}}</ref> No sudeste da Austrália, 3,7% das baleias-azuis fotografadas tinham marcas e 42,1% das baleias-azuis pigmeias fotografadas no oeste da Austrália tinham marcas.<ref name=Mehta_etal_2007>{{citar periódico|autor1 =Mehta, A. V. |autor2 =Allen, J. M. |autor3 =Constantine, R. |autor4 =Garrigue, C. |autor5 =Jann, B. |autor6 =Jenner, C. |autor7 =Marx, M. K. |autor8 =Matkin, C. O. |autor9 =Mattila, D. K. |autor10 =Minton, G. |autor11 =Mizroch, S. A. |autor12 =Olavarría, C. |autor13 =Robbins, J. |autor14 =Russell, K. G. |autor15 =Seton, R. E. |título=Baleen whales are not important as prey for killer whales (''Orcinus orca'') in high latitudes |periódico=Marine Ecology Progress Series | volume=348 |páginas=297–307 |data=2007| doi=10.3354/meps07015}}</ref> A predação documentada por orcas é rara. Uma baleia-azul mãe e filhote foram observados pela primeira vez sendo perseguidos em alta velocidade por orcas no sudeste da Austrália.<ref name=Cotton_1944>{{citar periódico|autor1 =Cotton, B. C. |título=Killer whales in South Australia |periódico=[[Australian Zoologist]] | volume=10 |páginas=293–294 |data=1944}}</ref> O primeiro ataque documentado ocorreu em 1977 no sudoeste da [[península da Baixa Califórnia]], no México, mas a baleia ferida escapou após cinco horas.<ref name=Tarpy_1979>{{citar periódico|autor1 =Tarpy, C. |título=Killer whale attack! |periódico=National Geographic Magazine | volume=155 |páginas=542–545|data=1979}}</ref> Outras quatro baleias-azuis foram documentadas como perseguidas por um grupo de orcas entre 1982 e 2003.<ref name=Ford_Reeves_2008>{{citar periódico|autor1 =Ford, J. K. B. |autor2 =Reeves, R. |título=Fight or flight: antipredator strategies of baleen whales |periódico=[[Mammal Review]] | volume=38 |número=1 |páginas=50–86 |data=2008| doi=10.1111/j.1365-2907.2008.00118.x }}</ref> O primeiro evento de predação documentado por orcas ocorreu em setembro de 2003, quando um grupo de orcas no [[Pacífico Tropical Oriental]] foi encontrado se alimentando de um filhote de baleia-azul recentemente morto.<ref name=Pitman_etal_2007>{{citar periódico|autor1 =Pitman, R. |autor2 =Fearnbach, H. |autor3 =LeDuc, R. |autor4 =Gilpatrick, J. W. |autor5 =Ford, J. K. B. |autor6 =Balance, L. T. |título=Killer whales preying on a blue whale calf on the Costa Rica Dome: Genetics, morphometrics, vocalizations and composition of the group |periódico=Journal of Cetacean Research and Management | volume=9 |páginas=151–158 |data=2007}}</ref> Em março de 2014, um operador de barco comercial de observação de baleias registrou um incidente envolvendo um grupo de orcas temporárias assediando uma baleia-azul na Baía de Monterey.<ref>{{citar web| url=https://www.livescience.com/43879-killer-whales-attack-blue-whale-video.html |título=Killer Whales Bully Lone Blue Whale in Rare Video |data=5 de março de 2014 |publicado=[[Live Science]] |acessodata=23 de dezembro de 2019}}</ref> Um incidente semelhante foi registrado por um drone na [[baía de Monterey]] em maio de 2017.<ref>{{citar web| url=https://www.nationalgeographic.com/news/2017/05/killer-whale-attacks-blue-whale-monterey-drone-video |título=Killer Whales Attacked a Blue Whale—Here's the Surprising Reason Why |data=25 de maio de 2017 |publicado=National Geographic |acessodata=23 de dezembro de 2019}}</ref> Em ambos os casos, a baleia-azul fugiu e escapou. Uma segunda morte documentada ocorreu em maio de 2019 na costa sul da Austrália Ocidental, quando orcas atacaram, mataram e comeram uma baleia-azul subadulta.<ref>{{citar web| url=https://thewest.com.au/news/albany-advertiser/orcas-hunt-blue-whale-in-bloody-battle-of-the-sea-ng-b881145970z |título=Orcas hunt blue whale in bloody battle of the sea |data=25 de março de 2019 |publicado=[[The West Australian]] |acessodata=23 de dezembro de 2019}}</ref>


* Competição: Há pouca ou nenhuma evidência direta de competição interespecífica entre as baleias azuis e outras espécies de baleias de barbatanas.<ref name=Clap_Brow_1996>{{citar periódico|autor1 =Clapham, P. J. |autor2 =Brownell, R. L. |título=The potential for interspecific competition in baleen whales |periódico=[[Report of the International Whaling Commission]] | volume=46 |páginas=361–367|data=1996}}</ref> Pesquisas usando marcação, pesquisas de transecto linear, pesquisas hidroacústicas e amostragem de rede descobriram que, apesar da sobreposição com baleias azuis e outras baleias de barbatanas, parece haver partição de nicho<ref name=Hardin_1960>{{citar periódico|autor1 =Hardin, G. |título=The competitive exclusion principle |periódico=Science | volume=131 |número=3409 |páginas=1292–1297 |data=1960| doi=10.1126/science.131.3409.1292 | pmid=14399717 | bibcode=1960Sci...131.1292H }}</ref><ref name=Hutchinson_1961>{{citar periódico|autor1 =Hutchinson, G. E. |título=The Paradox of the Plankton |periódico=[[The American Naturalist]] | volume=95 |número=882 |páginas=137–145 |data=1961| doi=10.1086/282171 }}</ref><ref name=Pianka_1974>{{citar periódico|autor1 =Pianka, E. R. |título=Niche overlap and diffuse competition |periódico=Proceedings of the National Academy of Sciences | volume=71 |número=5 |páginas=2141–2145 |data=1974| doi=10.1073/pnas.71.5.2141 | pmid=4525324 | pmc=388403 | bibcode=1974PNAS...71.2141P}}</ref> no espaço e / ou tempo e seleção de espécies de presas.<ref name=Doniol-Valcroze_2008>{{citar tese|autor1 =Doniol-Valcroze, T. |título=Habitat selection and niche characteristics of rorqual whales in the northern Gulf of St. Lawrence (Canada) |tipo=PhD |publicado=[[McGill University]] |local=Montreal, Canada |data=2008}}</ref><ref name=Friedlaender_etal_2015>{{citar periódico|autor1 =Friedlaender, A. S. |autor2 =Goldbogen, J. A. |autor3 =Hazen, E. L. |autor4 =Calambokidis, J. |autor5 =Southall, B. L. |título=Feeding performance by sympatric blue and fin whales exploiting a common prey resource |periódico=Marine Mammal Science | volume=31 |número=1 |páginas=345–354 |data=2015| doi=10.1111/mms.12134 }}</ref><ref name=Fossette_etal_2017>{{citar periódico|autor1 =Fossette, S. |autor2 =Abrahms, B. |autor3 =Hazen, E. L. |autor4 =Bograd, S. J. |autor5 =Zilliacus, K. M. |autor6 =Calambokidis, J. |autor7 =Burrows, J. A. |autor8 =Goldbogen, J. A. |autor9 =Harvey, J. T. |autor10 =Marinovic, B. |autor11 =Tershy, B. |autor12 =Croll, D. A. |título=Resource partitioning facilitates coexistence in sympatric cetaceans in the California Current |periódico=[[Ecology and Evolution]] | volume=7 |número=1 |páginas=9085–9097 |data=2017| doi=10.1002/ece3.3409 | pmid=29152200 | pmc=5677487 }}</ref> No Oceano Antártico, descobriu-se que as baleias de barbatanas se alimentam preferencialmente de krill antártico de tamanhos específicos, o que resultaria em competição interespecífica reduzida.<ref name=Santora_etal_2010>{{citar periódico|autor1 =Santora, J. A. |autor2 =Reiss, C. S. |autor3 =Loeb, V. J. |autor4 =Veit, R. R. |título=Spatial association between hotspots of baleen whales and demographic patterns of Antarctic krill ''Euphausia superba'' suggests size-dependent predation |periódico=Marine Ecology Progress Series | volume=405 |páginas=255–269 |data=2010| doi=10.3354/meps08513 | bibcode=2010MEPS..405..255S}}</ref>
* Competição: Há pouca ou nenhuma evidência direta de competição interespecífica entre as baleias-azuis e outras espécies de baleias de barbatanas.<ref name=Clap_Brow_1996>{{citar periódico|autor1 =Clapham, P. J. |autor2 =Brownell, R. L. |título=The potential for interspecific competition in baleen whales |periódico=[[Report of the International Whaling Commission]] | volume=46 |páginas=361–367|data=1996}}</ref> Pesquisas usando marcação, pesquisas de transecto linear, pesquisas hidroacústicas e amostragem de rede descobriram que, apesar da sobreposição com baleias-azuis e outras baleias de barbatanas, parece haver partição de nicho<ref name=Hardin_1960>{{citar periódico|autor1 =Hardin, G. |título=The competitive exclusion principle |periódico=Science | volume=131 |número=3409 |páginas=1292–1297 |data=1960| doi=10.1126/science.131.3409.1292 | pmid=14399717 | bibcode=1960Sci...131.1292H }}</ref><ref name=Hutchinson_1961>{{citar periódico|autor1 =Hutchinson, G. E. |título=The Paradox of the Plankton |periódico=[[The American Naturalist]] | volume=95 |número=882 |páginas=137–145 |data=1961| doi=10.1086/282171 }}</ref><ref name=Pianka_1974>{{citar periódico|autor1 =Pianka, E. R. |título=Niche overlap and diffuse competition |periódico=Proceedings of the National Academy of Sciences | volume=71 |número=5 |páginas=2141–2145 |data=1974| doi=10.1073/pnas.71.5.2141 | pmid=4525324 | pmc=388403 | bibcode=1974PNAS...71.2141P}}</ref> no espaço e / ou tempo e seleção de espécies de presas.<ref name=Doniol-Valcroze_2008>{{citar tese|autor1 =Doniol-Valcroze, T. |título=Habitat selection and niche characteristics of rorqual whales in the northern Gulf of St. Lawrence (Canada) |tipo=PhD |publicado=[[McGill University]] |local=Montreal, Canada |data=2008}}</ref><ref name=Friedlaender_etal_2015>{{citar periódico|autor1 =Friedlaender, A. S. |autor2 =Goldbogen, J. A. |autor3 =Hazen, E. L. |autor4 =Calambokidis, J. |autor5 =Southall, B. L. |título=Feeding performance by sympatric blue and fin whales exploiting a common prey resource |periódico=Marine Mammal Science | volume=31 |número=1 |páginas=345–354 |data=2015| doi=10.1111/mms.12134 }}</ref><ref name=Fossette_etal_2017>{{citar periódico|autor1 =Fossette, S. |autor2 =Abrahms, B. |autor3 =Hazen, E. L. |autor4 =Bograd, S. J. |autor5 =Zilliacus, K. M. |autor6 =Calambokidis, J. |autor7 =Burrows, J. A. |autor8 =Goldbogen, J. A. |autor9 =Harvey, J. T. |autor10 =Marinovic, B. |autor11 =Tershy, B. |autor12 =Croll, D. A. |título=Resource partitioning facilitates coexistence in sympatric cetaceans in the California Current |periódico=[[Ecology and Evolution]] | volume=7 |número=1 |páginas=9085–9097 |data=2017| doi=10.1002/ece3.3409 | pmid=29152200 | pmc=5677487 }}</ref> No Oceano Antártico, descobriu-se que as baleias de barbatanas se alimentam preferencialmente de krill antártico de tamanhos específicos, o que resultaria em competição interespecífica reduzida.<ref name=Santora_etal_2010>{{citar periódico|autor1 =Santora, J. A. |autor2 =Reiss, C. S. |autor3 =Loeb, V. J. |autor4 =Veit, R. R. |título=Spatial association between hotspots of baleen whales and demographic patterns of Antarctic krill ''Euphausia superba'' suggests size-dependent predation |periódico=Marine Ecology Progress Series | volume=405 |páginas=255–269 |data=2010| doi=10.3354/meps08513 | bibcode=2010MEPS..405..255S}}</ref>


