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Diarreia: diferenças entre revisões

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<!-- Definição e características -->
<!-- Definição e características -->
'''Diarreia''' é a condição médica em que se verificam pelo menos três [[Defecação|movimentos intestinais]] aquosos ou pouco consistentes por dia. Geralmente tem a duração de alguns dias e pode causar [[desidratação]] devido à perda de líquidos. Os sinais iniciais de desidratação são muitas vezes a perda de elasticidade normal da pele e irritabilidade, progredindo à medida que se vai agravando para diminuição da [[micção]], [[palidez]], [[taquicardia|aumento do ritmo cardíaco]] e diminuição do nível de consciência. No entanto, em recém-nascidos que se encontram a [[amamentar]], as [[fezes]] pouco consistentes e não aquosas podem ser normais.<ref name=WHO2013/>

<!-- Causa e diagnóstico -->
As causas mais comuns de diarreia são infeções dos [[intestino]]s provocadas por [[vírus]], [[bactéria]]s ou [[parasita]]s, uma condição denominada [[gastroenterite]]. Estas infeções são geralmente adquiridas a partir de alimentos ou água contaminados por matéria fecal ou contraídas diretamente a partir de outra pessoa infetada. A diarreia pode ser dividida em três tipos: diarreia aquosa de curta duração, diarreia sanguinolenta de curta duração e diarreia persistente, caso tenha duração superior a duas semanas. A diarreia aquosa de curta duração pode também dever-se a uma infeção por [[cólera]], embora isto seja raro no mundo desenvolvido. No caso de haver presença de sangue, pode-se estar na presença de [[disenteria]].<ref name=WHO2013/> Existem também uma série de causas não infeciosas que podem provocar diarreia, entre as quais [[hipertiroidismo]], [[intolerância à lactose]], [[doença inflamatória intestinal]], vários medicamentos e [[síndrome do cólon irritável]].<ref name=CEM2013>{{cite book |editor=Basem Abdelmalak |editor2=John Doyle|title=Anesthesia for otolaryngologic surgery |date=2013 |publisher=Cambridge University Press |isbn=1107018676|pages=282–287}}</ref> Na maior parte dos casos não é necessária a recolha de amostras de fezes para confirmar a causa.<ref name=NEJM2014/>

<!-- Prevenção e tratamento -->
A prevenção da diarreia infeciosa é feita com a melhora das condições de [[Saneamento básico|saneamento]], com a ingestão de [[água potável]] e com a lavagem das mãos com [[sabonete]]. A [[amamentação]] durante os primeiros seis meses de vida é recomendada, uma vez que oferece imunização contra [[rotavírus]]. O tratamento de primeira linha é a [[terapia de reidratação oral]] (TRO), que consiste em água potável com pequenas quantidades de sais minerais e [[açúcar]]. São também recomendadas pastilhas de [[zinco]].<ref name=WHO2013/> Estima-se que estes tratamentos tenha salvado a vida de mais de 50 milhões de crianças nos últimos 25 anos.<ref name=WHO2010a>{{cite web |url=http://whqlibdoc.who.int/publications/2009/9789241598415_eng.pdf |title=whqlibdoc.who.int |format=PDF |work=[[World Health Organization]]}}</ref> Aos doentes com diarreia é geralmente recomendado que continuem a ingerir alimentos saudáveis e aos bebés que continuem a ser amamentados.<ref name=WHO2013/> Quando não estão disponíveis TRO comerciais, é possível usar soluções improvisadas.<ref name=Prober2012>{{cite book|last1=Prober|first1=edited by Sarah Long, Larry Pickering, Charles G.|title=Principles and practice of pediatric infectious diseases|date=2012|publisher=Elsevier Saunders|location=Edinburgh|isbn=9781455739851|page=96|edition=4th |url=https://books.google.com/books?id=TN2Gu2Af1BIC&pg=PA96}}</ref> Em pessoas com desidratação grave pode ser necessária a administração de líquidos por [[Terapia intravenosa|via intravenosa]].<ref name=WHO2013/> No entanto, a maior parte dos casos podem ser tratada apenas com a ingestão de líquidos por via oral.<ref>{{cite web|author1=ACEP|title=Nation's Emergency Physicians Announce List of Test and Procedures to Question as Part of Choosing Wisely Campaign|url=http://www.choosingwisely.org/nations-emergency-physicians-announce-list-of-test-and-procedures-to-question-as-part-of-choosing-wisely-campaign/|website=Choosing Wisely|accessdate=18 June 2014}}</ref> Os [[antibiótico]]s raramente são usados e são recomendados apenas em alguns casos de diarreia com sangue e febre elevada, em pessoas com diarreia derivada de viagens e pessoas com bactérias ou parasitas específicos.<ref name=NEJM2014/> A [[loperamida]] pode ajudar a diminuir o número de movimentos intestinais, mas não é recomendada em pessoas com diarreia grave.<ref name=NEJM2014>{{cite journal | authors = DuPont HL | title = Acute infectious diarrhea in immunocompetent adults. | journal = The New England Journal of Medicine | volume = 370 | issue = 16 | pages = 1532–40 | date = Apr 17, 2014 | pmid = 24738670 | doi = 10.1056/nejmra1301069 }}</ref>

