João Soares (político): diferenças entre revisões
Linha 23: | Linha 23: | ||
== Carreira == |
== Carreira == |
||
Filho de [[Mário Soares]] e de [[Maria Barroso]],<ref>{{citar web|URL=http://www.sol.pt/Mobile/Noticia/482274|título=Um governo em família|autor=[[Ana Paula Azevedo]]|data=25 de Novembro de 2015|publicado=[[Sol (jornal)|Sol]]|acessodata=27 de Novembro de 2015}}</ref> é também neto paterno do político da [[Primeira República]] e fundador do [[Colégio Moderno]] [[João Lopes Soares]]; primo-irmão materno do [[ |
Filho de [[Mário Soares]] e de [[Maria Barroso]],<ref>{{citar web|URL=http://www.sol.pt/Mobile/Noticia/482274|título=Um governo em família|autor=[[Ana Paula Azevedo]]|data=25 de Novembro de 2015|publicado=[[Sol (jornal)|Sol]]|acessodata=27 de Novembro de 2015}}</ref> é também neto paterno do político da [[Primeira República]] e fundador do [[Colégio Moderno]] [[João Lopes Soares]]; primo-irmão materno do [[Jornalismo|jornalista]] e [[político]] [[Alfredo Barroso]], do [[cineasta]] [[Mário Barroso]], do [[médico]]-[[cirurgião]] [[Eduardo Barroso]] e da bailarina [[Graça Barroso]]. |
||
Frequentou o [[Colégio Moderno]] e o Liceu Francês (''Lycée Français Charles Lepierre''), ingressando, em seguida, na [[Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa|Faculdade de Direito]] da [[Universidade de Lisboa]]. Envolvido na oposição dos estudantes à ditadura, foi membro da Comissão Pro-Associação dos Liceus ([[1966]]) e da [[Associação Académica da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa]]. Expulso três vezes da [[universidade]], foi, em [[1972]], para a [[Alemanha Ocidental|RFA]], onde frequentou a Akademie Remscheid, como [[bolseiro]] da [[Fundação Friedrich Ebert]]<ref>http://www.feslisbon.org/site/index.php</ref>. Nunca chegaria a concluir a [[licenciatura]] em [[Direito]]<ref>{{Citar web|título = Biografia|URL = https://www.parlamento.pt/DeputadoGP/Paginas/Biografia.aspx?BID=1814|obra = www.parlamento.pt|acessadoem = 2015-11-24}}</ref><ref name="expresso1">{{Citar web|título = Ministro da Cultura: João Soares, finalmente o Governo|URL = http://expresso.sapo.pt/politica/2015-11-24-Ministro-da-Cultura-Joao-Soares-finalmente-o-Governo|obra = Jornal Expresso|acessadoem = 2015-11-24}}</ref>. |
Frequentou o [[Colégio Moderno]] e o Liceu Francês (''Lycée Français Charles Lepierre''), ingressando, em seguida, na [[Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa|Faculdade de Direito]] da [[Universidade de Lisboa]]. Envolvido na oposição dos estudantes à ditadura, foi membro da Comissão Pro-Associação dos Liceus ([[1966]]) e da [[Associação Académica da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa]]. Expulso três vezes da [[universidade]], foi, em [[1972]], para a [[Alemanha Ocidental|RFA]], onde frequentou a Akademie Remscheid, como [[bolseiro]] da [[Fundação Friedrich Ebert]]<ref>http://www.feslisbon.org/site/index.php</ref>. Nunca chegaria a concluir a [[licenciatura]] em [[Direito]]<ref>{{Citar web|título = Biografia|URL = https://www.parlamento.pt/DeputadoGP/Paginas/Biografia.aspx?BID=1814|obra = www.parlamento.pt|acessadoem = 2015-11-24}}</ref><ref name="expresso1">{{Citar web|título = Ministro da Cultura: João Soares, finalmente o Governo|URL = http://expresso.sapo.pt/politica/2015-11-24-Ministro-da-Cultura-Joao-Soares-finalmente-o-Governo|obra = Jornal Expresso|acessadoem = 2015-11-24}}</ref>. |
Revisão das 15h47min de 10 de janeiro de 2017
João Barroso Soares | |
---|---|
Retrato oficial de João Soares, 2015 | |
Ministro(a) de Cultura de ![]() | |
Período | XXI Governo Constitucional |
Antecessor(a) | Teresa Morais |
Sucessor(a) | Luís Filipe Castro Mendes |
Presidente da Câmara Municipal de Lisboa | |
Período | 15 de novembro de 1995 a 23 de janeiro de 2002 |
Antecessor(a) | Jorge Sampaio |
Sucessor(a) | Pedro Santana Lopes |
Dados pessoais | |
Nascimento | 29 de agosto de 1949 (74 anos) Lisboa, São Cristóvão e São Lourenço |
Cônjuge | Maria Olímpia Soares (div.) Annick Burhenne |
Partido | Partido Socialista |
Profissão | Editor literário |
João Barroso Soares (Lisboa, São Cristóvão e São Lourenço, 29 de agosto de 1949), normalmente conhecido apenas como João Soares, é um editor literário e político português. Foi Presidente da Câmara Municipal de Lisboa entre 1995 e 2002, e ministro da Cultura do XXI Governo Constitucional de Portugal entre 2015 e 2016.
