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Revisão das 17h12min de 10 de maio de 2011

Osama bin Laden
أسامة بن محمد بن عود بن لادن
Osama bin Laden
Osama bin Laden em 1997.
Nome completo Usāmah Bin Muhammad bin 'Awæd bin Lādin
Conhecido(a) por Fundador e ex-líder da al-Qaeda
Nascimento 10 de março de 1957
Riade
Arábia Saudita
Morte 1 de maio de 2011 (54 anos)[1][2] (SUBIU NO TELHADO)
Abbottabad
Paquistão

Osama bin Mohammed bin Awad bin Laden (em árabe أسامة بن محمد بن عود بن لادن, transl. Usāmah Bin Muhammad bin 'Awæd bin Lādin, mais conhecido como Osama bin Laden ou simplesmente bin Laden (Riade, 10 de março de 1957Abbottabad, 1 de maio de 2011)[1][2] foi um dos membros sauditas da próspera família bin Laden, além de líder e fundador da al-Qaeda, organização terrorista famosa pelos ataques de 11 de setembro nos Estados Unidos e numerosos outros contra alvos civis e militares.

Filho de Muhammed bin Laden, imigrante iemenita pobre que se tornou o homem mais rico e poderoso da Arábia Saudita, depois do próprio rei, Osama bin Laden era o filho único de sua décima esposa, Hamida al-Attas; seus pais se divorciaram logo depois que ele nasceu (a mãe de Osama se casou com Muhammad al-Attas e o novo casal teve quatro filhos). Osama bin Laden também era referido pelos seguintes nomes: Usama Bin Muhammad Bin Ladin, Shaykh Usama Bin Ladin, The Prince ("O Príncipe"), The Emir ("O Emir"), Abu Abdallah, Mujahid Shaykh, Hajj, The Director ("O Diretor").[3]

Desde 2001, bin Laden e sua organização tinham sido os maiores alvos da Guerra ao Terrorismo dos oficiais estadunidenses e esteve entre os dez foragidos mais procurados pelo FBI, encabeçando a lista. Acreditou-se que Bin Laden e seus companheiros da al-Qaeda estavam escondidos próximos à costa do Afeganistão e das áreas tribais do Paquistão. Em 1 de maio de 2011, dez anos desde os atentados do 11 de setembro, o Presidente Barack Obama anunciou pela televisão que Osama bin Laden havia sido morto durante uma operação militar estadunidense em Abbottabad.[4] Seu corpo teria ficado sob a custódia dos Estados Unidos e sido sepultado no mar após passar por rituais tradicionalmente islâmicos.[5]

Biografia

Juventude

Em 1973, ainda jovem e inexperiente, entrou em contato com grupos islamitas. Após a invasão soviética do Afeganistão em 1979, viajou para este país para participar do esforço jihadista no Afeganistão, financiando e organizando grupos de árabes e acampamentos de milícias armadas no combate aos invasores soviéticos. Existem controvérsias quanto à ligação dos estadunidenses com Bin Laden nesse confronto. Contudo, em entrevista em 2001, exibida no documentário Fahrenheit 9/11, de Michael Moore, o príncipe Bandar Bin Sultan, embaixador saudita nos EUA na época, afirmou ter conhecido Osama Bin Laden na década de 80, durante o citado conflito, quando o líder guerrilheiro veio lhe agradecer por toda a ajuda que a Arábia e os EUA estavam dando contra os soviéticos. Posteriormente estabeleceu-se como importante investidor no Sudão, onde iniciou, em paralelo às suas atividades empresariais, a organização que mais tarde viria a se denominar Al Qaeda ("A Base"), originalmente destinada a combater a família real saudita. Bin Laden detestava os modos ocidentalizados, perdulários, corruptos e "pouco islâmicos" da família real. Tinha como objetivo alijá-la do poder e implantar no país a semente do que sempre sonhou - o novo califado islâmico. A família real, por ironia do destino, possuía grande consideração para com a família de Bin Laden.

Repercussão

No Sudão, em contato com outros grupos islâmicos, nomeadamente os de origem egípcia, foi gradualmente influenciado a ampliar o leque dos seus inimigos, passando a considerar também o combate ao xiitas, judeus e ocidentais de uma forma em geral. Nesta mesma época passou igualmente a considerar o terrorismo como alternativa de ação válida, financiando, de forma inicialmente discreta, algumas ações na Argélia e no Egito. Em 1995, após um atentado mal sucedido contra a vida do então presidente do Egito, Hosni Mubarak, o governo do Sudão, sob pressão dos países árabes, expulsou-o do país, não sem antes apropriar-se do seu patrimônio, delapidando as suas empresas e fazendas. Bin Laden foi então para o Afeganistão, quebrado, com as esposas e um grupo reduzido de seguidores fiéis. Nesta ocasião foi renegado pela família e perdeu a cidadania saudita.

