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Protestos contra o governo Dilma Rousseff: diferenças entre revisões

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Revisão das 01h31min de 18 de março de 2015

Protestos de 15 de março de 2015 no Brasil

Manifestantes na Avenida Paulista, no Congresso Nacional e na Praia de Copacabana.
Período 15 de março de 2015
Local  Brasil — 160 cidades de 26 estados e Distrito Federal[1]
Internacional — 6 cidades[2][3]
Situação Encerrado
Causas  • Governo Dilma Rousseff[4]
 • Escândalo da Petrobrás[5]
 • Corrupção[6]
 • Baixo crescimento econômico[5]
 • Medidas de ajuste fiscal[5]
 • Descaso com o dinheiro público[7]
Objetivos  • Fim da corrupção[8]
 • Impeachment ou renúncia de Dilma Rousseff[9]
 • Prisão dos responsáveis pelo Petrolão[8]
 • Reforma política[7]
 • Intervenção militar[8]
Participantes do protesto
Governo Federal Opositores de Dilma
  • Movimento Brasil Livre[10]

  • Revoltados Online[11]


  • Partidos de de oposição[13]
Líderes
Dilma Rousseff Movimento Brasil Livre
  • Fábio Ostermann
  • Kim Kataguiri[14]

Revoltados Online


Vem pra Rua

  • Rogério Chequer[14]

Partidos simpatizantes:

Manifestantes
Disputado:
1 400 000 — 2 400 000
(estimativa das polícias)[15][16]
3 000 000
(est. dos organizadores)[16]
Presos e feridos
20 presos[17]
3 feridos[18][19]

Os protestos de 15 de março de 2015 foram manifestações populares que ocorreram em diversas regiões do Brasil com os objetivos principais de protestar contra o Governo Dilma Rousseff e a corrupção.[20][21][22] Foi considerado a maior mobilização no país desde o início da Nova República.[23][24]

Antecedentes

Em 2015, a aprovação da presidente e o governo Dilma Rousseff caiu para baixas históricas. Segundo uma pesquisa feita pelo Datafolha em fevereiro de 2015, revelou que a aprovação de Dilma caiu dezenove pontos percentuais, indo a 23% de ótimo ou bom e 44% de ruim ou péssimo,[25] os resultados vêm em meio à combinação do escândalo de corrupção na Petrobras, da piora da economia brasileira, aumento do desemprego, alta da inflação e desvalorização do real.[17]

Em março, o Supremo Tribunal Federal decidiu que seriam investigados cerca de cinquenta políticos supostamente envolvidos no esquema de corrupção alvo da Operação Lava Jato, a maioria pertencente a partidos aliados do governo.[10]

Os brasileiros da classe A afirmam que Dilma não é capaz de gerir a economia, enquanto a classe média sente-se traída desde que ela passou a anunciar medidas contrárias às defendidas durante a campanha de 2014.[17][26]

Protestos

Movimentos

Segundo o jornal Folha de São Paulo, o Movimento Brasil Livre (MBL) é o principal grupo convocador das manifestações.[27] O MBL é sediado na cidade de São Paulo e defende o impeachment da presidente.[28] Em manifesto publicado na internet, o MBL cita seus cinco objetivos: "imprensa livre e independente, liberdade econômica, separação de poderes, eleições livres e idôneas e fim de subsídios diretos e indiretos a ditaduras".[29] A revista Carta Capital afirma que o bilionário David Koch financia o MBL.[27] Os coordenadores nacionais do grupo negam que sejam financiados por grandes empresários e declararam que dependem de doações feitas pela internet.[28]

O Revoltados Online foi fundado em 2004 com o objetivo de "rastrear pedófilos".[30] O grupo tem como seu ícone o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) e considera o impeachment da presidente Dilma e do vice, Michel Temer, sua principal bandeira.[31] O Revoltados Online financia-se vendendo um "kit pró-impeachment".[31]