Carreira
Filho de Mário Soares e de Maria Barroso,[1] é também neto paterno do político da Primeira República e fundador do Colégio Moderno João Lopes Soares; primo-irmão materno do jornalista e político Alfredo Barroso, do cineasta Mário Barroso, do médico-cirurgião Eduardo Barroso e da bailarina Graça Barroso.
Frequentou o Colégio Moderno e o Liceu Francês (Lycée Français Charles Lepierre), ingressando, em seguida, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Envolvido na oposição dos estudantes à ditadura, foi membro da Comissão Pro-Associação dos Liceus (1966) e da Associação Académica da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Expulso três vezes da universidade, foi, em 1972, para a RFA, onde frequentou a Akademie Remscheid, como bolseiro da Fundação Friedrich Ebert[2]. Nunca chegaria a concluir a licenciatura em Direito[3][4].
A partir de 1975 dedicou-se ao trabalho na editora Perspectivas & Realidades (P&R), que fundou com Vítor Cunha Rego, e de que se mantém proprietário.[5] A P&R iniciou a sua atividade com O Triunfo dos Porcos, de George Orwell, uma sátira à União Soviética de Estaline, publicando em seguida — a par de livros de dirigentes socialistas, como o próprio Mário Soares, Almeida Santos ou Salgado Zenha, e de diversas obras de história política —, a obra reeditada de Raúl Brandão e os romances de João Aguiar, como chancela original. De assinalar em seguida uma antologia organizada por Mário Cesariny: Textos de Afirmação e de Combate do Movimento Surrealista Mundial. Já nos anos 1980 viria a editar a poesia do líder da UNITA, Jonas Savimbi, com o título Quando a Terra Voltar a Sorrir Um Dia.[5]
Militante do Partido Socialista desde a sua fundação em 1973, foi deputado à Assembleia da República, pelo Círculo de Lisboa, entre 1987 e 1990, e, novamente, nas legislaturas iniciadas em 2002, 2005 e 2009. Foi igualmente deputado ao Parlamento Europeu, de 1994 a 1995.
A 23 de setembro de 1989, durante uma viagem à Jamba, base de atuação da UNITA, João Soares sofreu um acidente de avião no trajeto entre um congresso extraordinário da organização e um encontro com Sam Nujoma, máximo dirigente da SWAPO na Namíbia. Acompanhado por outros dois deputados (Rui Gomes da Silva, do PSD, e José Luís Nogueira de Brito, do CDS-PP), Soares viu o Cessna pilotado por Joaquim Augusto da Silva embater numa árvore e despenhar-se, ficando em chamas. Sofreu lesões mais graves do que os ferimentos ligeiros dos acompanhantes, acabando por recuperar após vários meses de convalescença e internamento num hospital na África do Sul[6].
Na sequência das eleições autárquicas de 1990 na Câmara Municipal de Lisboa, foi eleito vereador dessa autarquia, cargo que exerceu de 1990 a 1995. Enquanto vereador assumiu o pelouro da Cultura, numa altura em que a cidade recebeu o evento da Capital Europeia da Cultura, em 1994, e que foi criada a Videoteca (1991) a Casa Fernando Pessoa (1993) e a Bedeteca (1996), na atual Biblioteca dos Olivais[5]. Depois da demissão de Jorge Sampaio, entretanto eleito Presidente da República, Soares viria a ser presidente da mesma Câmara, de 1995 a 2002.