<!-- Epidemiologia e prognóstico -->
Em cada ano ocorrem entre 1,7 e 5 mil milhões de casos de diarreia.<ref name=WHO2013/><ref name=CEM2013/><ref>{{cite journal|last1=Global Burden of Disease Study 2013|first1=Collaborators|title=Global, regional, and national incidence, prevalence, and years lived with disability for 301 acute and chronic diseases and injuries in 188 countries, 1990-2013: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2013.|journal=Lancet (London, England)|date=22 August 2015|volume=386|issue=9995|pages=743–800|pmid=26063472|doi=10.1016/s0140-6736(15)60692-4}}</ref> É mais comum nos [[países em vias de desenvolvimento]], nos quais as crianças mais novas contraem diarreia, em média, três vezes por ano.<ref name=WHO2013/> Estima-se que o número total de mortes por diarreia tenha sido de 1,26 milhões em 2013, uma diminuição em relação aos 2,58 milhões em 1990.<ref name=GBD204>{{cite journal|last1=GBD 2013 Mortality and Causes of Death|first1=Collaborators|title=Global, regional, and national age-sex specific all-cause and cause-specific mortality for 240 causes of death, 1990-2013: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2013.|journal=Lancet|date=17 December 2014|pmid=25530442|doi=10.1016/S0140-6736(14)61682-2|volume=385|issue=9963|pages=117–71|pmc=4340604}}</ref> Em 2012, a doença foi a segunda causa mais comum de mortalidade infantil em crianças com menos de cinco anos de idade (0,76 milhões ou 11%).<ref name=WHO2013/><ref name=CDC2013/> Os episódios frequentes de diarreia são uma causa comum de [[má-nutrição]] e a causa mais comum em crianças com menos de cinco anos.<ref name=WHO2013>{{cite web|title=Diarrhoeal disease Fact sheet N°330|url=http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs330/en/|website=World Health Organization|accessdate=9 July 2014|date=April 2013}}</ref> Entre outros problemas que podem ocorrer a longo prazo estão a diminuição do crescimento e do desenvolvimento intelectual.<ref name=CDC2013>{{cite web|title=Global Diarrhea Burden|url=http://www.cdc.gov/healthywater/global/diarrhea-burden.html|website=CDC|accessdate=18 June 2014|date=January 24, 2013}}</ref>
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== Classificação ==
[[Imagem:Diarrhoeal diseases world map - DALY - WHO2004.svg|thumb|Mapa mostrando a distribuição mundial de doenças causadoras de diarreia (por 100.000 habitantes).]]

A diarreia é classificada em [[Diarreia aguda|'''Aguda''']], quando dura até 14 dias; [[Diarreia persistente|'''Persistente''']], quando superior a 14 dias ou ainda [[Diarreia crônica|'''Crônica''']], quando ultrapassa 3 semanas. Essa classificação tem importância porque o tratamento e a investigação de cada um dos tipos é diferente.

A diarreia crônica pode ser classificada em nove tipos<ref>[http://www.fugesp.org.br/nutricao_e_saude_conteudo.asp?id_publicacao=1&edicao_numero=9&menu_ordem=2]</ref>:
* Osmótica (má-absorção);
* Secretória;
* Inflamatória;
* Motora;
* Mista;
* Mole;
* Aguada;
* Com torções;
* Sem torções.

