Diogo de Meneses (governador da Índia)
D. Diogo de Meneses | |
---|---|
Retrato de D. Diogo de Meneses. In Ásia portuguesa de Manuel de Faria e Sousa. Lisboa 1674 | |
Governador da Índia | |
Período | 1576 - 1578 |
Antecessor(a) | António Moniz Barreto |
Sucessor(a) | Luís de Ataíde 2ª vez |
Dados pessoais | |
Nascimento | 1520 |
Morte | 2 de agosto de 1580 (60 anos) |
Progenitores | Mãe: D. Cecília de Menezes Pai: D. Diogo de Menezes, alcaide-mór de Castelo Branco |
Dom Diogo de Meneses (c. 1520 - Cascais, 2 de agosto de 1580) foi um militar e administrador colonial português.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Em 28 de Janeiro de 1547 tomou de assalto a cidade portuária de Baroche, na costa da Cambaia, ainda na pendência do vice-reinado de D. João de Castro.[1][2]
Exerceu o cargo de capitão-mor da Fortaleza de Malaca e foi o 26.º governador da Índia,[3] de 1576 a 1578, em substituição de Rui Lourenço de Távora, que faleceu durante a viagem para o Estado Português da Índia. Durante o seu governo registou-se a derrota portuguesa na Batalha de Alcácer-Quibir, que contribuiu para a degradação progressiva do Império Português no Oriente.
Lutou ao lado de D. António de Portugal, Prior do Crato, contra a invasão do reino por D. Filipe II de Espanha na Captura de Cascais, vindo a cair prisioneiro e, posteriormente, a ser decapitado (ou enforcado) por ordem do Duque de Alba:
- "Após atacar o Castelo de Setúbal, as tropas castelhanas iam submetendo os redutos anti-filipistas. Em Cascais, no mês de agosto, o Duque de Alba venceu a guarnição portuguesa enforcando o comandante dela, D. Diogo de Meneses, além do alcaide Henrique Pereira e dois artilheiros".[4]
Homenagens
[editar | editar código-fonte]Em sua homenagem, a 17 de abril de 2010 foi inaugurada no exterior da Cidadela de Cascais uma estátua sua, de corpo inteiro, em bronze, da autoria de Augusto Gil:
- "26.º Governador da Índia chamado a organizar a defesa em Portugal contra a entrada do exército espanhol em território nacional, primeiro no Alentejo e depois em Cascais, tendo sido executado (na fortificação à data existente na Cidadela de Cascais) pelos invasores por não se ter entregue nem rendido."[5]
Referências
- ↑ Simões Rodrigues, António (2007). HISTÓRIA DE PORTUGAL EM DATAS. Lisboa: Letras e Debates. p. 123. 628 páginas
- ↑ Pinto Soares Baptista, Maria Manuela (2014). A emergência do discurso cronístico em Gaspar Correia e Diogo do Couto - Indícios de um (des)governo português na Índia quinhentista (PDF). Lisboa: Universidade Aberta. p. 187. 193 páginas
- ↑ OLIVEIRA MARTINS, Joaquim Pedro de. História de Portugal (14ª ed.), Editora Guimarães, 1964.
- ↑ Instituiçôes e governo espanhol no Brasil 1580-1640 por Roseli Santaella Stella. 2000, cf. Fortunato de Almeida. História de Portugal. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1926, t.IV, l.VII, p.23-24; Eduardo Ibarra y Rodríguez. España Bajo los Austrias, p.228
- ↑ [1]
Precedido por António Moniz Barreto |
Governador da Índia Portuguesa 1576 — 1578 |
Sucedido por Luís de Ataíde 2ª vez |