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Dublin: diferenças entre revisões

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== Cultura ==
== Cultura ==
[[Ficheiro:National Gallery of Ireland 2006 Kaihsu Tai.jpg|thumb|200px|Galeria Nacional da Irlanda]]
[[Ficheiro:National Gallery of Ireland 2006 Kaihsu Tai.jpg|thumb|200px|Galeria Nacional da Irlanda]]
Dublin é a cidade de grandes festivais tradicionais. A cada semana, há um ritmo de festa diferente, podendo ser então, um festival religioso, musical, de arte, moda, comidas, bebidas, feira de livros e entre outros.
Dublin é a cidade de [[George Bernard Shaw]], [[Bram Stoker]], [[Jonathan Swift]], [[Oscar Wilde]], [[William Butler Yeats]], [[Samuel Beckett]], [[James Joyce]], autor de Ulisses, e [[Colin Farrell]], entre outros. [[James Joyce]] fez sua homenagem ao povo da cidade no livro The Dubliners. A banda [[U2]] também tem origem nessa cidade. Mais recentemente, foi idealizado e filmado na cidade o sucesso cinematográfico Goldfish Memory (Todas as cores do amor).


A festa mais popular da cidade e que atrai mais turistas do mundo inteiro, é o [[Dia de São Patrício]] (em inglês, Saint Patrick's Day), um dos padroeiros da Irlanda, e é normalmente comemorado no dia [[17 de Março]]. De famílias a grupos de amigos, embalados por cerveja [[Guinness]] e [[Irish coffee]], todos saem às ruas de Dublin fantasiados ou com os rostos pintados, em uma espécie de [[carnaval]]. Escolas de samba, bandas marciais, são as que eletrizam a cidade neste dia tão aclamado.
A cidade também é sede do Museu Nacional de Pinturas da Irlanda, Museus Irlandês de Arte Moderna, Galeria Nacional da Irlanda, e Hugh Lane Municipal Gallery, além de três Museu Nacional da Irlanda.
Além de grandes bonecos infláveis, o espetáculo inclui teatro de rua, artistas circenses, e até mesmo exibição de filmes irlandeses, shows e brincadeiras como gincana, pelas ruas da cidade.


A terra cultural dublinense também tem como natalidade, grandes escritores como [[George Bernard Shaw]], [[Bram Stoker]], [[Jonathan Swift]], [[Oscar Wilde]], [[William Butler Yeats]], [[Samuel Beckett]], [[James Joyce]] (autor de [[Ulisses]]) e entre outros. Além de escritores, Dublin também é a cidade natal de grandes atores de Hollywood como [[Colin Farrell]], [[Jonathan Rhys Meyers]], e de grandes músicos como, a famosa banda [[U2]], a cantora [[Enya]] e do cantor, compositor e humanista [[Bob Geldof]].
=== Meios de comunicação ===

Dublin é o centro de meios de comunicação social na Irlanda, com muitos jornais, rádios, estações de televisão e empresas de telefone. [[Radio Telefis Eireann]] (RTE) é o órgão de radiodifusão do Estado, e possui os seus principais escritórios e estúdios em [[Donnybrook]], Dublin. [[Feira da Cidade]] é a novela da emissora, baseada na capital, localizado no subúrbio da Carraigstown ficcional. [[TV3]] e [[Canal 6]], [[Cidade Channel]], [[Sky News]] e [[Irlanda Setanta Sports]] também são baseados em Dublin. As principais infra-estruturas e escritórios do [[An Post]] e da antiga companhia telefónica estatal [[Eircom]], bem como a [[Vodafone]] e o [[O2]], estão localizados na capital. Existe também um centro de operações principais dos jornais nacionais, como o ''[[The Irish Times]]'' e ''[[Irish Independent]]''.
A cidade também é a sede de grandes símbolos históricos, que guardam antigas lembranças do povo irlandês, podendo ser vistos no Museu Nacional de Pinturas da Irlanda, Museu Irlandês de Arte Moderna, Galeria Nacional da Irlanda, e Hugh Lane Municipal Gallery, incluindo três Museu Nacional da Irlanda.