== Sinais e sintomas ==
Uma diarreia pode conduzir à ocorrência de desidratação, que consiste na perda acentuada de água e sais minerais do corpo. Esta pode ser identificada a partir dos seguintes sintomas:

* Olhos encovados;
* Pele seca;
* Boca seca;
* Desidratação.

==== Em caso de crianças observar: ====

* Fralda seca por mais de três horas;
* Fraqueza e choro fraco;
* Irritabilidade e indisposição para brincar.

== Causas ==
Muitos fatores podem provocar a diarreia entre os quais a ingestão de bolo de iogurte húmido.
* [[Infecção|Infecções]] por [[vírus]], [[bactéria]]s ou [[parasita]]s<ref name="saudeinformacoes.com.br">http://www.saudeinformacoes.com.br/bebe_diarreia.asp</ref>. Porém, para as pessoas que seguem um padrão de higiene mínimo e não se alimentam em lugares públicos, a tendência é adquirir somente a forma viral da doença, que é transmitida em lugares fechados (salas, transportes públicos, igrejas e cinemas.);
* [[Alergia]]s;
* Alguns [[medicamento]]s, incluindo [[antibióticos]], [[Antirretroviral|antirretrovirais]];
* Doença inflamatória intestinal.

== Tratamento ==

Na maior parte dos casos de diarreia, o único tratamento necessário é a reposição dos líquidos e sais minerais perdidos. Isto é geralmente feito por via oral através de [[terapia de reidratação oral]] (TRO), podendo nos casos mais graves ser feita administração [[via intravenosa]].<ref name=WHO2010a/> As restrições na dieta, como a dieta à base de banana, arroz, puré de maçãs e torradas, já não são recomendadas por não haver evidências de eventuais benefícios.<ref>{{cite journal | vauthors = King CK, Glass R, Bresee JS, Duggan C | title = Managing acute gastroenteritis among children: oral rehydration, maintenance, and nutritional therapy | journal = MMWR Recomm Rep | volume = 52 | issue = RR–16 | pages = 1–16 | date = November 2003 | pmid = 14627948 | url = http://www.cdc.gov/mmwr/preview/mmwrhtml/rr5216a1.htm | author5 = Centers for Disease Control Prevention }}</ref> A investigação atual não sustenta a restrição da ingestão de leite por parte de crianças, uma vez que isso não tem qualquer efeito na duração da diarreia.<ref>{{cite web |url=http://www.bestbets.org/bets/bet.php?id=1728 |title=BestBets: Does Withholding milk feeds reduce the duration of diarrhoea in children with acute gastroenteritis? }}</ref> Pelo contrário, a [[Organização Mundial de Saúde]] recomenda que as crianças com diarreia continuam a comer ou a ser amamentadas normalmente, já que os nutrientes responsáveis pelo desenvolvimento continuam a ser absorvidos e aceleram o recobro do funcionamento normal do intestino.<ref name=WHOtreatmentdiarrhoea2005/> Recomenda-se ainda que as crianças e os adultos com cólera continuem a comer.<ref name = CDCmanualCholera/>

Embora alguns medicamentos, como a [[loperamida]] (Imodium) e o [[subsalicato de bismuto]], possam ser benéficos, existem situações em que podem ser contra-indicados.<ref name="pmid18192963">{{cite journal | vauthors = Schiller LR | title = Management of diarrhea in clinical practice: strategies for primary care physicians | journal = Rev Gastroenterol Disord | volume = 7 | issue = Suppl 3 | pages = S27–38 | year = 2007 | pmid = 18192963 }}</ref>

===Líquidos===
[[File:Cholera rehydration nurses.jpg|thumb|[[Terapia de reidratação oral]].]]
A [[Terapia de reidratação oral|solução de reidratação oral]] (SRO) consiste em água ligeiramente adocicada e salgada e pode ser usada para prevenir a [[desidratação]] causada pela diarreia. Estão disponíveis no mercado várias soluções comerciais e as ONGs como a [[UNICEF]] distribuem regularmente bolsas de sais e açúcar. No caso de não estarem disponíveis soluções comerciais é possível fazer SROs em casa. A OMS recomenda que para a solução de reidratação oral caseira sejam diluídas em cada litro de água potável uma colher de chá de sal (3 gramas) e duas colheres de sopa de açúcar (18 gramas).<ref name=WHOtreatmentdiarrhoea2005/><ref name=2010WorldCupTravellersGuide>[http://www.who.int/topics/test/food_safety/safe_food_travel.pdf A Guide on Safe Food for Travellers], Welcome to South Africa, Host to the 2010 FIFA World Cup (bottom left of page 1).</ref> Podem ser administradas soluções com base em outros líquidos, como água de arroz ligeiramente salgada, bebidas de [[iogurte]] ligeiramente salgadas ou sopas de legumes ou de [[frango]] também ligeiramente salgadas. A dose de sal recomendada é de entre meia e uma colher de chá de sal (1,5 – 3 g) por cada litro de água de cozedura de cereais, sopa sem sal, chá fraco sem açúcar ou sumos naturais de fruta sem açúcar.<ref name=WHOtreatmentdiarrhoea2005/>

