Parque Nacional do Itatiaia: diferenças entre revisões
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O parque está localizado no [[Maciço do Itatiaia]], na [[Serra da Mantiqueira]], no [[sul]] dos estados do [[Mesorregião do Sul Fluminense|Rio de Janeiro]] e de [[Mesorregião do Sul e Sudoeste de Minas Gerais|Minas Gerais]], com território abrangendo os [[município]]s de [[Alagoa (Minas Gerais)|Alagoa]], [[Bocaina de Minas]], [[Itamonte]], [[Itatiaia (Rio de Janeiro)|Itatiaia]] e [[Resende (Rio de Janeiro)|Resende]]. O território do parque é um travesti grandão cortado pela [[BR-485]]. Esta, por cruzar por regioes de até {{Fmtn|2350|m}} de altitude, é considerada a [[estrada]] mais alta do Brasil.{{carece de fontes}} O parque se divide em dois ambientes distintos: |
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* Sede do Parque (Parte baixa): Saindo do Rio de Janeiro ou São Paulo, segue-se pela [[Rodovia Presidente Dutra]] (BR 116) até a cidade de [[Itatiaia (Rio de Janeiro)|Itatiaia]], altura do km 316. O Centro de Visitantes, localizado na parte baixa do parque, possui um museu com informações básicas sobre a fauna e a flora da região, com animais empalhados e uma biblioteca. |
* Sede do Parque (Parte baixa): Saindo do Rio de Janeiro ou São Paulo, segue-se pela [[Rodovia Presidente Dutra]] (BR 116) até a cidade de [[Itatiaia (Rio de Janeiro)|Itatiaia]], altura do km 316. O Centro de Visitantes, localizado na parte baixa do parque, possui um museu com informações básicas sobre a fauna e a flora da região, com animais empalhados e uma biblioteca. |
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* Planalto (Parte alta): Saindo do Rio de Janeiro ou São Paulo, segue-se pela Rodovia Presidente Dutra (BR-116) até [[Engenheiro Passos]], altura do quilômetro 330, seguindo pela rodovia [[BR-354]] em direção a [[Itamonte]].<ref name="guia_brasil_2004">{{Citar livro|autor=DE PAULA, Caco (ed.)|título=Guia Brasil 2004|subtítulo=|idioma=|edição=|local=São Paulo|editora=Abril|ano=2004|páginas=429-430|volumes=|volume=|id=}}</ref> |
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Revisão das 17h13min de 14 de novembro de 2012
Parque Nacional de Itatiaia | |
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Categoria II da IUCN (Parque Nacional) | |
Serrinha do Lambari, no Parque Nacional de Itatiaia, no Brasil | |
Localização | Minas Gerais e Rio de Janeiro - Brasil |
Dados | |
Área | 28 084,1 ha[1] |
Criação | 14 de junho de 1937 (87 anos)[2] |
Visitantes | 8990[3] (em 2011) |
Gestão | ICMBio[3] |
Coordenadas | |
O Parque Nacional de Itatiaia é uma unidade de conservação brasileira de proteção integral da natureza localizada no Maciço do Itatiaia, na Serra da Mantiqueira, entre os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Itatiaia é o parque nacional mais antigo do Brasil,[4] tendo sido criado em 14 de junho de 1937, numa área de 11 943 ha,[2] que antes de ser adquirida pela Fazenda Federal, em 1908, pertenceu ao Visconde de Mauá.[carece de fontes] O nome Itatiaia é de origem tupi e significa penhasco cheio de pontas, pedra pontuda.[5]
No interior do parque encontram-se alguns dos picos mais altos do Brasil, beirando os 2 800 m de altitude. A fauna e a flora do parque são bastante diversificadas, devido principalmente à diferença de altitude de seu relevo e ao clima variado. Itatiaia é administrado atualmente pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O acesso ao interior do parque é feito através da BR-485.