== Cidades-irmãs ==
== Cidades-irmãs ==

Revisão das 20h33min de 16 de agosto de 2009

 Nota: Se procura outros significados, veja Dublin (desambiguação).
Dublin
Baile Átha Cliath
Lema: Obedientia Civium Urbis Felicitas
Em latim: "Feliz a cidade onde os cidadãos obedecem"

Rio Liffey em Dublin, durante a noite.
Província Leinster
Condado Condado de Dublin
Área 114,99 km²
População 505 739 hab.
Densidade 4 398 hab/km²
Altitude 20 metros
Website www.dublincity.ie
Localização de Dublin na Irlanda
53° 20' 49" N 06° 15' 33" O
Cidade da República da Irlanda

Dublin ou Dublim (em inglês Dublin, em irlandês Baile Átha Cliath) é a capital e maior cidade da República da Irlanda.

Localiza-se na costa oriental da ilha, na província de Leinster. Desde 1898 possui nível administrativo de condado (county-boroughs). Seus limites são os condados de Fingal a norte, Dublin meridional a sudoeste e Dun Laoghaire-Rathdown a sudeste. Encontra-se na foz do rio Liffey, na baía de Dublin. Tem 505,739 mil habitantes no centro da cidade e 1,661,185 habitantes em total. Foi fundada pelos vikings que a dominaram até 1170.

Etimologia

O topônimo "Dublin" é geralmente atribuído como derivação do gaélico Duibhlinn (literalmente piscina negra), todavia existe certa controvérsia sobre isto, e no gaélico mais moderno também é conhecida como A cidade da piscina natural da cerca de juncos.

Os primeiros registros de Dublin datam do ano 140 d.C., que se referem à cidade como Eblana. Esse nome é bem próximo de Dublin (compartilham b,l e n), mas não há certeza sobre a influência do nome Eblana sobre o atual, e é bem possível que a cidade já tenha tido simultaneamente dois nomes diferentes, o que ratifica o caráter pluri-cultural da cidade.

Em português o aportuguesamento Dublim também é usado mas é menos frequente.

História

Início

As primeiras escritas sobre Dublin foram feitas no ano de 140 d.C pelo astrônomo grego Ptolomeu, que a chamou de Eblana Civitas. Isso garante que Dublin é uma cidade com ao menos dois milênios de tradição, mas provavelmente ela exista há mais tempo que isso.

No início do século X, duas colônias co-existiam na cidade. Onde moravam viquingues nórdicos, era chamada Dubh Linn (ou Dyflin), e ficava em uma área que hoje se chama Wood Quay; e tinha Áth Cliath, a região céltica da cidade, mais distante do rio.

Dublin tornou-se sede do poder inglês no século XII, após da parte sul do país pelo povo do norte britânico. Porém os estrangeiros absorveram os costumes locais, gerando uma fantástica mistura de culturas, o que minou o poder inglês de certa forma.

Idade Média

Em 1171, após a tomada de Dublin pelos ingleses, muitos dos descendentes dos vikings noruegueses deixaram a parte mais antiga da cidade e foram viver ao sul do rio Liffey. A região que construíram lá é conhecida como Osmatown, ou “Oxmatown”. A Irlanda ganhou um lorde, e Dublin era a capital do “English Lordship of Ireland” (Sub-Reinado Inglês da Irlanda). A população da cidade era majoritariamente composta por colonos ingleses e do País de Gales. A representação oficial da Inglaterra era centrada em um suntuoso castelo, e a cidade também era sede do parlamento Irlandês. Importantes prédios que remetem à época são: St Auden's Church, St Patrick's Cathedral e Cristchurch Cathedral, que são igrejas. O resto das muralhas locais vai de St. Auden´s até Cook Street (Rua Cook).

Os habitantes da área mais afastada e rural da cidade, conhecida como Pale, desenvolveram uma identidade cultural parecida com a das outras colônias que cercavam a capital, e a região de Dublin se via um pedaço de civilização cercado de bárbaros por todos os lados.

o Castelo Malahide em estilo Medieval.

Anualmente os habitantes de Dublin faziam uma peregrinação até o campo de Cullen em Ranelagh. Até que 500 habitantes da região de Bristol foram massacrados pelo clã O'Toole. Revoltados, os cidadãos de Dublin marcharam até o local do ocorrido e hastearam uma bandeira preta com um emblema em forma de corvo em direção às montanhas do massacre, para desafiar os Irlandeses locais para uma batalha, em gesto de desafio público.