As bebidas com grande quantidade de açúcar, como os [[refrigerante]]s e sumos de fruta, não são recomendadas para crianças com menos de cinco anos de idade, uma vez que podem ''aumentar'' ainda mais a desidratação. Uma solução demasiadamente rica em açúcar no intestino suga água do resto do corpo, de forma idêntica ao que acontece em caso de ingestão de água do mar.<ref name=WHOtreatmentdiarrhoea2005/><ref name=NICE2009>{{cite web|title=Management of acute diarrhoea and vomiting due to gastoenteritis in children under 5|url=http://guidance.nice.org.uk/CG84|work=National Institute of Clinical Excellence|date=April 2009}}</ref> Quando não estão disponíveis SRO mais adequadas é possível administrar simplesmente água natural.<ref name=NICE2009/> A essa mesma pessoa pode ainda ser administrada uma mistura de bebidas ricas em açúcar em água natural, como objetivo de fornecer uma quantidade moderada de sódio.<ref name=WHOtreatmentdiarrhoea2005/>

Em caso de necessidade, em crianças mais novas, é possível administrar a solução através de uma [[sonda nasogástrica]].<ref name=Webb2005>{{cite journal | vauthors = Webb A, Starr M | title = Acute gastroenteritis in children | journal = Australian family physician | volume = 34 | issue = 4 | pages = 227–31 | date = April 2005 | pmid = 15861741 }}</ref> Durante as primeiras horas de administração de SRO é frequente a ocorrência de [[vómito]]s, sobretudo nos casos em que uma criança bebe a solução rapidamente. No entanto, os vómitos raramente impedem a reidratação, uma vez que a maior parte do líquido é absorvido. A OMS recomenda que, caso uma criança vomite, se deva aguardar entre 5 a 10 minutos e depois administrar novamente a solução lentamente.<ref name=WHOtreatmentdiarrhoea2005/>

===Alimentação===

A OMS recomenda que uma criança com diarreia continue a ser alimentada normalmente. A continuidade na alimentação acelera o recobro da função normal do intestino. Pelo contrário, nas crianças a quem é restringida comida apresentam diarreia de maior duração e recuperam a função intestinal mais lentamente. A OMS salienta que os bebés devem continuar a ser [[Amamentação|amamentados]] normalmente, que nunca devem ser retirado qualquer alimento da alimentação da criança e que os alimentos habituais não devem ser diluídos.<ref name=WHOtreatmentdiarrhoea2005/> No caso específico da cólera, as recomendações são idênticas.<ref name = CDCmanualCholera/> Em crianças mais novas que não são amamentadas e que vivem em países desenvolvidos, uma dieta isenta de [[lactose]] pode ajudar a acelerar o recobro.<ref>{{cite journal | vauthors = MacGillivray S, Fahey T, McGuire W | title = Lactose avoidance for young children with acute diarrhoea. | journal = The Cochrane database of systematic reviews | volume = 10 | pages = CD005433 | date = 31 October 2013 | pmid = 24173771 | doi = 10.1002/14651858.CD005433.pub2 }}</ref>

