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Economia matemática: diferenças entre revisões

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Augustin Cournot, Léon Walras e Francis Ysidro Edgeworth
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Economia matemática moderna, Cálculo diferencial, Modelos lineares
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Dados dois indivíduos, o conjunto de soluções em que ambos os indivíduos podem maximizar sua utilidade é descrito como a ''curva de contrato'', no que hoje é conhecida como a [[caixa de Edgeworth]]. Tecnicamente, a construção da solução de duas pessoas do problema de Edgeworth não foi desenvolvida graficamente até 1924 por [[Arthur Lyon Bowley]].<ref name="Bowley">{{cite book|last=Bowley|first=Arthur Lyon|title=The Mathematical Groundwork of Economics: an Introductory Treatise|publisher=Clarendon Press [Kelly]|location=Oxford|date=1924 [1960]|url=http://books.google.com/?id=_cgkAAAAMAAJ|language=inglês}}</ref> A curva de contrato da caixa de Edgeworth (ou, de modo mais geral, qualquer conjunto de soluções para o problema de Edgeworth com muitos atores) é chamada de [[núcleo (economia)|núcleo]] de uma economia.<ref>{{cite book|last=Gillies|first=D. B.|title= Contributions to the Theory of Games |editor=Tucker, A. W. & Luce, R. D.|publisher=[[Princeton University Press]]|location=Princeton, New Jersey|series=[[Annals of Mathematics]]|volume=40|pages=47–85|chapter=Solutions to general non-zero-sum games|isbn=9780691079370|url=http://books.google.com/?id=9lSVFzsTGWsC|year=1969|language=inglês}}</ref>
Dados dois indivíduos, o conjunto de soluções em que ambos os indivíduos podem maximizar sua utilidade é descrito como a ''curva de contrato'', no que hoje é conhecida como a [[caixa de Edgeworth]]. Tecnicamente, a construção da solução de duas pessoas do problema de Edgeworth não foi desenvolvida graficamente até 1924 por [[Arthur Lyon Bowley]].<ref name="Bowley">{{cite book|last=Bowley|first=Arthur Lyon|title=The Mathematical Groundwork of Economics: an Introductory Treatise|publisher=Clarendon Press [Kelly]|location=Oxford|date=1924 [1960]|url=http://books.google.com/?id=_cgkAAAAMAAJ|language=inglês}}</ref> A curva de contrato da caixa de Edgeworth (ou, de modo mais geral, qualquer conjunto de soluções para o problema de Edgeworth com muitos atores) é chamada de [[núcleo (economia)|núcleo]] de uma economia.<ref>{{cite book|last=Gillies|first=D. B.|title= Contributions to the Theory of Games |editor=Tucker, A. W. & Luce, R. D.|publisher=[[Princeton University Press]]|location=Princeton, New Jersey|series=[[Annals of Mathematics]]|volume=40|pages=47–85|chapter=Solutions to general non-zero-sum games|isbn=9780691079370|url=http://books.google.com/?id=9lSVFzsTGWsC|year=1969|language=inglês}}</ref>

Edgeworth dedicou um esforço considerável insistindo que as provas matemáticas era apropriadas para todas as escolas de pensamento na economia. Enquanto à frente do ''[[The Economic Journal]]'', ele publicou alguns artigos criticando o rigor matemático dos pesquisadores rivais, incluindo [[Edwin Robert Anderson Seligman]], um cético da economia matemática.<ref name="Moss">{{cite journal|last=Moss|first=Lawrence S.|year=2003|title=The Seligman-Edgeworth Debate about the Analysis of Tax Incidence: The Advent of Mathematical Economics, 1892–1910 |journal=History of Political Economy|publisher=Duke University Press|volume=35|issue=2|pages=207, 212, 219, 234–237|issn=0018-2702|doi=10.1215/00182702-35-2-205|language=inglês}}</ref> Os artigos focavam-se na [[incidência de imposto]]s e nas respostas dos produtores. Edgeworth percebeu que um monopólio que produz um bem que tem ações coordenadas da oferta mas sem cooperação na demanda (tais como a primera classe e a econômica em um avião, se o avião voa, ambos conjuntos de assentos voam ao mesmo tempo) pode até diminuir o preço visto pelo consumidor para um ou dois produtos se o imposto fosse aplicado. De senso comum e mais tradicional, a análise numérica parecia indicar que isto era um absurdo. Seligman insistiam que os resultados que Edgeworth alcançou eram um truque de sua formulação matemática. Ele sugeriu que a suposição de uma função contínua de demanda e uma mudança infinitesimal nos impostos resultavam nas suposições paradoxicais. [[Harold Hotelling]] mais tarde mostrou que Edgeworth estava correto e que o mesmo resultado (uma "diminuição de preço como resultado do imposto") poderia ocorrer com uma função descontínua de demanda e grandes mudanças da na taxa de impostos.<ref>{{cite book|last=Hotelling|first=Harold|authorlink=Harold Hotelling|title=The Collected Economics Articles of Harold Hotelling|editor=Darnell, Adrian C.|publisher=Springer|year=1990|pages=94–122|chapter=Note on Edgeworth's Taxation Phenomenon and Professor Garver's Additional Condition on Demand Functions|isbn=3540970118|oclc=20217006|url=http://books.google.com/?id=dYbbHQAACAAJ|accessdate=26/08/2008|language=inglês}}</ref>

