Eleições estaduais em Santa Catarina em 1978
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Eleições estaduais em  Santa Catarina em 1978
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| 1º de setembro de 1978 (Eleição indireta) 15 de novembro de 1978 (Eleição direta) | ||||
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| Candidato | Jorge Bornhausen
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| Partido | ARENA
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| Natural de | Rio de Janeiro, RJ
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| Vice | Henrique Córdova | |||
| Votos | 391 | |||
| Porcentagem | 99,74% | |||
Titular Eleito | ||||
As eleições estaduais em Santa Catarina em 1978 aconteceram conforme previam o Ato Institucional Número Três e o Pacote de Abril: em 1º de setembro ocorreu a via indireta e nela a ARENA elegeu o governador Jorge Bornhausen, o vice-governador Henrique Córdova e o senador Lenoir Vargas. A fase seguinte sobreveio em 15 de novembro a exemplo dos outros estados brasileiros e nesse dia o MDB elegeu o senador Jaison Barreto embora a ARENA tenha conseguido maioria entre os 16 deputados federais e 40 estaduais que foram eleitos.[1][2][3][4][5][6][nota 1][nota 2]
Nascido no Rio de Janeiro o governador Jorge Bornhausen é advogado formado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro em 1960[7] com especialização na Universidade de Paris e na Fundação Getúlio Vargas, trabalhou em Blumenau e Florianópolis e nas empresas da família. Neto de Adolfo Konder e filho de Irineu Bornhausen, ambos governadores de Santa Catarina e opositores de Getúlio Vargas, razão pela qual a família foi para a UDN. A carreira política do governador começou durante o Regime Militar de 1964 visto que oito meses após cassado o vice-governador Francisco Dall'Igna a Assembleia Legislativa de Santa Catarina elegeu Jorge Bornhausen para o cargo, mas como era muito jovem, o governador Ivo Silveira negociou emenda à constituição estadual modificando a idade mínima para o posto.[2] Findo o mandato ingressou no diretório estadual da ARENA e articulou a escolha de seu primo, Antônio Carlos Konder Reis, para ocupar o Palácio da Agronômica por quem Jorge Bornhausen foi nomeado para a presidência do Banco do Estado de Santa Catarina.[8]
A renúncia de Jorge Bornhausen para disputar um mandato de senador em 1982 levou ao poder o advogado Henrique Córdova. Nascido em Lages e formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul ele fez carreira na ARENA elegendo-se deputado estadual em 1970 e deputado federal em 1974 e foi escolhido vice-governador do estado quatro anos depois.
A eleição indireta permitiu a recondução do senador Lenoir Vargas. Gaúcho nascido em Tupanciretã e advogado formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul foi também jornalista. Sempre filiado ao PSD foi eleito vereador em Chapecó em 1947, deputado estadual em 1950 e 1954 e deputado federal em 1958, 1962 e 1966 quando já estava filiado à ARENA sendo eleito senador em 1970 e reeleito em 1978.[9][10]
Quanto ao MDB este possuía o senador Evelásio Vieira e elegeu Jaison Barreto para a vaga remanescente. Nascido em Laguna e formado em Medicina em 1957 pela Universidade Federal do Rio de Janeiro com especialização em Oftalmologia em Barcelona. Presidente da regional da Associação Catarinense de Medicina em Blumenau foi ligado ao PTB, mas só disputou eleições pelo MDB sendo vitorioso para deputado federal em 1970 e 1974 e conseguiu um mandato de senador em 1978.[11][12]
Resultado da eleição para governador[editar | editar código-fonte]
O Colégio Eleitoral de Santa Catarina contou com a presença de 392 delegados da ARENA que sufragaram a chapa oficial, exceto por um delegado de Abelardo Luz. Por seu turno a oposição não tomou parte na escolha.[2]
| Candidatos a governador do estado |
Candidatos a vice-governador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
|---|---|---|---|---|---|
| Jorge Bornhausen ARENA |
Henrique Córdova ARENA |
- |
ARENA (sem coligação) |
391 |
99,74%
|
Resultado da eleição para senador[editar | editar código-fonte]
Mandato biônico de oito anos[editar | editar código-fonte]
A eleição para senador biônico levou à recondução de Lenoir Vargas a uma cadeira que o mesmo conquistou por voto direto em 1970 num placar idêntico ao da eleição para governador.[1][2][13]
| Candidatos a senador da República |
Candidatos a suplente de senador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
|---|---|---|---|---|---|
| Lenoir Vargas ARENA |
Diomício Freitas ARENA Arnor Damiani[nota 3] ARENA |
- |
ARENA (sem coligação) |
391 |
99,74%
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Mandato direto de oito anos[editar | editar código-fonte]
Seria eleito o candidato mais votado a partir da soma das sublegendas conforme registro do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina que informa a ocorrência de 93.871 votos em branco e 101.652 votos nulos.[1][2]
| Candidatos a senador da República |
Candidatos a suplente de senador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
|---|---|---|---|---|---|
| Jaison Barreto MDB |
Maria Syrlei Donato MDB [nota 4] - |
- |
MDB (em sublegenda) |
465.930 |
37,80%
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| Wilmar Dallanhol ARENA |
Edson Gaidzinski ARENA [nota 5] - |
- |
ARENA (em sublegenda) |
409.664 |
33,24%
|
| Aroldo Carvalho ARENA |
Marcos Wandresen ARENA [nota 5] - |
- |
ARENA (em sublegenda) |
196.765 |
15,96%
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| Dejandir Dalpasquale MDB |
Beno Frederico Weiers MDB [nota 4] - |
- |
MDB (em sublegenda) |
160.255 |
13,00%
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Deputados federais eleitos[editar | editar código-fonte]
São relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados.