===Medicação===
Embora os [[antibiótico]]s apresentem benefícios em determinados tipos de diarreia aguda, geralmente não são usados exceto em situações específicas.<ref>{{cite journal | vauthors = Dryden MS, Gabb RJ, Wright SK | title = Empirical treatment of severe acute community-acquired gastroenteritis with ciprofloxacin | journal = Clin. Infect. Dis. | volume = 22 | issue = 6 | pages = 1019–25 | date = June 1996 | pmid = 8783703 | doi = 10.1093/clinids/22.6.1019 }}</ref><ref name=CE08/> Existem receios que os antibióticos possam aumentar o risco de [[síndrome hemolítico-urémica]] nas pessoas infetadas com [[Escherichia coli O157:H7]].<ref>{{cite journal | vauthors = Wong CS, Jelacic S, Habeeb RL, Watkins SL, Tarr PI | title = The risk of the hemolytic-uremic syndrome after antibiotic treatment of Escherichia coli O157:H7 infections | journal = N. Engl. J. Med. | volume = 342 | issue = 26 | pages = 1930–6 | date = June 2000 | pmid = 10874060 | pmc = 3659814 | doi = 10.1056/NEJM200006293422601 }}</ref> Nos países com menos recursos, os tratamentos com antibióticos podem ter alguns benefícios.<ref name=CE08>{{cite journal | vauthors = de Bruyn G | title = Diarrhoea in adults (acute) | journal = Clin Evid (Online) | volume = 2008 | pages = 0901 | year = 2008 | pmid = 19450323 | pmc = 2907942 }}</ref> No entanto, algumas bactérias estão a desenvolver [[resistência antibiótica]], principalmente a ''Shigella''.<ref>{{cite web |url=http://www.who.int/vaccine_research/diseases/diarrhoeal/en/index6.html |title=Diarrhoeal Diseases |date=February 2009 |work=World Health Organization }}</ref> Os antibióticos podem também causar diarreia, sendo a própria doença o efeito secundário mais comum do tratamento com antibióticos de largo espectro.

Embora os [[subsalicilato de bismuto|compostos de bismuto]] diminuam o número de movimentos intestinais, não diminuem a duração da doença.<ref>{{cite journal | vauthors = DuPont HL, Ericsson CD, Farthing MJ, Gorbach S, Pickering LK, Rombo L, Steffen R, Weinke T | title = Expert review of the evidence base for self-therapy of travelers' diarrhea | journal = J Travel Med | volume = 16 | issue = 3 | pages = 161–71 | year = 2009 | pmid = 19538576 | doi = 10.1111/j.1708-8305.2009.00300.x }}</ref> Os antimotílicos, como a [[loperamida]] (Imodium), são também eficazes a diminuir o número de movimentos intestinais, mas não a duração da diarreia.<ref name=NEJM2014/> Estes medicamentos devem ser usados apenas quando não se verifica sangue nas fezes.<ref>{{cite journal | vauthors = Pawlowski SW, Warren CA, Guerrant R | title = Diagnosis and treatment of acute or persistent diarrhea | journal = Gastroenterology | volume = 136 | issue = 6 | pages = 1874–86 | date = May 2009 | pmid = 19457416 | pmc = 2723735 | doi = 10.1053/j.gastro.2009.02.072 | doi_brokendate = 2015-01-12 }}</ref>

===Outras terapias===

Quando disponíveis, A OMS recomenda acrescentar à terapia de reidratação oral suplementos de [[zinco]] e [[potássio]]. No entanto, a sua falta de disponibilidade não deve impedir ou atrasar a reidratação. A OMS salienta ainda que é importante prevenir a desidratação o mais rapidamente possível e durante o transporte para o centro médico.<ref name=WHOtreatmentdiarrhoea2005/> Os suplementos de zinco apresentam benefícios em crianças com diarreia em países desenvolvidos, mas apenas em crianças com mais de seis anos. As evidências apoiam as recomendações da OMS para a ingestão de zinco, mas não no caso dos mais novos.<ref>{{cite journal | vauthors = Lazzerini M, Ronfani L | title = Oral zinc for treating diarrhoea in children | journal = The Cochrane database of systematic reviews | volume = 1 | pages = CD005436 | date = Jan 31, 2013 | pmid = 23440801 | doi = 10.1002/14651858.CD005436.pub4 | doi_brokendate = 2015-01-12 }}</ref>