=== Ameaças históricas ===
=== Ameaças históricas ===


As baleias azuis foram inicialmente difíceis de caçar devido ao seu tamanho e velocidade.<ref name=NMFS_2018>{{cite book | author1=National Marine Fisheries Service | title=Draft Recovery Plan for the Blue Whale (''Balaenoptera musculus'') – Revision | location=Silver Spring, MD| publisher=[[National Marine Fisheries Service]], Office of Protected Resources | page=116 | date=2018}}</ref> Tomadas em grande escala não começaram até 1864, quando o norueguês Svend Foyn inventou o arpão explosivo que poderia ser usado em navios movidos a vapor e diesel.<ref name=Schmitt_etal_1980>{{cite book | author1=Schmitt, F. P. | author2=de Jong, C. | author3=Winter, F. H. | title=Thomas Welcome Roys: America's Pioneer of Modern Whaling | publisher=Imprensa da Universidade de Virgínia | location=Newport News, VA | date=1980}}</ref><ref name=Reeves_Barto_1985>{{cite journal | author1=Reeves, R. R. | author2=Barto, M. F. | title=Whaling in the Bay of Fundy | journal=Whalewatcher | volume=19 | pages=14–18 | date=1985}}</ref> O pico da baleia azul atingiu o pico em 1931, quando mais de {{fmtn|29000}} baleias azuis foram mortas. A Comissão Baleeira Internacional proibiu toda a caça de baleias azuis em 1966 e deu a elas proteção mundial. No entanto, a [[União Soviética]] continuou a caçar ilegalmente baleias azuis no hemisfério norte e sul até 1973.<ref name=Zemsky_Sazhinov_1982>{{cite report | author1=Zemsky, V. A. | author2=Sazhinov, E. G. | title=Distribution and abundance of the pygmy blue whale | editor1-last=Donahue | editor1-first=M. A. | editor2-last=Brownell | editor2-first=R. L. Jr.| journal=National Marine Fisheries Service, Southwest Fisheries Science Center Administrative Report | page=20 | date=1982}}</ref><ref name=Yablokov_1994>{{cite journal | author1=Yablokov, A. V. | title=Validity of whaling data | journal=Nature | volume=367 | issue=6459 | page=108 | date=1994| doi=10.1038/367108a0 | bibcode=1994Natur.367..108Y }}</ref><ref name=Zemsky_etal_1995a>{{cite journal | author1=Zemsky, V. A. | author2=Berzin, A. A. | author3=Mikhaliev, Y. A. | author4=Tormosov, D. D. | title=Soviet Antarctic pelagic whaling after WWII: review of actual catch data | journal=Report of the International Whaling Commission | volume=45 | pages=131–135 | date=1995}}</ref><ref name=Zemsky_etal_1995b>{{cite report | author1=Zemsky, V. A. | author2=Berzin, A. A. | author3=Mikhaliev, Y. A. | author4=Tormosov, D. D. | title=Antarctic whaling data (1947–1972) | publisher=Center for Russian Environmental Policy | location=Moscow, Russia | page=320 | date=1995}}</ref>
As baleias-azuis foram inicialmente difíceis de caçar devido ao seu tamanho e velocidade.<ref name=NMFS_2018>{{citar livro|autor1 =National Marine Fisheries Service |título=Draft Recovery Plan for the Blue Whale (''Balaenoptera musculus'') – Revision |local=Silver Spring, MD|publicado=[[National Marine Fisheries Service]], Office of Protected Resources |página=116 |data=2018}}</ref> Tomadas em grande escala não começaram até 1864, quando o norueguês Svend Foyn inventou o arpão explosivo que poderia ser usado em navios movidos a vapor e diesel.<ref name=Schmitt_etal_1980>{{citar livro|autor1 =Schmitt, F. P. |autor2 =de Jong, C. |autor3 =Winter, F. H. |título=Thomas Welcome Roys: America's Pioneer of Modern Whaling |publicado=Imprensa da Universidade de Virgínia |local=Newport News, VA |data=1980}}</ref><ref name=Reeves_Barto_1985>{{citar periódico|autor1 =Reeves, R. R. |autor2 =Barto, M. F. |título=Whaling in the Bay of Fundy |periódico=Whalewatcher | volume=19 |páginas=14–18 |data=1985}}</ref> O pico da baleia-azul atingiu o pico em 1931, quando mais de {{fmtn|29000}} baleias-azuis foram mortas. A Comissão Baleeira Internacional proibiu toda a caça de baleias-azuis em 1966 e deu a elas proteção mundial. No entanto, a [[União Soviética]] continuou a caçar ilegalmente baleias-azuis no hemisfério norte e sul até 1973.<ref name=Zemsky_Sazhinov_1982>{{citar relatório|autor1 =Zemsky, V. A. |autor2 =Sazhinov, E. G. |título=Distribution and abundance of the pygmy blue whale |editor-sobrenome1 =Donahue |editor-nome1 =M. A. |editor-sobrenome2 =Brownell |editor-nome2 =R. L. Jr.|periódico=National Marine Fisheries Service, Southwest Fisheries Science Center Administrative Report |página=20 |data=1982}}</ref><ref name=Yablokov_1994>{{citar periódico|autor1 =Yablokov, A. V. |título=Validity of whaling data |periódico=Nature | volume=367 |número=6459 |página=108 |data=1994| doi=10.1038/367108a0 | bibcode=1994Natur.367..108Y }}</ref><ref name=Zemsky_etal_1995a>{{citar periódico|autor1 =Zemsky, V. A. |autor2 =Berzin, A. A. |autor3 =Mikhaliev, Y. A. |autor4 =Tormosov, D. D. |título=Soviet Antarctic pelagic whaling after WWII: review of actual catch data |periódico=Report of the International Whaling Commission | volume=45 |páginas=131–135 |data=1995}}</ref><ref name=Zemsky_etal_1995b>{{citar relatório|autor1 =Zemsky, V. A. |autor2 =Berzin, A. A. |autor3 =Mikhaliev, Y. A. |autor4 =Tormosov, D. D. |título=Antarctic whaling data (1947–1972) |publicado=Center for Russian Environmental Policy |local=Moscow, Russia |página=320 |data=1995}}</ref>

== Estado de conservação ==

A população global de baleias-azuis foi estimada em {{fmtn|5000}}-{{fmtn|15000}} indivíduos maduros em 2018.<ref name=iucn /> Foram protegidas em áreas do Hemisfério Sul a partir de 1939. Em 1955, receberam proteção completa no Atlântico Norte sob a Convenção Internacional para a Regulamentação da Caça à Baleia; essa proteção foi estendida à Antártica em 1965 e ao Pacífico Norte em 1966.<ref name=Gambell_1979>{{citar periódico|autor1 =Gambell, R. |título=The blue whale |periódico=Biologist | volume=26 |páginas=209–215 |data=1979}}</ref><ref name=Best_1993>{{citar periódico|autor1 =Best, P. B. |título=Increase rates in severely depleted stocks of baleen whales |periódico=ICES J. Mar. Sci. | volume=50 |número=2 |páginas=169–186 |data=1993| doi=10.1006/jmsc.1993.1018 }}</ref> O estatuto de proteção das baleias-azuis do Atlântico Norte não foi reconhecido pela Islândia até 1960.<ref name=Sigurjónsson_1988>{{citar periódico|autor1 =Sigurjónsson, J. |título=Operational factors of the Icelandic large whale fishery |periódico=Reports of the International Whaling Commission| volume=38 |páginas=327–333 |data=1988}}</ref> As baleias-azuis são formalmente classificadas como ameaçadas de extinção pela Lei de Espécies Ameaçadas<ref>{{citar web| url=https://ecos.fws.gov/docs/federal_register/fr21.pdf |título=Part 17 – Conservation of Endangered Species and Other Fish or Wildlife (First List of Endangered Foreign Fish and Wildlife as Appendix A) |data=2 de junho de 1970 |publicado=[[U.S. Fish & Wildlife Service]] |acessodata=24 de dezembro de 2019}}</ref> e consideradas ''esgotadas'' e ''estratégicas'' pela Lei de Proteção ao Mamífero Marinho.<ref name=Carretta_etal_2012/><ref>{{citar web| url=https://www.mmc.gov/wp-content/uploads/MMPA_Aug2017.pdf |arquivourl=https://web.archive.org/web/20190221194514/https://www.mmc.gov/wp-content/uploads/MMPA_Aug2017.pdf |urlmorta= sim|arquivodata=21 de fevereiro de 2019 |título=The Marine Mammal Protection Act of 1972 As Amended |data=2015 |publicado=NOAA's National Marine Fisheries Service |acessodata=24 de dezembro de 2019}}</ref> A [[União Internacional para a Conservação da Natureza]] (UICN) listou as baleias-azuis como ameaçadas de extinção.<ref name=iucn />


Também estão listadas no Apêndice I da [[Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagem]]<ref>{{citar web| url=https://www.cites.org/eng/app/appendices.php |título=Appendices |data=26 de novembro de 2019 |publicado=Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora |acessodata=24 de dezembro de 2019}}</ref> e a [[Convenção sobre a Conservação de Espécies Migratórias de Animais Selvagens]].<ref>{{citar web| url=https://www.cms.int/sites/default/files/instrument/CMS-text.en_.PDF |título=Convention on the Conservation of Migratory Species of Wild Animals |data=23 de junho de 1979 |publicado=[[United Nations Environment Programme]] |acessodata=24 de dezembro de 2019 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200502225536/https://www.cms.int/sites/default/files/instrument/CMS-text.en_.PDF |arquivodata=2 de maio de 2020 |urlmorta= sim}}</ref> Embora para algumas populações não haja informações suficientes sobre as tendências atuais de abundância (por exemplo, baleias-azuis pigmeias), outras estão em perigo crítico (por exemplo, baleias-azuis da Antártica).<ref name=Samaran_etal_2013>{{citar periódico|autor1 =Samaran, F. |autor2 =Stafford, K. M. |autor3 =Branch, T. A. |autor4 =Gedamke, J. |autor5 =Royer, Y.-J. |autor6 =Dziak, R. P. |autor7 =Guinet, C. |título=Seasonal and geographic variation of southern blue whale subspecies in the Indian Ocean |periódico=PLOS ONE | volume=8 |número=8 |página=e71561 |data=2013| bibcode=2013PLoSO...871561S | doi=10.1371/journal.pone.0071561 | pmid=23967221 | pmc=3742792}}</ref><ref>{{citar web| url=https://iucn-csg.org/35-updated-cetacean-red-list-assessments-published-in-nov-2018/ |título=Blue Whale |data=6 de dezembro de 2018 |publicado=International Union for Conservation |acessodata=24 de dezembro de 2019}}</ref>
== Ver também ==
* [[Lista dos maiores animais vertebrados do Mundo]]


{{Referências|col=2}}
{{Referências|col=2}}

Revisão das 22h24min de 26 de agosto de 2021

Como ler uma infocaixa de taxonomiaBaleia-azul

Estado de conservação
Espécie em perigo
Em perigo (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animal
Filo: Cordados
Classe: Mamíferos
Ordem: Cetáceos
Subordem: Misticetos
Família: Balaenopteridae
Género: Balaenoptera
Espécie: B. musculus
Nome binomial
Balaenoptera musculus
Lineu, 1758
Distribuição geográfica
Distribuição da baleia-azul
Distribuição da baleia-azul
 Nota: Para o fenômeno social surgido na Rússia, veja Baleia Azul (jogo).