==Economia matemática moderna==
No final da década de 1930, os economistas viam um amplo uso de uma variedade de ferramentas matemáticas, incluindo [[conjunto convexo|conjuntos convexos]] e [[teoria dos grafos]]. Os matemáticos começaram a discutir problemas econômicos como um meio de avançar o nível da [[matemática pura]] da mesma forma que as soluções para os problemas na física levaram ao avanço na matemática de base.<ref>{{cite journal|last=Herstein|first=I.N.|month=October | year=1953|title=Some Mathematical Methods and Techniques in Economics|journal=Quarterly of Applied Mathematics|publisher=[[American Mathematical Society]]|volume=11|issue=3|pages=249, 252, 260|issn=1552-4485}}</ref>

===Cálculo diferencial===
{{AP|Foundations of Economic Analysis|Cálculo diferencial}}
[[Vilfredo Pareto]] analisou a [[microeconomia]] ao tratar decisões de atores econômicos como tentativas de mudar uma dada alocação de bens para outra, uma alocação mais preferida. Conjuntos de alocações poderiam então ser tratadas como [[Eficiência à Pareto|eficientes de Pareto]] (ótimo de Pareto é um termo equivalente) quando nenhuma troca poderia ocorrer entre atores que poderiam deixar ao menos um indivíduo em melhor situação sem deixar outro indivíduo pior.<ref>{{cite book|last=Nicholson|first=Walter|coauthors=Snyder, Christopher|title=Intermediate Microeconomics and Its Applications|publisher=Thompson|year=2007|edition=10th|pages=364, 365|chapter=General Equilibrium and Welfare|isbn=0324319681|language=inglês}}</ref> A prova de Pareto é frequentemente confundida com o equilíbrio walrasiano ou informalmente atribuída a hipótese de [[mão invisível]] de [[Adam Smith]].<ref>{{cite book|author=Jolink, Albert|chapter=What Went Wrong with Walras?|title=From Walras to Pareto|editor=Backhaus, Juergen G.; Maks, J.A. Hans|publisher=Springer|year=2006|series=The European Heritage in Economics and the Social Sciences |volume=IV|isbn=978-0-387-33756-2 |doi=10.1007/978-0-387-33757-9_6}}<br/>&nbsp;&nbsp; • {{cite journal|last=Blaug|first=Mark|year=2007|title=The Fundamental Theorems of Modern Welfare Economics, Historically Contemplated |journal=History of Political Economy|publisher=Duke University Press|volume=39|issue=2|pages=186–188|doi=10.1215/00182702-2007-001|issn=0018-2702|language=inglês}}</ref> Ao contrário, a afirmação de Pareto foi a primeira afirmação formal do que seria conhecido como o [[Teoremas fundamentais da economia do bem estar|primeiro teorema fundamental da economia do bem estar]].<ref>Blaug (2007), p. 185, 187</ref> Faltavam a esses modelos as desigualdades da geração seguinte da economia matemática.

