Cingulata: diferenças entre revisões

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{{Mais notas|data=julho de 2021}}
{{Automatic taxobox
{{Info/Taxonomia
| nome = Cingulata<ref>{{MSW3 Cingulata |id=11700001}}</ref>
| name = Cingulata (tatus)
| período_fóssil = [[Paleoceno]]-[[Holoceno|Recente]]: {{período_fóssil|58.7|0}}
| fossil_range = {{Fossil range|58.7|0}}<small>Fim do [[Paleoceno]] – Recente ([[Holoceno]])</small>
| imagem = Cingulata2.jpg
| image = Cingulata2.jpg
| image_caption = ''[[Glyptodon]]'' ([[Museu de História Natural de Viena
| reino = [[Animalia]]
]]) e ''[[Tatu-galinha|Dasypus novemcinctus]]''
| filo = [[Chordata]]
| taxon = Cingulata
| classe = [[Mammalia]]
| authority = [[Johann Karl Wilhelm Illiger|Illiger]], 1811
| superordem = [[Xenartros]]
| subdivision_ranks = [[Família (biologia)|Famílias]]
| ordem = Cingulata
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| ordem_autoridade = [[Johann Karl Wilhelm Illiger|Illiger]], 1811
[[Dasypodidae]]<br/>
| subdivisão_nome = Famílias
† [[Gliptodontídeos|Glyptodontidae]]<br/>
| subdivisão = <div style="text-align: center;">''Ver texto''</div>
† [[Pampateriídeos|Pampatheriidae]]<br/>
† Peltephilidae<br/>
† Palaeopeltidae<br/>
† Protobradidae
}}
}}
{{Commonscat|Cingulata}}
{{Wikispecies|Cingulata}}


'''Cingulata''' ('''cingulados''': '''tatus''' ou '''armadilhos''', que significa "pequenos blindados" em espanhol) é uma ordem de [[mamíferos]] [[placentários]] do [[Novo Mundo]]. [[Clamiforídeos|Chlamyphoridae]] e [[Dasipodídeos|Dasypodidae]] são as únicas [[Família (biologia)|famílias]] sobreviventes dessa ordem, que faz parte da superordem [[Xenartros|Xenarthra]], juntamente com os [[Pilosa|pilosos]] ([[Vermilíngues|tamanduás]] e as [[Folivora|preguiças]]).<ref name="MSW32">{{MSW3 Cingulata|id=11700001}}</ref> Todas as espécies são nativas das [[América|Américas]], onde habitam uma variedade de ambientes diferentes.
'''Cingulados''' (''Cingulata'') são uma ordem de [[mamífero]]s [[placentários]] da superordem dos [[Xenartros]] (''Xenarthra''), com exoesqueleto da qual os [[pilosos]] (xenartros com pelo) se originaram. Comumente conhecidos por '''[[tatu]]s''', caracterizados por possuírem uma couraça dorsal formada por placas justapostas, geralmente dispostas em fileiras transversais, com cauda comprida e membros curtos. Inclui o tatu que são existentes hoje em dia e seus aliados extintos um exemplo de um Cingulados é tatu-canastra.


A ordem cingulada originou-se na [[América do Sul]] durante a época do [[Paleoceno]], há cerca de 66 a 56 milhões de anos, e, devido ao antigo isolamento do continente, permaneceu confinada a ele durante a maior parte do [[Cenozoico]]. No entanto, a formação de uma ponte terrestre permitiu que os membros das três famílias migrassem para o sul da [[América do Norte]] durante o [[Plioceno]]<ref name="Mead_2007">{{cite journal |url=http://www.scielo.org.mx/pdf/rmcg/v24n3/v24n3a11.pdf |title=Late Pleistocene (Rancholabrean) Glyptodont and Pampathere (Xenarthra, Cingulata) from Sonora, Mexico |journal=Revista Mexicana de Ciencias Geológicas |issue=3 |last=Mead |first=J. I. |year=2007 |pages=439–449 (see p. 440) |volume=24 |author2=Swift, S. L. |author3=White, R. S. |author4=McDonald, H. G. |author5=Baez, A. |access-date=2013-06-15}}</ref> ou no início do [[Pleistoceno]]<ref name="Woodburne20102">{{cite journal |title=The Great American Biotic Interchange: Dispersals, Tectonics, Climate, Sea Level and Holding Pens |date=2010-07-14 |journal=Journal of Mammalian Evolution |issue=4 |pages=245–264 (see p. 249) |doi=10.1007/s10914-010-9144-8 |issn=1064-7554 |pmc=2987556 |pmid=21125025 |volume=17 |last1=Woodburne |first1=M. O.}}</ref> como parte do [[Grande Intercâmbio Americano]]. Depois de sobreviverem por dezenas de milhões de anos, todos os [[Pampateriídeos]] e os [[Gliptodontídeos|gliptodontes]]<nowiki/>gigantes aparentemente morreram durante o [[evento de extinção do Quaternário tardio]] no início do [[Holoceno]],<ref name="HubbeHubbe2013">{{cite journal |title=The Brazilian megamastofauna of the Pleistocene/Holocene transition and its relationship with the early human settlement of the continent |date=2013-03 |journal=Earth-Science Reviews |last2=Hubbe |first2=M. |pages=1–10 (see pages 3, 6) |bibcode=2013ESRv..118....1H |doi=10.1016/j.earscirev.2013.01.003 |issn=0012-8252 |last3=Neves |first3=W. A. |volume=118 |last1=Hubbe |first1=A.}}</ref><ref name="Fiedal">{{Cite book|title=American Megafaunal Extinctions at the End of the Pleistocene|last=Fiedal|first=Stuart|publisher=[[Springer Science+Business Media|Springer]]|series=Vertebrate Paleobiology and Paleoanthropology|doi=10.1007/978-1-4020-8793-6_2|isbn=978-1-4020-8792-9|oclc=313368423|editor-last=Haynes|editor-first=Gary|contribution=Sudden Deaths: The Chronology of Terminal Pleistocene Megafaunal Extinction|year=2009|pages=21–37 (see p. 31)}}</ref> juntamente com grande parte do restante da [[megafauna]] regional, logo após a colonização das Américas pelos [[Paleoamericanos|paleoameríndios]].
== Taxonomia ==
McKenna e Bell (1997) reconhecem seis famílias, cinco delas estão extintas;<ref>{{citar livro |autor=McKenna, M.C.; Bell, S.K. |ano=1997 |título=Classification of Mammals Above the Species Level |local=New York |editora=Columbia University Press|páginas=1-640}}</ref> o gênero ''Pachyarmatherium'' não está classificado em nenhuma família conhecida:<ref>{{citar periódico |autor=Porpino, K.O.; Fernicola, J.C.; Bergqvist, L.P. |ano=2009 |título=A New Cingulate (Mammalia: Xenarthra), ''Pachyarmatherium brasiliense'' sp. nov., from the Late Pleistocene of Northeastern Brazil |periódico=Journal of Vertebrate Paleontology |volume=29 |número=3 |páginas=881–893 |doi=10.1671/039.029.0305}}</ref>
*[[Dasipodídeos]] {{pequeno|Gray, 1821}} - tatus
*†[[Gliptodontídeos]] {{pequeno|Burmeister, 1879}} - gliptodontes
*†[[Pampateriídeos]] {{pequeno|Paula Couto, 1954}} - pampatérios
*†[[Peltefilídeos]] {{pequeno|Ameghino, 1894}}
*†[[Palaeopeltídeos]] {{pequeno|Ameghino, 1894}}
*†[[Protobradídeos]] {{pequeno|Ameghino, 1902}}
*Família ''[[Incertae sedis]]'': †''[[Pachyarmatherium]]''