A baleia-azul (nome científico: Balaenoptera musculus) é um mamífero marinho pertencente à subordem dos misticetos (Mysticeti) dos cetáceos. Com até 30 metros de comprimento[2] e mais de 180 t de peso,[3] são os maiores animais que já existiram.[4]

Longo e esguio, o corpo das baleias-azuis apresenta seu dorso em diferentes tons azuis-acinzentados, enquanto seu ventre é geralmente mais claro.[5] Existem pelo menos três subespécies distintas: B. m. musculus, cujo habitat restringe-se ao norte dos oceanos Atlântico e Pacífico, B. m. intermedia, do oceano Antártico e B. m. brevicauda (também conhecida como baleia-azul-pigmeia), encontrada no oceano Índico e no sul do oceano Pacífico. B. m. indica, do oceano Índico, pode ser uma outra subespécie. Como é o caso das outras espécies pertencentes à subordem dos misticetos, a dieta das baleias-azuis consiste quase que exclusivamente de pequenos crustáceos conhecidos como krill, os quais filtram da água do mar usando lâminas córneas em sua cavidade bucal.[6] Porém, elas também podem se alimentar de pequenos peixes e lulas.

As baleias-azuis eram, até ao início do século XX abundantes em quase todos os oceanos. Caçadas durante mais de um século, foram levadas à beira da extinção pelos baleeiros, até se tornarem objeto de mecanismos de proteção adotados pela comunidade internacional em 1996. Um relatório de 2002 estimou que existam de cinco a doze mil baleias-azuis ao redor do mundo,[7] distribuídas em pelo menos cinco agrupamentos. Contudo, pesquisas mais recentes sobre as subespécies pigmeias sugerem que a população atual é maior.[8] Antes de serem caçadas, o maior agrupamento estava na Antártida, com aproximadamente 239 000 indivíduos.[9] Os agrupamentos remanescentes atuais, muito menores, com algo em torno de 2000 indivíduos cada, estão localizados a noroeste dos oceanos Pacífico, Antártico e Índico. Outros dois agrupamentos de baleias-azuis encontram-se ao norte do oceano Atlântico, e há pelos menos outros dois no Hemisfério Sul.

A nadadeira dorsal das baleias-azuis é pequena,[10] visível apenas por um curto período de tempo, enquanto mergulham. Através de seu espiráculo, elas podem produzir jatos de água de até 9 metros de altura. O volume de seus pulmões pode chegar a 5 000 . Elas também são os animais mais ruidosos do mundo, podendo emitir sons que atingem os 188 dB — mais fortes que o som de um avião a jato — e que podem ser ouvidos a mais de 800 quilômetros de distância.[3]

Taxonomia

Baleia-azul adulta

Baleias-azuis são balenopterídeos, uma família que inclui as baleias-jubarte, as baleias-comuns, as baleias-de-bryde, as baleias-sei e as baleias-de-minke.[11] Acredita-se que a família Balaenopteridae tenha divergido das outras famílias da subordem dos misticetos durante a metade do Oligoceno. Não se tem conhecimento de quando os membros destas famílias divergiram uns dos outros.

A baleia-azul é classificada usualmente como uma de oito espécies do gênero Balaenoptera; uma autoridade a atribui a um gênero monotípico, o Sibbaldus,[12] contudo esta atribuicão não é reconhecida.[13] Análises usando sequenciamento de DNA indicam que as baleias-azuis são filogeneticamente mais próximas às baleias-sei (Balaenoptera borealis) e às baleias-de-bryde (Balaenoptera brydei) do que às outras espécies de balenopterídeos, sendo também mais próximas às baleias-jubarte (Megaptera) e às baleias-cinzentas (Eschrichtius) do que às baleias-de-minke (Balaenoptera acutorostrata e Balaenoptera bonaerensis).[14][15] Caso mais pesquisas confirmem estas descobertas, os balenopterídeos precisarão ser reclassificados.

Pelo menos onze casos de indivíduos adultos híbridos entre baleias-azuis e baleias-comuns foram documentados na natureza. Arnason e Gullberg afirmam que a proximidade genética das baleias-azuis e das comuns é equivalente à existente entre os humanos e os gorilas.[16] Pesquisadores que estavam trabalhando na região das ilhas Fiji acreditam ter fotografado um exemplar híbrido de baleia-jubarte e baleia-azul.[17]

A primeira publicação descrevendo a baleia-azul encontra-se na obra Phalainologia Nova (1694), de Robert Sibbald. Sibbald encontrou uma baleia-azul encalhada no Estuário de Forth, na Escócia, em setembro de 1692. Era um macho de 23,78 metros de comprimento, que tinha “placas pretas e com chifres” e “duas grandes aberturas, cuja forma assemelhava-se à de uma pirâmide”.[18]

O sufixo musculus vem do Latim e significa "músculo", mas também pode ser interpretado como "camundongo pequeno".[19] Carlos Lineu, que batizou a espécie em sua obra Systema Naturae, de 1758,[20] estaria ciente disso ao usar este duplo sentido da palavra como uma ironia.[21] Herman Melville chamava esta espécie de sulphur-bottom (ventre de enxofre, numa tradução livre do inglês) nos capítulos dedicados à descrição dos cetáceos presentes em sua obra-prima, Moby Dick, devido à tonalidade alaranjado-marrom ou amarela das camadas de diatomáceas presentes na pele de seu ventre. Outros nomes comuns utilizados no passado para as baleias-azuis incluem rorqual-de-sibbald (após Sibbald, o primeiro a descrever a espécie), grande-baleia-azul e grande-rorqual-do-norte. Atualmente, esses nomes não são mais utilizados. O primeiro uso do termo baleia-azul está registrado em Moby Dick, de Herman Melville. Contudo, a menção em Moby Dick é passageira e não está relacionada especificamente a esta espécie. Na realidade, o nome provém do norueguês blåhval, cunhado por Svend Foyn após este ter aperfeiçoado o lançador de arpões; em 1874, o cientista norueguês Georg Ossian Sars adotou-o como o nome vulgar da espécie em norueguês,[18] que posteriormente foi traduzido para o português como baleia-azul.[carece de fontes?]

A espécie está classificada em três ou quatro subespécies: B. m. musculus, a baleia-azul que constitui as populações que habitam o norte dos oceanos Pacífico e Atlântico, B. m. intermedia, a baleia-azul do oceano Antártico, B. m. brevicauda, a baleia-azul-pigmeia encontrada no oceano Índico e no sul do oceano Pacífico,[22] e a controversa B. m. indica, o grande-rorqual-da-índia, que habita o oceano Índico e, apesar de ter sido descrita anteriormente, pode ser a mesma que a subespécie B. m. brevicauda.[13]

Características

Uma baleia-azul, levantando as nadadeiras de sua cauda durante um mergulho

O corpo das baleias-azuis é longo e pontiagudo e, quando comparado ao corpo sólido e reforçado de outras baleias, parece um pouco mais alongado.[10] A cabeça é achatada, em formato parecido com um U, com um proeminente espinhaço indo desde o espiráculo até o topo do lábio superior.[10] A parte frontal da boca, onde as lâminas córneas estão localizadas, é espessa; cerca de 300 lâminas, com algo em torno de um metro de comprimento cada, estão ligadas à maxila, percorrendo cerca de meio metro em direção ao interior da boca. Elas possuem algo entre 70 e 118 ranhuras (chamadas de dobras ventrais) ao longo da garganta, paralelas ao comprimento do corpo. Essas dobras ajudam a evacuar a água da boca depois de se alimentar (veja mais na respectiva seção abaixo).

A nadadeira dorsal é pequena,[10] visível apenas por um curto período de tempo, enquanto mergulham. Localizada a cerca de 3/4 da distância da cabeça à cauda, sua forma varia de indivíduo para indivíduo; em alguns, a nadadeira dorsal não passa de um caroço muito difícil de se avistar, enquanto que em outros ela pode ser proeminente, com forma de foice. Quando emergem para respirar, as baleias-azuis elevam seus ombros e espiráculo para fora da água muito mais do que as outras grandes espécies de baleias, como por exemplo as baleias-sei e as baleias-jubarte, o fazem. Com esta peculiaridade em mente, é possível a um observador diferenciar estas espécies umas das outras em pleno mar. Algumas baleias-azuis do norte dos oceanos Atlântico e Pacífico levantam as nadadeiras de suas caudas quando mergulham. Durante a respiração, elas expelem um jorro que pode atingir até 12 metros de altura, mas que tipicamente não passa dos 9 metros. O volume de seus pulmões pode atingir até os 5 000 . As Baleias-azuis tem espiráculos duplos, que são cobertos por um grande pára-respingos.[10]

Vista aérea de uma baleia-azul exibindo suas nadadeiras peitorais

As nadadeiras tem entre 3 e 4 metros de comprimento. Enquanto a face superior é cinza, com uma fina borda branca, a face inferior é completamente branca. Normalmente, a cabeça e as nadadeiras da cauda são completamente cinzas. Suas partes superiores e, em alguns casos, as nadadeiras, são malhadas. Os padrões do malhado variam substancialmente de indivíduo para indivíduo: enquanto alguns apresentam apenas um tom cinza claro e uniforme, sem malhado algum, outros demonstram combinações de tons azuis escuros, cinzas e pretos, todos em uma malha muito densa.[11]

Orifício respiratório duplo de uma baleia-azul

Apesar de as baleias-azuis poderem atingir velocidades de até 50 quilômetros por hora por curtos períodos de tempo, principalmente quando estão interagindo umas com as outras, a velocidade em que nadam fica normalmente em torno dos 20 quilômetros por hora.[11] Quando se alimentam, elas diminuem sua velocidade de nado para algo em torno dos 5 quilômetros por hora.

As baleias-azuis vivem sozinhas ou com um parceiro. Não se sabe por quanto tempo casais de baleias-azuis ficam viajando juntos. Contudo, em regiões com fartura de alimento, já foram avistadas até 50 baleias espalhadas por uma pequena área. As baleias-azuis não vivem em grandes grupos, como é o caso de outras espécies pertencentes à subordem dos misticetos.

Dimensões

O jorro de uma baleia-azul

As baleias-azuis são um dos maiores animais que viveram de que se tem conhecimento.[4][10] O maior dinossauro de que se tem conhecimento é o Argentinossauro, que viveu no Mesozoico,[23] e pesava, segundo estimativas, até 90 toneladas.

Baleias-azuis, devido às suas dimensões, são muito difíceis de se pesar. Como é o caso da maioria das grandes baleias capturadas por baleeiros, baleias-azuis adultas nunca foram pesadas como um todo. Para poder pesá-las, seus corpos são primeiramente cortados em pedaços, o que resulta em um peso total menor do que real, pois durante o processo perde-se muito sangue e outros fluidos corporais. Mesmo assim, há registros de pesos entre 150 e 170 toneladas para indivíduos de até 27 metros de comprimento. O Laboratório Nacional de Mamíferos Marinhos dos Estados Unidos (NMML, na sigla em inglês) estima que o peso de um animal de 30 metros de comprimento ultrapasse as 180 toneladas. A maior baleia-azul pesada de maneira precisa até os dias de hoje pelos cientistas do NMML tinha 177 toneladas.[7] De maneira geral, as baleias-azuis do norte do oceano Atlântico e do oceano Pacífico aparentam ser, em média, menores do que as que vivem nas águas da Antártida.