O ato de sair da cidade era tão perigoso até o século XVII, que os participantes tiveram que ser escoltados pela milícia da cidade que fizeram uma espécie de cerca para protegê-los dos "inimigos das montanhas". Uma grande evidencia da coragem do povo dessa cidade.

A Dublin medieval era pequena, com algo em torno de 5 a 10 mil pessoas, uma cidade intimista o suficiente para que todos os casamentos fossem acompanhados pelo próprio prefeito na arena de touros da cidade, onde ele dava um beijo no casal e as bênçãos para terem boa sorte durante o casamento. A cidade não ocupava mais que 3 km quadrados ao sul do rio Liffey. Fora do domínio dos muros da cidade, havia subúrbios como The Liberties (As liberdades), localizado nas terras do Arcebispo de Dublin, e Irishtown (Cidade Irlandesa) onde os gaélicos viviam após terem sido expulsos da cidade por uma lei do século XV. Embora os nativos não devessem, em tese, viver na cidade e seus arredores, muitos o fizeram até o século XVI. Autoridades inglesas reclamavam que o Gaélico rivalizava com o inglês como língua diária na região do Pale.

Em 1348 Dublin, assim como grande parte da Europa, foi acometida pela peste bubônica (peste negra). A praga perdurou em vários surtos até 1649. A cidade também era cenário de várias guerrilhas urbanas. Por toda a Idade Média, a cidade pagou propinas aos clãs criminosos irlandeses, de modo a evitar saques e depredação.

Em 1314, uma invasão do exército escocês queimou subúrbios da cidade. Os ingleses, com interesses em manter a pequena colônia irlandesa, designaram a defesa da cidade com relação ao cerco irlandês sob a responsabilidade do Conde Fitzgerald de Kildare, que dominou a política irlandesa até o século XVI. De qualquer forma, essa dinastia perseguia sua própria agenda. Em 1487, durante a Guerra das Rosas, os Fitzgerald ocuparam a cidade com o adendo de tropas de Burgundy e proclamaram o Yorkista Lambert Simnel como Rei da Inglaterra.

Em 1536, a mesma dinastia, irada com prisão de Garret Fitzgerald, Conde de Kildare, assediava o Castelo de Dublin, forçando Henrique VIII a enviar um grande exército para destruir a família Fitzgerald e substituí-los por administradores ingleses. Durante a guerra dos nove anos, que ocorreu na década de 1590, soldados ingleses, através de decreto, forçaram os cidadãos da cidade a os hospedarem em suas casas, espalhando doenças e aumentando o preço dos víveres, além de disseminarem estupros no contexto doméstico, entre as mulheres e meninas da cidade. Os soldados feridos em combate padeciam nas ruas, pois não havia nenhum hospital adequado. Em 1597, a loja de pólvoras inglesa na Winetaven Street explodiu, matando algo em torno de 200 cidadãos de Dublin. Na década de 1640, a cidade foi cercada duas vezes (1646 e 1649) durante as Guerras Confederadas Irlandesas. Nenhum dos cercos, porém, foi bem sucedido.

Dublin colonial

Dublin e seus habitantes sofreram profundas transformações provocadas pelas revoltas irlandesas dos sécs. XVI e XVII. Eles viram a finalização da primeira conquista inglesa sob a Dinastia Tudor. As antigas comunidades inglesas de Dublin e Pale, embora estivessem felizes com a conquista e desarmamento dos nativos irlandeses, ficaram perturbados pela reforma protestante em curso na Inglaterra e que atingia a quase todos os Católicos Apostólicos Romanos do país. Ademais, eles estavam muito insatisfeitos com a obrigação do pagamento de taxa oficial para as forças militares inglesas do país, taxa essa alcunhada de “cess”. Muitos cidadãos de Dublin foram executados por tomarem parte nas rebeliões de Desmond na década de 1580. Conseqüentemente, autoridades inglesas passaram a ver os dublinenses como não confiáveis começaram a incentivar o estabelecimento de colônias protestantes saídas da Inglaterra não apenas ali, mas em toda a região da Irlanda. Essa “Nova Inglaterra” se tornou a base da administração inglesa no Irlanda até o século XIX.

a Catedral St. Patrick's, em estilo neo-gótico.