Os [[probiótico]]s diminuem a duração dos sintomas em cerca de um dia e diminuem em 60% a probabilidade dos sintomas durarem mais de quatro dias.<ref>{{cite journal | vauthors = Allen SJ, Martinez EG, Gregorio GV, Dans LF | title = Probiotics for treating acute infectious diarrhoea | journal = Cochrane Database Syst Rev | volume = 2010 | issue = 11 | pages = CD003048 | year = 2010 | pmid = 21069673 | doi = 10.1002/14651858.CD003048.pub3 | url = http://onlinelibrary.wiley.com/o/cochrane/clsysrev/articles/CD003048/frame.html | doi_brokendate = 2015-01-12 | editor1-last = Allen | editor1-first = Stephen J }}</ref> O probiótico ''[[lactobacillus]]'' pode ajudar a prevenir a diarreia associada a antibióticos em adultos, mas possivelmente não em crianças.<ref>{{cite journal | vauthors = Kale-Pradhan PB, Jassal HK, Wilhelm SM | title = Role of Lactobacillus in the prevention of antibiotic-associated diarrhea: a meta-analysis | journal = Pharmacotherapy | volume = 30 | issue = 2 | pages = 119–26 | date = February 2010 | pmid = 20099986 | doi = 10.1592/phco.30.2.119 }}</ref>

== Ver também ==
* [[Esteatorreia]]
* [[Desnutrição]]
* [[Pancreatite crônica]]
* [[Doença Celíaca]]

{{Referências}}

== Ligações externas ==
* {{Link|pt|2=http://www.omge.org/globalguidelines/guide01/guideline1_pt.htm |3=Diarréia aguda em adultos |4=- Protocolo da Organização Mundial de Gastroenterologia}}

{{Gastroenterologia}}
{{esboço-patologia}}
{{Portal3|Medicina|Enfermagem}}


[[Categoria:Sintomas]]
[[Categoria:Sintomas]]

Revisão das 19h02min de 19 de setembro de 2016

Diarreia
Diarreia
Microfotografia de um rotavírus, a causa de cerca de 40% das hospitalizações por diarreia em crianças com menos de cinco anos de idade.[1]
Especialidade infecciologia, gastrenterologia
Classificação e recursos externos
CID-10 A09, K59.1
CID-9 787.91
CID-11 116759077
OMIM 123400
DiseasesDB 3742
MedlinePlus 003126
eMedicine ped/583
MeSH D003967
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Diarreia é a condição médica em que se verificam pelo menos três movimentos intestinais aquosos ou pouco consistentes por dia. Geralmente tem a duração de alguns dias e pode causar desidratação devido à perda de líquidos. Os sinais iniciais de desidratação são muitas vezes a perda de elasticidade normal da pele e irritabilidade, progredindo à medida que se vai agravando para diminuição da micção, palidez, aumento do ritmo cardíaco e diminuição do nível de consciência. No entanto, em recém-nascidos que se encontram a amamentar, as fezes pouco consistentes e não aquosas podem ser normais.[2]

As causas mais comuns de diarreia são infeções dos intestinos provocadas por vírus, bactérias ou parasitas, uma condição denominada gastroenterite. Estas infeções são geralmente adquiridas a partir de alimentos ou água contaminados por matéria fecal ou contraídas diretamente a partir de outra pessoa infetada. A diarreia pode ser dividida em três tipos: diarreia aquosa de curta duração, diarreia sanguinolenta de curta duração e diarreia persistente, caso tenha duração superior a duas semanas. A diarreia aquosa de curta duração pode também dever-se a uma infeção por cólera, embora isto seja raro no mundo desenvolvido. No caso de haver presença de sangue, pode-se estar na presença de disenteria.[2] Existem também uma série de causas não infeciosas que podem provocar diarreia, entre as quais hipertiroidismo, intolerância à lactose, doença inflamatória intestinal, vários medicamentos e síndrome do cólon irritável.[3] Na maior parte dos casos não é necessária a recolha de amostras de fezes para confirmar a causa.[4]

A prevenção da diarreia infeciosa é feita com a melhora das condições de saneamento, com a ingestão de água potável e com a lavagem das mãos com sabonete. A amamentação durante os primeiros seis meses de vida é recomendada, uma vez que oferece imunização contra rotavírus. O tratamento de primeira linha é a terapia de reidratação oral (TRO), que consiste em água potável com pequenas quantidades de sais minerais e açúcar. São também recomendadas pastilhas de zinco.[2] Estima-se que estes tratamentos tenha salvado a vida de mais de 50 milhões de crianças nos últimos 25 anos.[1] Aos doentes com diarreia é geralmente recomendado que continuem a ingerir alimentos saudáveis e aos bebés que continuem a ser amamentados.[2] Quando não estão disponíveis TRO comerciais, é possível usar soluções improvisadas.[5] Em pessoas com desidratação grave pode ser necessária a administração de líquidos por via intravenosa.[2] No entanto, a maior parte dos casos podem ser tratada apenas com a ingestão de líquidos por via oral.[6] Os antibióticos raramente são usados e são recomendados apenas em alguns casos de diarreia com sangue e febre elevada, em pessoas com diarreia derivada de viagens e pessoas com bactérias ou parasitas específicos.[4] A loperamida pode ajudar a diminuir o número de movimentos intestinais, mas não é recomendada em pessoas com diarreia grave.[4]

