Massacre do Charlie Hebdo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Massacre do Charlie Hebdo
Massacre do Charlie Hebdo
Jornalistas, policiais e serviços de emergência na rua do tiroteio, duas horas após o ataque
Local Paris
 França
Data 7 de janeiro de 2015 (9 anos)
11h30min (hora local)
Tipo de ataque Assassinato em massa, spree killer e terrorismo
Alvo(s) Sede do jornal satírico francês Charlie Hebdo, na rua Nicolas-Appert, nº 10, 11º arrondissement
Arma(s)
Mortes 12
Feridos 11
Responsável(is) Al-Qaeda da Península Arábica[5][6]
Suspeito(s) Saïd Kouachi e Chérif Kouachi
Motivo Retaliação contra charges de Maomé e a edição Charia Hebdo

Massacre do Charlie Hebdo foi um atentado terrorista que atingiu o jornal satírico francês Charlie Hebdo em 7 de janeiro de 2015, em Paris, resultando em doze pessoas mortas e cinco feridas gravemente.[7][8]

O ataque foi perpetrado pelos irmãos Saïd e Chérif Kouachi, vestidos de preto e armados com fuzis Kalashnikov,[1] na sede do semanário no 11.º arrondissement de Paris, supostamente como forma de protesto contra a edição Charia Hebdo, que ocasionou polêmica no mundo islâmico e foi recebida como um insulto pelos muçulmanos.[8][9] Mataram 12 pessoas, incluindo uma parte da equipe do Charlie Hebdo e dois agentes da polícia nacional francesa, ferindo durante o tiroteio outras 11 pessoas que estavam próximas ao local.[8][10][11]

No mesmo dia, outro francês muçulmano, Amedy Coulibaly, ligado aos atacantes do jornal (ele conhecia bem Chérif Kouachi), matou a tiros uma policial em Montrouge, na periferia de Paris, e no dia seguinte invadiu um supermercado kasher perto de Porte de Vincennes, fazendo reféns, sendo quatro dos quais mortos por ele. Este novo ataque terminou após a invasão do estabelecimento pela polícia francesa.[12][13]

No dia 11 de janeiro, após as ações e a morte de Coulibaly, um vídeo é publicado na Youtube para reivindicar os atos: A. Coulibaly confirma a sua responsabilidade no ataque a Montrouge; ele também se afirma como membro do Estado Islâmico do Iraque e do Levante.[14]

No total, durante os eventos entre 7 a 9 de janeiro, ocorreram 17 mortes[15] em atentados terroristas na região de Île-de-France, em Paris. Centenas de pessoas e personalidades manifestaram seu repúdio aos ataques orquestrados contra o jornal.[16][17][18][19][20][21] O presidente da França, François Hollande, decretou luto nacional no país no dia seguinte ao atentado.[22]

Ainda no dia 11 de janeiro, cerca de três milhões de pessoas em toda a França, incluindo mais de 40 líderes mundiais, fizeram uma grande manifestação para homenagear as 17 vítimas dos três dias de terror.[23][24] A frase "Je suis Charlie" (francês para "Eu sou Charlie") transformou-se em um sinal comum, em todo o mundo, para prestar solidariedade contra os ataques e para a liberdade de expressão.[25]

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Sátiras do Charlie Hebdo[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Charlie Hebdo

Charlie Hebdo é um jornal semanal satírico francês, com caricaturas, piadas mas também artigos de fundo. Com um tom irreverente e estridente, a publicação é fortemente antirreligiosa[26] e de esquerda, sendo que costuma publicar artigos sobre extrema-direita, catolicismo, islamismo, judaísmo, política e cultura. O jornal foi publicado pela primeira vez de 1969 a 1981. Ele foi recriado em 1992.

A publicação, que tem um histórico de polêmicas, foi alvo de um processo judicial sem sucesso aberto por entidades islâmicas em 2006 por conta de charges do Jyllands-Posten sobre Maomé. A capa de uma edição de 2011, apelidada de Charia Hebdo, mostrava uma caricatura do profeta islâmico Maomé.[27] O escritório do jornal, na época no 20.º arrondissement, foi alvo de uma explosão causada por uma bomba[28] e seu site foi hackeado.

A antiga sede do Charlie Hebdo foi alvo de um incêndio criminoso em 2011.

Em 2012, o jornal publicou uma série de caricaturas de Maomé, incluindo caricaturas de nudez;[29][30] isto veio dias depois de uma série de ataques contra as embaixadas dos Estados Unidos no Oriente Médio, supostamente em resposta ao filme anti-islâmico Innocence of Muslims, o que levou o governo francês a fechar embaixadas, consulados, centros culturais e escolas internacionais em cerca de 20 países de maioria muçulmana.[31] A polícia passou a patrulhar a redação do jornal para protegê-la contra possíveis ataques.[30][32]

O cartunista Charb foi o editor-chefe de 2009 até sua morte no massacre de 2015. Em 2013, ele foi adicionado na lista dos mais procurados pela Al-Qaeda, juntamente com três funcionários do Jyllands-Posten: Kurt Westergaard, Carsten Juste e Flemming Rose.[33][34][35]

No dia do ataque, a capa do Charlie Hebdo mostrava uma caricatura de Michel Houellebecq, cujo mais recente livro, SOUMISSION, é um romance que retrata a França em 2022, quando um homem muçulmano é eleito presidente do país. Um dos desenhos de Charb, na mesma edição, era intitulado "Ainda nenhum ataque terrorista na França", mostra um jihadista armado dizendo "Espere … podemos enviar os nossos melhores desejos para o Ano Novo até o final do mês de janeiro"[36] e uma outra caricatura de Honoré foi publicada no Facebook poucos minutos antes do ataque com este texto: "Desejos do Ano Novo: Al-Baghdadi também. E sobretudo a saúde".[37]

Secularismo e blasfêmia[editar | editar código-fonte]

Na França, a lei da blasfêmia deixou de existir com a emancipação progressiva entre o Estado e a Igreja Católica a partir da Revolução Francesa. Na França, o princípio de laïcité — a separação da igreja e do estado — foi consagrado na legislação francesa em 1905, e em 1945 passou a fazer parte da Constituição. De acordo com seus termos, o governo e todas as administrações e serviços públicos devem ser cegos quanto à religião e seus representantes devem abster-se de mostrar qualquer sinal público de sua religião, mas os cidadãos e organizações privadas são livres para praticar e expressar a religião de sua escolha onde e como desejarem (embora a discriminação com base na religião seja proibida).[38]

Nos últimos anos, tem havido uma tendência para uma interpretação mais rigorosa do secularismo, que também proíbe os usuários de serviços públicos de expressar sua religião em público (por exemplo, uma lei de 2004 que proíbe alunos de escolas de usar símbolos religiosos considerados explícitos[39]) ou até mesmo de cidadãos de expressar sua religião em público mesmo fora da administração e dos serviços públicos (por exemplo, um projeto de lei de 2015 que proíbe o uso de símbolos religiosos por funcionários de creches privadas). Esta interpretação restritiva não é apoiada pelas leis iniciais sobre o secularismo e é contestada pelos representantes de todas as principais religiões.[40]

Autores, humoristas, cartunistas e indivíduos têm o direito de satirizar pessoas, atores públicos e religiões, um direito que é equilibrado pelas leis de difamação. Esses direitos e mecanismos legais foram projetados para proteger a liberdade de expressão dos poderes locais, entre os quais estava a então poderosa Igreja Católica na França.[41]

Embora as imagens de Maomé não sejam explicitamente proibidas pelo próprio Alcorão, pontos de vista islâmicos proeminentes há muito se opõem às imagens humanas, especialmente às de profetas.[42][43][44] Essas opiniões ganharam terreno entre os grupos islâmicos militantes. Assim, alguns muçulmanos consideram que a sátira do Islã, dos representantes religiosos e, acima de tudo, dos profetas islâmicos é uma blasfêmia no Islã punível com a morte.[45] Esse sentimento foi mais conhecido no assassinato do controverso cineasta neerlandês Theo van Gogh. De acordo com a BBC, a França viu "o aparente desejo de alguns filhos ou netos mais jovens, frequentemente insatisfeitos, de famílias de imigrantes de não se conformarem com o estilo de vida liberal ocidental — incluindo tradições de tolerância religiosa e liberdade de expressão".[46] O estudioso salafista Muhammad Al-Munajjid indica que o conceito islâmico de Gheerah (ciúme protetor) exige que os muçulmanos protejam Maomé da blasfêmia.[47]

Massacre[editar | editar código-fonte]

Em 7 de janeiro de 2015, cerca de 11h30min no horário local (10h30min UTC), dois homens vestidos de preto e mascarados, armados com fuzis Kalashnikov,[1] uma espingarda[4] e um lança-granadas-foguete invadiram a sede do Charlie Hebdo em Paris.[2][3] Eles abriram fogo com armas automáticas enquanto gritavam "Allahu Akbar", como registrado em um vídeo.[48] Eles mataram 12 pessoas e feriram outras 11 pessoas.[49][50] Dois dos mortos eram policiais.[51]

Homenagens aos cartunistas mortos em frente à sede do Charlie Hebdo na rua Nicolas-Appert.

Antes do tiroteio, os atiradores invadiram o número 6 da rua Nicolas-Appert, onde ficavam os arquivos do jornal. Os pistoleiros supostamente gritaram: "É aqui o Charlie Hebdo?", antes de perceberem que estavam no endereço errado e fugirem. Eles foram para a sede da revista, no número 10 da rua Nicolas-Appert.[52]

A cartunista Corinne Rey relatou que dois homens armados e encapuzados, que falavam um francês perfeito, ameaçaram a vida de sua filha a quem ela havia pego na creche e forçaram-na a digitar o código para abrir a porta do edifício.[53][54] Os homens foram para um escritório no segundo andar, onde os funcionários estavam em uma reunião editorial com cerca de 15 membros presentes.[55] O tiroteio durou de cinco a dez minutos. Testemunhas relataram que os atiradores procuravam os membros da equipe pelo nome[56] antes de executá-los com tiros na cabeça. Outras testemunhas relataram que os atiradores se identificaram como pertencentes à Al-Qaeda no Iêmen.[57]

Jornalista Sigolène Vinson relatou que um dos atiradores apontou a arma para ela, mas pouparam-na. "Eu não vou matar você, porque você é uma mulher e não matamos mulheres, mas você tem que se converter ao islamismo, ler o Alcorão e usar o véu", disse a ela. Vinson afirmou que ele então saiu gritando "Allahu akbar! Allahu akbar!".[58][59][60]

Homenagem ao policial Ahmed Merabet, morto na calçada por um dos terroristas.