No histórico tratado ''[[Foundations of Economic Analysis]]'' (1947), [[Paul Samuelson]] identificou um paradigma e estrutura matemática comuns em diferentes campos do assunto, com base nos trabalhos anteriores de [[Alfred Marshall]]. ''Foundations'' aproveitou conceitos matemáticos da física e aplicou-os a problemas econômicos. Essa visão ampla (por exemplo, comparando o [[Princípio de Le Châtelier]] com o [[leilão walrasiano]]) originou a premissa fundamental da economia matemática: sistemas de atores econômicos podem ser modelados e seu comportamento pode ser descrito assim como qualquer outro sistema. Esta extensão continuou a obra dos marginalistas no século anterior e a extendeu significativamente. Samuelson abordou o problema de aplicar a maximização da utilidade individual em grupos agregados com a [[estática comparativa]], que compara dois diferentes estados de [[equilíbrio de mercado|equilíbrio]] após uma mudança [[exogenia|exógena]] em uma variável. Este e outros métodos no livro forneceram os fundamentos para a economia matemática do século XX.<ref name="Samuelson"/><ref>{{cite journal|last=Metzler|first=Lloyd |authorlink=Lloyd Metzler |year=1948|title=Review of ''Foundations of Economic Analysis''|journal=American Economic Review|volume=38|issue=5| pages=905–910|issn=0002-8282|jstor=1811704| publisher=The American Economic Review, Vol. 38, No. 5|language=inglês}}</ref>

===Modelos lineares===
Modelos restritos de equilíbrio geral foram formulados por [[John von Neumann]] em 1938: Ao contrários das versões anteriores, os modelos de von Neumann tinham restrições de desigualdade. Para seu modelo de uma economia em expansão, von Neumann provou a existência e a unicidade de um equilíbrio usando sua generalização do [[teorema do ponto fixo de Brouwer]]. O modelo de uma economia em expansão de von Neumann considerava a [[autovetor generalizado|o elemento]]&nbsp;'' '''A''' - λ '''B''' '' com matrizes não-negativas&nbsp;'''A''' e '''B'''. Von Neumann utilizou os [[vetor de probabilidade|vetores de probabilidade]]&nbsp;''p'' e&nbsp;''q'' e um número positivo&nbsp;''λ'' que resolveria a equação de [[teoria da complementaridade|complementaridade]]
:'' p<sup>T</sup>&nbsp;('''A''' - λ&nbsp;'''B''')&nbsp;q = 0'',
junto com dois sistemas de desigualdade que expressam a eficiência econômica. Neste modelo, o vetor de probabilidade ([[matriz transposta]]) ''p'' representa os preços dos bens enquanto o vetor de probabilidade q representa a "intensidade" com a qual o processo de produção ocorreria. A solução única ''λ'' representa a [[crescimento econômico|taxa de crescimento]] da economia, que iguala a [[juro|taxa de juros]]. Provar a existência de uma taxa de crescimento positiva e as taxas de juros iguais foram avanços notáveis, até mesmo para von Neumann.<ref>Para esse problema ter uma única solução, é suficiente que as matrizes não-negativas&nbsp;'''A''' e&nbsp;'''B''' satisfaçam uma [[teorema de Perron-Frobenius|condição de irredutibilidade]], generalizando aquele do [[teorema de Perron-Frobenius]] para matrizes não-negativas, que considera o [[autovalor|problema de autovalor]] (simplificado)
:'' '''A''' - λ '''I''' q = 0'',
onde a matriz não-negativa''&nbsp;'''A''''' deve ser quadrada e onde a [[matriz diagonal]]''&nbsp;'''I''' ''é a [[matriz identidade]]. A condição de irredutibilidade de von Neumann foi chamada de hipótese de "baleias e domadores" por David Champernowne, que forneceu um comentário verbal e econômico na tradução em inglês do artigo de von Neumann. A hipótese de von Neumann implicava que todo processo econômico usava uma quantidade positiva de qualquer bem econômico. Condições mais fracas de "irredutibilidade" foram dadas por [[David Gale]] e [[John Kemeny]], [[Oskar Morgenstern]], e [[Gerald L. Thompson]] na década de 1950, e depois por [[Stephen M. Robinson]] na década de 1970.</ref><ref>David Gale. ''The theory of linear economic models''. McGraw-Hill, New York, 1960.</ref><ref>{{cite book | last1=Morgenstern | first1=Oskar | authorlink1=Oskar Morgenstern | last2=Thompson| first2=Gerald L. | authorlink2=Gerald L. Thompson | title=Mathematical theory of expanding and contracting economies | series=Lexington Books| publisher=D. C. Heath and Company | year=1976 | location=Lexington, Massachusetts | pages=xviii+277 |language=inglês }}</ref> Osresultados de von Neumann foram vistos como um caso especial de [[programação linear]], no qual o modelo de von Neumann usa apenas matrizes não-negativas.<ref>Alexander Schrijver, ''Theory of Linear and Integer Programming''. John Wiley & sons, 1998, ISBN 0-471-98232-6.</ref> O estudo do modelo de von Neumann de uma economia em expansão continua a interessar economistas matemáticos com interesse com economia computacional.<ref>
* {{cite book|last=Rockafellar|first=R. Tyrrell|title=Monotone processes of convex and concave type|series=Memoirs of the American Mathematical Society|publisher=American Mathematical Society|location=Providence, R.I.|pages=i+74|year=1967|issue=77|language=inglês}}
* {{cite book|last=Rockafellar|first=R. T.|authorlink=R. Tyrrell Rockafellar|chapter=Convex algebra and duality in dynamic models of production|title=Mathematical models in economics (Proc. Sympos. and Conf. von Neumann Models, Warsaw, 1972)|editor=Josef Loz and Maria Loz|pages=351–378|publisher=North-Holland and Polish Adademy of Sciences (PAN)|location=Amsterdam|year=1974|language=inglês}}
* {{cite book|authorlink=R. Tyrrell Rockafellar|first=R. T.|last=Rockafellar]]|title=Convex analysis|publisher=Princeton University Press|location=Princeton, NJ|year=1970 (Reprint 1997 as a Princeton classic in mathematics)|language=inglês}}
</ref><ref>{{cite book|title=John Von Neumann and modern economics|editor=Mohammed Dore, Sukhamoy Chakravarty, [[Richard Murphy Goodwin|Richard Goodwin]]| publisher=Oxford:Clarendon|year=1989|pages=261|author=[[Kenneth Arrow]], [[Paul Samuelson]], [[John Harsanyi]], [[Sidney Afriat]], [[Gerald L. Thompson]], and [[Nicholas Kaldor]].|language=inglês}}</ref><ref>Chapter 9.1 "The von Neumann growth model" (pages 277–299): [[Yinyu Ye]]. ''Interior point algorithms: Theory and analysis''. Wiley. 1997 {{en}}.</ref>