Em cada ano ocorrem entre 1,7 e 5 mil milhões de casos de diarreia.[2][3][7] É mais comum nos países em vias de desenvolvimento, nos quais as crianças mais novas contraem diarreia, em média, três vezes por ano.[2] Estima-se que o número total de mortes por diarreia tenha sido de 1,26 milhões em 2013, uma diminuição em relação aos 2,58 milhões em 1990.[8] Em 2012, a doença foi a segunda causa mais comum de mortalidade infantil em crianças com menos de cinco anos de idade (0,76 milhões ou 11%).[2][9] Os episódios frequentes de diarreia são uma causa comum de má-nutrição e a causa mais comum em crianças com menos de cinco anos.[2] Entre outros problemas que podem ocorrer a longo prazo estão a diminuição do crescimento e do desenvolvimento intelectual.[9]

Classificação

Mapa mostrando a distribuição mundial de doenças causadoras de diarreia (por 100.000 habitantes).

A diarreia é classificada em Aguda, quando dura até 14 dias; Persistente, quando superior a 14 dias ou ainda Crônica, quando ultrapassa 3 semanas. Essa classificação tem importância porque o tratamento e a investigação de cada um dos tipos é diferente.

A diarreia crônica pode ser classificada em nove tipos[10]:

  • Osmótica (má-absorção);
  • Secretória;
  • Inflamatória;
  • Motora;
  • Mista;
  • Mole;
  • Aguada;
  • Com torções;
  • Sem torções.

Sinais e sintomas

Uma diarreia pode conduzir à ocorrência de desidratação, que consiste na perda acentuada de água e sais minerais do corpo. Esta pode ser identificada a partir dos seguintes sintomas:

  • Olhos encovados;
  • Pele seca;
  • Boca seca;
  • Desidratação.

Em caso de crianças observar:

  • Fralda seca por mais de três horas;
  • Fraqueza e choro fraco;
  • Irritabilidade e indisposição para brincar.

Causas

Muitos fatores podem provocar a diarreia entre os quais a ingestão de bolo de iogurte húmido.

Tratamento

Na maior parte dos casos de diarreia, o único tratamento necessário é a reposição dos líquidos e sais minerais perdidos. Isto é geralmente feito por via oral através de terapia de reidratação oral (TRO), podendo nos casos mais graves ser feita administração via intravenosa.[1] As restrições na dieta, como a dieta à base de banana, arroz, puré de maçãs e torradas, já não são recomendadas por não haver evidências de eventuais benefícios.[12] A investigação atual não sustenta a restrição da ingestão de leite por parte de crianças, uma vez que isso não tem qualquer efeito na duração da diarreia.[13] Pelo contrário, a Organização Mundial de Saúde recomenda que as crianças com diarreia continuam a comer ou a ser amamentadas normalmente, já que os nutrientes responsáveis pelo desenvolvimento continuam a ser absorvidos e aceleram o recobro do funcionamento normal do intestino.[14] Recomenda-se ainda que as crianças e os adultos com cólera continuem a comer.[15]

Embora alguns medicamentos, como a loperamida (Imodium) e o subsalicato de bismuto, possam ser benéficos, existem situações em que podem ser contra-indicados.[16]

Líquidos

Terapia de reidratação oral.

