Paroxetina
Paroxetina Alerta sobre risco à saúde | |
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Ficheiro:PonderaEurofarma.JPG | |
Nome IUPAC | (3S,4R)-3-[(2H-1,3-benzodioxol-5-yloxy)methyl]-4-(4-fluorophenyl)piperidine |
Identificadores | |
Número CAS | |
PubChem | |
DrugBank | APRD00364 |
ChemSpider | |
Código ATC | N06 |
Propriedades | |
Fórmula química | C19H20FNO3 |
Massa molar | 329.35 g mol-1 |
Farmacologia | |
Via(s) de administração | oral |
Metabolismo | Extenso metabolismo hepático |
Meia-vida biológica | 3 a 65 horas (média 24 h) |
Ligação plasmática | 93–95% |
Excreção | renal e biliar |
Página de dados suplementares | |
Estrutura e propriedades | n, εr, etc. |
Dados termodinâmicos | Phase behaviour Solid, liquid, gas |
Dados espectrais | UV, IV, RMN, EM |
Exceto onde denotado, os dados referem-se a materiais sob condições normais de temperatura e pressão Referências e avisos gerais sobre esta caixa. Alerta sobre risco à saúde. |
Paroxetina ou cloridrato de paroxetina é um potente antidepressivo inibidor seletivo da recaptação da serotonina (ISRS). Além dos transtornos depressivos a paroxetina tem sido empregada nos distúrbios em que, supostamente, há uma influência serotonérgica como no transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno do pânico. Também pode ser empregada no Transtorno de Ansiedade Social, Transtorno de estresse pós-traumático, Transtorno de ansiedade generalizada e sintomas vasomotores relacionados à síndrome climatérica em mulheres.
A potência antidepressiva da paroxetina é equivalente ao dos antidepressivos tricíclicos com a vantagem de produzir menos efeitos colaterais, equivalendo-se também às demais medicações do mesmo grupo como a sertralina, a fluoxetina e a fluvoxamina. É associada a ganho de peso, e descontinuação brusca do tratamento pode causar síndrome de retirada da paroxetina. É o único ISRS associado a riscos de má formação fetal.
Estudos longitudinais de um ano sugerem que há um efeito preventivo de recaída da depressão proporcionado pela paroxetina. Nos idosos a paroxetina apresentou o mesmo desempenho das medicações equivalentes. No pânico mostrou-se tão potente quanto a clomipramina. Durante o intervalo de um ano (tempo de duração do estudo em questão) a paroxetina não perdeu a eficácia como antidepressivo.
Outros transtornos em que tem se verificado a eficácia da paroxetina são: fobia social, tensão pré-menstrual e dor de cabeça crônica. Com a paroxetina há menos desistências do tratamento por causa dos efeitos colaterais quando comparado aos antidepressivos tricíclicos.
Precauções ao uso de Paroxetina
Durante a terapia com paroxetina o paciente deve ser acompanhado por especialista da área da saúde, sobretudo nos meses iniciais do tratamento. O uso da paroxetina vem sendo associado, em alguns estudos, a uma maior propensão de suicídios.[1][2][3] Por esse motivo também não é aconselhado o seu uso a menores de 18 anos (excepto em casos muito específicos) pois os riscos de suicídio são relativamente elevados em pacientes jovens.
Não deve ser administrado durante a gestação. Estudos conduzidos pelo FDA alertam para um risco aumentado de malformações congênitas de fetos em mulheres grávidas submetidas ao tratamento por paroxetina.
Usuários de paroxetina não podem parar e retomar o tratamento mais do que poucos dias de intervalo entre as dosagens pois a paroxetina perde o efeito se parado o tratamento por um tempo significativo e então retomado, tornando necessária a espera novamente de umas 2 a 3 semanas para efeito do medicamento
Interações
A pravastatina interage com a paroxetina elevando o nível de açúcar no sangue.[4]
Não deve ser administrado sob nenhuma circunstância a tranilcipromina ou equivalente dentro de um período de 2 semanas depois de suspenso o cloridrato de paroxetina.
