Porto Real

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Porto Real
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Porto Real
Bandeira
Brasão de armas de Porto Real
Brasão de armas
Hino
Gentílico portorealense
Localização
Localização de Porto Real no Rio de Janeiro
Localização de Porto Real no Rio de Janeiro
Localização de Porto Real no Rio de Janeiro
Porto Real está localizado em: Brasil
Porto Real
Localização de Porto Real no Brasil
Mapa
Mapa de Porto Real
Coordenadas 22° 25' 12" S 44° 17' 24" O
País Brasil
Unidade federativa Rio de Janeiro
Municípios limítrofes Barra Mansa, Quatis e Resende
Distância até a capital 123 km
História
Fundação 5 de novembro de 1995 (28 anos)
Administração
Prefeito(a) Jorge Serfiotis (Democratas, 2009 – 2012)
Características geográficas
Área total [1] 50,587 km²
População total (Censo IBGE/2010[2]) 16 574 hab.
Densidade O denominador (divisor) tem que ser um número! hab./km²
Clima Tropical de Altitude (Cwa)
Altitude 385 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000[3]) 0,743 alto
 • Posição 58º
PIB (IBGE/2008[4]) R$ 3 232 358,753 mil
PIB per capita (IBGE/2008[4]) R$ 203 561,86

Porto Real é um município brasileiro do Estado do Rio de Janeiro. Localiza-se a uma latitude 22º25'11" sul e a uma longitude 44º17'25" oeste, estando a uma altitude de 385 metros. A população recenseada em 2010 foi de 16.574 habitantes.[5] Emancipou-se em 1995 de Resende. Ocupa uma área de 50,781 km². É reconhecida como a primeira colônia italiana no Brasil.

História

Em 1874 a senhora Clementina Tavernari, nativa de Concórdia de Módena, na Itália, foi a Itália, vinda do Brasil, para recrutar 50 famílias de lavradores no norte daquele país a fim de fundar, em Santa Catarina, um núcleo colonizador. Essa colônia teria o nome da Imperatriz Tereza Cristina. Seria o primeiro experimento de colonização italiana no Brasil.

Depois de inscritas as famílias para a viagem ao Brasil, o entrave era conseguir que algum órgão assumisse a responsabilidade em pagar - se fosse o caso - as despesas dessas famílias de regresso à pátria. Quem se responsabilizou - finalmente - já que a viagem estava se atrasando por essa razão - foi o Dr. Sterlih, um deputado italiano. Dessa forma foram concedidos os passaportes à famílias de Módena, Mântova, Ferrara, Parma e Reggio.

Embarcaram no navio "Anna Pizzono", dia 22 de Dezembro de 1874, que havia sido um navio da marinha mercante americana, do qual tiraram as máquinas, transformando-o num navio com 4 velas. Dessa forma o navio dependia de ventos o que, por vezes, alongou a viagem. O relato do Sr. Secchi cobre toda a viagem, os enjoos de praticamente todos os passageiros, tempestades no mar, brincadeiras de batismo de passagem da linha do Equador, sobre as quais todos tinham as mais estranhas ideias, e infelizmente - algumas doenças à bordo que resultaram - poucas - em mortes.

Chegaram na cidade do Rio de Janeiro dia 16 de Fevereiro de 1875. Grassava a febre amarela no Brasil, e por essa razão os imigrantes ficaram na hospedaria de onde embarcaram no dia 19, de trem, diretamente para Porto Real. O Sr. Secchi se tornaria professor primário para os filhos dos colonos italianos, os quais foram acomodados em vários quartinhos erguidos à beira de um grande pátio. Receberam alimentos para sua sobrevivência e um pequeno salário durante 3 meses. Tinham um médico para atendê-los, que era o médico do pessoal da ferrovia de Barra do Piraí.

Ele conta que encontraram assentadas uma grande família suíça, duas famílias portuguesas das ilhas, uma espanhola e uma alemã. A senhora Malavazi ia ao Rio de Janeiro - às vezes - tratar com a Imperatriz sobre a transferência para Santa Catarina, o que o governo acabou por vetar devido a incidência daquela febre, a qual, acabou por vitimar aquela senhora.

Os colonos logo procuraram o Sr. Sechi dizendo que preferiam ficar em Porto Real e não ir mais para Santa Catarina. Argumentaram sobre as boas condições climáticas, o fato de ser perto da estação ferroviária e as boas relações com os outros colonos.

O Ministro da Agricultura e a Imperatriz foram consultados e logo mandaram engenheiros para subdividir em lotes de 10 hectares as melhores terras ainda não desmatadas. Os colonos começaram a trabalhar em seus lotes plantando cana de açúcar, à espera de que o governo ou uma empresa privada montasse um engenho para a produção de açúcar. Os engenheiros vieram do Rio para implantar engenho para a destilação do aguardente, quase no momento de perder a colheita por falta de local para seu processamento.

