Francisco Maria da Cunha

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Francisco Maria da Cunha
Francisco Maria da Cunha
General de divisão Francisco Maria da Cunha.
Nascimento 22 de dezembro de 1832
Angra do Heroísmo
Morte 13 de janeiro de 1909
Lisboa
Cidadania Reino de Portugal
Alma mater
Ocupação chefe militar, político, chefe de governo

Francisco Maria da Cunha GCAComTEComC (Angra do Heroísmo, 22 de dezembro de 1832Lisboa, 13 de janeiro de 1909) foi um militar, político e administrador colonial português. Entre outras funções de relevo, foi governador da Índia Portuguesa, deputado e par do reino.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nasceu no Castelo de São João Baptista, filho de Maria Cândida da Franca e Horta e Francisco Jacques da Cunha, um dos Bravos do Mindelo e depois general de divisão, que ao tempo integrava o regimento liberal aquartelado naquela praça. Frequentou o Colégio Militar, entre 1842 e 1848,[1] tendo neste último ano, aos 16 anos de idade, assentado praça no Exército Português, como voluntário. Depois de cursar a Escola Politécnica de Lisboa e a Escola do Exército, a 11 de outubro de 1865 foi promovido a alferes e iniciu a sua carreira como oficial de Infantaria.

Como oficial do Exército, serviu nas colónias portuguesas de África e Oceania. Em 1869 foi nomeado comandante do Batalhão de Macau[2]. Em 1877 foi nomeado governador-geral de Moçambique, cargo que exerceu até 1880.[3] Durante seu governo, debelou com eficácia uma revolta na Zambézia e tomou posse de Inhaca, pelo que foi muito elogiado pelos governos português e britânico.[2] Em 1891, foi nomeado 104.º governador-geral da Índia Portuguesa,[4] cargo que exerceu até 1892.

Foi diretor do Colégio Militar de 1882 a 1890[2] ou de 1883 a 1891. Entre 1888 e 1890, foi presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa.[2] Em 10 de janeiro de 1895 alcançou o posto de general de divisão. Em 1899, foi nomeado comandante do Conselho Superior de Disciplina do Exército.[5]

Foi ainda Ministro da Guerra (1897) e 1.º Secretário do Presidente do Conselho José Luciano de Castro (1898);[6] comandante da Escola do Exército (atual Academia Militar, 1895/96 e 1898/1900);[7] Chefe da Casa Militar, ajudante de campo e membro do Conselho de Sua Majestade Fidelíssima do rei D. Carlos; presidente da Cruz Vermelha Portuguesa (1905/1909),[8] do Montepio Geral e da Sociedade de Geografia de Lisboa.

Recebeu a Grã-Cruz da Ordem de Avis e foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem da Torre e Espada e da Ordem de Cristo.[9]

Referências

Precedido por
José Guedes de Carvalho e Meneses
Governador-geral de Moçambique
1877 — 1880
Sucedido por
Augusto César Rodrigues Sarmento
Precedido por
Coronel Joaquim António Dias
Director do Colégio Militar
1882 — 1890 ou 1883 — 1891
Sucedido por
Tenente-Coronel Emílio Henrique Xavier Nogueira
Precedido por
Vasco Guedes de Carvalho e Meneses
Governador da Índia Portuguesa
1891
Sucedido por
João Manuel Correia Taborda