A pequena nadadeira dorsal está à mostra no canto esquerdo da foto

Existe uma certa incerteza quanto à maior baleia-azul já encontrada, pois a maior parte dos dados provém de animais mortos nas águas da Antártida durante a primeira metade do século XX, tendo sido coletados por caçadores de baleias pouco versados nos métodos científicos de medição de animais. A baleia mais pesada de que se tem registro pesava 190 toneladas.[24] As baleias mais compridas que jamais foram medidas são duas fêmeas medindo respectivamente 32,6 e 33,3 metros. O peso das duas baleias, contudo, não foi coletado na ocasião de sua captura.[25] A maior baleia já medida por cientistas do NMML, uma fêmea capturada por baleeiros japoneses na Antártida entre 1946 e 1947, tinha 29,9 metros de comprimento. Já no norte do oceano Pacífico, o maior registro é de uma fêmea, também capturada por baleeiros japoneses, em 1959, com 27,1 metros de comprimento, e no norte do oceano Atlântico, uma outra fêmea, capturada no Estreito de Davis, com 28,1 metros de comprimento.[18]

Comparação de tamanho de um humano em relação à baleia-azul

Devido às grandes dimensões das baleias-azuis, muitos de seus órgãos são os maiores do reino animal. Uma língua de baleia-azul pesa algo em torno de 2,7 toneladas,[26] equivalente ao peso de um elefante[27][28] e, quando completamente expandida, sua boca é capaz de reter até 90 toneladas de alimento e água.[6] Apesar do tamanho de sua boca, as dimensões de sua garganta são tais que uma baleia-azul é incapaz de engolir um objeto maior que uma bola de praia.[29] Seu coração pesa em torno de 600 quilos e é a maior parte de corpo conhecida de todos os animais.[26] A aorta de uma baleia-azul tem aproximadamente 23 centímetros de diâmetro.[30] Durante os primeiros sete meses de vida, uma baleia-azul jovem bebe aproximadamente 400 l de leite por dia. Baleias-azuis jovens crescem muito rapidamente, podendo ganhar peso corporal a uma taxa de até 90 quilos a cada 24 horas. Quando nascem, podem pesar até 2 700 quilos – o mesmo que hipopótamo adulto.[11] A cabeça de uma baleia-azul é tão grande que cinquenta pessoas poderiam apoiar-se em sua língua.[carece de fontes?] Um bebê (humano) poderia gatinhar através das principais artérias da baleia-azul e um humano adulto poderia até arrastar-se pela sua aorta. O órgão reprodutor do macho (o pênis), chega a medir 3 metros de comprimento.[carece de fontes?]

Um crânio de baleia-azul com 19 ft (5,79 m) de comprimento do acervo do Museu Nacional de História Natural dos Estados Unidos

Alimentação

As baleias-azuis alimentam-se quase que exclusivamente de krill, podendo ainda ingerir um pequeno número de copépodes.[31] As espécies de plâncton das quais as baleias-azuis alimentam-se varia de oceano para oceano. Ao norte do oceano Atlântico o cardápio é composto usualmente de Meganyctiphanes norvegica, Thysanoessa raschii, Thysanoessa inermis e Thysanoessa longicaudata;[32][33][34] ao norte do oceano Pacífico, Euphausia pacifica, Thysanoessa inermis, Thysanoessa longipes, Thysanoessa spinifera, Nyctiphanes symplex e Nematoscelis megalops;[35][36][37] e, no oceano Antártico, Euphausia superba, Euphausia crystallorophias e Euphausia valentin.

Uma baleia-azul adulta pode comer até 40 milhões krill em um dia.[38] As baleias sempre alimentam-se nas áreas de maior concentração de krill, podendo comer até 3 600 quilos de krill num único dia.[31] Isso equivale a uma dieta de aproximadamente 1,5 milhões de quilocalorias diárias.[39]

Devido ao fato de o krill se mover, as baleias-azuis alimentam-se normalmente a profundidades superiores a 100 metros durante o dia, vindo a alimentar-se na superfície somente à noite. A duração típica dos mergulhos para alimentação é de 10 minutos, porém períodos de até 20 minutos são também observados. O mergulho mais longo registrado foi de 36 minutos.[40] Para se alimentar, as baleias movem-se rapidamente em direção a grupos de krill, tomando os animais e grandes quantidades de água em sua boca. Na sequência, a água é pressionada para fora com ajuda da bolsa ventral e da língua, passando por suas lâminas córneas. Assim que toda a água é empurrada para fora da boca, o krill remanescente, preso às lâminas córneas, é engolido. Baleias-azuis podem também consumir peixes pequenos, crustáceos e lulas capturadas junto com o krill.[41][42]

Comportamento

Vocalização

Registro no Atlântico (1)

Registro no Atlântico (2)

Registro no nordeste do Pacífico

Registro no oeste do Pacífico

Registro no sul do Pacífico

Problemas para escutar estes arquivos? Veja a ajuda.

As vocalizações da baleia-azul estão entre os sons de frequência mais altos e mais baixos produzidos por qualquer animal.[43][44] O nível de origem das baleias-azuis ao largo do Chile na faixa de 14 a 222 Hz foi estimado em 188 dB re 1 μPa a 1 m,[44] 189 dB re 1 μPa a 1 m para as baleias-azuis da Antártica,[45] e 174 dB re 1 μPa a 1 m para baleias-azuis pigmeias.[46] A frequência fundamental para vocalizações de baleias-azuis varia de 8 a 25 Hz.[47] Os tipos de música da baleia-azul foram divididos inicialmente em nove tipos de música,[48] embora pesquisas em andamento sugiram que existem pelo menos 13 tipos de música.[49]

Os possíveis motivos para os chamados incluem:[50]

  1. manutenção da distância interindividual
  2. espécie e reconhecimento individual
  3. transmissão de informações contextuais (por exemplo, alimentação, alarme, namoro)
  4. manutenção da organização social (por exemplo, ligações de contato entre mulheres e homens)
  5. localização de recursos topográficos,
  6. localização de recursos de presas.

As vocalizações produzidas pela população do nordeste do Pacífico foram bem estudadas. Esta população produz pulsos de baixa frequência de longa duração ("A") e chamados tonais ("B"), tons de varredura para cima que precedem os chamados de tipo B ("C"), tons de varredura para baixo de duração moderada ("D") e variáveis sons modulados por amplitude e sons modulados por frequência.[51][52][53][54] Os chamados A e B são frequentemente produzidos em sequências repetidas e concomitantes como música apenas pelos machos, sugerindo uma função reprodutiva.[54] Chamados D são produzidos por ambos os sexos durante as interações sociais durante o forrageamento e podem ser considerados chamados de contato multiuso.[55][56][57] Como os cantos também foram gravados em trios de baleias-azuis em um contexto que foi considerado reprodutivo, foi sugerido recentemente que esse canto tem funções diferentes.[58] O canto da baleia-azul registrado no Seri Lanca é uma frase de três unidades. A primeira unidade é um chamado pulsátil de 19,8 a 43,5 Hz, com duração de 17,9 ± 5,2 segundos. A segunda unidade é uma varredura FM para cima de 55,9 para 72,4 Hz com duração de 13,8 ± 1,1 segundos. A unidade final é um tom longo (28,5 ± 1,6 s) que varia de 108 a 104,7 Hz.[59] O canto da baleia-azul registrado fora de Madagascar, uma frase de duas unidades,[60] começa com 5–7 pulsos com uma frequência central de 35,1 ± 0,7 Hz e duração de 4,4 ± 0,5 segundos, seguido por um tom de 35 ± 0 Hz com duração de 10,9 ± 1,1 segundos.[59] No Oceano Antártico, os cantos das baleias-azuis duram cerca de 18 segundos e consistem em um tom de 27 Hz de 9 segundos de duração, seguido por uma varredura para baixo de 1 segundo para 19 Hz e outra varredura para baixo para 18 Hz.[61] Também produzem chamados curtos, com duração de 1 a 4 segundos e moduladas em frequência, que variam em frequência entre 80 e 38 Hz.[62][63]

Pelo menos sete tipos de canto de baleia-azul foram mudando linearmente para baixo na frequência tonal ao longo do tempo, embora em taxas diferentes.[64] A frequência tonal da baleia-azul do nordeste do Pacífico é 31% menor do que no início dos anos 1960.[65][66] A frequência das baleias-azuis pigmeias na Antártica diminuiu a uma taxa de alguns décimos de hertz por ano a partir de 2002.[64] Uma hipótese é que, conforme as populações de baleias-azuis se recuperam da caça às baleias, isso aumenta a pressão de seleção sexual (ou seja, uma frequência mais baixa indica um tamanho corporal maior).[66]

Ameaças

Ameaças antropogênicas

Esqueleto de baleia-azul em frente ao Long Marine Laboratory da Universidade da Califórnia em Santa Cruz
  • Ataques de navios: os ataques de navios são um fator de mortalidade significativo para as baleias-azuis, especialmente na costa oeste dos Estados Unidos,[67] que tem algumas das maiores densidades de tráfego de navios comerciais do mundo.[68] Nove baleias-azuis foram conhecidas por terem sido mortas e uma gravemente ferida por ataques de navios entre 2007 e 2010 ao largo da Califórnia.[69] As cinco mortes em 2007 foram consideradas um evento de mortalidade incomum, conforme definido na Lei de Proteção de Mamíferos Marinhos.[67][70] Os ataques letais de navios também são um problema nas águas do Seri Lanca, onde seu habitat se sobrepõe a uma das rotas marítimas mais movimentadas do mundo.[71][72] Ataques de navios mataram onze baleias-azuis entre 2010 e 2012 em torno do Seri Lanca,[73] e pelo menos duas em 2014.[74] Ataques de navios mataram duas baleias-azuis chilenas nos últimos anos no sul do Chile.[75][76] Possíveis medidas para reduzir futuros ataques de navios incluem melhores modelos de previsão de distribuição de baleias, mudanças nas rotas de navegação, reduções de velocidade de embarcações e gerenciamento sazonal e dinâmico de rotas de navegação.[68][77][78]
  • Emaranhamento: Poucos casos de emaranhamento de baleias-azuis em equipamentos de pesca comercial foram documentados. O primeiro relatório nos Estados Unidos ocorreu ao largo da Califórnia em 2015, supostamente algum tipo de armadilha de águas profundas / pesca com potes.[79] Mais três casos de emaranhamento foram relatados em 2016.[80] No Seri Lanca, uma baleia-azul foi documentada com uma rede enrolada em sua boca, ao longo dos lados de seu corpo, e enrolada em sua cauda.[81] Existem também efeitos não letais de complicações, incluindo estresse, que diminui o sucesso reprodutivo de um indivíduo ou reduz a expectativa de vida. Lesões causadas por emaranhamentos podem enfraquecer os indivíduos, tornando-os mais vulneráveis a outras causas de mortalidade.[82][83]
  • Ruído oceânico: O aumento do ruído subaquático antropogênico altera o ambiente acústico e afeta as baleias-azuis.[84] Além de mascarar os intervalos de comunicação da baleia-azul,[85][86] a exposição ao som antropogênico pode causar uma série de respostas comportamentais. Para as baleias de barbatanas, essas respostas variam de moderadas a severas, e foi demonstrado que causam mudanças imediatas nos intervalos de comportamento de natação e mergulho,[87][88] interrupções de forrageamento, descanso e socialização,[89] deslocamento de habitat,[87] perda de audição;[88] e habituação,[90][91] além da exposição ao ruído de navegação comercial[92][93] e pesquisas sísmicas como parte da exploração de petróleo e gás.[94][95] As baleias-azuis no cabo sul da Califórnia diminuíram a vocalização na presença de sonar ativo de média frequência (MFA).[96] A exposição ao sonar MFA simulado interrompeu sua alimentação, especialmente quando os animais estavam no modo de alimentação profunda, embora as respostas dependessem muito do estado comportamental do animal no momento da exposição.[97][84][98][99][100]
  • Poluentes: Os impactos potenciais dos poluentes nas baleias-azuis são desconhecidos. No entanto, como as baleias-azuis se alimentam de um nível baixo na cadeia alimentar, há uma chance menor de bioacumulação de contaminantes químicos orgânicos.[101] A análise da cera de ouvido de um macho de baleia-azul morto em uma colisão com um navio na costa da Califórnia mostrou contaminantes como pesticidas, retardadores de chama e mercúrio. Perfis reconstruídos de poluentes orgânicos persistentes (POP) sugeriram que uma transferência materna substancial ocorreu durante a gestação e / ou lactação.[102] baleias-azuis machos no Golfo de São Lourenço, Canadá, apresentaram concentrações mais altas de PCBs, diclorodifeniltricloroetano (DDT), metabólitos e vários outros compostos organoclorados em relação às fêmeas, refletindo a transferência materna desses contaminantes persistentes das fêmeas para os jovens.[103]
  • Plásticos e microplásticos: O impacto da ingestão de plásticos e microplásticos nas baleias-azuis é desconhecido. As baleias de barbatana são expostas à ingestão de plástico como resultado da atividade de alimentação do filtro. Microplásticos também podem ser uma fonte significativa de poluentes orgânicos persistentes, bem como polietileno, polipropileno e, particularmente, ftalatos, que são potenciais disruptores endócrinos e podem afetar a viabilidade populacional.[104][105]
  • Óleo: as baleias podem inalar, ingerir ou absorver compostos de petróleo ou dispersantes, que podem causar lesões no trato respiratório ou gastrointestinal ou afetar as funções hepáticas ou renais.[106][107] Embora a ingestão seja um risco para as baleias, um estudo de 2019 descobriu que o óleo não sujou as barbatanas e, em vez disso, foi facilmente enxaguado pela água corrente.[108]
  • Mudanças climáticas: As projeções atuais de mudanças climáticas preveem que o habitat da baleia-azul diminuirá significativamente.[109][110] Além disso, o aquecimento dos oceanos pode afetar a disponibilidade de krill de várias maneiras, incluindo a distribuição vertical devido ao aprofundamento da termoclina e ao aumento da estratificação da coluna de água[111] e mudanças na direção dos polos resultantes da contração do habitat favorável e mudanças na ressurgência costeira.[112][113][114] A acidificação do oceano pode afetar adversamente as presas da baleia-azul, como o desenvolvimento embrionário do krill,[115] as taxas de eclosão[116] e a fisiologia metabólica pós-larval.[117]