Os tatus são caracterizados por uma couraça dorsal formada por placas justapostas, geralmente dispostas em fileiras transversais, com cauda comprida, membros curtos e garras longas e afiadas para cavar. Eles têm pernas curtas, mas podem se mover com bastante rapidez. O comprimento médio de um tatu é de cerca de 75 cm, incluindo a cauda. O [[tatu-canastra]] cresce até 150 cm e pesa até 54 kg, enquanto o [[Chlamyphorus truncatus|pichiciego-menor]] tem apenas 13-15 cm de comprimento. Quando ameaçadas por um predador, as espécies de [[Tatu-bola|''Tolypeutes'']] frequentemente se enrolam em uma bola; elas são as únicas espécies de tatus capazes de fazer isso.
{{Referências}}
{{Controle de autoridade}}
{{Mamíferos}}
{{Cingulata}}


== Etimologia ==
{{esboço-mamífero}}
A palavra armadilho (''armadillo'') significa "pequeno blindado" em espanhol;<ref>{{Cite web|url=https://dle.rae.es/armadillo|title=armadillo, armadilla &#124; Definición &#124; Diccionario de la lengua española &#124; RAE - ASALE|accessdate=2023-04-04|archive-url=https://web.archive.org/web/20230330112612/https://dle.rae.es/armadillo|archive-date=2023-03-30|url-status=}}</ref><ref>{{Cite web|url=https://www.etymonline.com/word/armadillo|title=armadillo {{!}} Etymology, origin and meaning of armadillo by etymonline|website=www.etymonline.com|language=en|archive-url=https://web.archive.org/web/20230328122727/https://www.etymonline.com/word/armadillo|archive-date=2023-03-28|url-status=|access-date=2023-03-28}}</ref> é derivada de "armadura", com o sufixo diminutivo "-illo" anexado. Enquanto a frase "pequeno blindado" seria traduzida como "''armadito''" normalmente, o sufixo "-illo" pode ser usado no lugar de "-ito" quando o diminutivo é usado em um tempo aproximado.<ref>{{cite journal |url=http://hdl.handle.net/10396/19475 |title=The Use of the Diminutive Suffixes ''-ito/a'' and ''-illo/a'' in the Spanish Translation of ''The Fifth Child'' by Doris Lessing |date=2019 |journal=Hikma |publisher=[[Universidade de Córdova (Espanha)|Imprensa da Universidade de Córdova]] |issue=1 |last2=Díaz Dueñas |first2=Mercedes |pages=113-180 |language=en |issn=1579-9794 |volume=18 |last1=Bourne |first1=Julián}}</ref> Os [[Civilização asteca|astecas]] os chamavam de ''āyōtōchtli'' {{IPA-tudo|aːjoːˈtoːt͡ʃt͡ɬi|}}, [[Língua náuatle|nahuatl]] para "tartaruga-coelho": ''āyōtl'' {{IPA-tudo|ˈaːjoːt͡ɬ|}} (tartaruga) e ''tōchtli'' {{IPA-tudo|ˈtoːt͡ʃt͡ɬi|}} (coelho).<ref name="Karttunen1983">{{cite book|url=https://archive.org/details/analyticaldictio00kart|title=An Analytical Dictionary of Nahuatl|last=Karttunen|first=Frances E.|publisher=University of Oklahoma Press|isbn=978-0-8061-2421-6|author-link=|url-access=|year=1983|page=[https://archive.org/details/analyticaldictio00kart/page/n25 17]}} Ver registro em [http://whp.uoregon.edu/dictionaries/nahuatl/index.lasso?&dowhat=FindJustOne&theRecID=1763926&theWord=ayotoch. "ayotoch"] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20160304210527/http://whp.uoregon.edu/dictionaries/nahuatl/index.lasso?&dowhat=FindJustOne&theRecID=1763926&theWord=ayotoch.|date=4 March 2016}} em ''Nahuatl Dictionary'', pelo Wired Humanities Projects, Stephanie Wood (ed.) Acessado em 222-07-2015.</ref> A palavra portuguesa para "''armadillo''" é tatu, derivada do [[Língua tupi|idioma tupi]]<ref>FERREIRA, A.B.H. ''Novo Dicionário da Língua Portuguesa''. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p. 1 653</ref> ''ta''' "casca, armadura" e ''tu'' "denso";<ref>{{cite book|title=Dicionário de Palavras Brasileiras de Origem Indígena|last=Chiaradia|first=Clóvis|publisher=Limiar|isbn=9788588075337|year=2008|location=São Paulo}}</ref> e usada na [[Argentina]], [[Bolívia]], [[Brasil]], [[Paraguai]] e [[Uruguai]]; nomes semelhantes também são encontrados em outros idiomas, especialmente europeus.

Outros vários nomes vernáculos dados são:

* ''quirquincho'' (do [[Língua quíchua|quíchua]]: ''kirkinchu''<ref name=":0">{{Cite web|url=https://dle.rae.es/quirquincho|title=quirquincho|website=Diccionario de la lengua española|publisher=[[Real Academia Española]]|archive-url=https://web.archive.org/web/20230307041218/https://dle.rae.es/quirquincho|archive-date=2023-03-07|url-status=|access-date=2023-01-27}}</ref>) na Argentina, Bolívia, [[Chile]], [[Colômbia]] e [[Peru]];
* ''cuzuco'' (do Nahuatl) na [[Costa Rica]], [[El Salvador]], [[Honduras]] e [[Nicarágua]];
* ''mulita'' na Argentina e no Uruguai;
* ''peludo'' na Argentina, no Chile, na Colômbia e no Uruguai;
* ''piche'' na Argentina, no Brasil, no Chile, na Colômbia e no Paraguai;
* ''cachicamo'' na Colômbia e na [[Venezuela]]
* ''gurre'' em [[Tolima]], [[Caldas (departamento)|Caldas]] e [[Antioquia (departamento)|Antioquia]] (Colômbia);
* ''jerre-jerre'' no Caribe colombiano;
* ''jueche'' no sudeste do [[México]];
* ''toche'' no estado de [[Veracruz]], México;
* ''carachupa'' no Peru.

== Classificação ==

A tabela taxonômica abaixo segue os resultados de uma análise [[Filogenia|filogenética]] publicada por Delsuc ''et al''., 2016. Embora os [[Gliptodontídeos|gliptodontes]] tenham sido tradicionalmente considerados cingulados do grupo-tronco fora do grupo que contém os tatus modernos, esse estudo de 2016 realizou uma análise do [[ADN mitocondrial|mtDNA]] do ''[[Doedicurus clavicaudatus|Doedicurus]]'' e descobriu que ele estava, de fato, aninhado dentro dos tatus modernos como o [[grupo irmão]] de um [[clado]] que consiste em Chlamyphorinae e Tolypeutinae.

Até recentemente, existiam dois grupos de cingulados muito maiores do que os tatus atuais (massa corporal máxima de 45 kg no caso do [[tatu-canastra]]<ref>[http://www.faunaparaguay.com/mamm6Priodontesmaximus.pdf Giant Armadillo ''Priodontes maximus'' (Kerr, 1792)]. FaunaParaguay.com</ref>): os [[pampateriídeos]], que atingiam pesos de até 200 kg<ref name="Vizcaíno">{{cite journal |title=Skull Shape, Masticatory Apparatus, and Diet of ''Vassallia'' and ''Holmesina'' (Mammalia: Xenarthra: Pampatheriidae): When Anatomy Constrains Destiny |journal=Journal of Mammalian Evolution |issue=4 |last=Vizcaíno |first=S. F. |year=1998 |pages=291–322 |doi=10.1023/A:1020500127041 |volume=5 |author2=De Iuliis, G. |author3=Bargo, M. S. |s2cid=20186439}}</ref> e os [[Gliptodontídeos|gliptodontes]] [[Clamiforídeos|clamforídeos]], que atingiam massas de 2.000 kg<ref name="Blanco2009">{{cite journal |title=The sweet spot of a biological hammer: the centre of percussion of glyptodont (Mammalia: Xenarthra) tail clubs |date=2009-08-26 |journal=Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences |issue=1675 |last2=Jones |first2=W. W. |pages=3971–3978 |doi=10.1098/rspb.2009.1144 |issn=0962-8452 |pmc=2825778 |pmid=19710060 |last3=Rinderknecht |first3=A. |volume=276 |last1=Blanco |first1=R. E.}}</ref> ou mais.