Protestantes se tornaram maioria em Dublin na década de 1640, quando milhares deles foram para lá fugindo da Revolução Irlandesa de 1641. Na década de 1650, depois da conquista do vingativo Cromwell (monarca inglês) sobre a Irlanda, católicos foram banidos da cidade. Mas essa lei não foi fortemente reforçada. Ironicamente, essa discriminação religiosa fez com que a velha comunidade inglesa do local abandonasse suas raízes inglesas e se colocasse como parte da população nativa da Irlanda, assim continuavam católicos. Ao final do século XVII, Dublin era capital do Reino da Irlanda, conduzida pela minoria protestante da “Nova Inglaterra”, porém mais pacífica e próspera do que em qualquer outra época de sua historia.

De medieval a georgiana

No início do século XVII os ingleses tinha estabelecido controle e impuseram o duro código penal à maioria católica da população irlandesa. Em Dublin, os protestantes prosperaram.

Em termos de disposição das ruas, se assemelhava a Paris. Ficou assim após um extenso trabalho de re-ordenamento urbano. Uma comissão especial foi feita para planejar o alargamento das ruas. Várias ruas foram demolidas para serem construídas outras no estilo Georgiano. Entre as ruas famosas que serviram a essa tendência estavam Sackville, Dame, Westmoreland e D'Olier. Cinco quarteirões foram também projetados: Rutland Square (atualmente chamado de Parnell Square), Mountjoy Square na zona norte, Merrion Square, Fitzwilliam Square e Saint Stephen's Green Park, todos ao sul do Rio Liffey.

Inicialmente as residências mais ricas fiavam na zona norte, em lugares como Henrierra Street e Rutland Square. A decisão do Conde de Kildare (primeiro cavalheiro da Irlanda, depois tornado duque de Leinster) de contruir sua nova casa na cidade, Kildare House (posteriormente rebatizada de Leinster House) na zona sul, fez com que a elite da cidade também procurasse casas na zona sul.

Apenas uma área medieval da zona norte, chamada de Temple Bar, localizada entre Dame Street e o rio Liffey, sobreviveu a esse processo de remodelagem urbana. Essa área ficou conhecida como a Dublin Georgiana (Georgian Dublin).

Ainda na era Georgiana, foi tomada uma importante decisão arquitetônica: As casas perto do cais teriam que ter a fachada voltada para o cais. Essa decisão perdura até hoje e colabora com a beleza de Dublin.

Até 1800 a cidade foi sede um parlamento independente (ainda que exclusivamente anglicano), o parlamento irlandês. E foi durante esse período que muitos dos grandes prédios georgianos foram construídos. Em 1801, sob o Ato de União da Irlanda, que anexou o reino da Irlanda ao da Grã-Bretanha, para formar o Reino Unido da Grã-Bretanha, o parlamento Irlandês foi extindo e Dublin perdeu sua influência política.

Enquanto o crescimento da cidade continuava, ela sofreu perdas financeiras relacionadas ao fim do parlamento e mais diretamente ao fim da renda dos servos do parlamento e de toda a corte do vice-rei da Irlanda que residia no Castelo de Dublin.

Em poucos anos, muitas mansões, como Leinster House, Powerscourt House e Aldborough House, pertencentes a membros do reino que gastavam muito tempo na capital, foram vendidas. Muito da parte georgiana da cidade se converteu em favelas.

O renascimento

Ao fundo avista-se o Four Courts, que fica as margens do Liffey River.

Na década de 1960 Dublin passou por um gigantesco processo de restauração. Hoje ela é uma cidade de tanto glamour quanto as maiores capitais européias.

Como capital da Irlanda, representa um pais que emergiu muito nos últimos 30 anos. A Irlanda já é uma das 20 maiores economias do mundo e sua renda per capita é maior do que a de países como Espanha e Portugal. Os bairros decadentes se tornaram prósperas e belas vizinhanças. Dublin é uma cidade que respeita o patrimônio histórico, mas, ao mesmo tempo, permanece ligada às tendências da modernidade. Tudo isso mantendo um padrão sócio econômico de país desenvolvido.

De cidade que exportou muitas das mãos que construíram a América do Norte, Dublin converteu-se em cidade que recebe imigrantes de outros países, retribuindo ao mundo a oportunidade que seus imigrantes tiveram em outros países, dando a outras pessoas a chance de recomeçar.

