Gnu-de-cauda-preta

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Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Artiodactyla
Família: Bovidae
Gênero: Connochaetes
Espécie: C. taurinus
Nome binomial
Connochaetes taurinus
(Burchell, 1823)
Distribuição geográfica

O gnu-azul (Connochaetes taurinus) é uma das duas espécies de gnu, encontrada no Leste e Sul da África e contando com pelagem cinzenta, mas face e a cauda negras.

Taxonomia e etimologia

O gnu azul foi descrito pela primeira vez pelo naturalista inglês William John Burchell em 1823[2] e ele deu-lhe o nome científico Connochaetes taurinus. Ele compartilha o género Connochaetes com o gnu-preto (C. gnou), e é colocado na família dos bovídeos, ruminantes com cascos fendidos.[3] O nome genérico Connochaetes deriva das palavras gregas κόννος, konnos, "barba", e χαίτη, khaite, "cabelos soltos", "juba".[4] O nome específico taurinus tem origem na palavra grega tauros, que significa um touro ou boi.[5] O nome comum "gnu-azul" refere-se ao notável brilho, azul-prateado do casaco[6], enquanto o nome alternativo "gnu" origina do nome para estes animais usados ​​pelo povo Khoikhoi, uma tribo de pastores nativo do sudoeste da África.[7]

Embora o gnu-azul e o preto estejam atualmente classificados no mesmo gênero, o primeiro foi previamente colocado em um gênero separado, Gorgon. Em um estudo dos cromossomos mitóticos e mtDNA que foi realizado para entender mais sobre as relações evolutivas entre as duas espécies, constatou-se que os dois tiveram uma relação filogenética próxima e divergiram cerca de um milhão de anos atrás.[8]

Subespécies

O gnu-azul possui cinco subespécies:[1][9][10]

  • C. t. albojubatus (Thomas, 1912), é encontrada no Vale Gregory Rift (ao sul do Equador). Sua ocorrência se estende do norte da Tanzânia ao Quênia central.
  • C. t. cooksoni (Blaine, 1914), é restrita ao vale do Luangwa na Zâmbia. As vezes esses animais podem vagar pelas regiões de platô, no centro de Malawi.
  • C. t. johnstoni (Sclater, 1896), ocorre de Moçambique (norte do Rio Zambezi) até o centro-leste da Tanzânia. Essa subespécie está extinta em Malawi.
  • C. t. mearnsi (Heller, 1913), é encontrada no norte da Tanzânia e sul do Quênia. Seu alcance se estende do oeste do Vale Gregory Rift ao Lago Vitória no Golfo de Speke.
  • C. t. taurinus (Burchell, 1823) é encontrada no sul da África. Seu alcance se estende desde a Namíbia e África do Sul a Moçambique (norte do Rio Orange) e do sudoeste da Zâmbia (sul do rio Zambeze) até o sul de Angola.

Referências

  1. a b IUCN SSC Antelope Specialist Group (2008). Connochaetes taurinus (em inglês). IUCN {{{anoIUCN1}}}. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. {{{anoIUCN1}}}. Página visitada em 5 de abril de 2015..
  2. Pickering, J. (Outubro de 1997). «William J. Burchell's South African mammal collection, 1810–1815». Archives of Natural History. 24 (3): 311–26. ISSN 0260-9541. doi:10.3366/anh.1997.24.3.311 
  3. Grubb, Peter (2005). «Order Artiodactyla». In: Wilson, D. E.; Reeder, D. M. Mammal Species of the World 3ª ed. [S.l.]: Johns Hopkins University Press. p. 676. ISBN 978-0-8018-8221-0 
  4. Benirschke, K. «Wildebeest, Gnu». Comparative Placentation. Consultado em 6 de setembro de 2014 
  5. «Taurus». Encyclopaedia Britannica. Merriam-Webster. 
  6. Estes, Richard (2004). The Behavior Guide to African Mammals : Including Hoofed Mammals, Carnivores, Primates 4ª ed. [S.l.]: University of California Press. p. 150–156. ISBN 0-520-08085-8 
  7. «Wildebeest». Sheppard Software. Consultado em 6 de setembro de 2014 
  8. Corbet, S.W.; Robinson, T.J. (1991). «Genetic divergence in South African Wildebeest: comparative cytogenetics and analysis of mitochondrial DNA». The Journal of Heredity. 82 (6): 447–452. PMID 1795096 
  9. «Zambezian and Mopane woodlands». Terrestrial Ecoregions. World Wildlife Fund. Consultado em 5 de abril de 2015 
  10. «Connochaetes taurinus». ITIS. Consultado em 5 de abril de 2015 
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