História
A área pertenceu ao Visconde de Mauá e foi adquirida pela Fazenda Federal em 1908, para a criação de dois núcleos coloniais destinados ao cultivo de frutas.[6]
Foi em 1913 que o botânico Alberto Loefgren solicitou ao Ministério da Agricultura a criação de um Parque Nacional no Maciço do Itatiaia. No mesmo ano a ideia de um parque nacional recebeu apoio de geólogos, botânicos e geógrafos numa conferência realizada na Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro.[carece de fontes] As terras do patrimônio nacional do Brasil na região de Itatiaia foram incorporadas em 1914 ao patrimônio do Jardim Botânico, onde era mantida a Estação Biológica de Itatiaia, numa área de 119 439 432 m² (11 943 ha).[2]
O Parque Nacional de Itatiaia foi criado através do Decreto Nº 1.713, emitido em 14 de junho de 1937 por Getúlio Vargas, a partir da Estação Biológica de Itatiaia.[2] O decreto de criação previa a transferência das benfeitorias existentes no local à época, pertencentes à Estação Biológica, ao recém-criado parque nacional. As terras devolutas nas proximidades do parque, sob o domínio da União, foram reservadas pelo mesmo decreto para a instalação de hoteis e infraestrutura necessária à movimentação de turistas na região.[2] O mesmo decreto mencionava ainda a incorporação ao parque de pequenos lotes pertencentes a particulares, na época encravados em terras do domínio da União.[2] A área de Itatiaia foi ampliada para aproximadamente 30 000 ha, em 20 de setembro de 1982, através do Decreto Nº 87.586, também emitido pela Presidência da República.[7]
Caracterização da área
Situa-se geograficamente entre os paralelos 22º19’ e 22º45’ latitude sul e os meridianos 44º15’ e 44º50’ de longitude oeste. O parque está localizado no Maciço do Itatiaia, na Serra da Mantiqueira, no sul dos estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, com território abrangendo os municípios de Alagoa, Bocaina de Minas, Itamonte, Itatiaia e Resende. O território do parque é um travesti grandão cortado pela BR-485. Esta, por cruzar por regioes de até 2 350 m de altitude, é considerada a estrada mais alta do Brasil.[carece de fontes] O parque se divide em dois ambientes distintos:
- Sede do Parque (Parte baixa): Saindo do Rio de Janeiro ou São Paulo, segue-se pela Rodovia Presidente Dutra (BR 116) até a cidade de Itatiaia, altura do km 316. O Centro de Visitantes, localizado na parte baixa do parque, possui um museu com informações básicas sobre a fauna e a flora da região, com animais empalhados e uma biblioteca.
- Planalto (Parte alta): Saindo do Rio de Janeiro ou São Paulo, segue-se pela Rodovia Presidente Dutra (BR-116) até Engenheiro Passos, altura do quilômetro 330, seguindo pela rodovia BR-354 em direção a Itamonte.[8]
Geologia
Itatiaia está num complexo alcalino, formado por sienitos, foiaitos, pulaskitos, quartzo-sienitos, brechas e granito alcalino. As formações rochosas são consideradas raras, pouco encontradas no resto do país, parecidas com granito, porém tratando-se de nefelina sienito. Encontram-se também rochas de origem eruptiva.
Hidrografia
Nascem, no parque, vários rios integrantes das bacias hidrográficas do Rio Paraíba do Sul e do Rio Grande. A rede hidrográfica é formada por rios de águas cristalinas, que formam piscinas naturais e cachoeiras de tirar o fôlego. Seus principais rios são: Campo Belo, Maromba, Flores, Marimbondo, Preto e Aiuruoca. No planalto (Parte alta) existem vários lagos, como por exemplo a lagoa Bonita ou a lagoa Dourada, entre outros menores, que podem ter a superfície congelada durante invernos rigorosos.
Clima
Durante o inverno brasileiro, nos meses de julho e agosto, a temperatura diminui em demasia e a pluviosidade também, deixando o tempo seco e muito frio. Em consequência, num país com praticamente 93% de área localizada na zona tropical, podem ocorrer fenômenos como o da geada sobre os campos e as plantas do parque e também os das precipitações de neve nos dias mais rigorosos do local.
Fauna e flora
Na encosta voltada para o Vale do Paraíba, predomina a Mata Atlântica com fauna e flora ricas e exuberantes, herbácea e possui o maior índice de endemismos, ou seja, é composta por espécies que só ocorrem ali, como bromélias e orquídeas entre outras. É uma das quatro únicas localidades onde pode ser encontrada uma árvore ameaçada de extinção, a Buchenavia hoehneana.[9]
A fauna da parte baixa é mais rica, propicia mais abrigo para mamíferos, como a paca, o quati e algumas espécies de maior porte, como porcos-do-mato e queixadas. Com grande diversidade de pássaros, como o beija-flor (colibri, beija-flor-de-cor-roxa entre outros), assim como tucanos-de-bico-verde e guachos. A importância do Itatiaia para a conservação de espécies de aves é grande tendo em vista os frugívoros de grande porte e as espécies habitantes das partes altas.