Um vídeo autêntico publicado na internet mostra os dois homens armados e um policial ferido e caído em uma calçada perto da esquina, 180 metros a leste da cena do crime principal, depois de uma troca de tiros. Um dos pistoleiros corre em direção ao policial, gritando em francês: "Você quer me matar?" Quando o policial responde: "Não, está tudo bem, chefe", levantando a mão para o atirador, que simplesmente atira na cabeça do policial, à queima-roupa.[61] O policial morto pelos terroristas islâmicos chamava-se Ahmed Merabet e também era de ascendência árabe e muçulmano.[62]

Os atiradores então saíram gritando: "Vingamos o profeta Maomé. Matamos Charlie Hebdo!"[63][64] Os terroristas fugiram em um carro e dirigiram até à estação Porte de Pantin do metrô de Paris, onde roubaram outro carro ao forçar o motorista a sair do veículo.[65] Enquanto fugiam, eles atropelaram um pedestre e atiraram contra policiais.[66]

Motivos[editar | editar código-fonte]

O ódio extremo pelas caricaturas do Charlie Hebdo, que fizeram piadas sobre líderes islâmicos, inclusive Maomé, é percebido como a principal razão para este massacre. O ex-vice-diretor do CIA, Michael J. Morell, propôs que a motivação dos atacantes era "absolutamente clara: tentar fechar uma organização de mídia que satirizava o profeta Maomé".[67]

Em 7 de janeiro, o último tweet do Charlie Hebdo mostrava uma caricatura do líder do grupo jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Abu Bakr al-Baghdadi. No cartoon sarcástico oferece os melhores desejos a Al-Baghdadi, para os quais ele responde: "e, especialmente, uma boa saúde." O cartoon é assinado "HONORE", visto que foi desenhado por Philippe Honoré, que morreu no ataque mais tarde naquele dia. Foi seu último tweet antes da ocorrência do massacre.[68]

Vítimas[editar | editar código-fonte]

Das doze vítimas, 11 morreram dentro da sede do editorial e uma do lado de fora. Dois eram agentes policiais responsáveis pela segurança do prédio em virtude das ameaças que o editorial vinha recebendo de extremistas. O policial Franck Brinsolaro foi morto dentro do prédio, e o policial Ahmed Merabet, do lado de fora.[69] Das outras 10 vítimas, 8 eram membros da equipe editorial do jornal. Eram estes 8, os cartunistas Charb, Cabu, Tignous, Honoré[70] e Georges Wolinski, o economista Bernard Maris, a colunista e psicanalista Elsa Cayat[71] e o corrector Mustapha Ourrad.[72] Os outros dois eram o editor Michel Renaud[73] convidado por Cabu e Frédéric Boisseau, empregado da Sodexo que trabalhava no local.[74][75]

Cartunistas assassinados no massacre

Feridos[editar | editar código-fonte]

  • Simon Fieschi, 31, webmaster, um tiro no ombro;[76]
  • Philippe Lançon, jornalista, um tiro no rosto e em estado crítico;
  • Fabrice Nicolino, 59 anos, jornalista, baleado na perna;
  • Laurent "Riss" Sourisseau, 48, cartunista, um tiro no ombro;[77]
  • Vários policiais não especificados.[78][79][80]

Uma mulher motorista também teve seu carro atingido por tiros enquanto os terroristas fugiam.[81] Três pessoas na reunião (dois membros da equipe, Sigolène Vinson e Laurent Léger, e Gerard Gaillard, um convidado que acompanhava Michel Renaud) saíram ilesos. Um segundo funcionário que estava no lobby também saiu ileso.[82][83]

Responsáveis[editar | editar código-fonte]

Irmãos Kouachi[editar | editar código-fonte]

Saïd Kouachi
Chérif Kouachi
Saïd e Chérif Kouachi, os irmãos responsáveis pelas mortes

Saïd Kouachi (7 de setembro de 1980 – 9 de janeiro de 2015) e Chérif Kouachi (29 de novembro de 1982 – 9 de janeiro de 2015) foram identificados pela polícia francesa como os principais suspeitos de serem os homens armados e mascarados que provocaram o massacre.[84][85] Os cidadãos franceses e muçulmanos são dois franco-argelinos, de Gennevilliers, com idades de 34 e 32 anos, respectivamente.[84][86][87][88] Seus pais eram imigrantes argelinos que vieram para a França.[89] Os dois foram abandonados quando eram jovens, sendo que Chérif Kouachi foi criado em um orfanato em Rennes antes de se juntar ao seu irmão em Paris.[87]

Chérif Kouachi foi preso em janeiro de 2005, aos 22 anos, quando ele e outro homem estavam prestes a partir para a Síria, em rota para o Iraque. Ele se tornou um estudante de Farid Benyettou, um pregador muçulmano radical na mesquita Addawa no 19.º arrondissement de Paris. Kouachi queria atacar alvos judeus na França, mas foi aconselhado por Benyettou de que a França, ao contrário do Iraque, não era "uma terra de jihad".[90]

Em 2008, Chérif Kouachi foi condenado por acusações de terrorismo e condenado a três anos de prisão, além de 18 meses de suspensão, por ter auxiliado o envio de combatentes para o grupo militante islâmico Abu Musab al-Zarqawi[91] no Iraque e fazer parte de um grupo que chamava jovens muçulmanos franceses para lutar com Abu Musab al-Zarqawi, o líder da Al-Qaeda no Iraque.[84][88][92] Kouachi disse que foi inspirado a ajudar a insurgência iraquiana pela indignação com a tortura de presos da prisão de Abu Ghraib, que era controlada pelo governo dos Estados Unidos.[93][94]

Após o ataque[editar | editar código-fonte]

Caçada humana[editar | editar código-fonte]
Veículos da Polícia Nacional nas imediações da rua Nicolas-Appert, 10, momentos após o ataque

Uma caçada humana começou imediatamente após o ataque, depois que um suspeito deixou a sua cédula de identidade em um carro de fuga abandonado.[95][96] A polícia vasculhou apartamentos na região parisiense, em Estrasburgo e Reims.[97][98] Os dois suspeitos (irmãos, identificados como Saïd Kouachi, 34 anos, e Chérif Kouachi, 32 anos) roubaram um posto de gasolina perto de Villers-Cotterêts.[99][100]

No primeiro dia, houve dúvidas sobre um terceiro suspeito de 18 anos, estudante em Charleville-Mézières que entregou-se directamente à polícia após um mandato de busca passado nos meios de comunicação social. Essa confusão despoletou um linchamento mediático do jovem enquanto os seus colegas de escola juravam solenemente que o jovem estava na escola na hora do atentado.[101]

Sete pessoas ligadas aos irmãos Kouachi, foram colocadas sob custódia.[102] Bandeiras jihadistas e coquetéis molotov foram encontrados em um carro de fuga abandonado.[103] As forças policias francesas procuraram os dois suspeitos entre Villers-Cotterêts e Crépy-en-Valois, visto que eles abandonaram seus carros e acreditou-se que estivessem escondidos em uma floresta perto de Longpont.[104] Cerca de 88 mil[105] polícias, guardas e militares com a ajuda do RAID e do GIGN,[106] de todo o país foram mobilizados na caçada humana feita contra os irmãos foragidos Said e Chérif por toda a França.[22]

Cerco em Dammartin-en-Goële[editar | editar código-fonte]

No início da manhã, em 9 de janeiro, o governo confirmou que uma troca de tiros e explosões foram ouvidas na área perto da comuna de Dammartin-en-Goële,[107] 35 km a nordeste de Paris. Foi relatado que várias pessoas ficaram feridas e, possivelmente, uma pessoa foi morta durante o tiroteio.[107]

Por volta das 9h30min (horário local), os irmãos Kouachi fugiram para a Création Tendance Découverte, uma empresa de produção de sinalização localizada em uma propriedade industrial em Dammartin-en-Goële. Eles mantinham um refém do sexo masculino de 26 anos de idade, que aparentemente estava inconsciente. O refém estava escondido dentro de uma caixa de papelão e mandou mensagens de texto para a polícia durante o cerco de cerca de três horas.[108][109][110] Durante o cerco, um dos reféns, o empresário Michel Catalano, dono da empresa, esteve junto com os irmãos dentro da gráfica e lhes ofereceu café e curativos, numa tentativa de acalmá-los, distraí-los e impedir que descobrissem uma de suas funcionárias, Lilian Lepere, também escondida no local. Antes do confronto dos irmãos com a polícia, ele foi libertado pelos dois.[111]

Dada a proximidade (10 km) do cerco ao Aeroporto Charles de Gaulle, duas de suas pistas de pouso foram fechadas.[107][112] O Ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, convocou uma operação policial para neutralizar os agressores. No entanto, um porta-voz do ministério anunciou que a instituição desejava primeiro "estabelecer um diálogo" com os suspeitos. Funcionários do ministério estabeleceram contato com os suspeitos e negociaram uma evacuação segura de uma escola a 500 metros do cerco.[113]

O cerco durou entre oito e nove horas e pelo menos três explosões aconteceram no prédio por volta das 4h30min. Logo depois, mais tiros foram ouvidos. O cerco mais tarde chegou ao fim quando os irmãos Kouachi foram mortos a tiros. Um oficial de segurança francês confirmou que os dois irmãos se expuseram ao tiroteio e acabaram mortos. O refém foi resgatado ileso.[114][115]

Outros suspeitos[editar | editar código-fonte]

Um jovem francês de 18 anos de idade, desempregado, muçulmano, de ascendência do Norte da África e de nacionalidade desconhecida foi identificado pela polícia como um terceiro suspeito no tiroteio, acusado de dirigir o carro de fuga usado pelos terroristas.[84][116][117] Acredita-se ter vivido recentemente, em Charleville-Mézières, a cerca de 200 quilômetros a nordeste de Paris, perto da fronteira da França com a Bélgica.[118]