'''[[Ordem (biologia)|Ordem]] Cingulata:'''<ref>{{Citar periódico |url=https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0960982216001214 |título=The phylogenetic affinities of the extinct glyptodonts |data=2016-02 |acessodata=2023-07-05 |periódico=Current Biology |número=4 |ultimo=Delsuc |primeiro=Frédéric |ultimo2=Gibb |primeiro2=Gillian C. |paginas=R155–R156 |lingua=en |doi=10.1016/j.cub.2016.01.039 |ultimo3=Kuch |primeiro3=Melanie |ultimo4=Billet |primeiro4=Guillaume |ultimo5=Hautier |primeiro5=Lionel |ultimo6=Southon |primeiro6=John |ultimo7=Rouillard |primeiro7=Jean-Marie |ultimo8=Fernicola |primeiro8=Juan Carlos |ultimo9=Vizcaíno |primeiro9=Sergio F.}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://dx.plos.org/10.1371/journal.pbio.3000494 |título=Inferring the mammal tree: Species-level sets of phylogenies for questions in ecology, evolution, and conservation |data=2019-12-04 |acessodata=2023-07-05 |periódico=PLOS Biology |número=12 |ultimo=Upham |primeiro=Nathan S. |ultimo2=Esselstyn |primeiro2=Jacob A. |editor-sobrenome=Tanentzap |editor-nome=Andrew J. |paginas=e3000494 |lingua=en |doi=10.1371/journal.pbio.3000494 |issn=1545-7885 |pmid=31800571 |ultimo3=Jetz |primeiro3=Walter}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://academic.oup.com/mbe/article-lookup/doi/10.1093/molbev/msv250 |título=Shotgun Mitogenomics Provides a Reference Phylogenetic Framework and Timescale for Living Xenarthrans |data=2016-03 |acessodata=2023-07-05 |periódico=Molecular Biology and Evolution |número=3 |ultimo=Gibb |primeiro=Gillian C. |ultimo2=Condamine |primeiro2=Fabien L. |paginas=621–642 |lingua=en |doi=10.1093/molbev/msv250 |issn=0737-4038 |pmid=26556496 |ultimo3=Kuch |primeiro3=Melanie |ultimo4=Enk |primeiro4=Jacob |ultimo5=Moraes-Barros |primeiro5=Nadia |ultimo6=Superina |primeiro6=Mariella |ultimo7=Poinar |primeiro7=Hendrik N. |ultimo8=Delsuc |primeiro8=Frédéric}}</ref><ref>{{citar livro|título=Classification of Mammals Above the Species Level|autor=McKenna, M.C.; Bell, S.K.|editora=Columbia University Press|ano=1997|local=New York|páginas=1-640}}</ref>

* '''[[Família (biologia)|Família]] [[Dasipodídeos|Dasypodidae]]:'''
**Gênero † ''Acantharodeia''
** Gênero † ''Amblytatus''
** Gênero † ''Archaeutatus''
** Gênero † ''Astegotherium''
** Gênero † ''Barrancatatus''
** Gênero † ''Chasicotatus''
** Gênero † ''Chorobates''
** Gênero † ''Coelutaetus''
** Gênero † ''Eocoleophorus''
** Gênero † ''Epipeltecoelus''
** Gênero † ''Eutatus''
** Gênero † ''Hemiutaetus''
** Gênero † ''Isutaetus''
** Gênero † ''Lumbreratherium''
** Gênero † ''Macrochorobates''
** Gênero † ''Mazzoniphractus''
** Gênero † ''Meteutatus''
** Gênero † ''Pedrolypeutes''
** Gênero † ''Prodasypus''
** Gênero † ''Proeutatus''
** Gênero † ''Prostegotherium''
** Gênero † ''Pucatherium''
** Gênero † ''Punatherium''
** Gênero † ''Stegotherium''
** Gênero † ''Stenotatus''
** Gênero † ''Utaetus''
** Gênero † ''Vetelia''
** [[Subfamília]] Dasypodinae:
*** Gênero ''[[Dásipo|Dasypus]]'':
****† ''[[Dasypus bellus]]'' (tatu bonito)
**** † ''Dasypus neogaeus''
**** ''[[Tatu-galinha|Dasypus novemcinctus]]'' (tatu-galinha ou tatu-verdadeiro)
**** [[Subgénero|Subgênero]] Dasypus:
***** ''[[Dasypus yepesi|Dasypus mazzai]]''
***** ''[[Dasypus pilosus]]''
***** ''[[Dasypus sabanicola]]''
**** Subgênero Hyperoamdon:
***** ''Dasypus beniensis''
***** ''[[Tatu-de-quinze-quilos|Dasypus kappleri]]'' (tatu-de-quinze-quilos)
***** ''Dasypus pastasae''
**** Subgênero Muletia:
***** ''[[Dasypus septemcinctus|Dasypus septemcinctus septemcintus]]'' (tatu-mirim)
***** ''[[Tatu-mulita|Dasypus septemcinctus hybridus]]'' (tatu-mulita ou tatuíra)
*** Gênero † ''Anadasypus''
*** Gênero † ''Nanoastegotherium''
*** Gênero † ''Parastegosimpsonia''
*** Gênero † ''Pliodasypus''
*** Gênero † ''Propraopus''
*** Gênero † ''Riostegotherium''
*** Gênero † ''Stegosimpsonia''
*** Gênero † ''Stegotherium''

* '''Família [[Clamiforídeos|Chlamyphoridae]]'''
** Subfamília Chlamyphorinae:
*** Gênero ''Calyptophractus'':
**** [[Calyptophractus retusus|''Calyptophractus retusus'']] (pichiciego-maior)
*** Gênero ''Chlamyphorus'':
**** [[Chlamyphorus truncatus|''Chlamyphorus truncatus'']] (pichiciego-menor)
** Subfamília Euphractinae:
*** Gênero ''[[Chaetophractus]]'':
**** [[Chaetophractus vellerosus|''Chaetophractus vellerosus'']] (tatu-peludo)
**** [[Chaetophractus villosus|''Chaetophractus villosus'']] (tatu-peludo grande)
**** ''[[Chaetophractus nationi]]'' (tatu-peludo-andino)
*** Gênero ''Euphractus'':
**** [[Tatupeba|''Euphractus sexcinctus'']] (tatupeba)
*** Gênero ''Zaedyus'':
**** [[Zaedyus pichiy|''Zaedyus pichiy'']]
*** Gênero † ''Doellotatus''
*** Gênero † ''Macroeuphractus''
*** Gênero † ''Peltephilus''
*** Gênero † ''Peltephilus'':
**** † ''Peltephilus ferox''
*** Gênero † ''Paleuphractus''
** Subfamília † Glyptodontinae:
*** Gênero † ''Doedicurus''
**** † [[Doedicurus clavicaudatus|''Doedicurus clavicaudatus'']]
*** Gênero † ''[[Glyptodon]]''
*** Gênero † ''Glyptotherium''
*** Gênero † ''[[Hoplophorus]]''
*** Gênero † ''Panochthus''
*** Gênero † ''Parapropalaehoplophorus'':
**** † ''[[Parapropalaehoplophorus septentrionalis]]''
*** Gênero † ''Plaxhaplous''
** Subfamília Tolypeutinae:
*** Gênero ''[[Tatu-de-rabo-mole|Cabassous]]'' (tatus-de-rabo-mole ou cabaçus)
**** ''[[Cabassous centralis]]''
**** ''[[Cabassous chacoensis]]''
**** ''[[Tatu-de-rabo-mole-pequeno|Cabassous unicinctus]]'' (tatu-de-rabo-mole-pequeno)
**** ''[[Tatu-de-rabo-mole-grande|Cabassous tatouay]]'' (tatu-de-rabo-mole-grande)
*** Gênero ''Priodontes''
**** ''[[Tatu-canastra|Priodontes maximus]]'' (tatu-canastra)
*** Gênero ''Tolypeutes''
**** ''[[Mataco|Tolypeutes matacus]]'' (mataco ou tatu-bola)
**** ''[[Tatu-bola-do-nordeste|Tolypeutes tricinctus]]'' (tatu-bola-do-nordeste)
*** Gênero † ''Kuntinaru''<ref name=":0" />