==Ver também==
==Ver também==

Revisão das 13h37min de 2 de outubro de 2011

A economia matemática é a aplicação de métodos matemáticos para representar teorias econômicas e analisar problemas propostos pela economia. Ela permite a formulação e derivação de relações chave em uma teoria com claridade, generalidade, rigor e simplicidade. Por convenção, os métodos se referem àqueles por trás da simples geometria, tais como cálculo diferencial e integral, equações diferenciais, álgebra matricial e programação matemática[1][2] e outros métodos computacionais.[3]

A matemática permite aos economista formular proposições significativas e testáveis sobre muitos assuntos complexos e abrangentes que não poderiam ser adequadamente expressas informalmente. Além disso, a linguagem da matemática permite aos economistas fazer afirmações claras, específicas e positivas sobre assuntos controversos ou contenciosos que seriam impossíveis sem a matemática.[4] Grande parte da teoria econômica é atualmente apresentada em termos de modelos econômicos matemáticos, um conjunto de relações matemáticas estilizadas e simplificadas que clareiam suposições e implicações.[5]

Aplicações abrangentes incluem:

  • Problemas de otimização para alcançar o equilíbrio, seja de famílias, de firmas, ou de decisores políticos
  • Análise estática (ou de equilíbrio) na qual a unidade econômica (tail como uma família) ou sistema econômico (tal como um mercado ou a economia) é modelado como imobilizado, sem mudanças
  • estática comparativa de uma mudança de um equilíbrio para outro induzido por uma mudança em um ou mais fatores
  • Análise dinâmica, rastreando mudanças em um sistema econômico ao longo do tempo, por exemplo, pelo crescimento econômico.[1][6][7]

A modelagem econômica formal começou no século XIX com o uso de cálculo diferencial para representar e explicar o comportamento econômico, tais como a maximização da utilidade, uma aplicação da otimização matemática. A economia tornou-se mais matemática como uma disciplina durante a primeira metade do século XX, mas a introdução de técnicas novas e generalizadas no período por volta da Segunda Guerra Mundial, como na teoria dos jogos, expandiria ainda mais o uso de formulações matemáticas na economia.[8][7]

Essa rápida sistematização da economia assustou os críticos da disciplina bem como de alguns economistas notórios. John Maynard Keynes, Robert Heilbroner, Friedrich Hayek e outros criticaram o uso indiscriminado de modelos matemáticos do comportamento humano, argumentando que algumas escolhas humanas não são traduzíveis para a matemática.