O Vem pra Rua é considerado o mais moderado ideologicamente e não defende o impeachment ou uma intervenção militar.[32][33] O grupo foi fundado em setembro de 2014 e declarou apoio ao candidato Aécio Neves na eleição presidencial no Brasil em 2014.[14] Segundo o coordenador do movimento, Rogério Chequer, "a maioria dos brasileiros que está indo para as ruas não conhece as peculiaridades do processo, mas usa o impeachment como um pedido de “basta” para que o Governo pare de sangrar os recursos do país. Esse pedido de “basta” se identifica com o movimento, desde sua origem".[32]

Data escolhida

As manifestações foram marcadas para ocorrerem no trigésimo aniversário da redemocratização.[17] Em 15 de março de 1985, Tancredo Neves tomaria posse como o primeiro civil presidente do Brasil após a ditadura militar.[34] Porém, Tancredo adoeceu gravemente e seu vice, José Sarney, foi empossado.[34] Um mês depois, em 21 de abril, Tancredo faleceu vítima de infecção generalizada e Sarney permaneceu na presidência até 15 de março de 1990.[35] Nesta mesma data, tomaram posse presidentes da República durante o regime militar, como Artur da Costa e Silva (1967), Ernesto Geisel (1974) e João Figueiredo (1979).[34]

Os movimentos Brasil Livre e Vem Pra Rua afirmaram que a data dos protestos não foi escolhida por esse motivo.[34] Para Rosana Schwartz, socióloga e professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie, "a escolha do 15 de março não foi por esse motivo, tem uma série de questões que levaram a ele. No dia 13 de março ocorreram as manifestações pró-Dilma, teve de ser no dia 15 de março porque, se passasse muito tempo, acalmaria o furor".[34]

Disposição geográfica

Ocorreram protestos em todos os estados brasileiros e em ao menos 160 cidades.[17][1] Os estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro registraram as maiores adesões, enquanto outros estados, como os do Norte e Nordeste, tiveram menor índice de participação.[23] Também foram registrados protestos em Buenos Aires, Londres, Lisboa, Miami, Montreal e Nova York.[36][37][38] As estimativas totais de participantes variam. Enquanto as polícias militares estimam entre 1 400 000 e 2 400 000, os organizadores afirmam que estiveram presentes 3 000 000 de pessoas.[16][15]

Às 15h40, a Polícia Militar do Estado de São Paulo estimou que estavam presentes 1 000 000 de manifestantes na Avenida Paulista e ruas adjacentes.[39] O Datafolha, usando metodologia própria, calculou em 210 mil, mas ressaltou que foi a maior manifestação política na capital paulista desde as Diretas Já.[40] O instituto não considerou as pessoas presentes nas adjacências da Avenida Paulista.[41]

Cidades com o maior número de manifestantes

A tabela abaixo lista as dez cidades brasileiras que tiveram as maiores manifestações.

Cidade Estado Manifestantes
São Paulo São Paulo 210 000 — 1 000 000[40]
Vitória Espírito Santo 100 000 — 120 000[42]
Porto Alegre Rio Grande do Sul 100 000 — 110 000[43]
Curitiba Paraná 80 000 — 100 000[44]
Goiânia Goiás 60 000 — 150 000[45][16]
Caxias do Sul Rio Grande do Sul 60 000 — 100 000[46][16]
Brasília Distrito Federal 45 000 — 80 000[47][16]
Belém Pará 45 000 — 60 000[48]
Campo Grande Mato Grosso do Sul 32 000 — 100 000[49]
Rio de Janeiro Rio de Janeiro 15 000 — 100 000[50]

Objetivos

O discurso dominante entre os manifestantes pedia o impeachment da presidente Dilma e responsabilizavam o Partido dos Trabalhadores (PT) pelo escândalo de corrupção na Petrobrás.[51] Algumas manifestações defendiam uma intervenção militar, a despeito do fato de que, segundo a Constituição, "constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático".[1]