Governo

Da cidade

Câmara Municipal de Dublin

A cidade é governada pela Câmara Municipal de Dublin (anteriormente denominado Dublin Corporation), que é presidido pelo Lord Mayor de Dublin, que é eleito anualmente e reside na Mansion House. A Câmara Municipal está sedeada em dois grandes edifícios. As Reuniões do Conselho têm lugar na sede da Cãmara Municipal, a antiga Royal Exchange, retomado para uso do governo da cidade em 1850. Muitos dos seus funcionários administrativos estão sedeados na controversa Civic Offices em Wood Quay.

O Conselho Municipal é unicamaral, com 52 membros, eleitos a cada cinco anos a partir de Eleições Locais. O partido com a maioria dos assentos, é quem decide o que se senta na comissão, as políticas a seguir, e que se torna Lord Mayor. Presidida pelo Senhor Presidente da Câmara, o Conselho tem um orçamento anual para despesa com a habitação, a gestão do tráfego, lixo, drenagem, planeamento, etc. A Dublin City Manager é responsável pela execução das decisões da Câmara Municipal.

Nacional

Leinster House

O Parlamento nacional da Irlanda, a Oireachtas, é constituído pelo Presidente da República da Irlanda, sendo composto pelo Dáil Éireann (Câmara dos Deputados) e Seanad Éireann (Senado). Todos os três estão sedeados em Dublin. O Presidente da República da Irlanda vive em Áras an Uachtaráin, a antiga residência do Governador-geral do Estado Livre Irlandês, no maior parque da cidade e da Europa, o Parque Phoenix. Ambas as câmaras do Oireachtas reúnem-se em Leinster House, um antigo palácio ducal, na zona sul. O edifício tem sido o lar do parlamento irlandês desde a criação do Estado Livre Irlandês em 6 de Dezembro de 1922.

O Governo irlandês está sedeado no Edíficios do Governo, um grande edifício concebido por Sir Thomas Dean Manly e Aston Webb, Sir Aston Webb sendo o arquitecto que criou o Edwardian, fachada do Palácio de Buckingham, como o Royal College of Science. Em 1921, a Câmara dos Comuns do Sul da Irlanda reuniu-se aqui. Dada a sua localização próxima a Leinster House, o governo do Estado Livre Irlandês assumiu parte do edifício para servir como lar temporário para alguns ministérios. Tanto ela como Leinster House, foram concebidos para ser um lar temporário do parlamento, mas tornou-se permanente.

As velhas Casas do Parlamento irlandês, do Reino da Irlanda, estão no Colégio Verde.

Clima

Dublin possui um clima temperado marítimo, caracterizado por invernos suaves e verões frios. No entanto, contrariamente à crença popular, Dublin não tem experiência com alta pluviosidade como no Oeste da Irlanda, que recebe duas vezes mais do que Dublin. A capital irlandesa tem menos dias chuvosos, em média, do que Londres. A temperatura média máxima em Janeiro é de 8°C, a temperatura média máxima em Julho é de 19°C. Os meses ensolarados, em média, são Maio e Junho. O mese mais húmido, em média, é Dezembro com 76 mm de chuva. O mês mais seco é Fevereiro, com 50 mm. A precipitação total anual média (e outras formas de precipitação) é 732,7 mm, inferior a Sydney, Nova Iorque e até Dallas. Devido a se situar numa latitude norte, Dublin tem cerca de 19 horas de luz no Verão, e nove horas no Inverno.

Os ventos fortes, a partir de sistemas de tempestade do Atlântico, podem afectar Dublin, embora geralmente menos severamente do que outras partes da Irlanda. Os ventos mais fortes são mais prováveis durante meados de Inverno, mas pode ocorrer a qualquer momento, especialmente entre Outubro e Fevereiro. Durante um dos períodos tempestivos dos últimos tempos, uma rajada de 151 km/h foi registada no Aérodromo de Casement, em 24 de Dezembro de 1997.

Economia

Provavelmente a mais famosa indústria é a destilaria: a Guinness tem sido destilada, em St. James's Gate Brewery desde 1759.

Durante os anos do Tigre Celta, em finais da década de 90, um grande número de empresas de tecnologia da informação e da indústria farmacêutica, foram se estabelecendo em Dublin e nos seus subúrbios, e grande volume da indústria de informática, leva a que lhe chamem o Silicon Valley da Europa. A Microsoft Operations Center EMOA está localizada no Estado Sandyford Industrial, no sul da cidade, e o Google e Amazon estabeleceram bases operacionais na cidade. Intel e Hewlett-Packard possuem grandes instalações fabris em Leixlip, County Kildare, a oeste de Dublin. O Google, Yahoo!, EBay e PayPal têm os seus hubs europeus em Dublin.