* '''Família † Peltephilidae:'''
** Gênero † ''Anantiosodon''
** Gênero † ''Epipeltephilus''
** Gênero † ''Parapeltecoelus''
** Gênero † ''Peltecoelus''
** Gênero † ''Peltephilus''
** Gênero † ''Ronwolffia''
* '''Família † Paleopeltidae:'''
** Gênero † ''Palaeopeltis''
* '''Família †''' '''Pampatheriidae:'''
** Gênero † ''[[Holmesina]]''
** Gênero † ''Kraglievichia''
** Gênero † ''Machlydotherium''
** Gênero † ''Pampatherium''
** Gênero † ''Scirrotherium''
** Gênero † ''Tonnicinctus''
** Gênero † ''Vassallia''
** Gênero † ''Yuruatherium''
* '''Família † Pachyarmatheriidae:'''
** Gênero † ''Neoglyptatelus''
** Gênero † ''Pachyarmatherium''
*** † [[Pachyarmatherium brasiliense|''Pachyarmatherium brasiliense'']]
* '''Família † Protobradidae'''

† indica táxon extinto

<center>
<gallery widths="200">
Ficheiro:Nine-banded armadillo skeleton.jpg|Esqueleto do [[tatu-galinha]].
Ficheiro:Three Banded Armadillo.jpg|Esqueleto de [[tatu-bola]] em exposição no Museu de Osteologia.
Ficheiro:Armadillo Riga1.jpg|Escultura de bronze de Liene Mackus em [[Riga]].
Ficheiro:Pink Fairy Armadillo (Chlamyphorus truncatus) (cropped).jpg|Pichiciego-menor.
Ficheiro:TatusorGuineanBeast.jpg|[[Xilogravura]] de um tatu (1658).
Ficheiro:Chaetophractus vellerosus3.jpg|[[Chaetophractus|Tatu-peludo]].
Ficheiro:SouthernThreeBandedArmadillo065b.jpg|[[Mataco]].
Ficheiro:Gyptodon Cosmo Caixa.JPG|''[[Holmesina]] septentrionalis'' ([[Barcelona]]).
Ficheiro:Glyptodon clavipes 01.jpg|''[[Glyptodon]] clavipes'' ([[Berlim]]).
</gallery></center>
== Filogenia ==
{{VT|Filogenia}}

=== Cladogramas de Cingulata ===
Abaixo está uma filogenia simplificada recente das superordem dos [[xenartros]], que inclui os tatus, com base em Slater ''et al''. (2016)<ref>Slater, G., Cui, P., Forasiepi, A. M., Lenz, D., Tsangaras, K., Voirin, B., ... & Greenwood, A. D. (2016). Evolutionary relationships among extinct and extant sloths: the evidence of mitogenomes and retroviruses. Genome Biology and Evolution, evw023.</ref> e Delsuc ''et al''. (2016)<ref>Delsuc, F., Gibb, G. C., Kuch, M., Billet, G., Hautier, L., Southon, J., ... & Poinar, H. N. (2016). The phylogenetic affinities of the extinct glyptodonts. Current Biology, 26(4), R155-R156.</ref>. O símbolo de punhal, "†", indica grupos [[Extinção|extintos]].<ref name="Delsuc2016">{{cite journal |url=https://hal.archives-ouvertes.fr/hal-01879335 |title=The phylogenetic affinities of the extinct glyptodonts |date=2016-02-22 |journal=Current Biology |issue=4 |last2=Gibb |first2=G. C. |pages=R155–R156 |doi=10.1016/j.cub.2016.01.039 |pmid=26906483 |last3=Kuch |first3=M. |last4=Billet |first4=G. |last5=Hautier |first5=L. |last6=Southon |first6=J. |last7=Rouillard |first7=J.-M. |last8=Fernicola |first8=J. C. |last9=Vizcaíno |first9=S. F. |volume=26 |doi-access=free |last1=Delsuc |first1=F. |last10=MacPhee |first10=R. D.E. |last11=Poinar |first11=H. N.}}</ref><ref name="Upham2019">{{Cite journal |title=Inferring the mammal tree: Species-level sets of phylogenies for questions in ecology, evolution and conservation |date=2019 |journal=PLOS Biol |issue=12 |last2=Esselstyn |first2=Jacob A. |pages=e3000494 |doi=10.1371/journal.pbio.3000494 |pmc=6892540 |pmid=31800571 |last3=Jetz |first3=Walter |volume=17 |doi-access=free |last1=Upham |first1=Nathan S.}}</ref><ref>{{cite journal |title=Shotgun Mitogenomics Provides a Reference PhyloGenetic Framework and Timescale for Living Xenarthrans |journal=Molecular Biology and Evolution |issue=3 |last2=Condamine |first2=Fabien L. |year=2015 |pages=621–642 |doi=10.1093/molbev/msv250 |pmc=4760074 |pmid=26556496 |last3=Kuch |first3=Melanie |last4=Enk |first4=Jacob |last5=Moraes-Barros |first5=Nadia |last6=Superina |first6=Mariella |last7=Poinar |first7=Hendrik N. |last8=Delsuc |first8=Frédéric |volume=33 |last1=Gibb |first1=Gillian C.}}</ref>

{{clade|{{Clade
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|style=font-size:100%|label1='''Cingulata'''}}

== Evolução ==
Pesquisas genéticas recentes sugerem que um grupo extinto de mamíferos gigantes com armadura, os [[Gliptodontídeos|gliptodontes]], deve ser incluído na linhagem dos tatus, tendo divergido há cerca de 35 milhões de anos, mais recentemente do que se supunha anteriormente.<ref name="AMNH2016">{{cite web|url=http://www.amnh.org/explore/news-blogs/research-posts/study-finds-relationship-between-glyptodonts-modern-armadillos|title=Study finds relationship between glyptodonts, armadillos|publisher=AMNH|archive-url=https://web.archive.org/web/20160228051721/http://www.amnh.org/explore/news-blogs/research-posts/study-finds-relationship-between-glyptodonts-modern-armadillos|archive-date=2016-02-28|url-status=|access-date=2016-02-22}}</ref>

== Distribuição ==
Como todas as linhagens de [[Xenartros|Xenarthra]], os tatus se originaram na [[América do Sul]]. Devido ao antigo isolamento do continente, eles ficaram confinados lá durante a maior parte do [[Cenozoico]]. A recente formação do [[Istmo do Panamá]] permitiu que alguns membros da família migrassem para o norte, para o sul da [[América do Norte]], no início do [[Pleistoceno]], como parte do [[Grande Intercâmbio Americano]].<ref name="Woodburne2010">{{cite journal |title=The Great American Biotic Interchange: Dispersals, Tectonics, Climate, Sea Level and Holding Pens |date=2010-07-14 |journal=Journal of Mammalian Evolution |issue=4 |pages=245–264 (see p. 249) |doi=10.1007/s10914-010-9144-8 |pmc=2987556 |pmid=21125025 |volume=17 |last1=Woodburne |first1=M. O.}}</ref> Alguns de seus parentes [[Cingulata|cingulados]] muito maiores, os [[pampateriídeos]] e os [[gliptodontídeos]] [[Clamiforídeos|clamforídeos]], fizeram a mesma viagem.<ref name="Woodburne2010" />