Em 8 de janeiro, foi relatado que ele havia se entregado em uma delegacia Charleville-Mézières.[118][119] O homem disse que estava na sala de aula no momento do massacre.[120] Seu envolvimento no ataque é questionável, visto que todos os seus colegas testemunharam que ele estava presente na escola durante o ataque.[121] A polícia diz que ele não está a ser acusado.[122]

Consequências[editar | editar código-fonte]

Capa do Charlie Hebdo após o massacre de 7 de janeiro

França[editar | editar código-fonte]

Os sobreviventes da equipe do Charlie Hebdo anunciaram que a publicação vai continuar, sendo que a próxima edição semanal do jornal será publicada como de costume. Com oito páginas, teve metade do seu tamanho normal.[123]

A edição do Charlie Hebdo após o massacre teve uma tiragem de 7 milhões de cópias traduzidas para seis idiomas, em comparação com as habituais 60 mil cópias semanais. A capa mostra Maomé chorando e segurando um cartaz onde está escrito "Je suis Charlie" e é subtitulada com a frase "Tudo está perdoado" (em francês: Tout est pardonné).[124] Essa edição especial do Charlie Hebdo foi também vendida fora da França.[125]

O Fundo para a Inovação Digital doou 250 mil euros para apoiar a revista neste momento.[126] O Guardian Media Group anunciou uma doação separada de 100 mil libras esterlinas para a mesma causa.[127]

Na noite de 8 de janeiro, o comissário de polícia Helric Fredou, que estava investigando o ataque, cometeu suicídio em seu escritório em Limoges, logo após reunir-se com a família de uma das vítimas, enquanto ele estava a preparar o seu relatório. Ele estava sofrendo de depressão e síndrome de burnout.[128] Também houve ataques de represália contra duas mesquitas e um restaurante afiliado a outra mesquita na França.[129]

Segurança[editar | editar código-fonte]

Após o ataque, a França aumentou o seu alerta de terrorismo ao seu mais alto nível e colocou soldados nas ruas de Paris, nos sistema de transportes públicos, em sedes de empresas de mídia, locais de culto e na Torre Eiffel.

O Ministério do Exterior britânico alertou aos seus cidadãos sobre viagens a Paris.[130] O Departamento de Polícia de Nova York ordenou medidas extras de segurança para os escritórios do Consulado Geral da França em Nova York, em Upper East Side, Manhattan.[57]

Na Dinamarca, que foi o centro de uma polêmica sobre caricaturas de Maomé em 2005, a segurança foi reforçada em todos os meios de comunicação.[57]

Horas depois do tiroteio, o Ministro do Interior da Espanha, Jorge Fernández Díaz, disse que o nível de segurança antiterrorista do país foi atualizado e que o país compartilhava informações com a França em relação aos ataques. A Espanha aumentou a segurança em torno de locais públicos, como estações ferroviárias e aumentou a presença da polícia nas ruas de todas as cidades do país.[131]

O British Transport Police confirmou em 8 de janeiro que iria estabelecer novas patrulhas armadas em torno da estação ferroviária St Pancras International, em Londres, seguindo relatos de que suspeitos estavam se movendo para o norte por estações Eurostar. Eles confirmaram que patrulhas adicionais foram criadas para tranquilizar a população e que não houve relatos credíveis ainda dos suspeitos caminhando para St Pancras.[132]

Manifestações públicas[editar | editar código-fonte]

Manifestante segurando uma placa com os dizeres Je suis Charlie em Belfort, França
Protesto em Hamburgo, Alemanha
Manifestação em Vancouver, Canadá
Ver artigo principal: Marcha pela República

Várias manifestações foram realizadas contra o massacre na Place de la République, em Paris,[133] bem como outras cidades da França, como Toulouse,[134] de Nice, Lyon, Marselha e Rennes. Estes encontros levaram que o dia 8 de janeiro fosse declarado como um dia oficial de luto pelo presidente francês, François Hollande.[135]

Os defensores da liberdade de expressão usam o slogan "Je suis Charlie" (francês para "Eu sou Charlie") contra a chacina. A declaração identifica quem a pronuncia com aqueles que morreram no massacre do Charlie Hebdo, e por extensão, é um protesto pela liberdade de expressão e resistência às ameaças armadas. Foi usada a hashtag #jesuischarlie no Twitter,[136] como impresso ou cartazes feitos à mão e exibido em celulares durante as vigílias e em muitos sites, especialmente sites de mídia, tais como o do Le Monde. Je suis Charlie rapidamente se tornou um dos trending topics do Twitter no mundo após o ataque.[137] A embaixada dos Estados Unidos em Paris mudou sua foto de perfil no Twitter para uma imagem com a frase "Je suis Charlie".[25]

Não muito tempo depois do ataque, estima-se que cerca de 35 000 pessoas se reuniram em Paris segurando placas com os dizeres "Je suis Charlie" para condenar o ataque, protestar contra o terrorismo e incentivar a liberdade de expressão. Cerca de 15 mil pessoas também se reuniram em Lyon e Rennes.[138] Outras 10 mil pessoas reuniram-se em Nice e Toulouse; 7 000 em Marselha e 5 000 em Nantes, Grenoble e Bordeaux. Milhares também se reuniram em Nantes na Place Royale.[139]

Manifestações similares e vigílias se espalharam para outras cidades fora da França, como Amsterdã,[140] Bruxelas, Barcelona,[141] Berlim, Copenhague, Londres e Washington, DC.[142] Cerca de dois mil manifestantes se reuniram na Trafalgar Square, em Londres, e cantaram o Hino Nacional da França.[143][144] Em Bruxelas, duas vigílias foram realizadas até agora, uma imediatamente ao lado do consulado francês da cidade e um segundo na Place du Luxembourg. Muitas bandeiras ao redor da cidade estavam a meio-mastro em 8 de janeiro.[145]

No outro lado do Atlântico, uma multidão se reuniu na quarta-feira à noite na Union Square, em Manhattan, Nova York. O embaixador francês nas Nações Unidas, Francois Delattre, estava presente no meio da multidão em Manhattan que acendia velas, segurava cartazes e cantava o hino nacional francês.[146] Várias centenas de pessoas também manisfestaram-se do lado de fora do consulado francês em São Francisco, Califórnia, com cartazes "Je suis Charlie" para demonstrar solidariedade aos franceses.[147] Na noite de 7 de janeiro, mais vigílias e encontros foram realizados no Canadá para mostrar o apoio para a França e condenar o terrorismo. Muitas cidades tiveram notáveis manifestações, como Calgary, Montreal, Ottawa e Toronto.[148] Em Calgary, havia um forte sentimento antiterrorismo. "Somos contra o terrorismo e quero mostrar-lhes que eles não vão ganhar a batalha. É tudo horrível o que aconteceu, mas eles não vão ganhar", comentou um manifestante. "Não é só contra os jornalistas franceses ou os franceses, é contra a liberdade. Todos, em todo o mundo, estão preocupados com o que está acontecendo".[149]

Marcha de 11 de janeiro

Cerca de 700 mil pessoas caminharam em protesto na França em 10 de janeiro, com grandes marchas sendo realizada em Toulouse (com a participação de 100 000), Marselha (45 000), Lille (35-40,000), Nice (23-30 000), Pau (80 000), Nantes (75 000), Orléans (22 000) e Caen (6 000).[150]

No domingo, 11 de janeiro, o presidente Hollande e líderes de muitos outros países reuniram-se em Paris para prestar solidariedade. Nas ruas, a "Marcha pela República" foi organizada para mostrar a unidade do povo francês após três dias de ataques terroristas que deixaram 17 mortos na capital do país. A partir de 15h00min CET (14h00min UTC), mais de um milhão de pessoas marcharam da Place de la République à Place de la Nation.[151] Os chefes-de-estado e de governo e representantes do corpo diplomático acreditado na França, no entanto, participaram apenas simbolicamente, longe da multidão, posicionados para fotografias e filmagens numa rua isolada de Paris isolada pela polícia e cercados por assessores e seguranças, apesar da divulgação de imagens e textos pela imprensa que davam um entendimento diferente à sua participação no ato.[152]

No mesmo dia, houve também grandes marchas em muitas outras vilas e cidades francesas — cerca de três milhões de manifestantes em toda a França — e manifestações e vigílias em muitas outras cidades ao redor do mundo.[151]

Protesto massivo na Place de la République, em Paris, contra o massacre.

Ataques relacionados em 8 e 9 de janeiro[editar | editar código-fonte]

Ataques em Île-de-France
Massacre do Charlie Hebdo
Fachada do supermercado kasher da rede Hypercacher em Porte de Vincennes durante o cerco
Local Île-de-France
 França
Data 8 e 9 de janeiro de 2015
Tipo de ataque Assassinato em massa, spree killer e terrorismo
Alvo(s)
  • Esquina das avenidas Pierre Brossolette e la Paix em Montrouge
  • Supermercado kasher no bairro Porte de Vincennes, Paris
Arma(s)
Mortes
  • 1 policial em Montrouge[15]
  • 5 no cerco em Porte de Vincennes (4 reféns e 1 suspeito)
Feridos 9
Responsável(is) Estado Islâmico[153][154]
Suspeito(s) Amedy Coulibaly[155]
Motivo Retaliação contra opressão de muçulmanos, especialmente na Palestina; apoio aos irmãos Kouachi

Tiros em Montrouge[editar | editar código-fonte]

Em 8 de janeiro, um homem chamado Amedy Coulibaly, de 32 anos, atirou e matou a policial Clarissa Jean-Philippe no cruzamento das avenidas Pierre Brossolette e la Paix, em Montrouge, um subúrbio a sul de Paris. Um varredor de rua também foi gravemente ferido no ataque. Fontes da imprensa afirmaram que Coulibaly era do mesmo grupo jihadista dos atiradores que executaram o ataque ao Charlie Hebdo e a polícia francesa disse que há uma conexão entre os incidentes.[156]

Cerco em Porte de Vincennes[editar | editar código-fonte]

