Porto Real
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | portorealense | ||
Localização | |||
Localização de Porto Real no Rio de Janeiro | |||
Localização de Porto Real no Brasil | |||
Mapa de Porto Real | |||
Coordenadas | |||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Rio de Janeiro | ||
Municípios limítrofes | Barra Mansa, Quatis e Resende | ||
Distância até a capital | 123 km | ||
História | |||
Fundação | 5 de novembro de 1995 (28 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Jorge Serfiotis (Democratas, 2009 – 2012) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 50,587 km² | ||
População total (Censo IBGE/2010[2]) | 16 574 hab. | ||
Densidade | O denominador (divisor) tem que ser um número! hab./km² | ||
Clima | Tropical de Altitude (Cwa) | ||
Altitude | 385 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2000[3]) | 0,743 — alto | ||
• Posição | 58º | ||
PIB (IBGE/2008[4]) | R$ 3 232 358,753 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2008[4]) | R$ 203 561,86 |
Porto Real é um município brasileiro do Estado do Rio de Janeiro. Localiza-se a uma latitude 22º25'11" sul e a uma longitude 44º17'25" oeste, estando a uma altitude de 385 metros. A população recenseada em 2010 foi de 16.574 habitantes.[5] Emancipou-se em 1995 de Resende. Ocupa uma área de 50,781 km². É reconhecida como a primeira colônia italiana no Brasil.
História
Em 1874 a senhora Clementina Tavernari, nativa de Concórdia de Módena, na Itália, foi a Itália, vinda do Brasil, para recrutar 50 famílias de lavradores no norte daquele país a fim de fundar, em Santa Catarina, um núcleo colonizador. Essa colônia teria o nome da Imperatriz Tereza Cristina. Seria o primeiro experimento de colonização italiana no Brasil.
Depois de inscritas as famílias para a viagem ao Brasil, o entrave era conseguir que algum órgão assumisse a responsabilidade em pagar - se fosse o caso - as despesas dessas famílias de regresso à pátria. Quem se responsabilizou - finalmente - já que a viagem estava se atrasando por essa razão - foi o Dr. Sterlih, um deputado italiano. Dessa forma foram concedidos os passaportes à famílias de Módena, Mântova, Ferrara, Parma e Reggio.
Embarcaram no navio "Anna Pizzono", dia 22 de Dezembro de 1874, que havia sido um navio da marinha mercante americana, do qual tiraram as máquinas, transformando-o num navio com 4 velas. Dessa forma o navio dependia de ventos o que, por vezes, alongou a viagem. O relato do Sr. Secchi cobre toda a viagem, os enjoos de praticamente todos os passageiros, tempestades no mar, brincadeiras de batismo de passagem da linha do Equador, sobre as quais todos tinham as mais estranhas ideias, e infelizmente - algumas doenças à bordo que resultaram - poucas - em mortes.
Chegaram na cidade do Rio de Janeiro dia 16 de Fevereiro de 1875. Grassava a febre amarela no Brasil, e por essa razão os imigrantes ficaram na hospedaria de onde embarcaram no dia 19, de trem, diretamente para Porto Real. O Sr. Secchi se tornaria professor primário para os filhos dos colonos italianos, os quais foram acomodados em vários quartinhos erguidos à beira de um grande pátio. Receberam alimentos para sua sobrevivência e um pequeno salário durante 3 meses. Tinham um médico para atendê-los, que era o médico do pessoal da ferrovia de Barra do Piraí.
Ele conta que encontraram assentadas uma grande família suíça, duas famílias portuguesas das ilhas, uma espanhola e uma alemã. A senhora Malavazi ia ao Rio de Janeiro - às vezes - tratar com a Imperatriz sobre a transferência para Santa Catarina, o que o governo acabou por vetar devido a incidência daquela febre, a qual, acabou por vitimar aquela senhora.
Os colonos logo procuraram o Sr. Sechi dizendo que preferiam ficar em Porto Real e não ir mais para Santa Catarina. Argumentaram sobre as boas condições climáticas, o fato de ser perto da estação ferroviária e as boas relações com os outros colonos.
O Ministro da Agricultura e a Imperatriz foram consultados e logo mandaram engenheiros para subdividir em lotes de 10 hectares as melhores terras ainda não desmatadas. Os colonos começaram a trabalhar em seus lotes plantando cana de açúcar, à espera de que o governo ou uma empresa privada montasse um engenho para a produção de açúcar. Os engenheiros vieram do Rio para implantar engenho para a destilação do aguardente, quase no momento de perder a colheita por falta de local para seu processamento.