Atualmente, todas as espécies de tatus existentes ainda estão presentes na América do Sul. Elas são particularmente diversas no [[Paraguai]] (onde existem 11 espécies) e nas áreas vizinhas. Muitas espécies estão ameaçadas de extinção. Algumas, incluindo quatro espécies de ''[[Dásipo|Dasypus]]'', estão amplamente distribuídas nas Américas, enquanto outras, como a [[Dasypus yepesi|mulita de Yepes]], estão restritas a pequenas áreas. Duas espécies, o ''[[Cabassous centralis|C. centralis]]'' e o [[tatu-galinha]], são encontradas na [[América Central]]; o último também chegou aos [[Estados Unidos]], principalmente nos estados do centro-sul (especialmente no [[Texas]]), mas com uma área de distribuição que se estende até o leste da [[Carolina do Norte]] e da [[Flórida]] e até o norte do sul de [[Nebraska]] e do sul de [[Indiana]].<ref name="ExpRange">{{cite web|url=http://www.theindychannel.com/news/local-news/armadillos-slinking-their-way-into-indiana|title=Armadillos slinking their way into Indiana|date=2014-06-07|website=TheIndyChannel|archive-url=https://web.archive.org/web/20140609132340/http://www.theindychannel.com/news/local-news/armadillos-slinking-their-way-into-indiana|archive-date=2014-06-09|url-status=|agency=Associated Press|access-date=2014-06-16}}</ref> Sua área de distribuição tem se expandido consistentemente na América do Norte no último século devido à falta de predadores naturais. Os tatus são cada vez mais documentados no sul de [[Illinois]] e estão se deslocando para o norte devido à mudança climática.<ref>{{Cite web|url=https://www.chicagotribune.com/entertainment/ct-ent-armadillos-arrive-illinois-20220504-hhzv7szssbfotkegaxb442xu2m-story.html|title=Armadillos have arrived in downstate Illinois and are heading north — yes, you might someday see an armadillo in your backyard|website=Chicago Tribune|language=en|archive-url=https://web.archive.org/web/20220517155535/https://www.chicagotribune.com/entertainment/ct-ent-armadillos-arrive-illinois-20220504-hhzv7szssbfotkegaxb442xu2m-story.html|archive-date=2022-05-17|url-status=|access-date=2022-05-17}}</ref><ref>x</ref>

== Características ==

=== Tamanho ===
A menor espécie de tatu, o [[Chlamyphorus truncatus|pichiciego-menor]], pesa cerca de 85 g e tem 13-15 cm de comprimento total. A maior espécie, o tatu-canastra, pode pesar até 54 kg e pode ter 150 cm de comprimento.<ref name="NatGeo">{{cite web|url=http://animals.nationalgeographic.com/animals/mammals/armadillo/|title=Armadillos, Armadillo Pictures, Armadillo Facts|date=2010-03-12|website=National Geographic|archive-url=https://web.archive.org/web/20110906140108/http://animals.nationalgeographic.com/animals/mammals/armadillo/|archive-date=2011-09-06|url-status=|access-date=2015-07-22}}</ref>

=== Dieta e pretação ===
As dietas de diferentes espécies de tatus variam, mas consistem principalmente de [[insetos]], [[Larva|larvas]] e outros [[invertebrados]]. Algumas espécies, no entanto, alimentam-se quase que exclusivamente de [[Formiga|formigas]] e [[Isópteros|cupins]] enquanto outras mais onívoros também podem comer pequenos vertebrados e matéria vegetal. Acredita-se que os parampateriídeos tenham sido especializados em pastoreio,<ref name="Vizcaíno" /> e a análise isotópica indica que a dieta dos gliptodontes era dominada por [[Poaceae|gramíneas]] [[Fotossíntese C4|C4]].<ref name="Pérez-CrespoArroyo-Cabrales2011">{{cite journal |title=Diet and habitat definitions for Mexican glyptodonts from Cedral (San Luis Potosí, México) based on stable isotope analysis |date=2011-10-18 |journal=Geological Magazine |issue=1 |last2=Arroyo-Cabrales |first2=J. |pages=153–157 |doi=10.1017/S0016756811000951 |issn=0016-7568 |last3=Alva-Valdivia |first3=L. M. |last4=Morales-Puente |first4=P. |last5=Cienfuegos-Alvarado |first5=E. |volume=149 |last1=Pérez-Crespo |first1=V. A. |s2cid=129862616}}</ref> Euphractinae é único em termos de especiação para carnivoria, culminando no gênero macropredatório ''Macroeuphractus''.

Eles são escavadores prolíficos. Muitas espécies usam suas garras afiadas para cavar em busca de alimentos, como larvas, e para cavar tocas. O [[tatu-galinha]] prefere construir tocas em solo úmido perto de riachos, córregos e arroios ao redor dos quais vive e se alimenta.
[[File:Mani_armadilli.png|ligação=https://en.wikipedia.org/wiki/File:Mani_armadilli.png|direita|miniaturadaimagem|Patas de dois [[clamiforídeos]].]]
Os tatus têm uma [[visão]] muito ruim e usam o [[olfato]] aguçado para caçar alimentos.<ref name="NatGeo" /> Eles usam suas garras para cavar e encontrar alimentos, bem como para construir suas casas em tocas. Eles cavam suas tocas com suas garras, fazendo apenas um único corredor da largura do corpo do animal. Eles têm cinco dedos com garras nas patas traseiras e de três a cinco dedos com garras pesadas de escavação nas patas dianteiras. Os tatus têm vários dentes na bochecha que não são divididos em pré-molares e molares, mas geralmente não têm incisivos ou caninos. A dentição do tatu de nove bandas é P 7/7, M 1/1 = 32.<ref name="Freeman&Genoways">{{Cite journal |url=http://digitalcommons.unl.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1012&context=museummammalogy |title=Recent Northern Records of the Nine-banded Armadillo (Dasypodidae) in Nebraska |date=1998-12 |journal=The Southwestern Naturalist |issue=4 |last2=Genoways |first2=Hugh H. |pages=491–504 |archive-url=https://web.archive.org/web/20110611170542/http://digitalcommons.unl.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1012&context=museummammalogy |archive-date=2011-06-11 |volume=43 |last1=Freeman |first1=Patricia W. |access-date=2010-06-07 |url-status=}}</ref>

=== Temperatura corporal ===
Em comum com outros [[xenartros]], os tatus, em geral, têm baixas temperaturas corporais de 33-36 °C e baixas taxas metabólicas basais (40-60% do esperado em [[mamíferos]] [[placentários]] de sua massa). Isso é particularmente verdadeiro para os tipos especializados em usar cupins como sua principal fonte de alimento (por exemplo, ''[[Tatu-canastra|Priodontes]]'' e ''[[Tatu-bola|Tolypeutes]]'').<ref name="McNab">{{Cite journal |title=Energetics and the limits to the temperate distribution in armadillos |date=1980-11 |journal=Journal of Mammalogy |publisher=American Society of Mammalogists |issue=4 |last=McNab |first=Brian K. |pages=606–627 |doi=10.2307/1380307 |jstor=1380307 |volume=61}}</ref>