História

O uso da matemática a serviço da análise social e econômica data de antes do século XVII. Principalmente nas universidades alemãs, um estilo de instrução emergiu, que lidava especificamente com a apresentação detalhada de dados como relacionados à administração pública. Gottfried Achenwall enveredou nesse estilo, cunhando o termo estatística. Ao mesmo tempo, um pequeno grupo de professores na Inglaterra estabeleceu um método de "raciocínio por números quanto às coisas relativas ao governo" e chamou esta prática de Political Arithmetick.[9] Sir William Petty escreveu sobre assuntos que mais tarde iriam receber atenção dos economistas, tais como taxação, velocidade da moeda e renda nacional, mas apesar de sua análise ser numérica, ele rejeitou a metodologia matemática abstrata. O uso de Petty de dados numéricos detalhados (junto com John Graunt) influenciaria estatísticos e economistas por algum tempo, apesar das obras de Petty terem sido amplamente ignoradas por acadêmicos ingleses.[10]

A matematização da economia começou de fato no século XIX. A maior parte da análise econômica da época era o que mais tarde se chamaria economia clássica. Os assuntos eram discutidos usando meios algébricos, mas o cálculo não era usado. Até a publicação de The Isolated State, de Johann Heinrich von Thünen, em 1826, os economistas não desenvolveram modelos explícitos e abstratos para o comportamento a fim de aplicar ferramentas da matemática. O modelo de Thünen para o uso da terra representa o primeiro exemplo da análise marginal.[11] A obra de Thünen foi em sua maior parte teórica, mas ele também buscou dados empíricos a fim de tentar dar suporte a suas generalizações. Em comparação com seus contemporâneos, Thünen construiu modelos e ferramentas econômicos, ao invés de apenas aplicar ferramentas já existentes a problemas novos.[12]

Enquanto isso, um novo grupo de estudiosos buscaram aprender os métodos matemáticos das ciências físicas, defendendo e aplicando esses métodos a seus campos.[13] Nesse grupo incluía-se W.S. Jevons, que apresentou um artigo sobre "teoria matemática geral da economia política" em 1862, fornecendo um resumo para uso da teoria da utilidade marginal na economia política.[14] Em 1871, ele publicou Os Princípios da Economia Política, declarando que o assunto, como ciência, "deve ser matematicamente simples, pois ela elida com quantidades". Jevons esperava que dados estatísticos de preços e quantidades permitiriam que seu campo se tornasse uma ciência exata.[15] Outros economistas o precederam e seguiram na expansão das representações matemáticas de problemas econômicos.

Os marginalistas e as raízes da economia neoclássica

Ver artigo principal: Revolução marginalista
Quantidades de equilíbrio como uma solução de duas funções de reação no duopólio de Cournot. Cada função de reação é expressa como uma equação linear dependente da quantidade demandada.

Augustin Cournot e Léon Walras construíram as ferramentas da disciplina axiomaticamente ao redor da utilidade, argumentando que os indivíduos buscam maximizar suas utilidades pelas escolhas de uma forma que poderia ser descrita matematicamente.[16] Na época, pensava-se que a utilidade era quantificável. Cournot, Walras e Francis Ysidro Edgeworth são considerados os precursores da moderna economia matemática.[17]