Ameaças naturais

  • Predação: A única ameaça natural conhecida para as baleias-azuis é a orca (Orcinua orca), embora a taxa de ataques fatais por orcas seja desconhecida. Estudos de identificação por fotografia de baleias-azuis estimaram que uma alta proporção de indivíduos no golfo da Califórnia têm cicatrizes semelhantes a um ancinho, indicativas de encontros com orcas.[118] No sudeste da Austrália, 3,7% das baleias-azuis fotografadas tinham marcas e 42,1% das baleias-azuis pigmeias fotografadas no oeste da Austrália tinham marcas.[119] A predação documentada por orcas é rara. Uma baleia-azul mãe e filhote foram observados pela primeira vez sendo perseguidos em alta velocidade por orcas no sudeste da Austrália.[120] O primeiro ataque documentado ocorreu em 1977 no sudoeste da península da Baixa Califórnia, no México, mas a baleia ferida escapou após cinco horas.[121] Outras quatro baleias-azuis foram documentadas como perseguidas por um grupo de orcas entre 1982 e 2003.[122] O primeiro evento de predação documentado por orcas ocorreu em setembro de 2003, quando um grupo de orcas no Pacífico Tropical Oriental foi encontrado se alimentando de um filhote de baleia-azul recentemente morto.[123] Em março de 2014, um operador de barco comercial de observação de baleias registrou um incidente envolvendo um grupo de orcas temporárias assediando uma baleia-azul na Baía de Monterey.[124] Um incidente semelhante foi registrado por um drone na baía de Monterey em maio de 2017.[125] Em ambos os casos, a baleia-azul fugiu e escapou. Uma segunda morte documentada ocorreu em maio de 2019 na costa sul da Austrália Ocidental, quando orcas atacaram, mataram e comeram uma baleia-azul subadulta.[126]
  • Competição: Há pouca ou nenhuma evidência direta de competição interespecífica entre as baleias-azuis e outras espécies de baleias de barbatanas.[127] Pesquisas usando marcação, pesquisas de transecto linear, pesquisas hidroacústicas e amostragem de rede descobriram que, apesar da sobreposição com baleias-azuis e outras baleias de barbatanas, parece haver partição de nicho[128][129][130] no espaço e / ou tempo e seleção de espécies de presas.[131][132][133] No Oceano Antártico, descobriu-se que as baleias de barbatanas se alimentam preferencialmente de krill antártico de tamanhos específicos, o que resultaria em competição interespecífica reduzida.[134]

Ameaças históricas

As baleias-azuis foram inicialmente difíceis de caçar devido ao seu tamanho e velocidade.[43] Tomadas em grande escala não começaram até 1864, quando o norueguês Svend Foyn inventou o arpão explosivo que poderia ser usado em navios movidos a vapor e diesel.[135][136] O pico da baleia-azul atingiu o pico em 1931, quando mais de 29 000 baleias-azuis foram mortas. A Comissão Baleeira Internacional proibiu toda a caça de baleias-azuis em 1966 e deu a elas proteção mundial. No entanto, a União Soviética continuou a caçar ilegalmente baleias-azuis no hemisfério norte e sul até 1973.[137][138][139][140]

Estado de conservação

A população global de baleias-azuis foi estimada em 5 000-15 000 indivíduos maduros em 2018.[1] Foram protegidas em áreas do Hemisfério Sul a partir de 1939. Em 1955, receberam proteção completa no Atlântico Norte sob a Convenção Internacional para a Regulamentação da Caça à Baleia; essa proteção foi estendida à Antártica em 1965 e ao Pacífico Norte em 1966.[141][142] O estatuto de proteção das baleias-azuis do Atlântico Norte não foi reconhecido pela Islândia até 1960.[143] As baleias-azuis são formalmente classificadas como ameaçadas de extinção pela Lei de Espécies Ameaçadas[144] e consideradas esgotadas e estratégicas pela Lei de Proteção ao Mamífero Marinho.[69][145] A União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) listou as baleias-azuis como ameaçadas de extinção.[1]

Também estão listadas no Apêndice I da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagem[146] e a Convenção sobre a Conservação de Espécies Migratórias de Animais Selvagens.[147] Embora para algumas populações não haja informações suficientes sobre as tendências atuais de abundância (por exemplo, baleias-azuis pigmeias), outras estão em perigo crítico (por exemplo, baleias-azuis da Antártica).[148][149]

