Francisco de Assis de Távora: diferenças entre revisões

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==Biografia==
==Biografia==
Filho e herdeiro do 2.º Conde de Alvor, [[Bernardo António Filipe Neri de Távora]], e de sua mulher Dona Joana de Lorena, em 1718 casou-se com sua prima, [[Leonor Tomásia de Távora, 3.ª Marquesa de Távora]] e 6.ª Condessa de São João da Pesqueira.
Filho e herdeiro primogénito do 2.º Conde de Alvor, [[Bernardo António Filipe Neri de Távora|D. Bernardo António Filipe Neri de Távora]] (1681-1744), e de sua mulher D. Joana de Lorena (1687-?), nasceu no palácio Alvor às Janelas Verdes, em [[Santos-o-Velho|Santos]], sendo baptizado a 21 de outubro de 1703.


Em 1715 acompanha os pais a [[Chaves (Portugal)|Chaves]], onde viveu em sua companhia, visto o seu pai ter sido nomeado, nesse mesmo ano, Governador das armas da província de [[Trás-os-Montes e Alto Douro|Trás-os-Montes]]. Nesta região, em [[Mirandela]], a 21 de fevereiro de 1708, contando apenas 14 anos, casou-se com sua prima, [[Leonor Tomásia de Távora, 3.ª Marquesa de Távora|D. Leonor Tomásia de Távora, 3.ª Marquesa de Távora]] e 6.ª [[Conde de São João da Pesqueira|Condessa de São João da Pesqueira]].
Como tenente-general, foi nomeado governador da praça de Chaves. Em carta de Dom [[João V de Portugal|João V]], de [[18 de fevereiro]] de [[1750]], foi nomeado vice-rei da Índia, partindo ele e a esposa de Lisboa em [[28 de março]], chegando à [[Goa]] em [[22 de setembro]], sucedendo ao [[Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos|marquês de Alorna, Pedro Vasconcelos]]. Foi com o marquês à Índia o arcebispo [[António Taveira da Neiva Brum da Silveira]], seu amigo de longa data<ref>[http://www.agencia.ecclesia.pt/diocese/pub/11/noticia.asp?jornalid=11&noticiaid=6736 Diocese de Angra]</ref> e nomeado [[Arcebispo de Goa]].


A ''Gazeta de Lisboa'' noticia o casamento, dizendo: "''Francisco de Assis de Távora, filho primogénito do Conde de Alvor, se recebeo na Villa de Mirandella da Provincia de Traz os Montes, com a senhora D. Leonor de Távora, filha única, & herdeyra do Conde de S. João, & da Casa dos Marquezes de Távora, seus avós''." Assim, por via de matrimónio, torna-se também 6.º Conde de São João da Pesqueira.
Durante seu vice-reinado, teve uma notável ação na Índia, não só através das conquistas de várias fortalezas, como no domínio comercial, trazendo grandes vantagens aos portugueses. Empreendeu campanha contra o pirata Cananja, tomando-lhe o forte e queimando várias de suas naves. Declarou guerra ao rei de Sunda, tomando a praça de Piro e as fortalezas de Ximpem e de Conem, apossando-se também da esquadrilha que estava fundeada no rio Karwan. Invadiu depois as províncias de Pondá e de Zambaulim.

Como tenente-general, foi nomeado governador da praça de Chaves. Na década de 1730, foi sargento-mor de um regimento de Cavalaria da praça de [[Elvas]] com patente de Coronel, época na qual residiu no Alentejo, passando residência também em [[Évora]], [[Porto]], [[Almeida]] ou [[Torre de Moncorvo]], onde presidiu a reuniões de poesia da ''Academia dos Unidos''. Foi também [[Tauromaquia|cavaleiro tauromáquico]].

Em carta de Dom [[João V de Portugal|João V]], de [[18 de fevereiro]] de [[1750]], foi nomeado vice-rei da Índia, partindo ele e a esposa de Lisboa em [[28 de março]], chegando a [[Goa]] em [[22 de setembro]], sucedendo ao [[Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos|marquês de Alorna, Pedro de Almeida Portugal e Vasconcelos]]. Foi com o marquês à Índia, o arcebispo [[António Taveira da Neiva Brum da Silveira]], seu amigo de longa data<ref>[http://www.agencia.ecclesia.pt/diocese/pub/11/noticia.asp?jornalid=11&noticiaid=6736 Diocese de Angra]</ref> e nomeado [[Arcebispo de Goa]].

Durante o seu vice-reinado, teve uma notável acção na Índia, não só através das conquistas de várias fortalezas, como no domínio comercial, trazendo grandes vantagens aos portugueses. Empreendeu campanha contra o pirata Cananja, tomando-lhe o forte e queimando várias de suas naves. Declarou guerra ao rei de Sunda, tomando a praça de Piro e as fortalezas de Ximpem e de Conem, apossando-se também da esquadrilha que estava fundeada no rio Karwan. Invadiu depois as províncias de Pondá e de Zambaulim.