Comportamento

Muitos manifestantes vestiam roupas com as cores da Bandeira do Brasil e camisetas da seleção brasileira de futebol.[10] Em São Paulo, manifestantes tiraram selfies com policiais do Batalhão de Choque da polícia militar.[52]

Participação de caminhoneiros

Na cidade de São Paulo, um grupo de cerca de quarenta caminhoneiros também se juntou a manifestação. Segundo o Comando Nacional do Transporte, não houve endosso da ação. Eles seguiram para a Avenida Paulista e posteriormente desceram a Avenida Consolação, paralisando parcialmente o trânsito.[53]

Análise

Em 17 de março, o Datafolha divulgou uma pesquisa feita durante as manifestações na Avenida Paulista.[54] O instituto entrevistou 432 manifestantes.[54] Destes, 47% foram protestar contra a corrupção, 27% pelo imepeachment de Dilma, 20% contra o Partido dos Trabalhadores e 14% contra os políticos.[54] A democracia foi amplamente defendida, sendo que 85% consideram que "a democracia é sempre melhor". Outros 10% acham que "em certas circunstâncias, é melhor uma ditadura" e 3% são indiferentes.[54]

Segundo a pesquisa a mesma pesquisa do Datafolha, mais de 80% dos manifestantes votaram em Aécio Neves no segundo turno da eleição de 2014.[54] Quase 40% preferem o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).[54] Para 90%, Dilma "sabia da corrupção da Petrobrás, mas deixou ocorrer", e 9% acreditam que "ela sabia da corrupção, mas nada poderia fazer".[54] Quanto à aprovação da presidente, 96% dos entrevistados avaliam o governo como ruim ou péssimo e 3% como regular.[54] Sobre a aprovação do Congresso Nacional, 77% consideram ruim ou péssimo, 19% avaliam como regular e 3% como ótimo ou bom.[54]

Em Porto Alegre, os institutos Índex e Amostra entrevistaram 1 176 manifestantes.[7] Na pesquisa do Índex, 60,1% responderam que o maior problema do país é a corrupção, 8,6% a administração pública, 6% a saúde e 5,7% a educação.[7] A maior decepção dos manifestantes, de acordo com o Índex, são com a classe política (56,8%), o PT (44%), a presidente Dilma (28,5%) e a base aliada (18,5%).[7] Na pesquisa do Amostra, os motivos principais que levaram os entrevistados a participar do protesto foram o combate à corrupção (43,8%) e o descontentamento com o governo (21%).[7] Quanto ao impeachment de Dilma, 66,3% declararam serem favoráveis e 29,8% contrários.[7] O perfil dos entrevistados, tanto na pesquisa do Índex quanto na do Amostra, indicaram que mais de 65% possuem renda superior a seis salários mínimos e mais de 68% dos entrevistados tem Ensino Superior completo.[7]

Resposta governamental

Os ministros José Eduardo Cardozo e Miguel Rossetto falaram sobre os protestos em 15 de março.
Dilma Rousseff concede entrevista coletiva no Palácio do Planalto em 16 de março.

Em 11 de março, a página oficial de Dilma no Facebook publicou um texto defendendo o direito de manifestação. A presidente declarou que "Eu acredito que uma das maiores conquistas do nosso País foi a democracia. Assim sendo, não tenho o menor interesse, o menor intuito, nem tampouco o menor compromisso com qualquer processo de restrição à livre manifestação neste País."[55]

Durante o dia 15 de março, a presidente Dilma se reuniu com vários ministros no Palácio do Planalto. No início da noite, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, concederam uma entrevista coletiva para avaliar as manifestações.[56] Os ministros, que representavam a presidente, declararam que o governo anunciará um pacote de medidas de combate à corrupção.[56][57] Rossetto também destacou a importância da democracia e reiterou que não deve haver "manifestações autoritárias e fascistas".[58] Durante a fala, foram registrados "panelaços" em algumas cidades.[59]