Referências

  1. a b c Cooke, J. G. (2018). «Blue Whale - Balaenoptera musculus». Lista Vermelha da IUCN. União Internacional para Conservação da Natureza (UICN). p. e.T2477A156923585. doi:10.2305/IUCN.UK.2018-2.RLTS.T2477A156923585.en. Consultado em 26 de agosto de 2021 
  2. J. Calambokidis and G. Steiger (1997). Blue Whales (em inglês). Stillwater: Voyageur Press. ISBN 0-89658-338-4 
  3. a b «Animal Records» (em inglês). Smithsonian National Zoological Park. Consultado em 11 de janeiro de 2008 
  4. a b «What is the biggest animal ever to exist on Earth?». How Stuff Works. Consultado em 29 de maio de 2007 
  5. «FI-Species fact sheets» (em inglês). Fisheries and Aquaculture Department, Food and Agriculture Organization - ONU 
  6. a b Jason de Koning and Geoff Wild (1997). «Contaminant analysis of organochlorines in blubber biopsies from blue whales in the St Lawrence» (em inglês). Trent University. Consultado em 29 de junho de 2007 
  7. a b «Assessment and Update Status Report on the Blue Whale Balaenoptera musculus» (PDF) (em inglês). Committee on the Status of Endangered Wildlife in Canada. 2002. Consultado em 19 de abril de 2007 
  8. Kirby, Alex (19 de junho de 2003). «Science seeks clues to pygmy whale» (em inglês). BBC News. Consultado em 21 de abril de 2006 
  9. T.A. Branch, K. Matsuoka and T. Miyashita (2004). «Evidence for increases in Antarctic blue whales based on Bayesian modelling». Marine Mammal Science (em inglês) (20): 726–754. doi:10.1111/j.1748-7692.2004.tb01190.x 
  10. a b c d e f «Size and Description of the Blue Whale Species» (em inglês). Consultado em 15 de junho de 2007 
  11. a b c d «American Cetacean Society Fact Sheet - Blue Whales» (em inglês). Consultado em 20 de junho de 2007. Cópia arquivada em 11 de julho de 2007 
  12. Barnes LG, McLeod SA. (1984). «The fossil record and phyletic relationships of gray whales». In: Jones ML; et al. The Gray Whale (em inglês). Orlando, Florida: Academic Press. pp. 3–32. ISBN 0-12-389180-9 
  13. a b Mead, James G.; Brownell, Robert L., Jr. (16 de novembro de 2005). «Order Cetacea (pp. 723–743)». In: Wilson, Don E., and Reeder, DeeAnn M., eds. Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference (em inglês) 3a. ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 2 vols. (2142 pp.). p. 725. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494 
  14. Arnason, U., Gullberg A. & Widegren, B. (1 de setembro de 1993). «Cetacean mitochondrial DNA control region: sequences of all extant baleen whales and two sperm whale species». Molecular Biology and Evolution. 10 (5): 960–970. PMID 8412655. Consultado em 25 de janeiro de 2009 
  15. Sasaki, T.; et al. (4 de março de 2011). «Mitochondrial phylogenetics and evolution of mysticete whales». Systematic Biology. 54 (1): 77–90. PMID 15805012. doi:10.1080/10635150590905939 
  16. A. Arnason and A. Gullberg (1993). «Comparison between the complete mtDNA sequences of the blue and fin whale, two species that can hybridize in nature». Journal of Molecular Ecology (em inglês). 37 (4): 312–322. PMID 8308901 
  17. «Amazing Whale Facts Archive] Whale Center of New England (WCNE)» (em inglês). Consultado em 27 de fevereiro de 2008 
  18. a b c Bortolotti, Dan (2008). Wild Blue: A Natural History of the World’s Largest Animal (em inglês). Nova Iorque: St. Martin's Press 
  19. Simpson, D. P. (1979). Cassell's Latin Dictionary (em inglês) 5 ed. London: Cassell Ltd. p. 883. ISBN 0-304-52257-0 
  20. Lineu, Carlos (1758). Systema naturae per regna tria naturae, secundum classes, ordines, genera, species, cum characteribus, differentiis, synonymis, locis. Tomus I (em latim) Editio decima, reformata ed. Holmiae: Laurentii Salvii. p. 824 
  21. «Blue Whale Fact Sheet» (em inglês). New York State Department of Environmental Conservation. Consultado em 29 de junho de 2007 
  22. Ichihara T. (1966). The pygmy blue whale B. m. brevicauda, a new subspecies from the Antarctic in Whales, dolphins and porpoises Page(s) 79-113.
  23. Bonaparte J., Coria R. (1993). «Un nuevo y gigantesco sauropodo titanosaurio de la Formacion Rio Limay (Albiano-Cenomaniano) de la Provincia del Neuquen, Argentina». Ameghiniana (em espanhol). 30 (3): 271–282 
  24. Wood, Gerald (1982). The Guinness Book of Animal Facts and Feats (em inglês). Enfield, Middlesex: Guinness Superlatives. p. 256. ISBN 978-0-85112-235-9 
  25. Sears, R; Calambokidis, J (2002). «Update COSEWIC status report on the blue whale Balaenoptera musculus in Canada.». Ottawa: Committee on the Status of Endangered Wildlife in Canada (em inglês). 32 páginas 
  26. a b The Scientific Monthly. [S.l.]: American Association for the Advancement of Science. 1915. p. 21 
  27. «Baleia-azul: A gigante dos oceanos». Superinteressante. 31 de outubro de 2004. Consultado em 1 de novembro de 2016 
  28. Cintia Baio (15 de março de 2016). «Clique Ciência: qual é o animal com a língua mais comprida?». UOL. Consultado em 1 de novembro de 2016 
  29. Blue Planet: Frozen seas (BBC documentary)
  30. Caspar, Dave (abril de 2001). «Ms. Blue's Measurements» (PDF) (em inglês). Seymour Center, University of California, Santa Cruz. Consultado em 1 de setembro de 2006. Cópia arquivada (PDF) em 27 de agosto de 2004 
  31. a b «Detailed Information about Blue Whales» (em inglês). Alaska Fisheries Science Center. 2004. Consultado em 14 de junho de 2007 
  32. Hjort, J; Ruud, JT (1929). «Whaling and fishing in the North Atlantic». Rapp. Proc. Verb. Conseil int. Explor. Mer (em inglês). 56 
  33. Christensen I, Haug T, Øien N (1992). «A review of feeding and reproduction in large baleen whales (Mysticeti) and sperm whales Physeter macrocephalus in Norwegian and adjacent waters». Fauna Norvegica Series a (em inglês). 13: 39–48 
  34. Sears R, Wenzel FW, Williamson JM (1987). «The Blue Whale: A Catalogue of Individuals from the Western North Atlantic (Gulf of St. Lawrence)». Mingan Island Cetacean Study, St. Lambert, Quebec.: 27 
  35. Sears, R (1990). «The Cortez blues». Whalewatcher (em inglês). 24 (2): 12–15 
  36. Kawamura, A (1980). «A review of food of balaenopterid whales». Scientific Reports of the Whales Research Institute (em inglês). 32: 155–197 
  37. Yochem PK, Leatherwood S (1980). «Blue whale Balaenoptera musculus (Linnaeus, 1758)». In: Ridgway SH, Harrison R. Handbook of Marine Mammals, Vol. 3:The Sirenians and Baleen Whales. (em inglês). London: Academic Press. p. 193–240 
  38. «Hunted, rammed, poisoned, whales may die from heartbreak too». Afp.google.com (em inglês) 
  39. Piper, Ross (2007), Extraordinary Animals: An Encyclopedia of Curious and Unusual Animals, Greenwood Press.
  40. (Sears 1998)
  41. Nemoto T (1957). «Foods of baleen whales in the northern Pacific». Sci. Rep. Whales Res. Inst. (em inglês). 12: 33–89 
  42. Nemoto T, Kawamura A (1977). «Characteristics of food habits and distribution of baleen whales with special reference to the abundance of North Pacific sei and Bryde's whales». Rep. Int. Whal. Commn (em inglês). 1 (Special Issue): 80–87 
  43. a b National Marine Fisheries Service (2018). Draft Recovery Plan for the Blue Whale (Balaenoptera musculus) – Revision. Silver Spring, MD: National Marine Fisheries Service, Office of Protected Resources. p. 116 
  44. a b Cummings, W. C.; Thompson, P. O. (1971). «Underwater sounds from the blue whale Balaenoptera musculus». Journal of the Acoustical Society of America. 50 (4): 1193–1198. Bibcode:1971ASAJ...50.1193C. doi:10.1121/1.1912752 
  45. Sirovic, A.; Hildebrand, J. A.; Wiggins, S. M. (2007). «Blue and fin whale call source levels and propagation range in the Southern Ocean». Journal of the Acoustical Society of America. 122 (2): 1208–121. Bibcode:2007ASAJ..122.1208S. PMID 17672667. doi:10.1121/1.2749452 
  46. Samaran, F.; Adam, O.; Guinet, C. (2010). «Discovery of a mid-latitude sympatric area for two Southern Hemisphere blue whale subspecies». Endangered Species Research. 12 (2): 157–165. doi:10.3354/esr00302 
  47. Stafford, K. M.; Fox, G. C.; Clark, D. S. (1998). «Long‐range acoustic detection and localization of blue whale calls in the northeast Pacific Ocean». Journal of the Acoustical Society of America. 50 (4): 1193–1198. Bibcode:1998ASAJ..104.3616S. PMID 9857519. doi:10.1121/1.423944 
  48. McDonald, M. A.; Mesnick, S. L.; Hildebrand, J. A. (2006). «Biogeographic characterization of blue whale song worldwide: Using song to identify populations». Journal of Cetacean Research and Management. 8: 55–66 
  49. Sirovic, A.; Oleson, E. M.; Buccowich, J.; Rice, A.; Bayless, A. R. (2017). «Fin whale song variability in southern California and the Gulf of California». Scientific Reports. 7 (1): 10126. PMC 5579205Acessível livremente. PMID 28860617. doi:10.1038/s41598-017-09979-4 
  50. Richardson, W. J.; Green, C. R. Jr.; Malme, C. I.; Thomson, D. H. (1995). «Marine mammals and noise». San Diego, CA. Academic Press: 576 
  51. Thompson, P. O.; Findley, L. T.; Vidal, O.; Cummings, W. C.; et al. (1996). «Underwater sounds of blue whales, Balaenoptera musculus, in the Gulf of California, Mexico». Marine Mammal Science. 13 (2): 288–293. doi:10.1111/j.1748-7692.1996.tb00578.x 
  52. Aroyan, J. L.; McDonald, M. A.; Webb, S. C.; Hildebrand, J. A.; Clark, D. S.; Laitman, J. T.; Reidenberg, J. S. (2000). «Acoustic models of sound production and propagation». In: Au, W. W. A.; Popper, A.; Fay, R. N. Hearing by whales and dolphins. Nova Iorque: Springer-Verlag. pp. 409–469 
  53. Thode, A. M.; D'Spain, G. L.; Kuperman, W. A. (2000). «Matched-field processing, geoacoustic inversion, and source signature recovery of blue whale vocalizations». Journal of the Acoustical Society of America. 107 (3): 1286–1300. Bibcode:2000ASAJ..107.1286T. PMID 10738784. doi:10.1121/1.428417 
  54. a b McDonald, M. A.; Calambokidis, J.; Teranishi, A. M.; Hildebrand, J. A. (2001). «The acoustic calls of blue whales off California with gender data». Journal of the Acoustical Society of America. 109 (4): 1728–1735. Bibcode:2001ASAJ..109.1728M. PMID 11325141. doi:10.1121/1.1353593 
  55. Oleson, E. M.; Calambokidis, J.; Burgess, W. C.; McDonald, M. A.; LeDuc, C. A.; Hildebrand, J. A. (2007). «Behavioral context of call production by eastern North Pacific blue whales». Marine Ecology Progress Series. 330: 269–284. Bibcode:2007MEPS..330..269O. doi:10.3354/meps330269 
  56. Oleson, E. M.; Calambokidis, J.; Barlow, J.; Hildebrand, J. A. (2007). «Blue whale visual and acoustic encounter rates in the Southern California Bight». Marine Mammal Science. 23 (3): 574–597. doi:10.1111/j.1748-7692.2007.02303.x 
  57. Lewis, L. A.; Calambokidis, J.; Stimpert, A. K.; Fahlbusch, J.; Friedlaender, A. S.; McKenna, M. F.; Mesnick, S.; Oleson, E. M.; Southall, B. L.; Szesciorka, A. S.; Sirovic, A. (2018). «Context-dependent variability in blue whale acoustic behaviour». Royal Society Open Science. 5 (8): 1080241. PMC 6124089Acessível livremente. PMID 30225013. doi:10.1098/rsos.180241 