No dia 9 de janeiro, Amedy Coulibaly atacou um supermercado kasher da rede Hypercacher, no bairro de Porte de Vincennes, no 12.º arrondissement de Paris. Ele fez várias pessoas reféns e matou quatro das vítimas.[107][157] Ele tinha uma cúmplice, Hayat Boumeddiene, que acredita-se ser esposa de Coulibaly.[158] Mais tarde, foi confirmado que Coulibaly era o atirador em Montrouge.[159] Ele estava armado com dois rifles Kalashnikov quando entrou na loja. Uma testemunha afirmou: "As pessoas estavam comprando coisas quando um homem entrou com um rifle e começou a atirar em todas as direções. Eu corri para fora. O tiroteio continuou por alguns segundos".[160]

O The Guardian informou que entrevistou Coulibaly durante o cerco ao supermercado, sendo que ele alegou que "cometeu esses atos para defender os 'muçulmanos oprimidos", principalmente na Palestina, e que escolheu como alvo uma mercearia kosher porque ele queria atingir judeus".[161]

Foi noticiado que Coulibaly comunicou-se com os irmãos Kouachi durante o cerco e que disse à polícia que iria matar os reféns se os irmãos fossem prejudicados.[162] A polícia então invadiu o supermercado e matou Coulibaly a tiros.[163] Um total de quinze reféns foram resgatados.[164] Várias pessoas, incluindo dois policiais, ficaram feridos durante o incidente.[165]

Responsáveis[editar | editar código-fonte]

Amedy Coulibaly (1982 – 9 janeiro de 2015) foi identificado como o principal suspeito dos tiros de Montrouge e do cerco de Porte de Vincennes (veja abaixo).[159] Ele nasceu em Juvisy-sur-Orge, um subúrbio de Paris. Aos 17 anos de idade, ele foi condenado várias vezes por roubo e pelo menos uma vez por tráfico de drogas. Um relatório de um perito psiquiatra preparado para um tribunal parisiense verificou que Coulibaly tinha uma "personalidade imatura e psicopata" e "pobres poderes de introspecção".[166]

Coulibaly conheceu Chérif Kouachi na prisão enquanto cumpria sua sentença por um assalto à mão armada que ocorreu em 2005. Acredita-se que tenha se convertido ao islamismo radical na mesma época que Chérif.[167] Algum tempo depois de cumprir sua sentença de 2005, ele se casou com Hayat Boumeddiene em uma cerimônia religiosa, ao contrário de uma cerimônia civil, que é o único método de casamento legalmente aceito pela França.[168] Em 15 de julho de 2009, ele esteve envolvido em uma campanha governamental pela promoção do emprego dos jovens, quando Coulibaly, juntamente com cerca de 500 outras pessoas, reuniram-se com o então presidente francês, Nicolas Sarkozy.[169]

Dez meses depois de seu encontro com Sarkozy, a polícia revistou seu apartamento e encontrou 240 cartuchos de 7,62 mm de munição de rifles. Coulibaly alegou que estava planejando vender a munição na rua.[170] Uma fonte antiga afirmou que Coulibaly "era amigo de ambos" os irmãos Kouachi.[156] Acredita-se que Coulibaly se radicalizou ao conhecer um pregador islâmico em Paris e manifestou o desejo de lutar no Iraque ou na Síria.[171]

Hayat Boumeddiene, a mulher de 26 anos de Coulibaly, foi identificada como sua possível cúmplice e companheira desde 2010. Ela disse ter o auxiliado durante o cerco Porte de Vincennes, embora o grau de envolvimento de Boumeddiene seja desconhecido. Ela é descrita como "armada e extremamente perigosa" e ainda está foragida.[172] A polícia francesa porém acreditava que ela já estivesse fora do país, na Síria, desde antes dos atentados;[173] o fato foi confirmado dias depois pelo ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, que informou que Boumeddiene chegou à Istambul em 2 de janeiro e cruzou a fronteira terrestre com a Síria no dia 8, um dia após o atentado ao jornal.[174]

Repercussão[editar | editar código-fonte]

Nacional[editar | editar código-fonte]

Internacional[editar | editar código-fonte]

  • África do Sul: O presidente Jacob Zuma disse que "o governo sul-africano junta-se à comunidade internacional para condenar o ataque terrorista calculado e bárbaro contra jornalistas e o povo de Paris, na França." Ele também acrescentou que "ataques deliberados contra jornalistas e a população são contrários ao direito internacional e constituem um crime contra a humanidade" e que "a África do Sul […] continuará a apoiar os esforços regionais e internacionais para enfrentar o flagelo do terrorismo em todas as suas formas".[179]
  •  Alemanha: A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que o tiroteio não foi um ataque apenas contra cidadãos franceses, mas contra a liberdade de imprensa e de expressão. Ela afirmou que a Alemanha apoia a França neste momento difícil. "Um ataque que ninguém pode justificar contra a liberdade de imprensa e de opinião, um fundamento de nossa cultura livre e democrática", afirmou em um comunicado.[180]
  •  Brasil: A presidente Dilma Rousseff divulgou condolências aos familiares das vítimas, dizendo via Twitter estar "indignada" com o sangrento e intolerável atentado contra a sede do jornal ‘Charlie Hebdo’.[181] Ela acrescenta, dizendo que foi com profundo pesar ter conhecimento sobre o "terrorista e sangrento" ataque.[182] Além de expressar solidariedade ao Presidente Hollande e ao povo francês sobre o ato, a presidente afirma que, pela lastimáveis perdas humanas, ocorreu um inaceitável ataque a um valor fundamental das sociedades democráticas.[183]
  •  Canadá: O primeiro-ministro Stephen Harper descreveu o ataque como um ato de violência bárbara e ainda acrescentou que "o Canadá e seus aliados não vão se intimidar e continuarão a manter-se firmes em conjunto contra os terroristas, que ameaçam a paz, a liberdade e a democracia, valores tão caros aos nossos países. Os canadenses estão com a França neste dia escuro".[184]
  •  Dinamarca: A primeira-ministra dinamarquesa, Helle Thorning-Schmidt, também condenou o ataque. “A sociedade francesa, como a nossa, é aberta, democrática e se baseia em uma imprensa livre e crítica. São valores enraizados em todos nós que precisam ser protegidos”.[180]
  •  Egito: O ministro das Relações Exteriores egípcio, Sameh Shoukry, mostrou sua "enérgica" condenação ao atentado. Segundo um comunicado oficial, Shoukry expressou a solidariedade do país com a França e seu apoio na luta antiterrorista. "O terrorismo é um fenômeno internacional cujo alvo é a segurança e a estabilidade no mundo", escreveu. Ele pediu ainda que sejam unificados os esforços internacionais para acabar com ele e expressou condolências do Egito às famílias das vítimas.[180]
  •  Emirados Árabes Unidos: O Ministério dos Negócios Estrangeiros condenou veementemente o ataque terrorista hediondo ao escritório do semanário francês Charlie Hebdo em Paris, em que dezenas de civis inocentes desarmados foram mortos e feridos. Em um comunicado, sublinhou a solidariedade dos Emirados Árabes Unidos com o governo e o povo da França neste momento crítico e manifestou a sua condenação ao terrorismo em todas as suas formas e manifestações, por um fenômeno que tem como alvo a segurança e a estabilidade internacional.[185]
  • Espanha: O governo classificou como "vil e covarde" o ataque terrorista contra a sede do jornal. O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, condenou o atentado em sua conta no Twitter e expressou solidariedade ao povo francês: "Minha firme condenação ao atentado terrorista em Paris, e minhas condolências e solidariedade ao povo francês pelas vítimas. Espanha com a França', escreveu Rajoy na rede social.[180]
  •  Estados Unidos: O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, condenou o atentado terrorista ao jornal Charlie Hebdo. Em nota, a Casa Branca afirmou estar pronta para colaborar com as autoridades francesas, na investigação dos fatos, para chegar aos culpados. Josh Earnest, porta-voz da Casa Branca, considerou o atentado como um ato de violência e pontuou sobre a consciência dos Estados Unidos de que o grupo terrorista islâmico, Estado Islâmico (EI) tem intenção de recrutar estrangeiros para lançarem ataques em seus próprios países.[186]
  •  Índia: O presidente Pranab Mukherjee condenou o ataque terrorista e disse: "O terror e a violência não têm lugar em qualquer canto do mundo. A comunidade mundial deve se unir para acabar com o terror em todos os países e sociedades." O primeiro-ministro Narendra Modi ofereceu condolências extras, ao dizer: "Nossa solidariedade com o povo de França. Meus pensamentos estão com as famílias daqueles que perderam suas vidas."[187]
  • Irã Irão: O porta-voz iraniano do Ministério das Relações Exteriores, Marzieh Afkham, condenou o ataque e disse que "qualquer ação terrorista contra seres humanos inocentes é contra os ensinamentos do islamismo".[188] Mas Afkham também disse que "fazer uso da liberdade de expressão … para humilhar as religiões monoteístas e os seus valores e símbolos é inaceitável".[189]
  •  Israel: O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, classificou o ataque terrorista na França como um atentado à cultura da liberdade. Netanyahu disse que: "O objetivo do terrorismo não é chegar a um acordo político (…), mas destruir a cultura da liberdade, que é a base das sociedades modernas". O primeiro-ministro ainda clamou pela união geral contra o terrorismo.[190]
  •  Itália: O chefe do governo italiano, Matteo Renzi, escreveu no Twitter: “horror e consternação pelo massacre de Paris, proximidade total com o presidente francês François Hollande neste momento terrível, a violência sempre perderá para a liberdade”.[180]
  •  Japão: Em uma mensagem de condolências entregue ao presidente da França, François Hollande no dia seguinte à tragédia, o primeiro-ministro Shinzo Abe condenou o ataque e salientou a importância da solidariedade do Japão com a França.[191]
  • Jordânia: "Este ato terrorista contra o jornal 'Charlie Hebdo' representa um ataque contra os princípios e valores nobres", destacou o ministro de Estado para Assuntos de Meios de Comunicação, Mohammed Momani. "A Jordânia expressa novamente sua solidariedade com o país amigo francês para lutar contra todas as formas de terrorismo e estende suas sentidas condolências ao povo francês", acrescentou.[180]
  •  Malásia: Em um comunicado emitido pelo Ministério das Relações Exteriores, o governo da Malásia condenou o ataque, dizendo: "Nada justifica o fim de vidas inocentes. A Malásia está unida com as famílias das vítimas, o governo da França e o povo francês." O primeiro-ministro Najib Razak condenou nos termos mais fortes todos os atos de violência e expressou sua determinação de lutar contra o extremismo.[192]
  •  México: A Secretaria do México dos Negócios Estrangeiros, sob o comando de José Antonio Meade Kuribreña, condenou o ataque e afirmou que o México rejeita todas as formas e manifestações de terrorismo. Ele ofereceu suas condolências ao governo francês e aos seus cidadãos, bem como para as famílias das vítimas.[193]
  • Portugal Portugal: O presidente e o primeiro-ministro de Portugal, Cavaco Silva e Passos Coelho respectivamente dizem que este foi um ataque contra os valores europeus e democráticos. O Presidente e o primeiro-ministro condenaram o atentado e enviaram mensagens de solidariedade às autoridades francesas.[194]
  •  Reino Unido: O primeiro-ministro David Cameron disse à Câmara dos Comuns que "esta casa e este país estão unidos ao povo francês em nossa oposição a todas as formas de terrorismo e nós apoiamos sinceramente a liberdade de expressão e a democracia. Essas pessoas nunca serão capazes de nos tirar esses valores."[195] O vice-primeiro-ministro Nick Clegg disse que: "Não pode haver nenhuma desculpa, nenhuma razão, nenhuma explicação. Eles mataram cartunistas que não fizeram nada mais do que desenhar desenhos que eles aconteceram achar ofensivo no final do dia, em uma sociedade livre as pessoas têm que ser livres para ofender o outro. Você não pode ter liberdade, a menos que as pessoas são livres de ofender".[196] A rainha Elizabeth II também enviou "sinceras condolências".[197]
  •  China: O presidente Xi Jinping na quinta-feira, enviou uma mensagem de condolências ao seu homólogo francês, François Hollande, falou sobre o ataque terrorista no dia anterior em Paris e condenou energicamente os atentados. Na mensagem, Xi expressou profundo pesar pela perda de vidas e estendeu sinceras condolências aos feridos e às famílias dos mortos. "O terrorismo é um inimigo comum de toda a humanidade e uma ameaça comum a toda a comunidade internacional, incluindo a China e a França. O governo chinês opõe-se firmemente a todas as formas de terrorismo e está pronto para trabalhar com a França e outros países para aumentar a segurança em cooperações contraterrorismo, de modo a salvaguardar a paz mundial e proteger as pessoas de todos os países do mundo."[198]
  •  Rússia: O presidente Vladimir Putin disse: "Nós decisivamente condenamos este crime cínico. Reafirmamos a nossa disponibilidade a continuar a cooperação ativa no combate à ameaça do terrorismo."[199]
  •  Turquia: O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlüt Cavusoglu, também condenou o ataque. "Somos contra o terrorismo, venha de onde venha e tenha a causa que tenha". Já o o ministro turco de Cultura, Ömer Çelik, assegurou que o ocorrido em Paris é "um ataque contra inocentes" e "um ataque contra toda a humanidade".[180]
  • Vaticano: O Vaticano, sede da Igreja Católica, considerou abominável o atentado em Paris. O porta-voz da Santa Sé, Padre Ciro Benedettini, disse que a ação "é um duplo ato de violência, porque ao mesmo tempo que ataca as pessoas, também ataca a liberdade de imprensa". O sacerdote disse ainda que o Papa Francisco deve enviar uma mensagem especial ao arcebispo de Paris ainda nesta quarta.[180]

