Posse de Dilma Rousseff em 2011
Posse de Dilma Rousseff | |
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Dilma Rousseff presta juramento no plenário do Congresso, ao tomar posse como presidente da República Federativa do Brasil. | |
Data | 1 de janeiro de 2011 |
Localização | Brasília: Catedral de Brasília Congresso Nacional Palácio do Planalto Palácio Itamaraty |
Participantes |
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Dilma Rousseff tomou posse a 1 de janeiro de 2011 como 36.ª presidente da República Federativa do Brasil, e como a primeira mulher a assumir o cargo no país. Em cerimônia iniciada às 14 horas (horário local), no plenário do Congresso Nacional, em Brasília. Ela foi empossada juntamente com o vice-presidente, Michel Temer. A cerimônia foi conduzida pelo então presidente do Senado Federal, José Sarney. A presidente eleita leu o compromisso oficial de "manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil". O vice-presidente leu o mesmo termo de posse e, em seguida, foi ouvido o hino nacional na execução da banda dos fuzileiros navais.[1]
Planejamento
[editar | editar código-fonte]Segurança
[editar | editar código-fonte]No evento da posse, no desfile no Rolls-Royce Silver Wraith oficial da presidência da república (em carro fechado, devido ao mau tempo) que segue da Catedral de Brasília ao Congresso Nacional, planejou-se que a segurança contaria com cerca de 2620 agentes da Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. No Congresso, onde a posse foi realizada, mais de mil policiais e militares se encarregaram da segurança da presidente eleita e dos convidados. Desse total, 400 homens são soldados do Exército, da Marinha e da Força Aérea.[2]
Eventos programados
[editar | editar código-fonte]O dia da posse contou com apresentações ao vivo, na frente do Planalto, de cinco cantoras brasileiras: Elba Ramalho, Fernanda Takai, Mart'nália, Zélia Duncan, e Gaby Amarantos.[3] Além disso, o Ministério da Cultura instalou tendas no gramado do Eixo Monumental para apresentações de cultura popular,[4] e 25 grupos de cultura de todas as regiões do país fizeram apresentações durante a manhã e a tarde.[3]
Discurso de posse
[editar | editar código-fonte]No seu discurso de posse, Dilma declarou seu compromisso de erradicar a miséria no Brasil e de criar oportunidades para todos. Ela também enfatizou a importância da eleição de uma mulher para o cargo e desejou que esse fato abrisse as portas para outras mulheres no futuro. Prosseguiu agradecendo ao ex-presidente Lula e fez menção especial a José Alencar, que não pôde comparecer à posse devido à internação hospitalar. Completou seu pronunciamento lembrando que ainda era preciso uma longa evolução do país nos aspectos político e econômico, ressaltando também a relevância do Brasil no cenário internacional.[5]
Transmissão televisiva
[editar | editar código-fonte]Um pool de imagens foi fornecido a todas as emissoras, com os passos do trajeto de Dilma e cenas em ambientes internos. O evento foi transmitido integralmente, ou pelo menos em flashes, por boa parte das emissoras brasileiras, como TV Globo, SBT, RecordTV, Band, TV Cultura, TV Gazeta, TV Brasil, RedeTV!, TV Canção Nova, GloboNews, NBR, TV Câmara, TV Senado, TV Justiça, Canal do Boi, BandNews, Boa Vontade TV (retransmitindo o sinal da TV Brasil), CNT, entre outras.[6]
As principais emissoras de TV da Argentina também transmitiram ao vivo a cerimônia de posse de Dilma e do vice, Michel Temer. A cobertura destaca o fato de Dilma ser a primeira mulher presidente do Brasil e o elevado índice de popularidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A posse também foi destaque de todos os sites de jornais.[7]
A imprensa da Bulgária também veio ao país a fim de cobrir a cerimônia de posse da presidente Dilma Rousseff. O interesse está relacionado ao fato de o pai dela ter nascido naquele país e vindo para o Brasil.[8]
Cobertura de emissoras brasileiras
[editar | editar código-fonte]Todas as emissoras do Brasil apresentaram programação diferenciada em razão da posse.[6][9]
A Rede Globo mobilizou 200 profissionais, incluiu câmeras exclusivas e apresentou 2 de seus telejornais diários diretamente de Brasília, o Jornal Hoje e o Jornal Nacional[10]
A Rede Record promoveu alterações em sua grade para veicular todos os detalhes da chegada da primeira mulher ao cargo da presidência da República. A cobertura começou às 13h, se estendendo até às 18h30. Excepcionalmente neste dia, o Esporte Fantástico e o Cine Aventura não foram ao ar. Às 18h30, foi ao ar O Melhor do Brasil, que cessa sua transmissão às 23h45, tendo o Jornal da Record exibido em um grande intervalo de 20h às 20h30.[11]
O SBT escalou Carlos Nascimento para ancorar o SBT Brasil de Brasília, em edição especial. Uma equipe de 60 pessoas da emissora estava a postos durante todo o dia para flashes ao vivo da cerimônia, o que acabou ganhando um maior foco de cobertura, que se estendeu durante boa parte da tarde, e não apenas nos flashes que eram esperados.