=== Pele ===
A armadura é formada por placas de osso dérmico ([[Osteoderma|osteodermas]]) cobertas por escamas epidérmicas sobrepostas relativamente pequenas, chamadas "escudos", que são compostas de [[queratina]].<ref name="Yates">{{cite web|last=Yates|first=Paige|url=https://biologydictionary.net/armadillo/|title=Armadillo|date=2020-10-30|website=BiologyDictionary.net|publisher=Biology Dictionary|archive-url=https://web.archive.org/web/20210908182815/https://biologydictionary.net/armadillo/|archive-date=2021-09-08|url-status=|access-date=2021-09-08|quote=The plates of bone are covered in small overlapping epidermal scales called scutes, which are composed of keratin.}}</ref> A maioria das espécies tem escudos rígidos sobre os ombros e quadris, com três a nove faixas separadas por pele flexível cobrindo o dorso e os flancos. Uma armadura adicional cobre o topo da cabeça, as partes superiores dos membros e a cauda. A parte inferior do animal nunca é blindada e é simplesmente coberta por pele e pelos macios.<ref name="EoM">{{cite book|url=https://archive.org/details/encyclopediaofma00mals_0/page/781|title=The Encyclopedia of Mammals|last=Dickman|first=Christopher R.|publisher=Facts on File|isbn=978-0-87196-871-5|editor-last=Macdonald|editor-first=D.|year=1984|location=New York|pages=[https://archive.org/details/encyclopediaofma00mals_0/page/781 781–783]|url-access=}}</ref> Essa pele semelhante a uma armadura parece ser uma defesa importante para muitos tatus, embora a maioria escape dos predadores fugindo (muitas vezes para áreas espinhosas, das quais a armadura os protege) ou cavando para se proteger. Somente os tatus de três faixas da América do Sul (''[[Tatu-bola|Tolypeutes]]'') dependem muito de sua armadura para proteção.

Os [[pampateriídeos]] também tinham carapaças flexíveis devido a três faixas laterais móveis de osteodermos.<ref name="Vizcaíno" /> Os osteodermos dos pampateriídeos eram cobertos por um único escudo, ao contrário dos tatus atuais, que têm mais de um.<ref name="Vizcaíno" /> Os [[Gliptodontídeos|gliptodontes]], por outro lado, tinham carapaças rígidas, semelhantes às das [[Testudinata|tartarugas]], com osteodermos fundidos.

=== Comportamento defensivo ===
Quando ameaçadas por um predador, as espécies de ''Tolypeutes'' frequentemente se enrolam em uma bola. Outras espécies de tatus não conseguem se enrolar porque têm muitas placas. O [[tatu-galinha]] tende a saltar diretamente no ar quando é surpreendido e, consequentemente, colide com frequência com o chassi ou os para-lamas dos veículos que passam, causando sua morte.<ref name="LOC2">{{cite web|url=https://www.loc.gov/rr/scitech/mysteries/armadillo.html|title=How high can a nine-banded armadillo jump?|date=2009-02-12|work=Everyday Mysteries: Fun Science Facts from the Library of Congress|publisher=Library of Congress|archive-url=https://web.archive.org/web/20091206015313/http://www.loc.gov/rr/scitech/mysteries/armadillo.html|archive-date=2009-12-06|url-status=|access-date=2009-12-17}}</ref>

Ambos os parampateriídeos e gliptodontes tinham ou tinham uma capa de armadura no topo da cabeça. Os gliptodontes também tinham caudas com armaduras pesadas; alguns, como os do gênero ''[[Doedicurus clavicaudatus|Doedicurus]]'', tinham [[Porrete|porretes]] nas extremidades de suas caudas, semelhantes aos dos [[Anquilossauro|anquilossauros]], evidentemente usados para fins defensivos ou agonísticos.<ref name="Blanco2009" />

=== Movemento ===
Os tatus têm pernas curtas, mas podem se mover com bastante rapidez. O tatu-galinha é conhecido por seu movimento na água<ref name="McDonough2013">{{cite book|url=https://books.google.com/books?id=h4UFvagbbogC&pg=PA181|title=The Nine-Banded Armadillo: A Natural History|last1=McDonough|first1=Colleen M.|last2=Loughry|first2=W. J.|publisher=University of Oklahoma Press|isbn=978-0-8061-8921-5|year=2013|pages=181–182}}</ref>, que é realizado por meio de dois métodos diferentes: ele pode andar debaixo d'água por curtas distâncias, prendendo a respiração por até seis minutos; também, para atravessar corpos d'água maiores, ele é capaz de aumentar sua flutuabilidade engolindo ar, inflando o estômago e os intestinos.<ref name="Vijayaraghavan">{{cite journal |url=http://sjlas.org/index.php/SJLAS/article/view/182/161 |title=Nine-banded Armadillo Dasypus novemcinctus Animal Model for Leprosy (Hansen's Disease) |journal=Scandinavian Journal of Laboratory Animal Sciences |issue=2 |last=Vijayaraghavan |first=R. |year=2009 |pages=167–176 |archive-url=https://web.archive.org/web/20220123222143/https://sjlas.org/index.php/SJLAS/article/view/182/161 |archive-date=2022-01-23 |volume=36 |access-date=2015-07-22 |url-status=}}</ref>

=== Reprodução ===
A gestação dura de 60 a 120 dias, dependendo da espécie, embora o tatu de nove faixas também apresente atraso na implantação, de modo que os filhotes normalmente só nascem oito meses após o acasalamento. A maioria dos membros do gênero ''Dasypus'' dá à luz quatro filhotes monozigóticos (ou seja, quadrigêmeos idênticos),<ref name="Bagatto2000">{{cite journal |url=http://jeb.biologists.org/content/203/11/1733.short |title=Physiological variability in neonatal armadillo quadruplets: within- and between-litter differences |date=2000-06-01 |journal=Journal of Experimental Biology |issue=11 |first=B. |last2=Crossley |first2=D. A. |series=159 |pages=267–277 |doi=10.1242/jeb.203.11.1733 |pmid=10804163 |archive-url=https://web.archive.org/web/20140215215751/http://jeb.biologists.org/content/203/11/1733.short |archive-date=2014-02-15 |last3=Burggren |first3=W. W. |volume=203 |last1=Bagatto |access-date=2012-08-30 |url-status=}}</ref> mas outras espécies podem ter tamanhos típicos de ninhada que variam de um a oito. Os filhotes nascem com pele macia e coriácea que endurece em poucas semanas. Eles atingem a maturidade sexual em três a doze meses, dependendo da espécie. Os tatus são animais solitários que não compartilham suas tocas com outros adultos.<ref name="EoM" />