Organizações supranacionais[editar | editar código-fonte]

Islâmica[editar | editar código-fonte]

O Conselho Francês do Culto Muçulmano e o Conselho Muçulmano da Grã-Bretanha manifestaram-se contra o ataque, ao classificar o acontecido como uma "brutalidade e selvageria."[203] A União das Organizações Islâmicas da França divulgou um comunicado condenando o massacre, ao afirmar que aqueles que estão por trás do ataque "venderam sua alma para o inferno".[204]

O vice-presidente da Comunidade Ahmadi nos Estados Unidos também condenou o ataque, dizendo que "os culpados por trás esta atrocidade violaram toda a doutrina islâmica de compaixão, justiça e paz."[205]

A Liga dos Estados Árabes lançou uma condenação coletiva ao atentado. A Universidade Al-Azhar, também divulgou um comunicado de denúncia, que a violência nunca foi adequada, independentemente do "crime cometido contra sentimentos muçulmanos sagrados".[206]

No entanto, grupos terroristas islâmicos celebraram o ataque. O Estado Islâmico (ISIS) comemorou o atentado, chamando seus autores de "heróis" por "vingarem o profeta Maomé", numa transmissão através da rádio al-Bayan, emissora oficial do EI.[207] A Al-Qaeda, através de seu braço na África do Norte, também comemorou o atentado em Paris, lembrando que Osama Bin Laden, fundador do grupo radical, já havia desafiado aqueles que "satirizaram o profeta".[207]

Também em Kandahar, no sul do Afeganistão, centenas de manifestantes saíram à ruas para apoiar os atentados, chamando seus autores de "heróis" por terem "punido" os jornalistas do Charlie Hebdo pelos "desrespeitos constantes com o profeta do Islã" e criticando o presidente do país, Ashraf Ghani, por ter condenado os ataques. A manifestação foi realizada após religiosos deixarem as orações em uma mesquita local.[208]

Em algumas escolas de França, o minuto de silêncio em homenagem às vítimas por vezes correu mal.[209] O jornal Le Figaro relata que, numa escola primária de Seine-Saint-Denis, nada menos que 80 por cento dos alunos de uma turma recusaram este minuto de silêncio.[210] Em Lille, durante o minuto de silêncio, um aluno ameaçou o professor: "Mato-te com uma Kalaschnikov!".[210] Numa escola de Grenoble, uma aluna explicou: "Senhora", disse ela, "não vamos ser insultados por um desenho do Profeta, é normal que nos vinguemos. É mais do que um escárnio, é um insulto!" Ao seu lado, uma das suas amigas, também muçulmana, apoiou as suas palavras.[211] Ao todo, verificaram-se nas escolas francesas cerca de 200 incidentes, sendo 40 comunicados à polícia.[212]

Manuel Valls, falando contra estas reacções durante os minutos de silêncio, afirma: "O que lemos na Internet, a atitude, embora minoritária, de alguns alunos, mostra que o mal é mais profundo. Devemos olhar com lucidez para o que está a acontecer: a ascensão do comunitarismo, a rejeição dos valores da República, a rejeição do secularismo. Todos devem assumir a responsabilidade, cada cidadão está envolvido".[213]

Julgamento de envolvidos em 2020[editar | editar código-fonte]

Em 2 de Setembro de 2020, começou o julgamento de catorze suspeitos de envolvimento no ataque ao Charlie Hebdo e ao supermercado kosher Hyper Cacher.[214] Coincidindo com o início do julgamento o Charlie Hebdo voltou a publicar, na sua primeira página, as caricaturas de Maomé, com a frase: "Tout ça pour ça" ("Tudo isso por isto").[215][216][217]