==Processo dos Távoras==
==Processo dos Távoras==
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Seu retorno à Corte veio junto com sua fama pelas vitórias e pela administração de sucesso na Índia. Dona Leonor, mulher política e bastante envolvida com as coisas do reino, não compartilhava das ideias do novo homem dos negócios do reino, [[Sebastião José de Carvalho e Melo]], tido por ela como um novo-rico.
O seu retorno à Corte veio junto com sua fama pelas vitórias e pela administração de sucesso na Índia. D. Leonor, mulher política e bastante envolvida nas coisas do reino, não compartilhava das ideias do novo homem dos negócios do reino, [[Sebastião José de Carvalho e Melo]], tido por ela como um novo-rico.


Com estes aspectos, o futuro [[Conde de Oeiras]] conseguiu ardir um julgamento contra toda a [[Casa dos Távoras|Família Távora]], sob a acusação de tentativa de [[regicídio]] contra Dom [[José I de Portugal|José I]].
Com estes aspectos, o futuro [[Conde de Oeiras]] conseguiu ardir um julgamento contra toda a [[Casa dos Távoras|Família Távora]], sob a acusação de tentativa de [[regicídio]] contra Dom [[José I de Portugal|José I]].


Assim acabou por ser executado, junto com os seus, em [[13 de janeiro]] de [[1759]], numa cruel execução.
Assim acabou por ser executado, junto com a mulher, D. Leonor, dois de seus filhos, D. Luís Bernardo e D. José Maria, um cunhado, D. José Mascarenhas da Silva e Lencastre, 8.º [[Duque de Aveiro]], e um genro, D. Jerónimo de Ataíde, em [[13 de janeiro]] de [[1759]], numa cruel execução que se deu num cadafalso público em [[Belém (Lisboa)|Belém]]. Os restos mortais foram posteriormente queimados.


==Descendência==
==Descendência==
De seu casamento com Leonor da Távora, teve 11 filhos, dos quais destacam-se:
De seu casamento com Leonor da Távora, teve 12 filhos, dos quais destacam-se:


* '''Luís Bernardo de Távora''', 4.º marquês de Távora e também executado com sua família;
* D. Mariana Raimunda Bernarda de Távora ([[Mártires|Mártires, Lisboa]], 24 de setembro de 1722 - ?), casada com D. Jerónimo de Ataíde, executado junto com a família;
*'''[[Luís Bernardo de Távora|D. Luís Bernardo de Távora]]''', 4.º [[marquês de Távora]] ([[São Sebastião da Pedreira]], 29 de agosto de 1723 - [[Santa Maria de Belém]], 13 de janeiro de 1759), também executado com sua família, foi casado com sua tia paterna, D. Teresa de Távora e Lorena (1723-1794);
* Leonor de Lorena e Távora, sobreviveu ao julgamento, casada com [[João de Almeida Portugal, 2.º Marquês de Alorna|João de Almeida Portugal]], 2.º [[Marquês de Alorna]], não carregou nenhum título familiar.
*D. Joana Bernarda de Távora e Lorena ([[São Sebastião da Pedreira]], 17 de julho de 1724 - setembro de 1724);
*D. Bernardo José António Filipe Baltazar de Távora ([[São Sebastião da Pedreira]], 26 de maio de 1725 - [[Porto]], 1725);
*D. Margarida de Távora ([[Santa Maria Maior (Chaves)|Santa Maria Maior, Chaves]], 20 de junho de 1726 - [[Sé (Évora)|Sé, Évora]], 22 de dezembro de 1735);
*D. Ana de Távora ([[Santa Maria Maior (Chaves)|Santa Maria Maior, Chaves]], 27 de junho de 1727 - ?), falecida na infância em data e local desconhecido;
*D. António de Távora (5 de agosto de 1728 - 24 de junho de 1731);
* D. Leonor Tomásia Raimunda de Lorena e Távora ([[Santos-o-Velho|Santos-o-Velho, Lisboa]], 14 de dezembro de 1729 - [[Almada|Almada, Setúbal]], 30 de outubro de 1790), sobreviveu ao julgamento, casada com [[João de Almeida Portugal, 2.º Marquês de Alorna|D. João de Almeida Portugal]], 2.º [[Marquês de Alorna]] e 4.º [[Conde de Assumar]] (1726-1802), não carregou nenhum título familiar;
*D. Inês de Távora ([[Santos-o-Velho|Santos-o-Velho, Lisboa]], 17 de setembro de 1731 - [[Sacramento (Minas Gerais)|Sacramento, Minas Gerais]], ?), emigrou para o Brasil após a execução da família, falecendo em data desconhecida);
*D. Nuno de Távora ([[Almeida|Almeida, Guarda]], 3 de setembro de 1732 - [[Almeida|Almeida, Guarda]], 3 de setembro de 1732), natimorto;
*D. Raimunda de Távora (10 de agosto de 1733 - junho de 1735);
*D. José Maria de Távora (9 de setembro de 1736 - [[Santa Maria de Belém]], 13 de janeiro de 1759), também executado com sua família, solteiro;