A capital irlandesa tem uma vasta rede de vias rodoviárias, beneficiando também de acesos ferroviários. Na cidade, existem autocarros e metro que possibiltam uma fácil deslocação pela cidade. Por mar, Dublin usufrui de um porto e de um aeroporto.

Educação

Trinity College, Dublin

Dublin é o principal centro de ensino na Irlanda, com três universidades e várias outras instituições de ensino superior. Há 20 institutos de nível terciário na cidade. A Universidade de Dublin é a mais antiga universidade na Irlanda que data do século XVI. O seu único colégio constituinte, o Trinity College, foi criado por Carta Real pela rainha Isabel I de Inglaterra e foi fechado aos Católicos Romanos até à Emancipação Católica, e em seguida, até 1970. Está situado no centro da cidade, no Colégio Verde, e tem 15.000 alunos, a maioria dos quais são católicos. A Universidade Nacional da Irlanda (NUI) tem a sua sede em Dublin, que também está associado à localização do University College Dublin (UCD), a maior universidade da Irlanda, embora esteja situada em Dun Laoghaire-Rathdown, junto à fronteira da cidade. Dublin City University (DCU) é a mais recente universidade e é especializada em negócios, engenharia, ciência e cursos, em especial com relevância para a indústria. O Royal College of Surgeons, na Irlanda (RCSI) é uma escola médica que é uma faculdade reconhecida da NUI, e está situada em St. Stephen's Green, no centro da cidade. A Universidade Nacional da Irlanda, Maynooth, outra constituinte da universidade NUI, está no vizinho Co. Kildare, cerca de 25 km do centro da cidade. Os irlandeses da administração pública e gestão têm a sua sede em Dublin, o Instituto de Administração Pública oferece um leque de graduação e pós-graduação através da Universidade Nacional da Irlanda e em alguns casos, da Queen's University Belfast.

Dublin Institute of Technology (DIT) é uma universidade moderna e técnica do país, sendo a maior instituição não-universitária de nível terciário, que é especialista em assuntos técnicos, mas também oferece muitos cursos de artes e humanidades. É que em breve será transferida para um novo campus em Grangegorman. Dois subúrbios de Dublin, Tallaght e Blanchardstown têm Institutos de Tecnologia. Portobello College Dublin tem os seus diplomas conferidos pela Universidade do País de Gales.

Cultura

Galeria Nacional da Irlanda

Dublin é a cidade de grandes festivais tradicionais. A cada semana, há um ritmo de festa diferente, podendo ser então, um festival religioso, musical, de arte, moda, comidas, bebidas, feira de livros e entre outros.

A festa mais popular da cidade e que atrai mais turistas do mundo inteiro, é o Dia de São Patrício (em inglês, Saint Patrick's Day), um dos padroeiros da Irlanda, e é normalmente comemorado no dia 17 de Março. De famílias a grupos de amigos, embalados por cerveja Guinness e Irish coffee, todos saem às ruas de Dublin fantasiados ou com os rostos pintados, em uma espécie de carnaval. Escolas de samba, bandas marciais, são as que eletrizam a cidade neste dia tão aclamado. Além de grandes bonecos infláveis, o espetáculo inclui teatro de rua, artistas circenses, e até mesmo exibição de filmes irlandeses, shows e brincadeiras como gincana, pelas ruas da cidade.

A terra cultural dublinense também tem como natalidade, grandes escritores como George Bernard Shaw, Bram Stoker, Jonathan Swift, Oscar Wilde, William Butler Yeats, Samuel Beckett, James Joyce (autor de Ulisses) e entre outros. Além de escritores, Dublin também é a cidade natal de grandes atores de Hollywood como Colin Farrell, Jonathan Rhys Meyers, e de grandes músicos como, a famosa banda U2, a cantora Enya e do cantor, compositor e humanista Bob Geldof.

A cidade também é a sede de grandes símbolos históricos, que guardam antigas lembranças do povo irlandês, podendo ser vistos no Museu Nacional de Pinturas da Irlanda, Museu Irlandês de Arte Moderna, Galeria Nacional da Irlanda, e Hugh Lane Municipal Gallery, incluindo três Museu Nacional da Irlanda.

Cidades-irmãs

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