A solução de reidratação oral (SRO) consiste em água ligeiramente adocicada e salgada e pode ser usada para prevenir a desidratação causada pela diarreia. Estão disponíveis no mercado várias soluções comerciais e as ONGs como a UNICEF distribuem regularmente bolsas de sais e açúcar. No caso de não estarem disponíveis soluções comerciais é possível fazer SROs em casa. A OMS recomenda que para a solução de reidratação oral caseira sejam diluídas em cada litro de água potável uma colher de chá de sal (3 gramas) e duas colheres de sopa de açúcar (18 gramas).[14][17] Podem ser administradas soluções com base em outros líquidos, como água de arroz ligeiramente salgada, bebidas de iogurte ligeiramente salgadas ou sopas de legumes ou de frango também ligeiramente salgadas. A dose de sal recomendada é de entre meia e uma colher de chá de sal (1,5 – 3 g) por cada litro de água de cozedura de cereais, sopa sem sal, chá fraco sem açúcar ou sumos naturais de fruta sem açúcar.[14]

As bebidas com grande quantidade de açúcar, como os refrigerantes e sumos de fruta, não são recomendadas para crianças com menos de cinco anos de idade, uma vez que podem aumentar ainda mais a desidratação. Uma solução demasiadamente rica em açúcar no intestino suga água do resto do corpo, de forma idêntica ao que acontece em caso de ingestão de água do mar.[14][18] Quando não estão disponíveis SRO mais adequadas é possível administrar simplesmente água natural.[18] A essa mesma pessoa pode ainda ser administrada uma mistura de bebidas ricas em açúcar em água natural, como objetivo de fornecer uma quantidade moderada de sódio.[14]

Em caso de necessidade, em crianças mais novas, é possível administrar a solução através de uma sonda nasogástrica.[19] Durante as primeiras horas de administração de SRO é frequente a ocorrência de vómitos, sobretudo nos casos em que uma criança bebe a solução rapidamente. No entanto, os vómitos raramente impedem a reidratação, uma vez que a maior parte do líquido é absorvido. A OMS recomenda que, caso uma criança vomite, se deva aguardar entre 5 a 10 minutos e depois administrar novamente a solução lentamente.[14]

Alimentação

A OMS recomenda que uma criança com diarreia continue a ser alimentada normalmente. A continuidade na alimentação acelera o recobro da função normal do intestino. Pelo contrário, nas crianças a quem é restringida comida apresentam diarreia de maior duração e recuperam a função intestinal mais lentamente. A OMS salienta que os bebés devem continuar a ser amamentados normalmente, que nunca devem ser retirado qualquer alimento da alimentação da criança e que os alimentos habituais não devem ser diluídos.[14] No caso específico da cólera, as recomendações são idênticas.[15] Em crianças mais novas que não são amamentadas e que vivem em países desenvolvidos, uma dieta isenta de lactose pode ajudar a acelerar o recobro.[20]

Medicação

Embora os antibióticos apresentem benefícios em determinados tipos de diarreia aguda, geralmente não são usados exceto em situações específicas.[21][22] Existem receios que os antibióticos possam aumentar o risco de síndrome hemolítico-urémica nas pessoas infetadas com Escherichia coli O157:H7.[23] Nos países com menos recursos, os tratamentos com antibióticos podem ter alguns benefícios.[22] No entanto, algumas bactérias estão a desenvolver resistência antibiótica, principalmente a Shigella.[24] Os antibióticos podem também causar diarreia, sendo a própria doença o efeito secundário mais comum do tratamento com antibióticos de largo espectro.

Embora os compostos de bismuto diminuam o número de movimentos intestinais, não diminuem a duração da doença.[25] Os antimotílicos, como a loperamida (Imodium), são também eficazes a diminuir o número de movimentos intestinais, mas não a duração da diarreia.[4] Estes medicamentos devem ser usados apenas quando não se verifica sangue nas fezes.[26]

Outras terapias

Quando disponíveis, A OMS recomenda acrescentar à terapia de reidratação oral suplementos de zinco e potássio. No entanto, a sua falta de disponibilidade não deve impedir ou atrasar a reidratação. A OMS salienta ainda que é importante prevenir a desidratação o mais rapidamente possível e durante o transporte para o centro médico.[14] Os suplementos de zinco apresentam benefícios em crianças com diarreia em países desenvolvidos, mas apenas em crianças com mais de seis anos. As evidências apoiam as recomendações da OMS para a ingestão de zinco, mas não no caso dos mais novos.[27]

Os probióticos diminuem a duração dos sintomas em cerca de um dia e diminuem em 60% a probabilidade dos sintomas durarem mais de quatro dias.[28] O probiótico lactobacillus pode ajudar a prevenir a diarreia associada a antibióticos em adultos, mas possivelmente não em crianças.[29]

Ver também

Referências

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Ligações externas

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