Bisonte-europeu
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Bisonte-europeu | |||||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||||
![]() Vulnerável (IUCN 3.1) [1] | |||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||
Bison bonasus (Linnaeus, 1758) | |||||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||||
![]() Distribuição geográfica do bisão-europeu.
Pré-história Tempos históricos Atual | |||||||||||||||||
Subespécies | |||||||||||||||||
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O bisonte-europeu, bisão-europeu (Bison bonasus) também chamado de wisent em inglês, é uma das duas espécies existentes de bisões, junto com o bisão americano. Três subespécies existiram em um passados recente, porém apenas uma sobrevive nos dias hoje. A espécie é, teoricamente, descendente de um híbrido entre um auroque e um bisonte-da-estepe. Alternativamente, o bisão do bosque do pleistoceno foi sugerido como o antepassado da espécie.
Em 1996, a União Internacional para a Conservação da Natureza classificou o bisão europeu como uma espécie Em Perigo de extinção, porém atualmente é considerada uma espécie Vulnerável. No passado, especialmente durante a Idade média, foi comummente caçado e morto por sua pele e chifres que eram usados como recipientes para armazenamento de bebidas.
Etimologia[editar | editar código-fonte]
A palavra em inglês wisent foi empregada no século XIX a partir do alemão [vizent], enquanto a palavra bisão foi utilizada em torno do 1611 proveniente do latin bisõn.[2]
Descrição[editar | editar código-fonte]

O bisão europeu é o maior animal terrestre remanescente da Europa, um macho adulto típico possuí cerca de 2,1 a 3,5 metros de comprimento, com a cauda tendo entre 30 e 80 cm de comprimento e aproximadamente 1,60 a 1,95 m de altura no ombro. Quando nascem os bezerros são bastante pequenos, com um peso de 15 a 35 kg, um adulto normalmente pesa entre 400 a 920 kg, com uma média mais comum de 634 kg para os machos e 424 kg para as fêmeas, grandes bisões europeus machos no entanto podem pesar até 1.000 kg ou mais.
Embora superficialmente semelhantes, várias diferenças físicas e comportamentais são observadas entre o bisão europeu e o bisão americano. O bisão europeu possuí 14 pares de costelas, enquanto que o americano tem 15, além disso o bisão europeu é em média mais alto e tem pernas mais longas que seus parentes americanos e tendem a se deslocar mais e a pastar menos, pois seus pescoços são definidos de forma diferente, bisontes europeus possuem também uma pelagem mais curta na região do pescoço, cabeça e nos quartos dianteiros, e uma cauda e chifres mais longos que são mais propensos para lutas através do encravamento de chifres da mesma maneira que o gado doméstico faz, e diferente do bisão americano.
Quase extinção[editar | editar código-fonte]
O bisonte, na antiguidade, habitava uma vasta área que se estendia desde as ilhas Britânicas e a Península Ibérica à Sibéria Ocidental e da Escandinávia ao Cáucaso e noroeste do Irã. Alguns deles foram utilizados no Coliseu de Roma, onde enfrentavam gladiadores ou mesmo outros animais como leões e ursos. Porém, devido à ação humana em seu habitat, sua distribuição foi diminuindo ao longo da história, chegando no começo do século XX à beira da extinção.
No século XII, já se encontravam extintos em quase toda a Europa Ocidental, sobrevivendo apenas nas Ardenas, aonde viveram até meados do século XIV. No leste, os bisontes viviam sob a proteção de alguns soberanos locais, tais como reis poloneses, cãs tártaros, príncipes lituanos e czares russos. Em meados do século XV, o rei Sigismundo, o Velho da Polônia instituiu pena de morte para a caça do bisão. Apenas os nobres podiam caçar o bisão, o que lhe assegurou, por um bom tempo, uma sobrevivência aceitável na Europa Oriental.

Na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), muitos dos bisontes ainda restantes foram mortos para alimentar os soldados na frente de batalha. Em 1919, o último bisão selvagem na Polônia foi morto, e, em 1927, o último bisonte selvagem no mundo foi morto por caçadores no Cáucaso Ocidental. Naquela época, restavam menos de 50 indivíduos, todos em zoológicos.
A partir de 1951, foram reintroduzidos com sucesso alguns bisontes criados em cativeiro. São encontradas manadas livres no Cáucaso Ocidental na Rússia e no Parque Nacional Bialowieza na Polônia, Bielorússia e Ucrânia. Zoológicos em 30 países também têm alguns indivíduos. Em 2000, havia 3 000 indivíduos, todos descendentes de apenas 12 indivíduos. Devido à seu limitado patrimônio genético, eles são considerados extremamente vulneráveis a doenças.
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ Olech, W. (IUCN SSC Bison Specialist Group) ({{{ano}}}). Bison bonasus (em Inglês). IUCN 2015. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN de 2015 . . Página visitada em 06 de dezembro de 2015..
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 201.