Em 16 de Dezembro de 2020, a justiça francesa condenou todos os catorze acusados do ataque ao Charlie Hebdo com penas que vão dos quatro anos de prisão até à prisão perpétua. Foram julgados 13 homens e uma mulher, acusados de serem cúmplices dos três terroristas que realizaram os ataques em Paris. Três réus (dois deles alvo das penas mais graves) foram julgados à revelia.[218][219]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d Helene Fouquet (7 de janeiro de 2015). «Paris Killings Show Rise of Banned French 'Weapons of War'». Bloomberg 
  2. a b c d «Paris Charlie Hebdo attack: live». The Daily Telegraph. 7 de janeiro de 2015. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  3. a b c d e f g Woolf, Christopher. «Where did the Paris attackers get their guns?» (em inglês). 15 de janeiro de 2015. Consultado em 16 de janeiro de 2015. As armas vistas em várias imagens dos atacantes incluem um fuzil de assalto do famoso AK-74; uma sub-metralhadora Czech-made chamado de Škorpion vz. 61; várias pistolas Tokarev TT de concepção Russa e um lança-granadas-foguete - provavelmente o Yugoslav M80 Zolja. 
  4. a b «Charlie Hebdo shooting: At least 12 killed as shots fired at satirical magazine's Paris office». The Independent. 7 de janeiro de 2015. Consultado em 16 de janeiro de 2015 
  5. «Charlie Hebdo Paris shooting: Al-Qaeda hit list named cartoonist Stephane Charbonnier». 7 de janeiro de 2015 
  6. «Terrorists shouted they were from Al Qaeda in the Yemen before Charlie Hebdo attack». The Daily Telegraph. 7 de janeiro de 2015. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  7. «Ataque armado contra sede de una revista satírica deja al menos 11 muertos en París»  7 de janeiro de 2015 - RT
  8. a b c expresso.pt (7 de janeiro de 2015). «Massacre na sede de jornal que publicou caricaturas de Maomé faz pelo menos 12 mortos». 7 de janeiro de 2015. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  9. «Once muertos en un tiroteo en la sede del semanario que publicó las viñetas de Mahoma»  ABC.es - 7 de janeiro de 2015
  10. «Comment s'est déroulée l'attaque contre « Charlie Hebdo »» (em francês). 7 de janeiro de 2015 à 19h38. Consultado em 7 de janeiro de 2015 [ligação inativa] 
  11. «Charlie Hebdo shooting: twelve dead at Paris offices of satirical magazine – live updates». The Guardian. 7 de janeiro de 2015. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  12. «Epicerie casher de la porte de Vincennes : cinq morts, dont un preneur d'otage». Le Parisien. Consultado em 9 de janeiro de 2015 
  13. «Charlie Hebdo attack: five killed in Paris as manhunt for gunmen ends – live updates». The Guardian. Consultado em 9 de janeiro de 2015 
  14. «Dans une vidéo posthume, Amedy Coulibaly revendique l'attentat de Montrouge». Le Monde. 11 de janeiro de 2015. Consultado em 27 de janeiro de 2015 
  15. a b «Saiba quem são os mortos nos três dias de ataques na França». 9 de janeiro de 2015. Consultado em 12 de janeiro de 2015 
  16. «França caça terroristas que atacaram revista satírica». VEJA. 7 de janeiro de 2015. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  17. «'Extremistas idiotas', disse, em 2011, editor morto». BBC. 7 de janeiro de 2015. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  18. Daniela Fetzner (7 de janeiro de 2015). «Após ataque, clima em Paris é de perplexidade e comoção». VEJA. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  19. «AO VIVO: Ataque contra revista na França deixa mortos e feridos». BBC. 7 de janeiro de 2015. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  20. «Barack Obama oferece ajuda à França para levar 'terroristas' à Justiça.». VEJA. 7 de janeiro de 2015. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  21. «"Somos todos 'CharlieHebdo'": a reação ao atentado nas redes». VEJA. 7 de janeiro de 2015. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  22. a b «França mobiliza 88 mil na caçada aos dois suspeitos». O Globo. Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  23. «BBC News - Paris attacks: Millions rally for unity in France». BBC News. Consultado em 11 de janeiro de 2015 
  24. «Paris unity rally largest in French history». The Portland Press Herald / Maine Sunday Telegram. Consultado em 11 de janeiro de 2015 
  25. a b «#JeSuisCharlie: World stands with Charlie Hebdo victims». Russia: RT. 7 de janeiro de 2015 
  26. Charb (20 de novembro de 2013). «Non, "Charlie Hebdo" n'est pas raciste!». Le Monde. Consultado em 4 de março de 2014 
  27. «BBC News: Attack on French satirical paper Charlie Hebdo (2 de novembro de 2011)». BBC. 2 de novembro de 2011. Consultado em 21 de dezembro de 2011 
  28. Boxel, James (2 de novembro de 2011). «Firebomb attack on satirical French magazine». Financial Times. Consultado em 19 de setembro de 2012. (pede registo (ajuda)) 
  29. «"Charlie Hebdo publie des caricatures de Mahomet"»  BMFTV (em francês) Retrieved 19 September 2012.
  30. a b Vinocur, Nicholas (19 de setembro de 2012). «Magazine's nude Mohammad cartoons prompt France to shut embassies, schools in 20 countries». National Post. Reuters. Consultado em 19 de setembro de 2012 
  31. Samuel, Henry (19 de setembro de 2012). «France to close schools and embassies fearing Mohammed cartoon reaction». The Telegraph. Consultado em 20 de setembro de 2012 
  32. Khazan, Olga (19 de setembro de 2012). «Charlie Hebdo cartoons spark debate over free speech and Islamophobia». The Washington Post. Consultado em 19 de setembro de 2012 
  33. Dashiell Bennet (1 de março de 2013). «Look Who's on Al Qaeda's Most-Wanted List». The Wire. Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  34. Conal Urquhart (7 de janeiro de 2015). «Paris Police Say 12 Dead After Shooting at Charlie Hebdo». Time. Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  35. Victoria Ward (7 de janeiro de 2015). «Murdered Charlie Hebdo cartoonist was on al Qaeda wanted list». The Telegraph. Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  36. Judikael Hirel. «"Charlie Hebdo" : Houellebecq et djihadistes au sommaire du dernier numéro». Le Point.fr. Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  37. «"Charlie Hebdo" - Honoré : le dernier dessin». Le Point. 8 de janeiro de 2015. Consultado em 27 de janeiro de 2015 
  38. Loi du 9 décembre 1905 concernant la séparation des Eglises et de l'Etat., consultado em 21 de agosto de 2020 
  39. «Bulletin officiel n° 21 du 27 mai 2004». www.education.gouv.fr. Consultado em 21 de agosto de 2020 
  40. «Laïcité, la France en plein doute». La Croix (em francês). 11 de março de 2015. ISSN 0242-6056 
  41. «Secularism in Turkey, France, and the United States». 30 de setembro de 2015. Consultado em 21 de agosto de 2020. Cópia arquivada em 30 de setembro de 2015 
  42. «The Koran Does Not Forbid Images of the Prophet». Newsweek (em inglês). 9 de janeiro de 2015. Consultado em 21 de agosto de 2020 
  43. Burke, Daniel. «Why Islam forbids images of Mohammed». CNN. Consultado em 21 de agosto de 2020 
  44. «The issue of depicting the Prophet Muhammad». BBC News (em inglês). 14 de janeiro de 2015 
  45. «Focus - Praying for a pardon: Christian sentenced to death for 'blaspheming against Islam'». France 24 (em inglês). 2 de dezembro de 2010. Consultado em 21 de agosto de 2020 
  46. Wyatt, Caroline (7 de janeiro de 2015). «Europe's struggle with Islamism». BBC News (em inglês) 
  47. «Islam QA Fatwa 14305: It is essential to respond to those who defame the Prophet (peace and blessings of Allaah be upon him)». IslamQA (em inglês). Consultado em 21 de agosto de 2020 
  48. «Les deux hommes criaient "Allah akbar" en tirant». L'essentiel Online 
  49. Kim Willsher (7 de janeiro de 2015). «Satirical French magazine Charlie Hebdo attacked by gunmen». The Guardian. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  50. Kim Willsher et al (7 de janeiro de 2015) Paris terror attack: huge manhunt under way after gunmen kill 12 The Guardian
  51. «Terrorists shoot officer in Paris during terrorist attack at Charlie Hebdo». LiveLeak. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  52. «Charlie Hebdo shooting: 12 people killed, 11 injured, in attack on Paris offices of satirical newspaper». ABC News. 7 de janeiro de 2015. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  53. «Charlie Hebdo : Le témoignage de la dessinatrice Coco». L'Humanité (em francês). 7 de janeiro de 2015 
  54. «Charlie Hebdo Cartoonist Corrine Rey Says She Let Terrorists Inside And Hid Under Her Desk With Toddler Daughter». Inquisitr. 7 de janeiro de 2015. Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  55. «Charlie Hebdo shootings: 'It's carnage, a bloodbath. Everyone is dead'». The Guardian. 7 de janeiro de 2015. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  56. «Paris shooting: Manhunt after gunmen attack office of Charlie Hebdo, French satirical magazine». 7 de janeiro de 2015 
  57. a b c ABC News. «Gunmen in Charlie Hebdo Attack Identified». ABC News. Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  58. MacKinnon, Mark (7 de janeiro de 2015). «The Globe in Paris: Police identify three suspects». The Globe and Mail (em inglês). Consultado em 7 de janeiro de 2023 
  59. Richards, Chris (8 de janeiro de 2015). «Charlie Hebdo: Journalist Sigolene Vinson spared death 'because she is female'». mirror (em inglês). Consultado em 7 de janeiro de 2023 
  60. «Charlie Hebdo: ce qu'on sait de l'attentat et de l'enquête». RFI (em francês). 7 de janeiro de 2015. Consultado em 7 de janeiro de 2023 
  61. S.L (7 de janeiro de 2015). «Attentat à Charlie Hebdo : le scénario de la tuerie». MYTF1NEWS. Consultado em 9 de janeiro de 2015. Arquivado do original em 4 de março de 2016 
  62. UOL, ed. (8 de janeiro de 2015). «Policial assassinado no chão por terroristas em Paris era muçulmano» 
  63. «En direct: Des coups de feu au siège de Charlie Hebdo» (em francês). see comments at 13h09 and 13h47: "LeMonde.fr: @Antoine Tout ce que nous savons est qu'ils parlent un français sans accent." and "LeMonde.fr: Sur la même vidéo, on peut entendre les agresseurs. D'après ce qu'on peut percevoir, les hommes semblent parler français sans accent." 