A Band pôs Ricardo Boechat, Joelmir Beting e Bóris Casoy em estúdio para comandar de São Paulo toda a cobertura, a cargo de Fábio Panunzio, em Brasília e, às 17h, com uma edição especial do Jornal da Band.
A RedeTV! escalou 30 profissionais em Brasília com o mesmo propósito e prevê breves interrupções na programação convencional, mais edição especial do RedeTV! News.
Na Gazeta, a ancoragem da cobertura cabe a Silvia Corrêa, com seis entradas ao vivo de 15 minutos cada, incluindo imagens das posses do governador Geraldo Alckmin e da presidente Dilma Rousseff.
Corte da Globo
[editar | editar código-fonte]Quando Dilma iria cumprimentar a cúpula da RecordTV entre eles o Bispo Macedo, a TV Globo cortou o sinal momentos antes e no horário preferiu colocar imagens de arquivos do Caldeirão do Huck. Já a GloboNews, que também faz parte do Grupo Globo, mostrou o começo da chegada de Edir e de Alexandre Raposo, presidente da Record, que foi nomeado como "agente do cerimonial", mas momentos depois a emissora de notícias cortou o link ao vivo quando o Bispo estava apertando a mão de Dilma para no lugar mostrar o avião que o até então presidente Lula iria usar para voltar para São Paulo. Segundo a direção da Globo, não foi a intenção de cortar de propósito a hora dos líderes da Record na posse da presidente e que o horário já estava previsto, bem como feito em 2002 de interromper as transmissões logo após o discurso no planalto.[12][13]
Presença de líderes mundiais
[editar | editar código-fonte]Ao todo, 47 líderes estrangeiros (destes, 23 são chefes de estado dos países)[14] assistiram à posse de Dilma Rousseff.[15][16] O único lider latino-americano que não foi convidado a participar da cerimônia foi o presidente de Honduras, Porfírio Lobo.[17]
Algumas ausências foram notadas, como a do presidente da Bolívia, Evo Morales, que, embora tivesse confirmado presença, preferiu não deixar seu país, devido aos protestos da população contrária a algumas medidas econômicas por ele tomadas.[18] A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, avisou ao Itamaraty que não estaria presente, mas enviou o chanceler Héctor Timerman para representá-la.[19] Nicolas Sarkozy, presidente da França, também não esteve na posse de Dilma Rousseff. Ele desmarcou o compromisso e resolveu mandar o Ministro da Defesa de seu país, Alain Juppé, em seu lugar, já que a França negociava a venda de caças para as forças armadas do Brasil.[20]
As autoridades de outros países que estiveram na cerimônia de posse foram:
Galeria dos convidados
[editar | editar código-fonte]-
Rousseff e Hugo Chávez, presidente da Venezuela.
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Felipe de Bourbon beija a mão da Presidente Dilma Rousseff.
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Posse de Dilma Rousseff em 2015
- Nova matriz econômica — plano econômico do governo Dilma posto em prática no mesmo ano (2011)
Referências
- ↑ Dilma Rousseff e Michel Temer são empossados presidente e vice. Portal G1, acesso em 1º de janeiro de 2011.
- ↑ "Brasília blindada na festa de Dilma". Arquivado em 21 de março de 2012, no Wayback Machine. Correio da Manhã. Acesso em 31 de dezembro, 2011. (em português).
- ↑ a b «Cópia arquivada». Consultado em 2 de janeiro de 2011. Arquivado do original em 3 de janeiro de 2011
- ↑ (em português) Andrade, Cláudia (Terra). "Festa da posse custará R$ 1,5 mi". Blog do Noblat. 20 de dezembro de 2010.
- ↑ 'Luta obstinada' será contra pobreza, diz Dilma em discurso de posse Portal G1, acesso em 1º de janeiro de 2011.