Fármacos que alterem o metabolismo hepático, cimetidina, digoxina, prociclidina, outros antidepressivos e álcool podem interagir com o medicamento.
Laboratórios fabricantes de genéricos (Brasil)
Cloridrato de Paroxetina - medicamento genérico
- Arrow
- Aché Biossintética
- Hypermarcas Brainfarma
- Eurofarma
- Hypermarcas Farmasa
- Sanofi - Medley
- Germed
- Mepha
- Merck
- Ranbaxy
- Zydus
- União Química
- Medley
Classificação
Nomes comerciais
- Deeplin, Moratus, Cebrilin, Arotin, Benepax, Paxan, Paxtrat, Pondera e Roxetin Paroxetina (genérico) no Brasil
- Aropax ou Oxetine em Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Argentina e Brasil
- Aroxat ou Aroxat CR no Chile
- Deroxat na Suíça e França
- Motivan e Paroxetina em Espanha
- Optipar na Finlândia
- Paroxat na Alemanha e Hungria
- Paxil or Paxil CR nos Estados Unidos, Canadá, México, Argentina, Brasil, Japão e Venezuela,
- Seroxat na Áustria, Bélgica, Egipto, Finlândia, Islândia, Suécia, Noruega, Grécia, Israel, Países Baixos, Polónia, Portugal, Singapura, Espanha, Turquia, Reino Unido, China e Coreia do Sul
- Sereupin na Itália
- Posivil no Chile
- Pexot, Paraxyle e Plasare no Paquistão
Efeitos Colaterais
Geralmente os efeitos colaterais estão mais presentes durante as primeiras 1-4 semanas enquanto o corpo se adapta à droga. Quase todos os ISRSs são conhecidos por causar um ou mais destes sintomas. Uma pessoa recebendo tratamento com paroxetina pode ter alguns, todos ou nenhum dos efeitos colaterais, e a maioria dos efeitos colaterais irão desaparecer ou diminuir com o tratamento contínuo.
- Náusea (15-24%)
- Diarreia (10-15%)
- Constipação (10-15%)
- Boca seca (15-20%)
- Sonolência (20-25%)
- Insônia (11-24%)
- Cefaleia (17%)
- Perda de apetite (5-10%)
- Hipomania (0,3-2,3%
- Ansiedade
- Astenia
- Tremores
- Disfunção sexual * Sudorese
Indivíduos que apresentem qualquer um dos seguintes sintomas devem procurar um médico imediatamente:
- Espasmos musculares da mandíbula, pescoço ou nas costas
- Febre, frio, suar frio, ou sintomas de gripe
- Amarelamento da pele ou dos olhos
- Fezes pretas, escuras
Referências
- ↑ «Diário de Notícias - Sociedade». DN Online. 23 de agosto de 2005. Consultado em 6 de março de 2008
- ↑ «Empresa esconde risco de suicídio em medicamento». Terra. 6 de março de 2008. Consultado em 6 de março de 2008
- ↑ Tiihonen, Jari, MD, PhD;; Jouko Lönnqvist, MD, PhD; Kristian Wahlbeck, MD, PhD; Timo Klaukka, MD, PhD; Antti Tanskanen, PhLic; Jari Haukka, PhD (2006). «Antidepressants and the Risk of Suicide, Attempted Suicide, and Overall Mortality in a Nationwide Cohort». Archives of General Psychiatry; vol. 63. pp. 1358–1367. PMID 17146010. Consultado em 07-03-2008, 16:12 Verifique data em:
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(ajuda) - ↑ NORONHA, Taís. Antidepressivo e anticolesterol, se utilizados juntos, provocam hiperglicemia. Conselho Regional de Farmácia, 27 de maio de 2011. Disponível em: <http://www.crfsp.org.br/joomla/index.php?option=com_content&view=article&id=2645:interacao-medicamentosa&catid=40:noticias&Itemid=87>. Acesso em 28 de maio de 2011.