No Afeganistão, sem as condições financeiras de outrora, passou a dedicar-se integralmente à causa islâmica, reconstruindo gradualmente a organização, unindo esforços com outros grupos islâmicos refugiados no país (destaque para o grupo egípcio "Al Jihad", liderado por Ayman al-Zawahri, que viria a se tornar o braço-direito de Bin Laden). Na caça cada vez mais delirante aos "infiéis", elegeu então os Estados Unidos como o grande inimigo a ser combatido - "a força maior dos cruzados". Aproximou-se dos Talibãs, grupo ironicamente financiado pelos Estados Unidos da América e Arábia Saudita. Tornou-se amigo e confidente do seu chefe, o Mulá Omar.

Bin Laden com o jornalista paquistanês Hamid Mir em 1997.

Do Afeganistão planejou e coordenou ataques de grande repercussão às embaixadas estadunidenses no Quênia e na Tanzânia, em 1998, e ao navio de guerra USS Cole, em 2000. Em decorrência destes atentados, tornou-se o terrorista mais procurado pelos Estados Unidos da América. Em 2001, foi acusado pelos governo dos Estados Unidos de cometer os atentados de 11 de Setembro.

Atentados de 7 de agosto de 1998

Em 7 de agosto de 1998 a Al-Qaeda utilizou carros-bomba para explodir duas embaixadas dos Estados Unidos, uma no Quênia e outra na Tanzânia, matando no total 256 pessoas e ferindo 5100 pessoas. Ao ser apontado no mesmo dia pelo governo dos Estados Unidos da América, e depois pelos governos do Quênia e Tanzânia, como o principal suspeito, Osama bin Laden tornou-se o terrorista mais procurado pelos Estados Unidos da América. Até esta data, era desconhecido no mundo.

Atentado de 12 de outubro de 2000

Em 12 de outubro de 2000 a Al-Qaeda voltou a cena, perpetrando outro ataque de grande repercussão contra o navio da marinha estadunidense USS Cole, que se encontrava atracado para reabastecimento no porto de Aden, no Iêmen. O ataque provocou a morte de 17 militares estadunidense, além dos dois terroristas suicidas.

Atentados de 11 de setembro de 2001

Em 11 de setembro de 2001 a Al-Qaeda realizou um ataque terrorista, lançando aviões sequestrados contra as torres gêmeas em Nova York e contra o Pentágono, na capital estadunidense, provocando a morte imediata de pelo menos 2754 pessoas, oriundas de 90 países distintos[carece de fontes?]. Até esta data, a Al-Qaeda era um grupo terrorista pouco conhecido pelo mundo.

Uma semana antes das eleições estadunidense de 2 de novembro de 2004, no vídeo em que aparece, Bin Laden não assumiu formalmente os ataques, mas comemorou-os. O governo dos Estados Unidos em resposta lançou-se numa guerra contra o terrorismo.

Logo após os ataques, o governo do Afeganistão solicitou provas ao governo estadunidense sobre a autoria dos ataques por Bin Laden, caso fossem apresentadas estas provas este iria detê-lo e entregá-lo às autoridades estadunidense. O governo dos Estados Unidos nunca apresentou publicamente tais provas.[6] [7]

Após os ataques de 11 de setembro de 2001, o Afeganistão foi escolhido como primeiro alvo da "cruzada contra o terror", conduzida pelo governo de George W. Bush (filho). O suposto objetivo da operação era desmantelar a organização terrorista Al-Qaeda, liderada pelo saudita Osama Bin Laden.

Busca

Acreditava-se que estaria escondido em algum lugar da fronteira montanhosa entre o Afeganistão e o Paquistão. O jornal francês L'Est Republicain de 23 de setembro de 2006, baseado em informações não confirmadas do serviço secreto francês, chegou a afirmar que Bin Laden teria morrido de tifo durante o mês de agosto de 2006. Em 8 de setembro de 2007, no entanto, um novo vídeo de 30 minutos de duração foi divulgado, demonstrando que Bin Laden estava vivo e bem de saúde. Neste vídeo ele aparece, pela primeira vez, com a barba tingida.

O governo dos Estados Unidos oferecia a recompensa de 25 milhões de dólares a quem desse informações relevantes da localização do terrorista.[8] Em 13 de julho de 2007, a recompensa foi dobrada para US$ 50 milhões.[9]

Morte

Ver artigo principal: Morte de Osama bin Laden

Em 2 de maio de 2011 autoridades dos Estados Unidos divulgaram que bin Laden teria sido capturado e morto em um esconderijo nos arredores de Abbottabad durante uma operação secreta realizada por forças da Joint Special Operations Command em conjunção com a CIA[1] e o governo paquistanês, que colaborou para a localização do paradeiro do terrorista.[10] O DNA do corpo, comparado com amostras de sua falecida irmã, confirmaram a identidade. O cadáver foi mantido sob custódia militar.[11][12]

Posteriormente, o presidente Barack Obama confirmou oficialmente a informação em um pronunciamento pela televisão aos estadunidenses.[12] Embora exames de DNA tenham demonstrado a possibilidade de Osama Bin Laden estar morto, juridicamente tais provas não são suficientes, e a falta do corpo ou de fotos podem tirar a credibilidade da operação que supostamente o teria eliminado.