  58. Schall, E.; Di Lorio, L.; Berchok, C.; Filún, D.; Bedriñana-Romano, L.; Buchan, S. J.; Van Opzeeland, I.; Sears, R.; Hucke-Gaete, R. (2019). «Visual and passive acoustic observations of blue whale trios from two distinct populations». Marine Mammal Science. 36 (1): 365–374. doi:10.1111/mms.12643 
  59. a b Stafford, K. M.; Chapp, E.; Bohnenstiel, D.; Tolstoy, M. (2010). «Seasonal detection of three types of "pygmy" blue whale calls in the Indian Ocean». Marine Mammal Science. 27 (4): 828–840. doi:10.1111/j.1748-7692.2010.00437.x 
  60. Ljungblad, D. K.; Clark, C. W.; Shimada, H. (1998). A comparison of sounds attributed to pygmy blue whales (Balaenoptera musculus brevicauda) recorded south of the Madagascar Plateau and those attributed to 'true' blue whales (Balaenoptera musculus) recorded off Antarctica (Relatório). 48. International Whaling Commission. pp. 439–442 
  61. Sirovic, A.; Hildebrand, J. A.; Wiggins, S. M.; McDonald, M. A.; Moore, S. E.; Thiele, D. (2004). «Seasonality of blue and fin whale calls and the influence of sea ice in the Western Antarctic Peninsula». Deep Sea Research Part II: Topical Studies in Oceanography. 51 (17–19): 2327–2344. Bibcode:2004DSRII..51.2327S. doi:10.1016/j.dsr2.2004.08.005 
  62. Rankin, S.; Ljungblad, D.; Clark, C.; Kato, H. (2005). «Vocalisations of Antarctic blue whales, Balaenoptera musculus intermedia, recorded during the 2001/2002 and 2002/2003 IWC/SOWER circumpolar cruises, Area V, Antarctica». Journal of Cetacean Research and Management. 7: 13–20 
  63. Sirovic, A.; Hildebrand, J. A.; Thiele, D. (2006). «Baleen whales in the Scotia Sea in January and February 2003». Journal of Cetacean Research and Management. 8: 161–171 
  64. a b Leroy, E. C.; Royer, J.-Y.; Bonnel, J.; Samaran, F. (2018). «Long-term and seasonal changes of large whale call frequency in the southern Indian Ocean». Journal of Geophysical Research: Oceans. 123 (11): 8568–8580. Bibcode:2018JGRC..123.8568L. doi:10.1029/2018JC014352 
  65. Nieukirk, S. L.; Mellinger, D. K.; Hildebrand, J. A.; McDonald, M. A.; Dziak, R. P. (2005). Downward shift in the frequency of blue whale vocalizations. 16th Biennial Conference on the Biology of Marine Mammals. San Diego, CA. p. 205 
  66. a b McDonald, M. A.; Hildebrand, J. A.; Mesnick, S. (2009). «Worldwide decline in tonal frequencies of blue whale songs». Endangered Species Research. 9: 13–21. doi:10.3354/esr00217 
  67. a b Berman-Kowalewski, M.; Gulland, F.; Wilkin, S.; Calambokidis, J.; Mate, B.; Cordaro, J.; Rotstein, D.; St. Leger, J.; Collins, P.; Fahy, K.; Dover, S. (2010). «Association between blue whale mortality and ship strikes along the California coast». Aquatic Mammals. 36 (1): 59–66. doi:10.1578/AM.36.1.2010.59 
  68. a b Betz, S.; Bohnsack, K.; Callahan, A. R.; Campbell, L. E.; Green, S. E.; Labrum, K. M. (2011). Reducing the Risk of Vessel Strikes to Endangered Whales in the Santa Barbara Channel: An Economic Analysis and Risk Assessment of Potential Management Scenarios (MSc). Santa Barbara, CA: Bren School of Environmental Science & Management, University of California, Santa Barbara 
  69. a b Carretta, J. V.; Oleson, E.; Weller, D. W.; Lang, A. R.; Forney, K. A.; Baker, J.; Hanson, B.; Martien, K.; Muto, M. M.; Lowry, M. S.; Barlow, J.; Lynch, D.; Carswell, L.; Brownell, R. L. Jr.; Mattila, D. K. (2012). U.S. Pacific Marine Mammal Stock Assessments (Relatório). U.S. Department of Commerce, NOAA 
  70. Abramson, L.; Polefka, S.; Hastings, S.; Bor, K. (2009). Reducing the Threat of Ship Strikes on Large Cetaceans in the Santa Barbara Channel Region and Channel Islands National Marine Sanctuary: Recommendations and Case Studies (Relatório). Channel Islands National Marine Sanctuary Advisory Council. pp. 1–73 
  71. de Vos, A.; Wu, T.; Brownell, R. L. Jr. (2013). Recent blue whale deaths due to ship strikes around Sri Lanka (Relatório). SC/65a/HIM03. International Whaling Commission Scientific Committee 
  72. de Vos, A.; Brownell, R. L. Jr.; Tershy, B. R.; Croll, D. A. (2016). «Anthropogenic threats and conservation needs of blue whales, "Balaneoptera musculus indica", around Sri Lanka». J. Mar. Biol. 2016 (8420846): 1–12. doi:10.1155/2016/8420846 
  73. Priyadarshana, T.; Randage, R.; Alling, A.; Calderan, S.; Gordon, J.; Leaper, R.; Porter, L. (2015). An update on work related to ship strike risk to Blue whales off southern Sri Lanka (Relatório). SC66A. The International Whaling Commission 
  74. Randage, S. M.; Alling, A.; Currier, K.; Heywood, E. (2014). «Review of the Sri Lanka blue whale (Balaenoptera musculus) with observations on its distribution in the shipping lane». Journal of Cetacean Research and Management. 14: 43–49 
  75. Brownell, R. L. Jr.; Cabrera, E.; Galletti-Vernazzani, B. (2014). Dead blue whale in Puerto Montt, Chile: Another case of ship collision mortality (Relatório). SC/65b/HIM08. International Whaling Commission 
  76. International whaling Commission (2017). Report of the Scientific Committee (Relatório). International Whaling Commission. p. 136 
  77. Redfern, J. V.; McKenna, M. F.; Moore, T. J.; Calambokidis, J.; Deangelis, M. L.; Becker, E. A.; Barlow, J.; Forney, K. A.; Fiedler, P. C.; Chivers, S. J. (2013). «Assessing the risk of ships striking large whales in marine spatial planning». Conservation Biology. 22 (2): 292–302. PMID 23521668. doi:10.1111/cobi.12029 
  78. Dransfield, A.; Hines, E.; McGowan, J.; Holzman, B.; Nur, N.; Elliott, M.; Howar, J.; Jacncke, J. (2014). «Where the whales are: using habitat modeling to support changes in shipping regulations within National Marine Sanctuaries in Central California». Endanger Species Res. 26 (1): 39–57. doi:10.3354/esr00627 
  79. Carretta, J. V.; Muto, M. M.; Greenman, J.; Wilkinson, K.; Viezbicke, J.; Jannot, J. (2017). Sources of human-related injury and mortality for U.S. Pacific west coast marine mammal stock assessments, 2011– 2015 (Relatório). PSRG-2017-07. NOAA 
  80. NMFS (2017). National Report on Large Whale Entanglements (Relatório). NOAA 
  81. de Vos, A. (2015). «Marine life on the line». In: Braun, D. Deepwater Horizon oil spill: Final Programmatic Damage Assessment and Restoration Plan and Final Programmatic Environmental Impact Statement. Washington: National Geographic. p. 685 
  82. Kenney, R. D.; Kenney, S. D. (1993). «Right whale mortality – a correction and an update». Marine Mammal Science. 9 (4): 445–446. doi:10.1111/j.1748-7692.1993.tb00480.x 
  83. Moore, M. J.; Van Der Hoop, J. V. M. (2012). «The painful side of trap and fixed net fisheries: Chronic entanglement of large whales». Journal of Marine Biology. 2012 (230653): 1–4. doi:10.1155/2012/230653 
  84. a b Southall, B. L.; Hatch, L.; Scholik-Schlomer, A.; Bergmann, T.; Jasny, M.; Metcalf, K.; Weilgart, L.; Wright, A. J.; Perera, M. E. (2018). «Reducing noise from large commercial ships: progress and partnerships». Proc. Mar. Saf. Sec. Council. 1: 58–65 
  85. Perry, C. (1996). A review of the impact of anthropogenic noise on cetaceans (Relatório). SC/50/E9. Report of the International Whaling Commission 
  86. Wiggins, S. M.; Oleson, E. M.; Hildebrand, J. A. (2001). «Blue whale call intensity varies with ambient noise level». Journal of the Acoustical Society of America. 110 (5): 2771. Bibcode:2001ASAJ..110.2771W. doi:10.1121/1.4777708 
  87. a b Simmonds, M.; Dolman, S.; Weilgart, L. (2004). Oceans of Noise (Relatório). Whale and Dolphin Conservation Society 
  88. a b Weilgart, L. S. (2007). «The impacts of anthropogenic ocean noise on cetaceans and implications for management». Canadian Journal of Zoology. 85 (11): 1091–1116. doi:10.1139/Z07-101 
  89. Hildebrand, J. A. (2009). «Anthropogenic and natural sources of ambient noise in the ocean». Marine Ecology Progress Series. 395: 5–20. Bibcode:2009MEPS..395....5H. doi:10.3354/meps08353 
  90. Richardson, W. J.; Würsig, B. (1995). «Significance of responses and noise impacts». In: Richardson, W. J.; Greene, C. R. Jr.; Malme, C. I.; Thomson, D. H. Marine Mammals and Noise. San Diego, CA: Academic Press, Inc. pp. 387–424 
  91. Laist, D. W.; Knowlton, A. R.; Mead, J. G.; Collet, A. S.; Podesta, M. (2001). «Collisions between ships and whales». Marine Mammal Science. 17 (1): 35–75. doi:10.1111/j.1748-7692.2001.tb00980.x 
  92. McKenna, M. F.; Ross, D.; Wiggins, S. M.; Hildebrand, J. A. (2012). «Underwater radiated noise from modern commercial ships». The Journal of the Acoustical Society of America. 131 (1): 92–103. Bibcode:2012ASAJ..131...92M. PMID 22280574. doi:10.1121/1.3664100 
  93. Szesciorka, A. R.; Allen, A. N.; Calambokidis, J.; Fahlbusch, J.; McKenna, M. F.; Southall, B. L. (2019). «A case study of a near vessel strike of a blue whale: perceptual cues and fine-scale aspects of behavioral avoidance». Front. Mar. Sci. 6 (761): 1–10. doi:10.3389/fmars.2019.00761 
  94. Di Iorio, L.; Clark, C. W. (2009). «Exposure to seismic survey alters blue whale acoustic communication». Biology Letters. 6 (1): 1–4 
  95. McDonald, M. A.; Hildebrand, J. A.; Webb, S. C. (1995). «Blue and fin whales observed on a seafloor array in the Northeast Pacific». Journal of the Acoustical Society of America. 98 (2): 712–721. Bibcode:1995ASAJ...98..712M. PMID 7642810. doi:10.1121/1.413565 
  96. Melcón, M. L.; Cummins, A. J.; Kerosky, S. M.; Roche, L. K.; Wiggins, S. M.; Hildebrand, J. A. (2012). «Blue Whales Respond to Anthropogenic Noise». PLOS ONE. 7 (2): e32681. Bibcode:2012PLoSO...732681M. PMC 3290562Acessível livremente. PMID 22393434. doi:10.1371/journal.pone.0032681 
  97. Goldbogen, J. A.; Friedlaender, A. S.; Calambokidis, J.; McKenna, M. F.; Malene, S. M.; Nowacek, D. P. (2013). «Integrative Approaches to the Study of Baleen Whale Diving Behavior, Feeding Performance, and Foraging Ecology». BioScience. 63 (2): 90–100. doi:10.1525/bio.2013.63.2.5 
  98. Southall, B. L.; Moretti, D.; Abraham, B.; Calambokidis, J.; DeRuiter, S. L.; Tyack, P. L. (2012). «Marine mammal behavioral response studies in southern California: advances in technology and experimental methods». Marine Technology Society Journal. 46 (4): 48–59. doi:10.4031/MTSJ.46.4.1 
  99. DeRuiter, S. L.; Langrock, R.; Skirbutas, T.; Goldbogen, J. A.; Calambokidis, J.; Friedlaender, A. S.; Southall, B. L. (2017). «A multivariate mixed hidden Markov model for blue whale behaviour and responses to sound exposure». Annals of Applied Statistics. 11 (1): 362–392. doi:10.1214/16-AOAS1008 
  100. Southall, B. L.; DeRuiter, S. L.; Friedlaender, A.; Stimpert, A. K.; Goldbogen, J. A.; Hazen, E.; Casey, C.; Fregosi, S.; Cade, D. E.; Allen, A. N.; Harris, C. M.; Schorr, G.; Moretti, D. (2019). «Behavioral responses of individual blue whales (Balaenoptera musculus) to mid-frequency military sonar». The Journal of Experimental Biology. 222 (jeb190637): jeb190637. PMID 30833464. doi:10.1242/jeb.190637 
  101. O'Shea, T. J.; Brownell, R. L. (1994). «Organochlorine and metal contaminants in baleen whales:a review and evaluation of conservation implications». Science of the Total Environment. 154 (2–3): 179–200. Bibcode:1994ScTEn.154..179O. PMID 7973606. doi:10.1016/0048-9697(94)90087-6 