Porto Real, por ser próxima da capital era visitada por ministros e embaixadores estrangeiros. Dom Pedro II, quando da sua visita, foi recebido com grande festa pelos colonos. O contato entre os colonos e o Imperador foi bem próximo a ponto deste questioná-los se estavam satisfeitos e sendo bem tratados.

Nessa época foi formada uma companhia no Rio de Janeiro com o nome de "Paile Fine & Companhia" para a exploração de mandioca e batata-doce da qual tiravam um conhaque que estava bem cotado no comércio. Porém não havia grandes plantações, em Porto Real, desses produtos, tendo por outro lado grandes canaviais, aumentou-se então a construção que estava à margem direita do rio Paraíba do Sul, transformando-a para produção de açúcar, com o nome de Engenho Central de Porto Real.

História Pós 2ª guerra mundial

Em 1946, ouve em Porto Real o ínico da construção de um viaduto chamado Bulhões uma ponte em arco que cruzava a estrada Bulhões-Resende e chamou se Viaduto Bulhões por homenagem ao múnicipio que teve esse nome até 5 de novembro de 1995. Em 1951, Porto Real recebeu a inauguração do Viaduto Bulhões em 19 de janeiro de 1951. E os homenagiados na inaguração foi o Eurico Gaspar Dutra e o prefeito do múnicipio. Por conta de uma reforma na ponte que estava com a estrutura comprometida, a "Ponte dos arcos" como era chamada foi implodida no dia 7 de Fevereiro de 2010. O trabalho foi de responsabilidade da NovaDutra e contou com o apoio da Defesa Civil, Polícia militar, Polícia Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e da Guarda Municipal de Porto Real.[6]

Economia

Em fevereiro de 2001 foi inaugurada em Porto Real a primeira fábrica nacional da montadora PSA Peugeot Citroën. Com capacidade para produzir até 100 mil veículos por ano e gerando mais de 2.500 empregos na região, o parque industrial montado em Porto Real, envolveu um investimento de aproximadamente um bilhão de dólares. Em pouco tempo a região se tornou um importante polo automotivo.

Foi anunciada para o ano de 2007 a implantação do terceiro turno na linha de montagem. Em decorrência, o quadro de colaboradores diretos cresceu 28%, somando um total de 3.170 funcionários. A meta desejada é a produção de 27 unidades/hora, em função de melhorias nos métodos de manufatura e investimento na capacitação e treinamento dos funcionários.

Possui uma agência dos Correios (AC Porto Real) e uma agência dos correios comunitária (AGC Bulhões)

Agências bancárias: Banco do Brasil, ABN Real, Bradesco.

Principais indústrias: Coca-Cola (Companhia Fluminense de Refrigerantes), PSA Peugeot Citroën, Guardian do Brasil, Galvasud, Faurencia.

Segurança pública e defesa civil

Polícia Militar

O policiamento ostensivo da cidade está a cargo da 3ª Companhia do 37º Batalhão de Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (37º BPM/3ªCia), que ainda faz a guarda do fórum municipal, e controla, também, o destacamento da cidade de Quatis, além de um Posto de Policiamento Móvel (trailler) no Distrito de Falcão, também neste município, à beira da RJ-159, próximo à divisa com o município mineiro de Passa Vinte.

Corpo de Bombeiros

Ações de salvamento e combate a incêndios e sinistros no município ficam por conta do 23º Grupamento do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (23º GBM), cujo quartel fica na cidade de Resende.

Polícia Civil

A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro mantém no município a 100ª Delegacia Policial (100ª DP), subordinada à 9ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (9ª CRPI), funcionando no Centro do município.

Guarda e Defesa Civil Municipais

A prefeitura também possui uma equipe de defesa civil, para monitoramento e auxílio da população em caso de desastres naturais, bem como mantém uma Guarda Municipal, responsável pela vigia do patrimônio público e organização do trânsito na cidade.

Educação

Escolas Municipais
  • Maria Hortência Nogueira
  • Professora Eliana Provazi
  • CIEP 487
  • Patricia Pineschi
  • Cruz e Souza
  • José Ferreira
  • Marina Graciani (Bulhoes)
  • Sebastião Barbosa de Almeida (Bulhoes)
Escolas Estaduais
  • Colégio República Italiana
Escolas Particulares
  • Instituto Educacional de Porto Real

Referências

  1. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010 
  2. «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010 
  5. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome IBGE_Pop_2008
  6. http://www.diariodovale.com.br/noticias/0,16749.html

Ligações externas