Ordem Teutónica

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Ordem dos Cavaleiros Teutônicos de Santa Maria de Jerusalém

Escudo no século XIV
País Sacro Império Romano
Corporação Igreja Católica
Subordinação Sacro Imperador (1190-1806)
Papado (1190-presente)
Denominação Cavaleiros Teutónicos, Ordem alemã
Criação ca. 1190
Patrono Virgem Maria
São Jorge
Santa Isabel da Hungria
Cores Branco e preto
Comando
Grão-mestre Bruno Platter

A Ordem dos Cavaleiros Teutônicos de Santa Maria de Jerusalém, conhecida apenas como Ordem Teutónica (português europeu) ou Ordem Teutônica (português brasileiro) (em alemão: Deutscher Orden; em latim: Ordo Domus Sanctæ Mariæ Theutonicorum) foi uma ordem militar cruzada, vinculada à Igreja Católica por votos religiosos pelo Papa Clemente III. Tendo sido formada em São João de Acre, em Israel, na época das Cruzadas, no final do século XII. Os seus membros usavam sobrevestes brancas com uma cruz negra. Tiveram a sua sede em Montfort, uma fortaleza construída nos tempos do Reino de Jerusalém (1099-1291), durante as Cruzadas, cujos vestígios se conservam no norte de Israel.

A Ordem Teutónica foi uma das mais poderosas e influentes da Europa. A maioria dos seus membros pertencia à nobreza, inclusive a família real prussiana e outros nobres germânicos. Os soberanos e a nobreza dos estados antecessores à atual Alemanha (ver artigo: Unificação Alemã), inclusive a família soberana do Império Alemão (1871-1918) e da Prússia (1525-1947), os von Hohenzollern, eram membros da ordem.

Em 1809, quando Napoleão Bonaparte determinou a sua extinção, a Ordem perdeu as suas últimas propriedades seculares, mas logrou sobreviver até o presente. O decreto papal emitido por Pio XI, a 21 de novembro de 1929, transformava os cavaleiros teutónicos numa ordem clerical composta por sacerdotes, padres e freiras. Actualmente, tem a sua sede em Viena, Áustria, e trabalha primordialmente com objetivos assistenciais. A cruz teutónica está na origem da célebre "Cruz de Ferro", condecoração ainda em uso pelas forças armadas alemãs.

A mudança para o centro e norte da Europa

Cavaleiros teutónicos na Polônia
Bandeira teutónica
Torre teutónica em Acre (atual Israel)

Após a derrota das forças cristãs no Oriente Médio, os cavaleiros mudaram-se para a Transilvânia, em 1211, a convite do rei André II da Hungria, onde fundam a cidade de Brasov, mas foram expulsos em 1225. Transferiram-se então para o norte da Polônia, onde criaram o Estado da Ordem Teutónica (1224-1525). A agressividade e o poder da Ordem ameaçava os países vizinhos, em especial o Reino da Polônia e o Grão-Ducado da Lituânia.

Entre 1229 e 1279 a ordem conquistou áreas na Prússia, onde os cavaleiros construíram muitas cidades e fortes. Por volta de 1329, os cavaleiros teutónicos controlavam, por domínio papal, toda a região do Báltico, desde o golfo da Finlândia até a Pomerânia, na Polônia. Na parte sul de seu domínio, a ordem foi abolida e suas terras se tornaram a Prússia, em 1525. A parte norte (Estônia e Letónia) foi dividida entre a Polônia, Rússia e Suécia, depois de 1558.

Em 1410, na batalha de Grunwald (também conhecida como batalha de Tannenberg), um exército combinado polaco-lituano comandado pelo rei polaco Ladislau II Jagelão derrotou a Ordem e pôs fim a seu poderio militar. O poder da Ordem continuou a declinar até 1525, quando seu grão-mestre, Alberto de Brandemburgo, converteu-se ao luteranismo e assumiu o título e os direitos de duque hereditário da Prússia (embrião do Reino da Prússia, catalisador do futuro Império Alemão). O Grão-Magistério foi então transferido para Mergentheim, de onde os grão-mestres teutónicos continuavam a administrar as consideráveis posses da Ordem no Sacro Império Romano-Germânico.

Em 1809, quando Napoleão Bonaparte determinou a sua extinção, a Ordem perdeu as suas últimas propriedades seculares, mas logrou sobreviver até o presente. No decreto papal emitido por Pio XI, a 21 de Novembro de 1929, transformava os cavaleiros teutónicos numa ordem clerical composta por sacerdotes, padres e freiras. Atualmente, tem a sua sede em Viena, Áustria, e trabalha primordialmente com objetivos assistenciais. A cruz teutónica está na origem da célebre "Cruz de Ferro" , condecoração ainda em uso pelas forças armadas alemãs.

Nas mãos de Heinrich Himmler, a SS foi estruturada segundo o modelo da Ordem dos Cavaleiros Teutónicos, cujos membros da última, acreditava-se, tinham sido guardiões do Santo Graal. Equipes da SS foram designadas para encontrar tanto o Santo Graal quanto a Arca da Aliança.

Moedas

Grão-mestres

Ver também

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Castelo de Marienburg, dos Cavaleiros Teutônicos.

Ligações externas

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