Em 16 de março, os ministros José Eduardo Cardozo e Eduardo Braga afirmaram que o governo vai "ouvir" as manifestações com "humildade". Cardozo afirmou que "foi muito feliz o ministro Eduardo Braga em dizer que ouvir exige um ato de humildade e um ato de respeito. E o governo respeita e quer ouvi-las".[60] Dilma reiterou o pronunciamento dos ministros ao afirmar que "o governo irá sempre dialogar com manifestações das ruas... O sentimento tem de ser de humildade e firmeza", durante evento que sancionou o novo código de processo civil.[61]

Durante entrevista coletiva concedida no Palácio do Planalto em 16 de março, a presidente Dilma declarou que "ontem, quando eu vi centenas e milhares de cidadãos se manifestando, não pude deixar de pensar que valeu a pena lutar pela liberdade, valeu a pena lutar pela democracia. Este país está mais forte que nunca". Ela também reiterou que o governo irá "dialogar" com as manifestações e que pretende enviar ao Congresso Nacional medidas de combate à corrupção.[62] Na noite do mesmo dia, Dilma se reuniu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o presidente nacional do PT Rui Falcão para avaliar os protestos e definir as estratégias do governo.[63]

Em 17 de março, o ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o das Relações Institucionais, Pepe Vargas, apresentaram um pacote anti-corrupção a Renan Calheiros, presidente do Senado. As propostas do pacote serão encaminhadas pelo governo federal ao Congresso Nacional.[64]

Repercussão

Base aliada

Rui Falcão destacou que "todas as manifestações são legitimas, ajudam a consolidar e fortalecem a democracia do Brasil. Esses atos mostram que estamos vivendo em um País democrático. Neste sentido, o PT, como partido, não convoca atos, mas apoia. É legitimo que aqueles que discordam do governo e que têm críticas também saiam às ruas, assim como saem os que apoiam."[65] De saída do PT, a senadora Marta Suplicy (SP) criticou a presidente Dilma e defendeu o ato.[66]

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Sibá Machado (AC), sugeriu que a Central Intelligence Agency (CIA) tivesse coordenado as manifestações. No Facebook, em 14 de março, Sibá postou a seguinte mensagem: "Suspeita: Que a CIA esteja coordenando a Campanha pelo enfraquecimento dos governos da América do Sul 'não alinhados', tal como fizeram para instalar as Ditaduras Militar nos anos 60. A 'Orquestra é completa'!".[67][68]

Oposição

O senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, derrotado por Dilma na última eleição, disse que "impeachment não é golpe" e que "não torço para que isso ocorra [o impeachment]".[69][70] Aécio convocou a militância para protestar contra o governo, mas não foi às manifestações para evitar um "terceiro turno".[71][72] O líder do bloco da oposição no Senado, Álvaro Dias (PSDB-PR), afirmou que "a resposta do governo à maior mobilização popular de protesto da história da democracia brasileira é pífia, é insuficiente [...]".[73] O deputado federal Mendonça Filho, líder dos Democratas, postou no Twitter que "a manifestação aqui em São Paulo ecoa com muita força o grito de insatisfação com o Governo Dilma dado hoje no País inteiro [...]."[65]

O senador José Agripino (DEM-RN), através de um vídeo publicado no Facebook, declarou: "São 12h10 do domingo, dia 15. Estou na Esplanada dos Ministérios. Um movimento pacífico e ordeiro está acontecendo e os brasileiros estão vindo protestar contra a corrupção, protestar contra o governo, protestar em nome do Brasil, o Brasil que todos nós queremos."[65] O deputado Paulo Pereira da Silva destacou que "as manifestações de hoje só mostram que o Solidariedade tem razão. A Dilma não tem mais condições de dirigir o Brasil. É hora do impeachment."[65]

Outros políticos

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, declarou, através do Twitter, que são "corretíssimas as observações do ministro Rossetto sobre o erro daqueles que pedem o retorno dos militares. Seria um imenso retrocesso para o Brasil. O ministro Cardozo insiste num erro deliberado e frequente: o de insinuar que as iniciativas do MPF e da PF são impulsionadas pelo Governo. Num dia como o de hoje, achei um erro botar ministros de Estado para falar. O momento era para a Chefe de Estado se dirigir à Nação. Ponto."[65]