== Armadilhos e humanos ==

=== Ciência e educação ===
Os tatus são frequentemente usados no estudo da [[Lepra|hanseníase]], pois eles, juntamente com os macacos mangabeis (gêneros ''[[Lophocebus]]'', ''[[Cercocebus]]'' e [[Rungwecebus kipunji|''Rungwecebus kipunji'']]) e [[Coelho|coelhos]] e [[Mus musculus|camundongos]] (em suas patas), estão entre as poucas espécies conhecidas que podem contrair a doença sistemicamente. Eles são particularmente suscetíveis devido à sua temperatura corporal excepcionalmente baixa, que é hospitaleira para a bactéria da hanseníase, ''[[Mycobacterium leprae]]''. A bactéria da hanseníase é difícil de cultivar e os tatus têm uma temperatura corporal de 34 °C, semelhante à da pele humana.<ref name="Truman">{{cite journal |url=http://www.lepra.org.uk/platforms/lepra/files/lr/sept05/lep198-208.pdf |title=Leprosy in wild armadillos |date=2005 |journal=Leprosy Review |issue=3 |pages=198–208 |doi=10.47276/lr.76.3.198 |pmid=16248207 |archive-url=https://ghostarchive.org/archive/20221009/http://www.lepra.org.uk/platforms/lepra/files/lr/sept05/lep198-208.pdf |archive-date=2022-10-09 |volume=76 |last1=Truman |first1=Richard |url-status= |access-date=2017-05-04}}</ref> Os seres humanos podem adquirir uma infecção por hanseníase dos tatus ao manuseá-los ou ao consumir carne de tatu.<ref name="NYT2011">{{cite news|last=Harris|first=Gardiner|url=https://www.nytimes.com/2011/04/28/health/28leprosy.html|title=Armadillos Can Transmit Leprosy to Humans, Federal Studies Confirm|date=2011-04-27|archive-url=https://web.archive.org/web/20110504235331/http://www.nytimes.com/2011/04/28/health/28leprosy.html|archive-date=2011-05-04|url-status=|newspaper=The New York Times|access-date=2011-05-03}}</ref> Os tatus são um vetor presumido e um reservatório natural da doença no Texas, na Louisiana e na Flórida.<ref>{{cite journal |title=Zoonotic Leprosy in the Southeastern United States |date=2015-12-01 |journal=Emerging Infectious Diseases |issue=12 |last2=Singh |first2=Pushpendra |pages=2127–2134 |doi=10.3201/eid2112.150501 |pmc=4672434 |pmid=26583204 |last3=Loughry |first3=W.J. |last4=Lockhart |first4=J. Mitchell |last5=Inman |first5=W. Barry |last6=Duthie |first6=Malcolm S. |last7=Pena |first7=Maria T. |last8=Marcos |first8=Luis A. |last9=Scollard |first9=David M. |volume=21 |first1=Rahul |last1=Sharma |first10=Stewart T. |last10=Cole |first11=Richard W. |last11=Truman}}</ref><ref name="Truman 2011">{{cite journal |title=Probable Zoonotic Leprosy in the Southern United States |date=2011-04-28 |journal=[[The New England Journal of Medicine]] |publisher=Massachusetts Medical Society |issue=17 |last2=Singh |first2=Pushpendra |location=Waltham, MA |pages=1626–1633 |doi=10.1056/NEJMoa1010536 |pmc=3138484 |pmid=21524213 |last3=Sharma |first3=Rahul |last4=Busso |first4=Philippe |last5=Rougemont |first5=Jacques |last6=Paniz-Mondolfi |first6=Alberto |last7=Kapopoulou |first7=Adamandia |last8=Brisse |first8=Sylvain |last9=Scollard |first9=David M. |volume=364 |last1=Truman |first1=Richard W. |last10=Gillis |first10=Thomas P. |last11=Cole |first11=Stewart T.}}</ref> Antes da chegada dos europeus no final do século XV, a hanseníase era desconhecida no Novo Mundo. Considerando que os tatus são nativos do Novo Mundo, em algum momento eles devem ter adquirido a doença de humanos do velho mundo.<ref name="NYT2011" /><ref name="Truman 2011" />

O tatu também é um reservatório natural da [[doença de Chagas]].<ref name="Yaeger1988">{{cite journal |title=The prevalence of Trypanosoma cruzi infection in armadillos collected at a site near New Orleans, Louisiana |date=1988-03 |journal=The American Journal of Tropical Medicine and Hygiene |issue=2 |last=Yaeger |first=R. G. |pages=323–326 |doi=10.4269/ajtmh.1988.38.323 |pmid=3128127 |volume=38}}</ref>

O [[tatu-galinha]] também serve à ciência por meio de seu sistema reprodutivo incomum, no qual nascem quatro filhotes geneticamente idênticos, resultado de um único óvulo original.<ref name="ufl">{{cite web|last2=Hostetler|first2=Mark E.|url=http://edis.ifas.ufl.edu/UW082|title=The Nine-banded Armadillo (''Dasypus novemcinctus'')|date=1998-01|publisher=University of Florida, IFAS Extension|archive-url=https://web.archive.org/web/20010713153154/http://edis.ifas.ufl.edu/UW082|archive-date=2001-07-13|url-status=|last1=Schaefer|first1=Joseph M.|access-date=2009-12-17}}</ref><ref name="valdosta">{{Cite journal |url=http://www.valdosta.edu/~jloughry/Reprints/AmSci.pdf |title=Polyembryony in Armadillos |date=1998-05 |journal=American Scientist |issue=3 |last2=Prodohl |first2=Paulo A |pages=274–279 |bibcode=1998AmSci..86..274L |doi=10.1511/1998.3.274 |archive-url=https://ghostarchive.org/archive/20221009/http://www.valdosta.edu/~jloughry/Reprints/AmSci.pdf |archive-date=2022-10-09 |last3=McDonough |first3=Colleen M |last4=Avise |first4=John C. |volume=86 |last1=Loughry |first1=W.J |author-link4= |url-status= |s2cid=196608283}}</ref><ref name="Hamlett1933">{{Cite journal |title=Polyembryony in the Armadillo: Genetic or Physiological? |date=1933-09 |journal=[[The Quarterly Review of Biology]] |issue=3 |last=Hamlett |first=G. W. D. |pages=348–358 |doi=10.1086/394444 |jstor=2808431 |volume=8 |s2cid=86435985}}</ref> Como são sempre geneticamente idênticos, o grupo de quatro filhotes é um bom objeto para testes científicos, comportamentais ou médicos que precisam de uma composição biológica e genética consistente nos sujeitos do teste. Essa é a única manifestação confiável de poliembrionia na classe [[Mamíferos|Mammalia]] e existe apenas no gênero ''[[Dásipo|Dasypus]]'' e não em todos os tatus, como se acredita comumente. Outras espécies que apresentam essa característica incluem [[Vespa parasitoide|vespas parasitoides]], certos [[Platyhelminthes|vermes planos]] e vários invertebrados aquáticos.<ref name="valdosta" />

Embora tenham uma carapaça resistente e coriácea, os tatus (principalmente ''Dasypus'') são vítimas comuns de atropelamentos nas estradas devido ao seu hábito de saltar de 3 a 4 pés verticalmente quando assustados, o que os coloca em colisão com a parte inferior dos veículos.<ref>{{Cite web|url=https://www.loc.gov/item/how-high-can-a-nine-banded-armadillo-jump/|title=How high can a nine-banded armadillo jump?|website=Library of Congress|access-date=2020-08-31}}</ref> Os entusiastas da vida selvagem estão usando a marcha do tatu em direção ao norte como uma oportunidade para educar outras pessoas sobre os animais, que podem ser um incômodo para os proprietários e administradores de propriedades.<ref name="ufl" />

=== Cultura ===
[[File:210_Museu_de_la_Música,_el_Bosc,_charango.jpg|ligação=https://en.wikipedia.org/wiki/File:210_Museu_de_la_M%C3%BAsica,_el_Bosc,_charango.jpg|miniaturadaimagem|Um charango tradicional feito de tatu, hoje substituído por charangos de madeira, no Museu da Música de Barcelona.]]
As cascas de tatu são tradicionalmente usadas para fazer a parte de trás do [[charango]], um tipo de [[alaúde]] [[Andes|andino]].