| Deputados federais eleitos | Partido | Votação | Percentual | Cidade onde nasceu | Unidade federativa |
| Esperidião Amin | ARENA | 72.380 | Florianópolis | Santa Catarina
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| Arnaldo Schmitt Júnior | ARENA | 65.118 | Itajaí | Santa Catarina
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| Pedro Ivo Campos | MDB | 64.070 | Florianópolis | Santa Catarina
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| Victor Fontana | ARENA | 63.470 | Santa Maria |  Rio Grande do Sul
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| Ademar Ghisi | ARENA | 63.291 | Tubarão | Santa Catarina
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| João Linhares | ARENA | 58.930 | Campos Novos | Santa Catarina
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| Nelson Morro | ARENA | 52.170 | Indaial | Santa Catarina
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| Nereu Guidi | ARENA | 45.279 | Criciúma | Santa Catarina
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| Walmor de Luca | MDB | 45.013 | Criciúma | Santa Catarina
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| Evaldo Amaral | ARENA | 42.641 | Lages | Santa Catarina
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| Francisco Libardoni | MDB | 39.779 | Caxias do Sul | Rio Grande do Sul
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| Artenir Werner | ARENA | 39.635 | Rio do Sul | Santa Catarina
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| Juarez Furtado | MDB | 38.898 | Lages | Santa Catarina
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| Luís Cechinel | MDB | 37.330 | Urussanga | Santa Catarina
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| Mendes de Melo | MDB | 36.581 | Santo Antônio da Platina |  Paraná
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| Ernesto de Marco | MDB | 35.888 | Bento Gonçalves | Rio Grande do Sul
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| Fontes:[14][15][1][2] | |||||
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Deputados estaduais eleitos[editar | editar código-fonte]
Das quarenta cadeiras na Assembleia Legislativa de Santa Catarina a ARENA levou vinte e três e o MDB dezessete.
Notas
- ↑ Nos territórios federais do Amapá, Rondônia e Roraima o pleito serviu apenas para a escolha de deputados federais não havendo eleições em Fernando de Noronha.
- ↑ A Lei n.º 6.091 permitiu que os maranhenses radicados no Distrito Federal votassem para senador, deputado federal e deputado estadual em 1978 remetendo às urnas ao estado de origem.
- ↑ O titular morreu em 1986 e como o primeiro suplente falecera em 1981, o mandato foi assumido por Arnor Damiani.
- ↑ a b Quando um partido lançar dois candidatos a senador, cada sublegenda indicará o respectivo suplente. Neste caso, o mais votado será eleito, tendo como primeiro suplente o candidato que não foi eleito e como segundo suplente aquele registrado na chapa vitoriosa.
- ↑ a b Os candidatos do MDB conseguiram 626.185 votos (50,80%), contra 606.429 votos (49,20%) obtidos pela ARENA, totalizando 1.232.614 votos nominais.
Referências
- ↑ a b c d e «Banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral». Consultado em 4 de junho de 2018
- ↑ a b c d e f g «Banco de dados do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina». Consultado em 4 de junho de 2018
- ↑ «BRASIL. Presidência da República: Ato Institucional Número Três». Consultado em 4 de junho de 2018
- ↑ «BRASIL. Presidência da República: Pacote de Abril». Consultado em 4 de junho de 2018
- ↑ «BRASIL. Presidência da República: Lei n.º 6.091 de 15/08/1974». Consultado em 4 de junho de 2018
- ↑ «Acervo digital Veja». Consultado em 4 de junho de 2018. Arquivado do original em 29 de outubro de 2013
- ↑ «Senado Federal do Brasil: senador Jorge Bornhausen». Consultado em 4 de junho de 2018
- ↑ A dinastia continua (online). Veja, 14/06/1978. Página visitada em 6 de agosto de 2013.
- ↑ «Câmara dos Deputados do Brasil: deputado Lenoir Vargas». Consultado em 4 de junho de 2018
- ↑ «Senado Federal do Brasil: senador Lenoir Vargas». Consultado em 4 de junho de 2018
- ↑ «Câmara dos Deputados do Brasil: deputado Jaison Barreto». Consultado em 4 de junho de 2018
- ↑ «Senado Federal do Brasil: senador Jaison Barreto». Consultado em 4 de junho de 2018
- ↑ Menos de dez mil votos elegeram 22 senadores (online). Jornal do Brasil, Rio de Janeiro (RJ), 01/09/1978. Primeiro caderno, p. 04. Página visitada em 4 de junho de 2018.
- ↑ BRASIL. Câmara dos Deputados. «Página oficial». Consultado em 27 de abril de 2024
- ↑ BRASIL. Presidência da República. «Lei n.º 9.504 de 30/09/1997». Consultado em 4 de junho de 2018
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