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), classificou como "ilegalidade" e "golpismo" a discussão sobre o impeachment da presidente. Para ele, "ela [Dilma] saiu desse processo eleitoral e não teve a percepção de que não teve hegemonia política. Não teve hegemonia eleitoral. Teve vitória eleitoral. Começou o segundo mandato em crise política achando que a simples nomeação para cargos públicos seria suficiente. Sabia que tinha que fazer ajuste fiscal, começou a propor, mas sem discutir antes as medidas, não só com aqueles que compõem a sua base, mas com a sociedade como um todo".[74]

Mídia internacional

O jornal britânico The Guardian chamou os protestos de "manifestações da direita" causadas por insatisfação crescente com a economia e com o escândalo de corrupção na Petrobras. O The Guardian também afirmou que os protestos reuniram pessoas "mais velhas, mais brancas e mais ricas" que os de 2013.[75] A revista norte-americana Forbes chamou os protestos de "festival do ódio".[76]

O Financial Times destacou que os manifestantes "em verde e amarelo, com bandeiras e balões" evocaram uma atmosfera semelhante à dos protestos de junho de 2013.[77] A Bloomberg noticiou que a insatisfação popular cresceu depois que o governo aumentou impostos e preços que estavam represados ao passo que o país passa por seu "maior escândalo de corrupção".[78]

O New York Times afirmou que a possibilidade de um impeachment parece distante e defendeu a postura de Dilma diante dos protestos. O jornalista Simon Romero, chefe do escritório do jornal na cidade do Rio de Janeiro, afirmou: "Em contraste com outros líderes da região que responderam à dissidência com ataques a seus críticos e uso de forças de segurança, a senhora Rousseff assumiu uma postura relativamente pouco confrontadora".[79]

O jornal argentino Clarín referiu-se aos protestos como "uma crise vizinha".[80] O italiano La Repubblica destacou que haviam manifestantes pedindo uma intervenção militar para "pôr fim ao predomínio político do Partido dos Trabalhadores (PT)".[81] O espanhol El País, em sua capa, enfatizou que "os protagonistas das marchas pertencem às classes médias mais educadas".[82] A revista alemã Der Spiegel afirmou que a situação "não está boa" para a presidente.[83]

Ver também

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Referências

  1. a b c «Manifestantes protestam contra Dilma em todos os estados, DF e exterior». G1. 15 de março de 2015. Consultado em 15 de março de 2015 
  2. Carolina Camargo (15 de março de 2015). «Brasileiros protestam contra governo no exterior». G1. Consultado em 15 de março de 2015 
  3. «Brasileiros protestam contra governo em pelo menos seis países». UOL Notícias - Política. 15 de março de 2015. Consultado em 16 de março de 2015 
  4. «Manifestantes protestam contra Dilma em 18 estados, no DF e no exterior». G1. 15 de março de 2015. Consultado em 15 de março de 2015 
  5. a b c «Protesto contra governo federal leva 1 milhão de pessoas à avenida Paulista». R7. 15 de março de 2015. Consultado em 15 de março de 2015 
  6. Raquel Morais, Mateus Rodrigues e Renan Ramalho (15 de março de 2015). «Manifestantes lotam Esplanada para protestar contra Dilma e corrupção». G1. Consultado em 15 de março de 2015 
  7. a b c d e f g h Carlos Ismael Moreira (16 de março de 2015). «Institutos de pesquisa fazem levantamentos sobre o perfil dos manifestantes em Porto Alegre». Folha de São Paulo. Consultado em 17 de março de 2015 
  8. a b c Nina Ramos (15 de março de 2015). «Nas ruas, manifestantes pedem desde o fim da corrupção até intervenção militar». R7. Consultado em 15 de março de 2015 
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