  64. «Deadly attack on office of French magazine Charlie Hebdo». BBC News. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  65. Duffin, Claire; Sinmaz, Emine; Kent Smith, Emily (7 de janeiro de 2015). «They shouted out names... then fired: Minute by minute, how the horror unfolded in Paris magazine newsroom as terrorists slaughtered 12 innocent victims». Daily Mail. London. Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  66. «12 dead in 'terrorist' attack at Paris paper». Yahoo! News. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  67. «Terrorists Strike Charlie Hebdo Newspaper in Paris, Leaving 12 Dead». NYTimes.com. 7 de janeiro de 2015. Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  68. «Charlie Hebdo's mysterious last tweet before attack». BBC.comm. 7 de janeiro de 2015. Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  69. Graciliano Rocha (8 de janeiro de 2015). «Ataque terrorista mata 12 em Paris: Criminosos invadiram redação de semanário; cartunistas mais influentes da França estão entre as vítimas». Folha mundo. Folha web. Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  70. GUERRIN Michel (8 de janeiro de 2015). «Philippe Honoré, illustrateur virtuose enragé». Le Monde. Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  71. LORET Eric (7 de janeiro de 2015). «Elsa Cayat, une psy pour «Charlie»». Libération. Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  72. «Charlie Hebdo. Honoré, 5e dessinateur tué dans l'attentat». Ouest-France. 7 de janeiro de 2015. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  73. ARMAND Manuel (8 de janeiro de 2015). «Michel Renaud, l'insatiable voyageur». Le Monde. Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  74. «Attentat contre « Charlie Hebdo » : Charb, Cabu, Wolinski et les autres, assassinés dans leur rédaction». Le Monde. 7 de janeiro de 2015. Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  75. «Attaque contre "Charlie Hebdo" : les dessinateurs Cabu, Charb, Tignous et Wolinski parmi les victimes: L'économiste Bernard Maris a également été tué. L'attaque armée qui a frappé le magazine satirique a fait au moins douze morts, dont deux policiers.». Faits divers. Francetv info. 7 de janeiro de 2015. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  76. «Paris attacks: Sydney woman's partner in coma after Charlie Hebdo shooting». The Sydney Morning Herald 
  77. «Attentat contre Charlie Hebdo. Témoignage de l'oncle de Riss, directeur de la rédaction Charlie Hebdo». Le Telegramme. 8 de janeiro de 2015. Consultado em 8 de janeiro de 2015. Arquivado do original em 8 de janeiro de 2015 
  78. Translated text
  79. «En Direct. Attentat à Charlie Hebdo : 12 morts, les terroristes en fuite». Le Parisien (em francês). France. 7 de janeiro de 2015. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  80. «Charlie Hebdo shootings: 'It's carnage, a bloodbath. Everyone is dead'». The Guardian. 7 de janeiro de 2015. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  81. «One Suspect Surrenders in Attack on French Newspaper; Two Others at Large». New York Times. 7 de janeiro de 2015. Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  82. «The Globe in Paris: Police identify three suspects». The Globe and Mail 
  83. «Paris rampage live updates: 1 suspect reportedly surrenders; vigils held worldwide». Los Angeles Times. 8 de janeiro de 2015 
  84. a b c d Higgins, Andrew; De La Baume, Maia (8 de janeiro de 2015). «Two Brothers Suspected in Killings Were Known to French Intelligence Services». nytimes.com. Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  85. «Who are the Charlie Hebdo gunmen?». Daily Mail. 7 de janeiro de 2015. Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  86. «Female police officer dies following assault rifle attack in Paris». The Independent (em inglês). 9 de janeiro de 2015. Consultado em 7 de janeiro de 2023 
  87. a b «Un commando organisé». liberation.fr. Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  88. a b «Paris Attack Suspect Dead, Two in Custody, U.S. Officials Say». NBC News. Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  89. [1]
  90. cnn.com 8 de janeiro de 2015
  91. Matthieu Suc. «Attentat à " Charlie Hebdo " : que sait-on des deux suspects recherchés ?». Le Monde.fr 
  92. «Charlie Hebdo Paris shooting: Three men suspected of killing 12 in terror attack 'holed up near Belgium border'». Daily Mirror. 7 de janeiro de 2015. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  93. «Paris Magazine Attack». NBC News. 7 de janeiro de 2015. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  94. «French Muslims flock to,from Iraq's Battlefields». NBC News. 30 de março de 2008. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  95. «Charlie Hebdo attack: Paris police name three suspects in manhunt as Kouachi brothers and surrendered 18-year-old 'accomplice'». The Independent 
  96. «Police Identify Suspects in Paris Shooting That Killed 12». Time. 7 de janeiro de 2015. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  97. Le Point, magazine. «"Charlie Hebdo" : perquisitions à Reims, Strasbourg, Pantin et Gennevilliers». Le Point.fr 
  98. «Attentat à Charlie Hebdo». Le Parisien. 7 de janeiro de 2015. Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  99. Le Courrier picard. «AISNE Les frères Kouachi localisés près de Villers-Cotterêts». Le Courrier picard 
  100. «Attentat à Charlie Hebdo: Les deux suspects auraient braqué une station-essence à Villers-Cotterêts». 20minutes.fr 
  101. «Le "3ème terroriste" n'était que lycéen: la folle journée de Mourad». RTBF info. 9 de janeiro de 2015. Consultado em 10 de janeiro de 2015 
  102. «"Charlie Hebdo" : minute par minute, les événements de jeudi matin». Le Point.fr. Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  103. «Attaque à «Charlie Hebdo»: Drapeaux djihadistes et cocktails Molotov dans la voiture abandonnée... Les deux suspects repérés à Villers-Côtterets...». 20minutes.fr. Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  104. «Attentat à Charlie Hebdo : la traque se concentre près de Villers-Cotterêts». leparisien.fr. 8 de janeiro de 2015. Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  105. Les Décodeurs (8 de janeiro de 2015). «Traque de Charlie Hebdo et plan Vigipirate». Le monde. Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  106. «"Charlie Hebdo" : le Raid et le GIGN déployés près de Villers-Cotterêts». Metronews. 8 de janeiro de 2015. Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  107. a b c d «Charlie Hebdo attack: Manhunt – live reporting». BBC News. 9 de janeiro de 2015 
  108. «Paris Terror Suspects 'Ready To Die'». Sky News 
  109. «The hostage the terrorists didn't know they had: Print worker hid in cardboard box for eight hours». Daily Mail 
  110. «Paris hostages survived hidden in fridges and beneath sinks». Yahoo! News. 9 de janeiro de 2015. Consultado em 9 de janeiro de 2015 
  111. «Refém de irmãos terroristas distraiu criminosos para salvar funcionária de gráfica, na França». Extra. Consultado em 11 de janeiro de 2015 
  112. «Création Tendance découverte : prise d'otages à Dammartin en Goële». linternaute.com. 9 de janeiro de 2015 
  113. «Charlie Hebdo hunt: Police surround Paris suspects»  BBC News. Acessado em 9 de janeiro de 2015.
  114. «Charlie Hebdo attack: 3 suspects, 4 hostages killed in separate attacks near Paris»  CBC News. Retrieved 9 de janeiro de 2015.
  115. «Charlie Hebdo attack: Kouachi brothers killed»  BBC News. Retrieved 9 de janeiro de 2015.
  116. «Attentat à Charlie Hebdo. Les trois suspects identifiés et traqués». Ouest-France. Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  117. Anthony Bond (7 de janeiro de 2015). «Charlie Hebdo Paris shooting: Three men suspected of killing 12 in terror attack 'holed up near Belgium border'». Mirror. Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  118. a b «Charlie Hebdo suspect said to surrender; two others at large after Paris terror attack». Washington Post 
  119. «Charlie Hebdo attack». BBC 
  120. «Fatal shooting at Charlie Hebdo HQ in Paris LIVE UPDATES»  RT. 8 de janeiro de 2015. Acessado em 8 de janeiro de 2015
  121. «"Charlie Hebdo" : Mourad Hamyd, accusé à tort ?». Le Point 
  122. «La traque d'une fratrie de djihadistes». Le Monde 
  123. «Charlie Hebdo Attack: Magazine to publish next week». BBC. 8 de janeiro de 2015 
  124. Weaver, Matthew (14 de janeiro de 2015). «Charlie Hebdo print run raised to 5m as copies in France sell out». The Guardian. Consultado em 15 de janeiro de 2015 
  125. «Charlie Hebdo 'survivor's issue' to sell outside France». Business Insider. 10 de janeiro de 2015. Consultado em 13 de janeiro de 2015 
  126. Russell Brandom (8 de janeiro de 2015). «Charlie Hebdo will publish one million copies next week with help from Google-backed fund». The Verge 
  127. «Updates on the 2nd Day of Search for Suspects in Charlie Hebdo Shooting». The New York Times. 8 de janeiro de 2015 
  128. «Charlie Hebdo Attack Investigator Commits Suicide: Reports». 11 de janeiro de 2015. Consultado em 11 de janeiro de 2015 
  129. «Mosques Attacked In Wake Of Charlie Hebdo Shooting». The Huffington Post 
  130. Pleasance, Chris (7 de janeiro de 2015). «Soldiers on the streets: Military is brought in to protect Eiffel Tower, media offices, places of worship and public transport links as France responds to terror attack». Daily Mail. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  131. Andrew O'Reilly (8 de janeiro de 2015). «In wake of Paris shooting, Spain worries about terror attacks on its home soil». Fox News Latino. Consultado em 9 de janeiro de 2015 
  132. Paul Wright. «Armed police step up patrols at St Pancras in wake of Charlie Hebdo Paris massacre». Hampstead Highgate Express. Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  133. Fabian Federl (7 de janeiro de 2015). «"Je suis Charlie": Hitzige Debatten auf Twitter». Tages Spiegel 
  134. «Charlie Hebdo : 10.000 personnes rassemblées à Toulouse». Le Figaro 
  135. «Je suis Charlie! The cry of defiance: Vast crowds rally across the world to condemn the gun massacre as Francoise Hollande declares tomorrow a day of mourning»  DailyMail.co.uk, 7 de janeiro de 2015
  136. Richard Booth (7 de janeiro de 2015). «'Je suis Charlie' trends as people refuse to be silenced by Charlie Hebdo gunmen». Daily Mirror 
  137. «#JeSuisCharlie: Signs of solidarity after Paris terror attack». CBS News. 7 de janeiro de 2015 
  138. «Attentat à Charlie Hebdo. Près de 15 000 personnes réunies à Lyon» (em francês). eprogres.fr. 7 de janeiro de 2015 
  139. «Demonstrations Follow Charlie Hebdo Massacre»  abcnews.go.com, 8 de janeiro de 2015
  140. «Ruim 100.000 mensen betogen voor persvrijheid na aanslag Parijs»  NU.nl, 8 de janeiro de 2015 Predefinição:Nl icon
  141. «'Je Suis Charlie' in Photos»  CityLab.com, 7 de janeiro de 2015
  142. «Charlie Hebdo attack vigils – in pictures»  TheGuardian.com, 7 de janeiro de 2015
  143. «Charlie Hebdo attack – latest». BBC News. 7 de janeiro de 2015 
  144. «Charlie Hebdo magazine attack: vigils held as gunmen remain at large – live». The Guardian. 7 de janeiro de 2015 
  145. «Brussels in mourning after Paris killings». euractiv.com. 8 de janeiro de 2015 
  146. «New Yorkers and Expats Band Together for Charlie Hebdo Vigil». Observer.com. 8 de janeiro de 2015 
  147. «Hundreds Gather in San Francisco Vigil for Terror Attack Victims at French Magazine». NBCBayArea.com. 7 de janeiro de 2015 
  148. «Toronto's French community gathers for Charlie Hebdo vigil»  TheStar.com, 7 de janeiro de 2015
  149. «Calgarians attend vigil for victims of deadly attack at French newspaper»  CalgaryHerald.com, 7 de janeiro de 2015