Augustin Cournot

Cournot, um professor de matemática, desenvolveu um tratamento matemático em 1838 para o duopólio - uma condição de mercado definida pela competição entre dois vendedores.[17] Esse tratamento de competição, publicado pela primeira vez em Researches into the Mathematical Principles of Wealth,[18] é chamado de duopólio de Cournot. Assume-se que ambos os vendedores possuem acesso igual ao mercado e que podem produzir seus bens sem custos. Além disso, assume-se que ambos os bens são homogêneos. Cada vendedor variaria sua produção baseado na produção do outro e o preço de mercado seria determinado pela quantidade total ofertada. O lucro de cada firma seria determinado pela multiplicação de sua produção pelo preço de mercado unitário. Diferenciando a função de lucro quanto à quantidade ofertada por cada firma levaria a um sistema de equações lineares, com uma solução simultânea que daria a quantidade, preço e lucros de equilíbrio.[19] As contribuições de Cournot para a matematização da economia seriam negligenciadas por décadas, mas posteriormente inflenciariam muitos dos marginalistas.[19][20] Os modelos de Cournot de duopólio e oligopólio também representam uma das primeiras formulações de jogo não-cooperativo. Atualmente, a solução pode ser considerada um equilíbrio de Nash apesar da obra de Cournot ter precedido a moderna teoria dos jogos em mais de 100 anos.[21]

Léon Walras

Enquanto Cournot forneceu uma solução para o que mais tarde seria chamado de equilíbrio parcial, Léon Walras tentou formalizar a discussão da economia como um todo através da teoria do equilíbrio geral. O comportamento de cada ator econômico seria considerado tanto do lado da produção quanto do lado do consumo. Walras originalmente apresentou quatro modelos separados de troca, cada um recursivamente incluído no próximo. A solução do sistema de equações resultante (tanto linear quanto não-linear) é o equilíbrio geral.[22] Na época, nenhuma solução geral poderia ser expressa para um sistema de muitas equações, mas as tentativas de Walras produziram dois resultados famosos na economia. O primeiro é a lei de Walras e o segundo é o princípio de tentativa e erro. O método de Walras era considerado altamente matemático para a época e Edgeworth comentou longamente sobre este fato em sua resenha de Éléments d'économie politique pure (Elementos da Economia Política Pura).[23]

A lei de Walras foi introduzida como uma resposta teórica ao problema de determinação das soluções no equilíbrio geral. Sua notação é diferente da notação moderna mas pode ser construída usando uma notação resumida mais moderna. Walras supunha que no equilíbrio, todo o dinheiro seria gasto com todos os bens: cada bem seria vendido a preço de mercado para aquele bem, e todo comprador gastaria até sua última moeda em uma cesta de bens. A partir dessa suposição, Walras poderia, então, mostrar que se existissem n mercados e n-1 mercados limpos (que alcançaram condições de equilíbrio), o n-ésimo mercado também estaria em equilíbrio. Isto é mais fácil de se visualizar com dois mercados (considerados em muitos textos como um mercado de bens e um merado de dinheiro). Se um dos dois mercados alcançasse um estado de equilíbrio, nenhum bem adicional (ou inversamente, dinheiro) poderia entrar ou sair do segundo mercado, assim ele deveria estar também em um estado de equilíbrio. Walras usou essa afirmação para provar a existência de soluções de equilíbrio geral mas atualmente é muito usada para ilustrar o equilíbrio em mercados de dinheiro a nível de graduação.[24]

Tâtonnement (em francês, para apalpando) foi usada como a expressão prática do equilíbrio geral walrasiano. Walras abstraiu o mercado como um leilão de bens onde o leiloeiro gritaria os preços e os participantes do mercado esperariam até que cada um deles pudesse satisfazer seus preços de reserva pessoais para a quantidade desejada (lembrando que se trata de um leilão com todos os bens, assim todos têm um preço de reserva para sua cesta desejada de bens).[25]

Apenas quando todos os compradores estivessem satisfeitos com o preço de mercado dado é que as transações ocorreriam. O mercado entraria em equilíbrio exatamente no preço - nenhum excedente ou escassez existiria. A palavra tâtonnement é usada para descrever as direções que o mercado toma apalpando para o equilíbrio, definindo preços mais altos ou baixos em diferentes bens até que um preço seja acordado para todos os bens. Apesar de o processo parecer dinâmico, Walras apresentou apenas um modelo estático, com nenhuma transação ocorrendo até que todos os mercados estivessem em equilíbrio. Na prática, muitos poucos mercados operam dessa maneira.[26]

