Paroxetina

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Paroxetina
Alerta sobre risco à saúde
Ficheiro:PonderaEurofarma.JPG
Nome IUPAC (3S,4R)-3-[(2H-1,3-benzodioxol-5-yloxy)methyl]-4-(4-fluorophenyl)piperidine
Identificadores
Número CAS 61869-08-7
PubChem 43815
DrugBank APRD00364
ChemSpider 39888
Código ATC N06AB05
Propriedades
Fórmula química C19H20FNO3
Massa molar 329.35 g mol-1
Farmacologia
Via(s) de administração oral
Metabolismo Extenso metabolismo hepático
Meia-vida biológica 3 a 65 horas (média 24 h)
Ligação plasmática 93–95%
Excreção renal e biliar
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedades n, εr, etc.
Dados termodinâmicos Phase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectrais UV, IV, RMN, EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.

Paroxetina ou cloridrato de paroxetina é um potente antidepressivo inibidor seletivo da recaptação da serotonina (ISRS). Além dos transtornos depressivos a paroxetina tem sido empregada nos distúrbios em que, supostamente, há uma influência serotonérgica como no transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno do pânico. Também pode ser empregada no Transtorno de Ansiedade Social, Transtorno de estresse pós-traumático, Transtorno de ansiedade generalizada e sintomas vasomotores relacionados à síndrome climatérica em mulheres.

A potência antidepressiva da paroxetina é equivalente ao dos antidepressivos tricíclicos com a vantagem de produzir menos efeitos colaterais, equivalendo-se também às demais medicações do mesmo grupo como a sertralina, a fluoxetina e a fluvoxamina. É associada a ganho de peso, e descontinuação brusca do tratamento pode causar síndrome de retirada da paroxetina. É o único ISRS associado a riscos de má formação fetal.

Estudos longitudinais de um ano sugerem que há um efeito preventivo de recaída da depressão proporcionado pela paroxetina. Nos idosos a paroxetina apresentou o mesmo desempenho das medicações equivalentes. No pânico mostrou-se tão potente quanto a clomipramina. Durante o intervalo de um ano (tempo de duração do estudo em questão) a paroxetina não perdeu a eficácia como antidepressivo.

Outros transtornos em que tem se verificado a eficácia da paroxetina são: fobia social, tensão pré-menstrual e dor de cabeça crônica. Com a paroxetina há menos desistências do tratamento por causa dos efeitos colaterais quando comparado aos antidepressivos tricíclicos.

Precauções ao uso de Paroxetina

Durante a terapia com paroxetina o paciente deve ser acompanhado por especialista da área da saúde, sobretudo nos meses iniciais do tratamento. O uso da paroxetina vem sendo associado, em alguns estudos, a uma maior propensão de suicídios.[1][2][3] Por esse motivo também não é aconselhado o seu uso a menores de 18 anos (excepto em casos muito específicos) pois os riscos de suicídio são relativamente elevados em pacientes jovens.

Não deve ser administrado durante a gestação. Estudos conduzidos pelo FDA alertam para um risco aumentado de malformações congênitas de fetos em mulheres grávidas submetidas ao tratamento por paroxetina.

Usuários de paroxetina não podem parar e retomar o tratamento mais do que poucos dias de intervalo entre as dosagens pois a paroxetina perde o efeito se parado o tratamento por um tempo significativo e então retomado, tornando necessária a espera novamente de umas 2 a 3 semanas para efeito do medicamento

Interações

A pravastatina interage com a paroxetina elevando o nível de açúcar no sangue.[4]

Não deve ser administrado sob nenhuma circunstância a tranilcipromina ou equivalente dentro de um período de 2 semanas depois de suspenso o cloridrato de paroxetina.

Fármacos que alterem o metabolismo hepático, cimetidina, digoxina, prociclidina, outros antidepressivos e álcool podem interagir com o medicamento.

Laboratórios fabricantes de genéricos (Brasil)

Cloridrato de Paroxetina - medicamento genérico

Classificação

Nomes comerciais

Efeitos Colaterais

Geralmente os efeitos colaterais estão mais presentes durante as primeiras 1-4 semanas enquanto o corpo se adapta à droga. Quase todos os ISRSs são conhecidos por causar um ou mais destes sintomas. Uma pessoa recebendo tratamento com paroxetina pode ter alguns, todos ou nenhum dos efeitos colaterais, e a maioria dos efeitos colaterais irão desaparecer ou diminuir com o tratamento contínuo.

  • Náusea (15-24%)
  • Diarreia (10-15%)
  • Constipação (10-15%)
  • Boca seca (15-20%)
  • Sonolência (20-25%)
  • Insônia (11-24%)
  • Cefaleia (17%)
  • Perda de apetite (5-10%)
  • Hipomania (0,3-2,3%
  • Ansiedade
  • Astenia
  • Tremores
  • Disfunção sexual * Sudorese

Indivíduos que apresentem qualquer um dos seguintes sintomas devem procurar um médico imediatamente:

  • Espasmos musculares da mandíbula, pescoço ou nas costas
  • Febre, frio, suar frio, ou sintomas de gripe
  • Amarelamento da pele ou dos olhos
  • Fezes pretas, escuras

Referências

  1. «Diário de Notícias - Sociedade». DN Online. 23 de agosto de 2005. Consultado em 6 de março de 2008 
  2. «Empresa esconde risco de suicídio em medicamento». Terra. 6 de março de 2008. Consultado em 6 de março de 2008 
  3. Tiihonen, Jari, MD, PhD;; Jouko Lönnqvist, MD, PhD; Kristian Wahlbeck, MD, PhD; Timo Klaukka, MD, PhD; Antti Tanskanen, PhLic; Jari Haukka, PhD (2006). «Antidepressants and the Risk of Suicide, Attempted Suicide, and Overall Mortality in a Nationwide Cohort». Archives of General Psychiatry; vol. 63. pp. 1358–1367. PMID 17146010. Consultado em 07-03-2008, 16:12  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  4. NORONHA, Taís. Antidepressivo e anticolesterol, se utilizados juntos, provocam hiperglicemia. Conselho Regional de Farmácia, 27 de maio de 2011. Disponível em: <http://www.crfsp.org.br/joomla/index.php?option=com_content&view=article&id=2645:interacao-medicamentosa&catid=40:noticias&Itemid=87>. Acesso em 28 de maio de 2011.

Ligações externas