Vídeos

Desde 2001 diversos vídeos foram apresentados aos estadunidenses como sendo atribuídos a Bin Laden.

13 de dezembro - No final de novembro, é encontrado um vídeo no leste do Afeganistão que é divulgado pelo Pentágono. Bin Laden declara, satisfeito: "Calculamos de antemão o número de vítimas mortais do inimigo, em função de sua posição na torre. Calculamos que três ou quatro andares seriam atingidos. Eu era o mais otimista de todos, devido à minha experiência".

27 de dezembro - A Al-Jazeera divulga um vídeo em que Bin Laden considera que "o terrorismo contra os Estados Unidos é louvável porque está destinado a responder à injustiça e a forçar os Estados Unidos a deixar de apoiar Israel, que nos mata".

31 de janeiro - A CNN divulga fragmentos de uma entrevista feita pela Al-Jazeera em Outubro de 2001 com Bin Laden: "A batalha já se moveu para o interior da América do Norte. Continuaremos com esta luta até a vitória ou até que nos reencontremos com Deus".

9 de setembro - Osama bin Laden reivindica os atentados de 11 de Setembro, revela os nomes dos 19 autores suicidas dos atentados e lhes presta homenagem em um áudio divulgado pela Al-Jazeera.

Folheto de guerra psicológica distribuído pelas Forças Armadas dos EUA na Guerra do Afeganistão. Bin Laden é representado pela segunda figura, da esquerda para a direita.

11 de fevereiro - Em uma gravação de áudio divulgada pela Al-Jazeera, Laden pede apoio ao regime iraquiano, apesar de ser "ímpio", frente à iminente invasão estadunidense.

16 de fevereiro - Bin Laden classifica o presidente George Bush de "faraó do século" e diz que os muçulmanos têm a "possibilidade de derrotar os estadunidenses", em uma gravação de áudio divulgada pela Al-Jazeera.

4 de janeiro - Al-Jazeera apresenta um gravação sonora atribuída a Osama Bin Laden na qual ele alude à captura de Saddam Hussein, em 13 de dezembro, pelo Exército dos Estados Unidos. Promete às monarquias do Golfo a mesma sorte que o do ex-presidente iraquiano.

29 de outubro - Osama Bin Laden acusa o presidente George W. Bush de negligência no dia dos atentados de 11 de Setembro de 2001 e ameaça os Estados Unidos com mais atentados, em uma fita de vídeo difundida pela televisão Al-Jazeera.

19 de janeiro: Bin Laden ameaça os Estados Unidos com novos atentados e afirma que há operações em preparação em seu solo, mas também oferece uma "trégua de longa duração" ao povo estadunidense (áudio).

30 de junho - Bin Laden exige o presidente estadunidense George W. Bush que entregue o corpo de Abu Musab Zarqawi, morto em um bombardeio estadunidense, à sua família e promete que a Jihad no Iraque continuará mesmo sem ele (áudio).

15 de julho - Bin Laden faz um elogio aos mártires, declarando: "Feliz aquele que foi escolhido por Alá para ser um mártir" (extraído de vídeo cuja data não foi determinada)

16 de maio - Bin Laden apelou à continuação da luta contra os Israelitas e os seus aliados e a que os muçulmanos não desistam do território palestiniano. Segundo noticia a Reuters, a mensagem áudio, de dez minutos, foi difundida pela internet, num site islamita, e é atribuída ao líder do grupo terrorista al-Qaeda, «Nós vamos continuar, se Deus permitir, a luta contra os israelitas e os seus aliados, e não vamos abdicar de um simples centímetro da Palestina enquanto existir um verdadeiro muçulmano na Terra», afirma bin Laden. Esta mensagem surgiu bem no dia em que se comemora os 60 anos de criação do Estado de Israel, e em que o presidente dos Estados Unidos concluiu a sua visita ao país.

Referências

  1. a b c «Obama confirma morte de Osama bin Laden». G1. 2 de maio de 2011 
  2. a b «The Most Wanted Face of Terrorism». The New York Times. 2 de maio de 2011 
  3. FBI. «Most Wanted Terrorists». Consultado em 12 de julho de 2009 
  4. "Osama bin Laden is dead, Obama announces". The Guardian. 1º de maio de 2011.
  5. «BBC News - Al-Qaeda leader Bin Laden 'dead'». Bbc.co.uk 
  6. Bin Laden says he wasn't behind attacks
  7. Taleban quer publicação de provas contra Bin Laden
  8. Senado dos Estados Unidos dobra recompensa por Bin Laden (em inglês). BBC.
  9. [1]
  10. «Bin Laden está morto e seu corpo está com os EUA, confirma Obama». Folha de São Paulo. 2 de maio de 2011 
  11. «Osama bin Laden Dead, U.S. Official Says». The New York Times. The New York Times Company. 1 de maio de 2011. Consultado em 1 de maio de 2011 
  12. a b «Osama Bin Laden Killed by US Strike». ABC News. 1 de maio de 2011  Erro de citação: Código <ref> inválido; o nome "abc death" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes

Ligações externas

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