Porto Real, por ser próxima da capital era visitada por ministros e embaixadores estrangeiros. Dom Pedro II, quando da sua visita, foi recebido com grande festa pelos colonos. O contato entre os colonos e o Imperador foi bem próximo a ponto deste questioná-los se estavam satisfeitos e sendo bem tratados.
Nessa época foi formada uma companhia no Rio de Janeiro com o nome de "Paile Fine & Companhia" para a exploração de mandioca e batata-doce da qual tiravam um conhaque que estava bem cotado no comércio. Porém não havia grandes plantações, em Porto Real, desses produtos, tendo por outro lado grandes canaviais, aumentou-se então a construção que estava à margem direita do rio Paraíba do Sul, transformando-a para produção de açúcar, com o nome de Engenho Central de Porto Real.
História Pós 2ª guerra mundial
Em 1946, ouve em Porto Real o ínico da construção de um viaduto chamado Bulhões uma ponte em arco que cruzava a estrada Bulhões-Resende e chamou se Viaduto Bulhões por homenagem ao múnicipio que teve esse nome até 5 de novembro de 1995. Em 1951, Porto Real recebeu a inauguração do Viaduto Bulhões em 19 de janeiro de 1951. E os homenagiados na inaguração foi o Eurico Gaspar Dutra e o prefeito do múnicipio. Por conta de uma reforma na ponte que estava com a estrutura comprometida, a "Ponte dos arcos" como era chamada foi implodida no dia 7 de Fevereiro de 2010. O trabalho foi de responsabilidade da NovaDutra e contou com o apoio da Defesa Civil, Polícia militar, Polícia Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e da Guarda Municipal de Porto Real.[6]
Economia
Em fevereiro de 2001 foi inaugurada em Porto Real a primeira fábrica nacional da montadora PSA Peugeot Citroën. Com capacidade para produzir até 100 mil veículos por ano e gerando mais de 2.500 empregos na região, o parque industrial montado em Porto Real, envolveu um investimento de aproximadamente um bilhão de dólares. Em pouco tempo a região se tornou um importante polo automotivo.
Foi anunciada para o ano de 2007 a implantação do terceiro turno na linha de montagem. Em decorrência, o quadro de colaboradores diretos cresceu 28%, somando um total de 3.170 funcionários. A meta desejada é a produção de 27 unidades/hora, em função de melhorias nos métodos de manufatura e investimento na capacitação e treinamento dos funcionários.
Possui uma agência dos Correios (AC Porto Real) e uma agência dos correios comunitária (AGC Bulhões)
Agências bancárias: Banco do Brasil, ABN Real, Bradesco.
Principais indústrias: Coca-Cola (Companhia Fluminense de Refrigerantes), PSA Peugeot Citroën, Guardian do Brasil, Galvasud, Faurencia.
Segurança pública e defesa civil
- Polícia Militar
O policiamento ostensivo da cidade está a cargo da 3ª Companhia do 37º Batalhão de Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (37º BPM/3ªCia), que ainda faz a guarda do fórum municipal, e controla, também, o destacamento da cidade de Quatis, além de um Posto de Policiamento Móvel (trailler) no Distrito de Falcão, também neste município, à beira da RJ-159, próximo à divisa com o município mineiro de Passa Vinte.
- Corpo de Bombeiros
Ações de salvamento e combate a incêndios e sinistros no município ficam por conta do 23º Grupamento do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (23º GBM), cujo quartel fica na cidade de Resende.
- Polícia Civil
A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro mantém no município a 100ª Delegacia Policial (100ª DP), subordinada à 9ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (9ª CRPI), funcionando no Centro do município.
- Guarda e Defesa Civil Municipais
A prefeitura também possui uma equipe de defesa civil, para monitoramento e auxílio da população em caso de desastres naturais, bem como mantém uma Guarda Municipal, responsável pela vigia do patrimônio público e organização do trânsito na cidade.
Educação
- Escolas Municipais
- Maria Hortência Nogueira
- Professora Eliana Provazi
- CIEP 487
- Patricia Pineschi
- Cruz e Souza
- José Ferreira
- Marina Graciani (Bulhoes)
- Sebastião Barbosa de Almeida (Bulhoes)
- Escolas Estaduais
- Colégio República Italiana
- Escolas Particulares
- Instituto Educacional de Porto Real
Referências
- ↑ IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010
- ↑ «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010
- ↑ Erro de citação: Etiqueta
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- ↑ http://www.diariodovale.com.br/noticias/0,16749.html