- ↑ a b «Notícias, Novelas, Celebridades, Bastidores, Televisão, Audiências, Séries, Cinema e muito mais - NaTelinha - Aqui você fica por dentro da TV». NaTelinha[ligação inativa]
- ↑ «TVs argentinas transmitem posse de Dilma ao vivo - Política - Estadão». estadao.com.br
- ↑ «Imprensa da Bulgária vai acompanhar posse da presidente Dilma». tupi.am[ligação inativa]
- ↑ «Redes de TV devem interromper programação para transmissão de posse de Dilma». estadao.com.br. Consultado em 1 de janeiro de 2011. Arquivado do original em 17 de setembro de 2011
- ↑ «Loading...». www.clicapiaui.com
- ↑ «Notícias, Novelas, Celebridades, Bastidores, Televisão, Audiências, Séries, Cinema e muito mais - NaTelinha - Aqui você fica por dentro da TV». NaTelinha. Consultado em 1 de janeiro de 2011. Arquivado do original em 1 de janeiro de 2011
- ↑ «Globo corta Edir Macedo na posse de Dilma». adnews.com.br. Consultado em 9 de janeiro de 2011
- ↑ «Globo corta Edir Macedo na transmissão da posse de Dilma Roussef; emissora explica». natelinha.uol.com.br. UOL. Consultado em 9 de janeiro de 2011
- ↑ Notícia dada no SBT durante cobertura - 01/01/2011, 17h05
- ↑ Renascença. «Renascença - A par com o mundo.». rr.pt
- ↑ http://www.dothnews.com.br. «Líderes sul-americanos serão maioria». correiodoestado.com.br
- ↑ «Porfirio Lobo é o único líder latino-americano não convidado a cerimônia de posse de Dilma». terra.com.br[ligação inativa]
- ↑ «Em meio a protestos na Bolívia, Morales falta à posse de Dilma». Diário do Grande ABC. 1 de janeiro de 2011. Consultado em 1 de janeiro de 2011[ligação inativa]
- ↑ «Itamaraty diz que 47 autoridades estrangeiras confirmam presença em posse de Dilma». Portal da Presidência. 28 de dezembro de 2010. Consultado em 1 de janeiro de 2011
- ↑ «Hillary Clinton, Evo Morales e Nicolas Sarkozy não irão à posse de Dilma». BOL Notícias. 1 de janeiro de 2011. Consultado em 1 de janeiro de 2011
- ↑ Renata Giraldi; Luciana Lima (1 de janeiro de 2011). «Piñera diz que Dilma garantiu que manterá "relações profundas" com o Chile». Agência Brasil. Consultado em 1 de janeiro de 2011
- ↑ Renata Giraldi (1 de janeiro de 2011). «Presidente da Colômbia se diz confiante na gestão Dilma». Agência Brasil. Consultado em 1 de janeiro de 2011
- ↑ «Vice-presidente chefia delegação cubana na posse de Dilma»
- ↑ «Presidente salvadorenho virá ao Brasil para posse de Dilma»
- ↑ Claudia Andrade; Luciana Cobucci (1 de janeiro de 2011). «Dilma chega ao Itamaraty e é recebida com aplausos». Terra Notícias. Consultado em 1 de janeiro de 2011
- ↑ «Colom passará fim de ano no Brasil para assistir a posse de Dilma»
- ↑ «Dilma leva mais tempo com Hillary, Chávez, Mujica e Lugo». Diário do Grande ABC. 1 de janeiro de 2011. Consultado em 1 de janeiro de 2011[ligação inativa]
- ↑ «Presidente uruguaio virá para posse e se reunirá com Dilma»
- ↑ «Chávez diz estar 'feliz' com posse de Dilma e se declara feminista»
- ↑ «Primeiro-ministro da Coreia do Sul virá ao Brasil para posse de Dilma»
- ↑ Carolina Pimentel (1 de janeiro de 2011). «Dilma recebe líderes internacionais no primeiro dia de trabalho». Agência Brasil. Consultado em 1 de janeiro de 2011
- ↑ «Líder palestino chega ao Brasil para assistir posse de Dilma»
- ↑ «Armenian foreign minister leaves for South America». News.am. 31 de dezembro de 2010. Consultado em 5 de dezembro de 2011
- ↑ «Imprensa da Bulgária vai acompanhar posse da presidente Dilma». Rádio Tupi AM. 1 de janeiro de 2011. Consultado em 1 de janeiro de 2011[ligação inativa]
- ↑ «Príncipe das Astúrias chega ao Brasil para posse de Dilma». Terra Notícias. 1 de janeiro de 2011. Consultado em 1 de janeiro de 2011
- ↑ «França vai enviar ministro da Defesa para a posse de Dilma»
- ↑ «Primeiro-ministro português chega para posse de Dilma»