Em 2004 foi candidato à liderança do PS, perdendo para José Sócrates. Em 2005 encabeçou a candidatura do PS à Câmara Municipal de Sintra, saindo derrotado pelo antigo dirigente centrista Fernando Seara, agora apoiado pelo PSD.
Entretanto, mantendo-se como deputado na legislatura de 2005-2009, João Soares acumulou as funções na Assembleia da República com a presidência da Assembleia Parlamentar da OSCE, entre 2008 e 2010.
Em finais de 2015, com a formação do XXI Governo Constitucional, tendo como Primeiro-Ministro o socialista António Costa, João Soares é pela primeira vez nomeado para um cargo governativo, como Ministro da Cultura[4]. Exercia esse mesmo cargo quando, em abril de 2016, ameaçou dar "um par de bofetadas" a dois cronistas que haviam criticado a sua atuação como ministro, visando os colunistas Augusto M. Seabra e Vasco Pulido Valente, ambos do jornal Público.[7] Após muita polémica, viu-se obrigado a pedir a demissão do cargo de ministro da Cultura.[8]
João Soares é membro da Maçonaria, desde 1974, segundo disse o próprio.[9]
Obras publicadas
É autor de romances em Inglês e em Alemão, sob os pseudónimos, respectivamente, de John Sowinds e de Hans Nurlufts, traduções livres do seu nome.[10]
Condecorações
Grã-Cruz da Ordem de Bernardo O'Higgins do Chile (30 de Setembro de 2001)[11]
Casamentos e descendência
Casou primeira vez com Maria Olímpia Soares (1971), da qual se divorciou e da qual tem duas filhas e um filho:
- Maria Inês Soares (1976)
- Maria Mafalda Soares (1981)
- Mário Alberto Soares (1986)
Casou segunda vez com Annick Burhenne, natural da Bélgica, da qual tem um filho e uma filha:
- Jonas Burhenne Soares (22 de Novembro de 2003)
- Lilah Burhenne Soares (2007)
Referências
- ↑ Ana Paula Azevedo (25 de Novembro de 2015). «Um governo em família». Sol. Consultado em 27 de Novembro de 2015
- ↑ http://www.feslisbon.org/site/index.php
- ↑ «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 24 de novembro de 2015
- ↑ a b «Ministro da Cultura: João Soares, finalmente o Governo». Jornal Expresso. Consultado em 24 de novembro de 2015
- ↑ a b c João Soares, uma surpresa na cultura
- ↑ Económico
- ↑ «João Soares ameaça dar "um par de bofetadas" a críticos»
- ↑ «João Soares pediu a demissão do cargo de ministro da Cultura»
- ↑ Saiba Quem são os Novos Fiscais das 'Secretas', o Expresso, sexta-feira, 8 de março
- ↑ «João Soares escritor: o erotismo dos heterónimos do novo ministro da Cultura». Observador. 27 de Novembro de 2015. Consultado em 7 de Dezembro de 2015
- ↑ «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Estrangeiras». Resultado da busca de "João Barroso Soares". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 11 de fevereiro de 2015
Ligações externas
- «Sítio oficial». www.joaosoares.pt
- «Sítio da AP da OSCE». www.oscepa.org
Precedido por Jorge Sampaio |
Presidente da Câmara Municipal de Lisboa 1995 – 2002 |
Sucedido por Pedro Santana Lopes |
Precedido por Goran Lennmarker |
Presidente da AP da OSCE 2008 – 2010 |
Sucedido por Petros Efthymiou |
Precedido por Teresa Morais (como ministra da Cultura, Igualdade e Cidadania) |
Ministro da Cultura XXI Governo Constitucional 2015 – 2016 |
Sucedido por Luís Filipe Castro Mendes |
- Nascidos em 1949
- Homens
- Naturais de Lisboa
- Alumni da Universidade de Lisboa
- Advogados de Portugal
- Maçons de Portugal
- Maçons do século XX
- Maçons do século XXI
- Políticos do Partido Socialista (Portugal)
- Vereadores da Câmara Municipal de Lisboa
- Presidentes da Câmara Municipal de Lisboa
- Escritores de Portugal
- Vereadores de Câmara Municipal de Portugal
- Deputados de Portugal no Parlamento Europeu
- Deputados de Portugal em funções
- Ministros da Cultura de Portugal