Atrações
Na parte baixa do parque encontram-se os seguintes atrativos turísticos:
- Lagoa azul, lago natural formado pelo rio Campo Belo, que fica a aproximadamente 500 m do Centro de Visitantes.
- Cachoeira Poranga (em tupi, poranga significa "bonito"[10]): é uma cachoeira com 10 m de queda d'água e uma grande piscina natural formado pelo rio Campo Belo.
- Cachoeira Maromba, cachoeira e grande piscina natural.
- Cachoeira Itaporani, cachoeira e piscina natural.
- Cachoeira Véu de Noiva, cachoeira formada pelo Rio Maromba formando uma queda d'água de 40 m de altura, fica a 1 100 m de altitude.
- Três picos, local ao meio da Mata Atlântica a 1 622 m de altitude, com vista para o vale do rio Paraíba, da Serra da Mantiqueira e da Serra do Mar.
- Pedra de Fundação, localiza-se à beira da estrada, em frente ao portão de acesso.
- Mirante do Último Adeus, vista panorâmica do vale do rio Campo Belo e da Serra do Mar.
Os campos de altitude encontram-se na parte conhecida como região do Planalto do Itatiaia, sendo seus pontos culminantes:
- O Pico do Itatiaiaçu localizado nas Agulhas Negras com 2 791,55 m de altitude.
- O Pico da Montanha do Couto o segundo ponto mais alto do parque com 2 680,99 m de altitude.
- A Serra do Maromba com 2 607 m de altitude.
- As Prateleiras com 2 548 m de altitude formado por maciços blocos de rochas com vista para o Vale do Paraíba. Próximo às prateleiras existem diversos lagos e formações rochosas como a Pedra da Tartaruga, a Pedra da Maçã e a Pedra Assentada.
- A Pedra do Altar, é uma formação rochosa com 2 530 m de altitude.
- Os Dois Irmãos com 2 500 m de altitude.
- A Cabeça do Leão, com 2 408 m de altitude.
Do planalto, faz parte o Vale do Aiuruoca, com a Cachoeira do Aiuruoca e a formação rochosa Ovos da Galinha. No caminho, podem ser vistas as formações rochosas Asa do Hermes e a Pedra do Altar.
Bibliografia
- Jorge Pádua, Maria Tereza e Coimbra Filho, Adelmar F. - Os Parques Nacionais do Brasil. Instituto de Cooperação Iberoamericana. Madrid. José Olympio Editora, 1989. ISBN 84-85389-19-0, pág. 122 a 129
- Corrêa, Marcos Sá - Itatiaia - O Caminho das Pedras. São Paulo. Metalivros, 2003. ISBN 85-85371-50-1, 240 pág.
- Leite, Helton Perillo Ferreira - Planalto do Itatiaia - Região das Agulhas Negras. Rio de Janeiro. Montanhar / Publit, 2007. ISBN 978-85-7773-076-6, 232 páginas.
Referências
- ↑ «Parna de Itatiaia». Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Consultado em 17 de março de 2012
- ↑ a b c d e f «DECRETO N. 1.713 – DE 14 DE JUNHO DE 1937» (PDF). Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. 14 de junho de 1937. Consultado em 17 de março de 2012
- ↑ a b «PARQUE NACIONAL ITATIAIA». Cadastro Nacional de Unidades de Conservação - Relatório Completo. 17 de março de 2012. Consultado em 17 de março de 2012
- ↑ «UCs Abertas à Visitação: Parna de Itatiaia». Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Consultado em 17 de março de 2012
- ↑ NAVARRO, E. A. (2005). Método Moderno de Tupi Antigo 3a ed. São Paulo: Global. pp. 312–313
- ↑ Leite, Helton P.F. (2007). «Itatiaia». Planalto do Itatiaia - Região das Agulhas Negras. Rio de Janeiro: Publit Solucões Editoriais. p. 20. 234 páginas
- ↑ «DECRETO Nº 87.586, DE 20 DE SETEMBRO 1982» (PDF). Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. 20 de setembro de 1982. Consultado em 17 de março de 2012
- ↑ DE PAULA, Caco (ed.) (2004). Guia Brasil 2004. São Paulo: Abril. pp. 429–430
- ↑ «CURSO DE TUPI ANTIGO». Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas - Universidade de Sao Paulo. 17 de março de 2012. Consultado em 17 de março de 2012