  150. «Plus de 700 000 personnes défilent contre le terrorisme en France» [More than 700,000 people marched against terrorism in France] (em francês). Le Monde.fr. AFP. 10 de janeiro de 2015. Consultado em 11 de janeiro de 2015 
  151. a b BBC Brasil, ed. (11 de janeiro de 2015). «Mais de 3 milhões de pessoas marcham por união na França» 
  152. «Paris march: TV wide shots reveal a different perspective on world leaders at largest demonstration in France's history». The Independent. Consultado em 13 de janeiro de 2015 
  153. «Charlie Hebdo attack: the Kouachi brothers and the network of French Islamists with links to Islamic State». 8 de janeiro de 2015. Consultado em 9 de janeiro de 2015 
  154. «Yemen branch of al-Qaeda claim they directed attack on office of Charlie Hebdo as kosher grocery store killer said he was fighting for the Islamic State and wanted to kill Jews». 9 de janeiro de 2015. Consultado em 9 de janeiro de 2015 
  155. Le suspect de Montrouge, Amedy Coulibaly, était bien le tireur de Vincennes, Le Monde
  156. a b «UPDATE PROFILE The Kouachi brothers and Amedy Coulibaly: comrades in terrorism». dpa-international.com. 9 de janeiro de 2015. Consultado em 10 de janeiro de 2015. Arquivado do original em 10 de janeiro de 2015 
  157. «Paris shooting updates / Charlie Hebdo attackers take hostage after car chase». Haaretz. 9 de janeiro de 2015 
  158. «DIRECT – Porte de Vincennes : plusieurs otages, au moins deux morts». MidiLibre.fr 
  159. a b «Le suspect de Montrouge, Amedy Coulibaly, était bien le tireur de Vincennes»  Le Monde
  160. «Paris attacks: Gunman and four hostages killed at kosher grocery shop as police launch assault». The Independent. 9 de janeiro de 2015. Consultado em 9 de janeiro de 2015 
  161. «Charlie Hebdo: officials establish link between gunmen in both attacks — as it happened». the Guardian (em inglês). 10 de janeiro de 2015. Consultado em 7 de janeiro de 2023 
  162. «Paris shooting: Armed man takes hostages in Paris kosher store». The Sydney Morning Herald. 9 de janeiro de 2015. Consultado em 9 de janeiro de 2015 
  163. «Amedy Coulibaly Dead: 5 Fast Facts You Need to Know» '
  164. «Paris hostage situation ends with gunman dead». CBS News. 9 de janeiro de 2015. Consultado em 9 de janeiro de 2015 
  165. «Who Is Amedy Coulibaly? Paris Kosher Deli Gunman Once Worked For Coca-Cola, Was Close With Kouachi Brothers». International Business Times. 9 de janeiro de 2015. Consultado em 9 de janeiro de 2015 
  166. «Amedy Coulibaly, Paris Kosher Market Terrorist, Had History Of Ties To Violence». The Huffington Post. 9 de janeiro de 2015. Consultado em 9 de janeiro de 2015 
  167. «Terrorist Amedy Coulibaly met former French President Nicolas Sarkozy in 2009, years before Paris murder spree». Daily News. New York. 9 de janeiro de 2015. Consultado em 9 de janeiro de 2015 
  168. «From bikini babe to burka-clad jihadi fighter with a crossbow: 'Wife' of Kosher supermarket killer becomes France's most wanted woman after going on the run». Daily Mail. 9 de janeiro de 2015. Consultado em 9 de janeiro de 2015 
  169. «Paris Attacker Met French President in 2009». Time. 9 de janeiro de 2015. Consultado em 9 de janeiro de 2015 
  170. «Terrorist Amedy Coulibaly met former French President Nicolas Sarkozy in 2009, years before Paris murder spree». Daily News. New York. 9 de janeiro de 2015. Consultado em 9 de janeiro de 2015 
  171. «Shooting of Paris police officer LINKED to Charlie Hebdo massacre». Daily Express. 9 de janeiro de 2015 
  172. «'Wife' of Kosher supermarket killer 'armed and dangerous' and on the run, police warn - See more at: www.nyooztrend.com/regional/265086-wife-of-kosher-supermarket-killer-armed-and-dangerous-and-on-the-run-police-warn.html#sthash.lx5HIxFk.dpuf». nyooztrend.com. Consultado em 9 de janeiro de 2015. Arquivado do original em 9 de janeiro de 2015 
  173. «'Deli gunman's 'wife' is already in SYRIA - having crossed the border to Spain and flown on to Turkey». Daily Mail. Consultado em 10 de janeiro de 2015 
  174. «Hayat Boumeddiene entrou na Síria dia 8 de janeiro, diz chanceler turco». Veja. Consultado em 12 de janeiro de 2015 
  175. «François Hollande : « Notre meilleure arme, c'est notre unité »». Le Monde. 7 de janeiro de 2015. Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  176. «Attentat Charlie Hebdo : une « tragédie nationale » pour Nicolas Sarkozy». Actualités (em francês). Union Pour Un Mouvement Populaire (UMP). 7 de janeiro de 2015. Consultado em 7 de janeiro de 2015. Arquivado do original em 7 de janeiro de 2015 
  177. Pierre Breteau; France Bleu Béarn (7 de janeiro de 2015). «Attentat à Charlie Hebdo - François Bayrou : "C'est un acte de guerre par la terreur"». infos (em francês). france bleu. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  178. «Attentat contre « Charlie Hebdo » : la classe politique appelle à l'« unité nationale »». Le Monde. 7 de janeiro de 2014. Consultado em 8 de janeiro de 2014 
  179. «SA condemns 'calculated and barbaric' Paris shooting». Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  180. a b c d e f g h «Veja a repercussão do ataque à revista francesa 'Charlie Hebdo': Homens armados invadiram sede de publicação e mataram 12 pessoas. Revista já havia sido alvo de atentado por publicar charge de Maomé.». Mundo. G1. 7 de janeiro de 2015. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  181. «Dilma Rousseff repudia atentado contra revista satírica Charlie Hebdo». opovo.com.br. 7 de janeiro de 2015 
  182. «Veja a repercussão do ataque à revista francesa 'Charlie Hebdo'». g1.globo.com. 7 de janeiro de 2015 
  183. «Dilma se diz 'indignada' com ataque 'sangrento' à sede de revista em Paris». g1.globo.com. 7 de janeiro de 2015 
  184. «Harper condemns 'barbaric' attack on Paris paper that killed 12». Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  185. «UAE strongly condemns terror attack on Charlie Hebdo». emirates247. 8 de janeiro de 2015 
  186. EFE (7 de janeiro de 2015). «Casa Branca condena ataque terrorista contra revista francesa "Charlie Hebdo"». BOL. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  187. «India condemns attack on French mag office»  Deccan Herald, 7 de janeiro de 2015
  188. Bloomberg News (7 de janeiro de 2015). «Islamic Leaders Condemn Paris Attack, Some Warn Against Backlash». Bloomberg 
  189. rferl.org
  190. Lusa (7 de janeiro de 2015). «Paris/Atentado: Terrorismo pretende destruir cultura da liberdade - primeiro-ministro israelita». VISÃO. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  191. «Reaction of Japanese government to the France attack». Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  192. «Malaysia strongly condemns Charlie Hebdo attack». astroawani.com. 8 de janeiro de 2015. Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  193. «México condena ataque a semanario francés Charlie Hebdo» (em espanhol). 24 Horas. 7 de janeiro de 2015. Consultado em 9 de janeiro de 2015. Cópia arquivada em 9 de janeiro de 2015 
  194. Cavaco e Passos condenam atentado em Paris, por Luisa Bastos/Nuno Castro, RTP, 7 de janeiro de 2015
  195. «Charlie Hebdo Shootings: World Responds to Terror Attack». Associated Press. 7 de janeiro de 2015. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  196. «Charlie Hebdo: Nick Clegg incredible takedown of LBC caller Omar from Croydon who blamed West for Paris shootings – Metro News». Metro 
  197. «Queen Elizabeth sends 'sincere condolences' over Paris massacre». Yahoo! News. Agence France-Presse. 7 de janeiro de 2015. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  198. «Chinese president sends condolences to France over Paris terror attack». Xinhua. 8 de janeiro de 2015. Consultado em 9 de janeiro de 2015 
  199. «'Exceptional barbarism': World leaders express shock, horror at Paris attack»  CTVNews.ca, 7 de janeiro de 2015
  200. a b «France – French, world leaders condemn attack at Charlie Hebdo». France 24. Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  201. «Harper angry, saddened by 'barbaric' attack on Paris newspaper that kills 12». Consultado em 9 de janeiro de 2015 
  202. «Charlie Hebdo Paris shooting: Man linked to attacks turns himself in». CBC News. 7 de janeiro de 2015 
  203. Frazer Nelson (7 de janeiro de 2015). «Not in our name – Muslims respond in revulsion to Charlie Hebdo massacre». The Spectator 
  204. Kuruvilla, Carol; Blumberg, Antonia (7 de janeiro de 2015). «Muslims Around The World Condemn Charlie Hebdo Attack». The Huffington Post. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  205. «Paris attack live updates: Charlie Hebdo victims named as police search for 3 gunmen». Los Angeles Times. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  206. «Arab League and top Muslim body condemn Paris attack». Agence France-Presse. 7 de janeiro de 2015. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  207. a b «Al Qaeda e Estado Islâmico chamam de 'heróis' autores de ataque na França». BBC Brasil. Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  208. «Em manifestação no Afeganistão, atiradores do 'Charlie Hebdo' são chamados de 'heróis'». O Globo. Consultado em 10 de janeiro de 2015 
  209. «A Saint-Denis, collégiens et lycéens ne sont pas tous « Charlie »». Le Monde (em francês). 10 de janeiro de 2015 
  210. a b Verduzier, Pauline (e outro) (20 de Janeiro de 2015). «Charlie Hebdo : ces minutes de silence qui ont dérapé dans les écoles» (em francês). Le Figaro 
  211. Dupont, Laureline (9 de janeiro de 2015). «Le désarroi d'une prof qui parle de "Charlie" à ses élèves - Minute de silence incomprise, parfois méprisée, provocation..., une enseignante dans un collège classé REP de l'académie de Grenoble raconte son étrange journée.» (em francês). Le Point 
  212. «Charlie Hebdo : 200 incidents dans les écoles, 40 signalés à la police» (em francês). Le Parisien. 14 de janeiro de 2015 
  213. Plottu, Pierre (10 de janeiro de 2015). «Manuel Valls: "venez nombreux" à la marche de dimanche» (em francês). France Soir 
  214. Willsher, Kim (2 de setembro de 2020). «Charlie Hebdo attack: suspected accomplices go on trial in Paris» (em inglês). The Guardian 
  215. Cobb, Elaine (2 de Setembro de 2020). «Satirical paper Charlie Hebdo reruns Muhammad cartoons as 14 go on trial for Paris attacks» (em inglês). CBS News 
  216. https://www.parismatch.com/Culture/Medias/Tout-ca-pour-ca-Charlie-Hebdo-publie-a-nouveau-les-caricatures-de-Mahomet-1700827
  217. Taube, Michel (1 de Setembro de 2020). «Procès Charlie Hebdo : « Tout ça pour ça » ? L'édito de Michel Taube» (em francês). Opinion Internationale 
  218. Mota, Margarida (16 de Dezembro de 2020). «Condenados todos os 14 acusados do ataque ao "Charlie Hebdo"». Expresso 
  219. Willsher, Kim (16 de Dezembro de 2020). «Charlie Hebdo trial: French court convicts 14 over 2015 terror attacks» (em inglês). The Guardian 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Media relacionados com Massacre do Charlie Hebdo no Wikimedia Commons