Francis Ysidro Edgeworth

Edgeworth introduziu elementos matemáticos à economia explicitamente em Mathematical Psychics: An Essay on the Application of Mathematics to the Moral Sciences, publicado em 1881.[27] Ele adotou o cálculo da felicidade de Jeremy Bentham para o comportamento econômico, permitindo o resultado de cada de cisão ser convertido em uma mudança na utilidade.[28] Usando essa suposição, Edgeworth construiu um modelo de trocas com três suposições: os indivíduos são egoístas, os indivíduos agem para maximizar sua utilidade, e os indivíduos são "livres para recontratar com outros independentemente de.. qualquer terceira parte".[29]

Dados dois indivíduos, o conjunto de soluções em que ambos os indivíduos podem maximizar sua utilidade é descrito como a curva de contrato, no que hoje é conhecida como a caixa de Edgeworth. Tecnicamente, a construção da solução de duas pessoas do problema de Edgeworth não foi desenvolvida graficamente até 1924 por Arthur Lyon Bowley.[30] A curva de contrato da caixa de Edgeworth (ou, de modo mais geral, qualquer conjunto de soluções para o problema de Edgeworth com muitos atores) é chamada de núcleo de uma economia.[31]

Edgeworth dedicou um esforço considerável insistindo que as provas matemáticas era apropriadas para todas as escolas de pensamento na economia. Enquanto à frente do The Economic Journal, ele publicou alguns artigos criticando o rigor matemático dos pesquisadores rivais, incluindo Edwin Robert Anderson Seligman, um cético da economia matemática.[32] Os artigos focavam-se na incidência de impostos e nas respostas dos produtores. Edgeworth percebeu que um monopólio que produz um bem que tem ações coordenadas da oferta mas sem cooperação na demanda (tais como a primera classe e a econômica em um avião, se o avião voa, ambos conjuntos de assentos voam ao mesmo tempo) pode até diminuir o preço visto pelo consumidor para um ou dois produtos se o imposto fosse aplicado. De senso comum e mais tradicional, a análise numérica parecia indicar que isto era um absurdo. Seligman insistiam que os resultados que Edgeworth alcançou eram um truque de sua formulação matemática. Ele sugeriu que a suposição de uma função contínua de demanda e uma mudança infinitesimal nos impostos resultavam nas suposições paradoxicais. Harold Hotelling mais tarde mostrou que Edgeworth estava correto e que o mesmo resultado (uma "diminuição de preço como resultado do imposto") poderia ocorrer com uma função descontínua de demanda e grandes mudanças da na taxa de impostos.[33]

Economia matemática moderna

No final da década de 1930, os economistas viam um amplo uso de uma variedade de ferramentas matemáticas, incluindo conjuntos convexos e teoria dos grafos. Os matemáticos começaram a discutir problemas econômicos como um meio de avançar o nível da matemática pura da mesma forma que as soluções para os problemas na física levaram ao avanço na matemática de base.[34]

Cálculo diferencial

Vilfredo Pareto analisou a microeconomia ao tratar decisões de atores econômicos como tentativas de mudar uma dada alocação de bens para outra, uma alocação mais preferida. Conjuntos de alocações poderiam então ser tratadas como eficientes de Pareto (ótimo de Pareto é um termo equivalente) quando nenhuma troca poderia ocorrer entre atores que poderiam deixar ao menos um indivíduo em melhor situação sem deixar outro indivíduo pior.[35] A prova de Pareto é frequentemente confundida com o equilíbrio walrasiano ou informalmente atribuída a hipótese de mão invisível de Adam Smith.[36] Ao contrário, a afirmação de Pareto foi a primeira afirmação formal do que seria conhecido como o primeiro teorema fundamental da economia do bem estar.[37] Faltavam a esses modelos as desigualdades da geração seguinte da economia matemática.

No histórico tratado Foundations of Economic Analysis (1947), Paul Samuelson identificou um paradigma e estrutura matemática comuns em diferentes campos do assunto, com base nos trabalhos anteriores de Alfred Marshall. Foundations aproveitou conceitos matemáticos da física e aplicou-os a problemas econômicos. Essa visão ampla (por exemplo, comparando o Princípio de Le Châtelier com o leilão walrasiano) originou a premissa fundamental da economia matemática: sistemas de atores econômicos podem ser modelados e seu comportamento pode ser descrito assim como qualquer outro sistema. Esta extensão continuou a obra dos marginalistas no século anterior e a extendeu significativamente. Samuelson abordou o problema de aplicar a maximização da utilidade individual em grupos agregados com a estática comparativa, que compara dois diferentes estados de equilíbrio após uma mudança exógena em uma variável. Este e outros métodos no livro forneceram os fundamentos para a economia matemática do século XX.[7][38]