  102. Trumble, S. J.; Robinson, E. M.; Berman-Kowalewski, M.; Potter, C. W.; Usenko, S. (2013). «Blue whale earplug reveals lifetime contaminant exposure and hormone profiles». Proceedings of the National Academy of Sciences. 110 (42): 16922–16926. Bibcode:2013PNAS..11016922T. PMC 3801066Acessível livremente. PMID 24043814. doi:10.1073/pnas.1311418110 
  103. Metcalfe, C. D.; Koenig, B. G.; Metcalfe, T. L.; Paterson, G.; Sears, R. (2004). «Intra- and inter-species differences in persistent organic contaminants in the blubber of blue whales and humpback whales from the Gulf of St. Lawrence, Canada». Marine Environmental Research. 57 (4): 245–260. PMID 14749058. doi:10.1016/j.marenvres.2003.08.003 
  104. Fossi, M. C.; Panti, C.; Guerranti, C.; Coppola, D.; Giannetti, M.; Marsili, L.; Minutolic, R. (2012). «Are baleen whales exposed to the threat of microplastics? A case study of the Mediterranean fin whale (Balaenoptera physalus)». Marine Pollution Bulletin. 64 (11): 2374–9. PMID 22964427. doi:10.1016/j.marpolbul.2012.08.013 
  105. Teuten E. L.; Rowland S. J.; Galloway T. S.; Thompson R. C. (2007). «Potential for plastics to transport hydrophobic contaminants». Environmental Science & Technology. 41 (22): 7759–7764. Bibcode:2007EnST...41.7759T. PMID 18075085. doi:10.1021/es071737s 
  106. Geraci, J. R. (1990). «Physiologic and toxic effects on cetaceans». In: Geraci, J. R.; St Aubin, D. J. Sea Mammals and Oil: Confronting the Risks. San Diego, CA: Academic Press. pp. 167–197 
  107. Schwacke, L. H.; Smith, C. R.; Townsend, F. I.; Wells, R. S.; Hart, L. B.; Balmer, B. C.; Collier, T. K.; De Guise, S.; Fry, M. M.; Guillette, L. J. Jr.; Lamb, S. V.; Lane, S. M.; McFee, W. E.; Place, N. J.; Tumlin, M. C. (2014). «Health of common bottlenose dolphins (Tursiops truncatus) in Barataria Bay, Louisiana, following the Deepwater horizon oil spill Environ». Sci. Technol. 48 (1): 93–103. PMID 24350796. doi:10.1021/es403610f 
  108. Werth, A. J.; Blakeney, S. M.; Cothren, A. I. (2019). «Oil adsorption does not structurally or functionally alter whale baleen». Royal Society Open Science. 6 (5): 182194. Bibcode:2019RSOS....682194W. PMC 6549998Acessível livremente. PMID 31218043. doi:10.1098/rsos.182194 
  109. Hazen, E. L.; Maxwell, S. M.; Bailey, H.; Bograd, S. J.; Hamann, M.; Gaspar, P.; Godley, B. J.; Shillinger, G. L. (2012). «Ontogeny in marine tagging and tracking science: technologies and data gaps». Marine Ecology Progress Series. 457: 221–240. Bibcode:2012MEPS..457..221H. doi:10.3354/meps09857 
  110. Hazen, E. L.; Abrahms, B.; Brodie, S.; Carroll, G.; Jacox, M. G.; Savoca, M. S.; Scales, K. L.; Sydeman, W. J.; Bograd, S. J. (2019). «Marine top predators as climate and ecosystem sentinels». Frontiers in Ecology and the Environment. 17 (10): 565–574. doi:10.1002/fee.2125 
  111. Palacios, D. (2004). «Long-term and seasonal trends in stratification in the California Current». Journal of Geophysical Research. 109: 307–312. doi:10.1029/2004JC002380 
  112. Roemmich, D.; McGowan, J. (1995). «Climatic warming and the decline of zooplankton in the California Current». Science. 267 (5202): 1324–1326. Bibcode:1995Sci...267.1324R. PMID 17812604. doi:10.1126/science.267.5202.1324 
  113. DiLorenzo, E.; Miller, A. J.; Schneider, N.; McWilliams, J. C. (2005). «The warming of the California Current System: Dynamics and ecosystem implications». Journal of Physical Oceanography. 35 (3): 336–362. Bibcode:2005JPO....35..336D. doi:10.1175/JPO-2690.1 
  114. Rykaczewski, R. R.; Dunne, J. P.; Sydeman, W. J.; García-Reyes, M.; Black, B. A.; Bograd, S. J. (2015). «Poleward intensification of coastal upwelling in response to global warming». Geophysical Research Letters. 42 (15): 6424–6431. doi:10.1002/2015GL064694 
  115. Kawaguchi, S.; Kurihara, H.; King, R.; Hale, L.; Berlie, T.; Robinson, J. P.; Ishida, A.; Wakita, M.; Virtue, P.; Nicol, S.; Ishimatsu, A. (2011). «Will krill fare well under Southern Ocean acidification?». Biology Letters. 7 (2): 288–291. PMC 3061171Acessível livremente. PMID 20943680. doi:10.1098/rsbl.2010.0777 
  116. Kawaguchi, S.; Ishida, A.; King, R.; Raymond, B.; Waller, N.; Constable, A.; Nicol, S.; Ishimatsu, A. (2013). «Risk maps for Antarctic krill under projected Southern Ocean acidification». Nature Climate Change. 3 (9): 843–847. Bibcode:2013NatCC...3..843K. doi:10.1038/nclimate1937 
  117. Saba, V. S.; Stock, C. A.; Spotila, J. R.; Paladino, F. V.; Tomillo, P. S. (2012). «Projected response of an endangered marine turtle population to climate change». Nature Climate Change. 2 (11): 814–820. Bibcode:2012NatCC...2..814S. doi:10.1038/nclimate1582 
  118. Sears, R. (1990). «The Cortez blues». Whalewatcher. 24: 12–15 
  119. Mehta, A. V.; Allen, J. M.; Constantine, R.; Garrigue, C.; Jann, B.; Jenner, C.; Marx, M. K.; Matkin, C. O.; Mattila, D. K.; Minton, G.; Mizroch, S. A.; Olavarría, C.; Robbins, J.; Russell, K. G.; Seton, R. E. (2007). «Baleen whales are not important as prey for killer whales (Orcinus orca) in high latitudes». Marine Ecology Progress Series. 348: 297–307. doi:10.3354/meps07015 
  120. Cotton, B. C. (1944). «Killer whales in South Australia». Australian Zoologist. 10: 293–294 
  121. Tarpy, C. (1979). «Killer whale attack!». National Geographic Magazine. 155: 542–545 
  122. Ford, J. K. B.; Reeves, R. (2008). «Fight or flight: antipredator strategies of baleen whales». Mammal Review. 38 (1): 50–86. doi:10.1111/j.1365-2907.2008.00118.x 
  123. Pitman, R.; Fearnbach, H.; LeDuc, R.; Gilpatrick, J. W.; Ford, J. K. B.; Balance, L. T. (2007). «Killer whales preying on a blue whale calf on the Costa Rica Dome: Genetics, morphometrics, vocalizations and composition of the group». Journal of Cetacean Research and Management. 9: 151–158 
  124. «Killer Whales Bully Lone Blue Whale in Rare Video». Live Science. 5 de março de 2014. Consultado em 23 de dezembro de 2019 
  125. «Killer Whales Attacked a Blue Whale—Here's the Surprising Reason Why». National Geographic. 25 de maio de 2017. Consultado em 23 de dezembro de 2019 
  126. «Orcas hunt blue whale in bloody battle of the sea». The West Australian. 25 de março de 2019. Consultado em 23 de dezembro de 2019 
  127. Clapham, P. J.; Brownell, R. L. (1996). «The potential for interspecific competition in baleen whales». Report of the International Whaling Commission. 46: 361–367 
  128. Hardin, G. (1960). «The competitive exclusion principle». Science. 131 (3409): 1292–1297. Bibcode:1960Sci...131.1292H. PMID 14399717. doi:10.1126/science.131.3409.1292 
  129. Hutchinson, G. E. (1961). «The Paradox of the Plankton». The American Naturalist. 95 (882): 137–145. doi:10.1086/282171 
  130. Pianka, E. R. (1974). «Niche overlap and diffuse competition». Proceedings of the National Academy of Sciences. 71 (5): 2141–2145. Bibcode:1974PNAS...71.2141P. PMC 388403Acessível livremente. PMID 4525324. doi:10.1073/pnas.71.5.2141 
  131. Doniol-Valcroze, T. (2008). Habitat selection and niche characteristics of rorqual whales in the northern Gulf of St. Lawrence (Canada) (PhD). Montreal, Canada: McGill University 
  132. Friedlaender, A. S.; Goldbogen, J. A.; Hazen, E. L.; Calambokidis, J.; Southall, B. L. (2015). «Feeding performance by sympatric blue and fin whales exploiting a common prey resource». Marine Mammal Science. 31 (1): 345–354. doi:10.1111/mms.12134 
  133. Fossette, S.; Abrahms, B.; Hazen, E. L.; Bograd, S. J.; Zilliacus, K. M.; Calambokidis, J.; Burrows, J. A.; Goldbogen, J. A.; Harvey, J. T.; Marinovic, B.; Tershy, B.; Croll, D. A. (2017). «Resource partitioning facilitates coexistence in sympatric cetaceans in the California Current». Ecology and Evolution. 7 (1): 9085–9097. PMC 5677487Acessível livremente. PMID 29152200. doi:10.1002/ece3.3409 
  134. Santora, J. A.; Reiss, C. S.; Loeb, V. J.; Veit, R. R. (2010). «Spatial association between hotspots of baleen whales and demographic patterns of Antarctic krill Euphausia superba suggests size-dependent predation». Marine Ecology Progress Series. 405: 255–269. Bibcode:2010MEPS..405..255S. doi:10.3354/meps08513 
  135. Schmitt, F. P.; de Jong, C.; Winter, F. H. (1980). Thomas Welcome Roys: America's Pioneer of Modern Whaling. Newport News, VA: Imprensa da Universidade de Virgínia 
  136. Reeves, R. R.; Barto, M. F. (1985). «Whaling in the Bay of Fundy». Whalewatcher. 19: 14–18 
  137. Zemsky, V. A.; Sazhinov, E. G. (1982). Donahue, M. A.; Brownell, R. L. Jr., eds. Distribution and abundance of the pygmy blue whale. National Marine Fisheries Service, Southwest Fisheries Science Center Administrative Report (Relatório). p. 20 
  138. Yablokov, A. V. (1994). «Validity of whaling data». Nature. 367 (6459): 108. Bibcode:1994Natur.367..108Y. doi:10.1038/367108a0 
  139. Zemsky, V. A.; Berzin, A. A.; Mikhaliev, Y. A.; Tormosov, D. D. (1995). «Soviet Antarctic pelagic whaling after WWII: review of actual catch data». Report of the International Whaling Commission. 45: 131–135 
  140. Zemsky, V. A.; Berzin, A. A.; Mikhaliev, Y. A.; Tormosov, D. D. (1995). Antarctic whaling data (1947–1972) (Relatório). Moscow, Russia: Center for Russian Environmental Policy. p. 320 
  141. Gambell, R. (1979). «The blue whale». Biologist. 26: 209–215 
  142. Best, P. B. (1993). «Increase rates in severely depleted stocks of baleen whales». ICES J. Mar. Sci. 50 (2): 169–186. doi:10.1006/jmsc.1993.1018 
  143. Sigurjónsson, J. (1988). «Operational factors of the Icelandic large whale fishery». Reports of the International Whaling Commission. 38: 327–333 
  144. «Part 17 – Conservation of Endangered Species and Other Fish or Wildlife (First List of Endangered Foreign Fish and Wildlife as Appendix A)» (PDF). U.S. Fish & Wildlife Service. 2 de junho de 1970. Consultado em 24 de dezembro de 2019 
  145. «The Marine Mammal Protection Act of 1972 As Amended» (PDF). NOAA's National Marine Fisheries Service. 2015. Consultado em 24 de dezembro de 2019. Arquivado do original (PDF) em 21 de fevereiro de 2019 
  146. «Appendices». Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora. 26 de novembro de 2019. Consultado em 24 de dezembro de 2019 
  147. «Convention on the Conservation of Migratory Species of Wild Animals» (PDF). United Nations Environment Programme. 23 de junho de 1979. Consultado em 24 de dezembro de 2019. Arquivado do original (PDF) em 2 de maio de 2020 
  148. Samaran, F.; Stafford, K. M.; Branch, T. A.; Gedamke, J.; Royer, Y.-J.; Dziak, R. P.; Guinet, C. (2013). «Seasonal and geographic variation of southern blue whale subspecies in the Indian Ocean». PLOS ONE. 8 (8): e71561. Bibcode:2013PLoSO...871561S. PMC 3742792Acessível livremente. PMID 23967221. doi:10.1371/journal.pone.0071561 
  149. «Blue Whale». International Union for Conservation. 6 de dezembro de 2018. Consultado em 24 de dezembro de 2019 

Ligações externas

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
Commons Imagens e media no Commons
Wikispecies Diretório no Wikispecies