==Notas e referências==
==Notas e referências==

Revisão das 05h38min de 4 de julho de 2019

Francisco de Assis de Távora
Conde de Alvor
Marquês de Távora (jure uxoris)
Conde de São João da Pesqueira (jure uxoris)
Francisco de Assis de Távora
Retrato de D. Francisco de Távora,
no Museu Nacional do Rio de Janeiro
Vice-Rei da Índia Portuguesa
Governo 18 de fevereiro de 1750 a
18 de setembro de 1754
Antecessor Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos
Sucessor Luís Mascarenhas, 2.º conde de Alva
 
Nascimento 7 de outubro de 1703
  Santos-o-Velho, Lisboa, Reino de Portugal
Morte 13 de janeiro de 1759 (55 anos)
  Santa Maria de Belém, Lisboa, Reino de Portugal
Esposa Leonor Tomásia de Távora
Casa Casa dos Távoras
Pai Bernardo António Filipe Neri de Távora
Mãe Joana de Lorena

Francisco de Assis de Távora, 3.º Conde de Alvor e por seu casamento, 3.º Marquês de Távora e 6.º Conde de São João da Pesqueira (Lisboa, 7 de outubro de 1703 - Lisboa, 13 de janeiro de 1759) foi um nobre, militar e administrador colonial português. Foi vice-rei da Índia, entre 1750 e 1754. Vítima da conspiração conhecida como o "Processo dos Távoras", acabou por ser executado, junto com a Casa dos Távoras.

Biografia

Filho e herdeiro primogénito do 2.º Conde de Alvor, D. Bernardo António Filipe Neri de Távora (1681-1744), e de sua mulher D. Joana de Lorena (1687-?), nasceu no palácio Alvor às Janelas Verdes, em Santos, sendo baptizado a 21 de outubro de 1703.

Em 1715 acompanha os pais a Chaves, onde viveu em sua companhia, visto o seu pai ter sido nomeado, nesse mesmo ano, Governador das armas da província de Trás-os-Montes. Nesta região, em Mirandela, a 21 de fevereiro de 1708, contando apenas 14 anos, casou-se com sua prima, D. Leonor Tomásia de Távora, 3.ª Marquesa de Távora e 6.ª Condessa de São João da Pesqueira.

A Gazeta de Lisboa noticia o casamento, dizendo: "Francisco de Assis de Távora, filho primogénito do Conde de Alvor, se recebeo na Villa de Mirandella da Provincia de Traz os Montes, com a senhora D. Leonor de Távora, filha única, & herdeyra do Conde de S. João, & da Casa dos Marquezes de Távora, seus avós." Assim, por via de matrimónio, torna-se também 6.º Conde de São João da Pesqueira.

Como tenente-general, foi nomeado governador da praça de Chaves. Na década de 1730, foi sargento-mor de um regimento de Cavalaria da praça de Elvas com patente de Coronel, época na qual residiu no Alentejo, passando residência também em Évora, Porto, Almeida ou Torre de Moncorvo, onde presidiu a reuniões de poesia da Academia dos Unidos. Foi também cavaleiro tauromáquico.

Em carta de Dom João V, de 18 de fevereiro de 1750, foi nomeado vice-rei da Índia, partindo ele e a esposa de Lisboa em 28 de março, chegando a Goa em 22 de setembro, sucedendo ao marquês de Alorna, Pedro de Almeida Portugal e Vasconcelos. Foi com o marquês à Índia, o arcebispo António Taveira da Neiva Brum da Silveira, seu amigo de longa data[1] e nomeado Arcebispo de Goa.

Durante o seu vice-reinado, teve uma notável acção na Índia, não só através das conquistas de várias fortalezas, como no domínio comercial, trazendo grandes vantagens aos portugueses. Empreendeu campanha contra o pirata Cananja, tomando-lhe o forte e queimando várias de suas naves. Declarou guerra ao rei de Sunda, tomando a praça de Piro e as fortalezas de Ximpem e de Conem, apossando-se também da esquadrilha que estava fundeada no rio Karwan. Invadiu depois as províncias de Pondá e de Zambaulim.

Processo dos Távoras

Ver artigo principal: Processo dos Távoras

O seu retorno à Corte veio junto com sua fama pelas vitórias e pela administração de sucesso na Índia. D. Leonor, mulher política e bastante envolvida nas coisas do reino, não compartilhava das ideias do novo homem dos negócios do reino, Sebastião José de Carvalho e Melo, tido por ela como um novo-rico.

Com estes aspectos, o futuro Conde de Oeiras conseguiu ardir um julgamento contra toda a Família Távora, sob a acusação de tentativa de regicídio contra Dom José I.

Assim acabou por ser executado, junto com a mulher, D. Leonor, dois de seus filhos, D. Luís Bernardo e D. José Maria, um cunhado, D. José Mascarenhas da Silva e Lencastre, 8.º Duque de Aveiro, e um genro, D. Jerónimo de Ataíde, em 13 de janeiro de 1759, numa cruel execução que se deu num cadafalso público em Belém. Os restos mortais foram posteriormente queimados.

Descendência

De seu casamento com Leonor da Távora, teve 12 filhos, dos quais destacam-se:

Notas e referências

Fontes


Precedido por
Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos
Vice-Rei da Índia Portuguesa
17501754
Sucedido por
Luís Mascarenhas, 2.º conde de Alva