Modelos lineares

Modelos restritos de equilíbrio geral foram formulados por John von Neumann em 1938: Ao contrários das versões anteriores, os modelos de von Neumann tinham restrições de desigualdade. Para seu modelo de uma economia em expansão, von Neumann provou a existência e a unicidade de um equilíbrio usando sua generalização do teorema do ponto fixo de Brouwer. O modelo de uma economia em expansão de von Neumann considerava a o elemento  A - λ B com matrizes não-negativas A e B. Von Neumann utilizou os vetores de probabilidade pq e um número positivo λ que resolveria a equação de complementaridade

pT (A - λ B) q = 0,

junto com dois sistemas de desigualdade que expressam a eficiência econômica. Neste modelo, o vetor de probabilidade (matriz transposta) p representa os preços dos bens enquanto o vetor de probabilidade q representa a "intensidade" com a qual o processo de produção ocorreria. A solução única λ representa a taxa de crescimento da economia, que iguala a taxa de juros. Provar a existência de uma taxa de crescimento positiva e as taxas de juros iguais foram avanços notáveis, até mesmo para von Neumann.[39][40][41] Osresultados de von Neumann foram vistos como um caso especial de programação linear, no qual o modelo de von Neumann usa apenas matrizes não-negativas.[42] O estudo do modelo de von Neumann de uma economia em expansão continua a interessar economistas matemáticos com interesse com economia computacional.[43][44][45]

Ver também

Referências

  1. a b Chiang, Alpha C.; and Kevin Wainwright (2005). Fundamental Methods of Mathematical Economics. [S.l.]: McGraw-Hill Irwin. pp. 3–4. ISBN 0-07-010910-9  TOC.
  2. Elaborado em Códigos de classificação JEL#C - Métodos matemáticos e quantitativos.
  3. Busca em The New Palgrave Dictionary of Economics Online, "mathematical economics" "computational" (em inglês).
  4. Varian, Hal (1997). "What Use Is Economic Theory?" in A. D'Autume and J. Cartelier, ed., Is Economics Becoming a Hard Science?, Edward Elgar. Pre-publication PDF (em inglês). Página acessada em 01/04/2008.
  5. As in Handbook of Mathematical Economics, links para primeira página do capítulo:
       • Arrow, Kenneth J., and Michael D. Intriligator, ed., (1981), v. 1
       • _____ (1982). v. 2
       • _____ (1986). v. 3
       • Hildenbrand, Werner, and Hugo Sonnenschein, ed. (1991). v. 4.
  6. Chiang, Alpha C. (1992). Elements of Dynamic Optimization, Waveland. TOC & Amazon.com link to inside, first pp (em inglês).
  7. a b c Samuelson, Paul ((1947) [1983]). Foundations of Economic Analysis (em inglês). [S.l.]: Harvard University Press. ISBN 0-674-31301-1  Verifique data em: |data= (ajuda)
  8. Debreu, Gérard (2008). "mathematical economics," The New Palgrave Dictionary of Economics, 2nd Edition. Resumo.
       • von Neumann, John, e Oskar Morgenstern (1944). Theory of Games and Economic Behavior. Princeton University Press (em inglês).
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  39. Para esse problema ter uma única solução, é suficiente que as matrizes não-negativas AB satisfaçam uma condição de irredutibilidade, generalizando aquele do teorema de Perron-Frobenius para matrizes não-negativas, que considera o problema de autovalor (simplificado)
    A - λ I q = 0,
    onde a matriz não-negativa A deve ser quadrada e onde a matriz diagonal I é a matriz identidade. A condição de irredutibilidade de von Neumann foi chamada de hipótese de "baleias e domadores" por David Champernowne, que forneceu um comentário verbal e econômico na tradução em inglês do artigo de von Neumann. A hipótese de von Neumann implicava que todo processo econômico usava uma quantidade positiva de qualquer bem econômico. Condições mais fracas de "irredutibilidade" foram dadas por David Gale e John Kemeny, Oskar Morgenstern, e Gerald L. Thompson na década de 1950, e depois por Stephen M. Robinson na década de 1970.
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Notas

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