Em certas partes da América Central e do Sul, a carne de tatu é consumida; é um ingrediente popular em [[Oaxaca]], no [[México]]. Durante a [[Grande Depressão]], os americanos eram conhecidos por comer tatu, conhecido a contragosto como "''Hoover hogs''" (porcos Hoover), uma alusão à crença de que o presidente [[Herbert Hoover]] era responsável pelo desespero econômico que a nação enfrentava naquela época.<ref>{{Cite web|url=https://armadillo-online.org/food.html|title=Armadillos as Food|website=armadillo-online.org|archive-url=https://web.archive.org/web/20191024191137/http://armadillo-online.org/food.html|archive-date=2019-10-24|url-status=|access-date=2019-11-21}}</ref><ref>{{Cite web|url=https://www.archives.gov/publications/prologue/2004/summer/hoover-2.html|title=The Ordeal of Herbert Hoover, Part 2|date=2016-08-15|website=National Archives|language=en|archive-url=https://web.archive.org/web/20200101060219/https://www.archives.gov/publications/prologue/2004/summer/hoover-2.html|archive-date=2020-01-01|url-status=|access-date=2019-11-21}}</ref>

Um relato extravagante de ''The Beginning of the Armadillos'' é um dos capítulos do livro infantil ''Just So Stories'', de [[Rudyard Kipling]], de 1902.<ref>{{cite book|url=https://etc.usf.edu/lit2go/79/just-so-stories/1294/the-beginning-of-the-armadillos/|title=Just So Stories|last1=Kipling|first1=Rudyard|date=1902|publisher=Macmillan|chapter=The Beginning of the Armadillos|access-date=2021-07-06|archive-url=https://web.archive.org/web/20210709182923/https://etc.usf.edu/lit2go/79/just-so-stories/1294/the-beginning-of-the-armadillos/|archive-date=2021-07-09|url-status=}}</ref> A dupla de voz e piano Flanders e Swann gravou uma música bem-humorada chamada "''The Armadillo''".<ref>{{Cite book|url=https://www.worldcat.org/oclc/973628714|title=The complete Flanders & Swann|date=1996|publisher=International Music Publishers|oclc=973628714|via=Open WorldCat}}</ref>

[[Shel Silverstein]] escreveu um poema de duas linhas chamado "''Instructions''" sobre como dar banho em um tatu em sua coleção ''A Light in the Attic''. A referência era "use uma barra de sabão, muita esperança e 27 almofadas de Brillo".

== Veja também ==

*[[Placentários]]
*[[Erinaceinae|Ouriços]]
*[[Tachyglossidae|Equidnas]]
*[[Pangolim|Pangolins]]
*[[Xenartros]]
*[[Dasipodídeos]]
*[[Clamiforídeos]]
*[[Pampateriídeos]]
*[[Glyptodontinae]]
*[[Grande Intercâmbio Americano]]
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Revisão das 13h18min de 6 de julho de 2023

Cingulata (tatus)
Intervalo temporal: 58,7–0 Ma
Fim do Paleoceno – Recente (Holoceno)
Glyptodon ([[Museu de História Natural de Viena

]]) e Dasypus novemcinctus

Classificação científica e
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Superordem: Xenartros
Ordem: Cingulata
Illiger, 1811
Famílias

Chlamyphoridae
Dasypodidae
Glyptodontidae
Pampatheriidae
† Peltephilidae
† Palaeopeltidae
† Protobradidae

Cingulata (cingulados: tatus ou armadilhos, que significa "pequenos blindados" em espanhol) é uma ordem de mamíferos placentários do Novo Mundo. Chlamyphoridae e Dasypodidae são as únicas famílias sobreviventes dessa ordem, que faz parte da superordem Xenarthra, juntamente com os pilosos (tamanduás e as preguiças).[1] Todas as espécies são nativas das Américas, onde habitam uma variedade de ambientes diferentes.

A ordem cingulada originou-se na América do Sul durante a época do Paleoceno, há cerca de 66 a 56 milhões de anos, e, devido ao antigo isolamento do continente, permaneceu confinada a ele durante a maior parte do Cenozoico. No entanto, a formação de uma ponte terrestre permitiu que os membros das três famílias migrassem para o sul da América do Norte durante o Plioceno[2] ou no início do Pleistoceno[3] como parte do Grande Intercâmbio Americano. Depois de sobreviverem por dezenas de milhões de anos, todos os Pampateriídeos e os gliptodontesgigantes aparentemente morreram durante o evento de extinção do Quaternário tardio no início do Holoceno,[4][5] juntamente com grande parte do restante da megafauna regional, logo após a colonização das Américas pelos paleoameríndios.

Os tatus são caracterizados por uma couraça dorsal formada por placas justapostas, geralmente dispostas em fileiras transversais, com cauda comprida, membros curtos e garras longas e afiadas para cavar. Eles têm pernas curtas, mas podem se mover com bastante rapidez. O comprimento médio de um tatu é de cerca de 75 cm, incluindo a cauda. O tatu-canastra cresce até 150 cm e pesa até 54 kg, enquanto o pichiciego-menor tem apenas 13-15 cm de comprimento. Quando ameaçadas por um predador, as espécies de Tolypeutes frequentemente se enrolam em uma bola; elas são as únicas espécies de tatus capazes de fazer isso.

Etimologia

A palavra armadilho (armadillo) significa "pequeno blindado" em espanhol;[6][7] é derivada de "armadura", com o sufixo diminutivo "-illo" anexado. Enquanto a frase "pequeno blindado" seria traduzida como "armadito" normalmente, o sufixo "-illo" pode ser usado no lugar de "-ito" quando o diminutivo é usado em um tempo aproximado.[8] Os astecas os chamavam de āyōtōchtli [aːjoːˈtoːt͡ʃt͡ɬi], nahuatl para "tartaruga-coelho": āyōtl [ˈaːjoːt͡ɬ] (tartaruga) e tōchtli [ˈtoːt͡ʃt͡ɬi] (coelho).[9] A palavra portuguesa para "armadillo" é tatu, derivada do idioma tupi[10] ta' "casca, armadura" e tu "denso";[11] e usada na Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai; nomes semelhantes também são encontrados em outros idiomas, especialmente europeus.

Outros vários nomes vernáculos dados são:

Classificação

A tabela taxonômica abaixo segue os resultados de uma análise filogenética publicada por Delsuc et al., 2016. Embora os gliptodontes tenham sido tradicionalmente considerados cingulados do grupo-tronco fora do grupo que contém os tatus modernos, esse estudo de 2016 realizou uma análise do mtDNA do Doedicurus e descobriu que ele estava, de fato, aninhado dentro dos tatus modernos como o grupo irmão de um clado que consiste em Chlamyphorinae e Tolypeutinae.

Até recentemente, existiam dois grupos de cingulados muito maiores do que os tatus atuais (massa corporal máxima de 45 kg no caso do tatu-canastra[13]): os pampateriídeos, que atingiam pesos de até 200 kg[14] e os gliptodontes clamforídeos, que atingiam massas de 2.000 kg[15] ou mais.

Ordem Cingulata:[16][17][18][19]

  • Família Dasypodidae:
    • Gênero † Acantharodeia
    • Gênero † Amblytatus
    • Gênero † Archaeutatus
    • Gênero † Astegotherium
    • Gênero † Barrancatatus
    • Gênero † Chasicotatus
    • Gênero † Chorobates
    • Gênero † Coelutaetus
    • Gênero † Eocoleophorus
    • Gênero † Epipeltecoelus
    • Gênero † Eutatus
    • Gênero † Hemiutaetus
    • Gênero † Isutaetus
    • Gênero † Lumbreratherium
    • Gênero † Macrochorobates
    • Gênero † Mazzoniphractus
    • Gênero † Meteutatus
    • Gênero † Pedrolypeutes
    • Gênero † Prodasypus
    • Gênero † Proeutatus
    • Gênero † Prostegotherium
    • Gênero † Pucatherium
    • Gênero † Punatherium
    • Gênero † Stegotherium
    • Gênero † Stenotatus
    • Gênero † Utaetus
    • Gênero † Vetelia
    • Subfamília Dasypodinae:
  • Família † Peltephilidae:
    • Gênero † Anantiosodon
    • Gênero † Epipeltephilus
    • Gênero † Parapeltecoelus
    • Gênero † Peltecoelus
    • Gênero † Peltephilus
    • Gênero † Ronwolffia
  • Família † Paleopeltidae:
    • Gênero † Palaeopeltis
  • Família † Pampatheriidae:
    • Gênero † Holmesina
    • Gênero † Kraglievichia
    • Gênero † Machlydotherium
    • Gênero † Pampatherium
    • Gênero † Scirrotherium
    • Gênero † Tonnicinctus
    • Gênero † Vassallia
    • Gênero † Yuruatherium
  • Família † Pachyarmatheriidae:
  • Família † Protobradidae

† indica táxon extinto

Filogenia

Cladogramas de Cingulata

Abaixo está uma filogenia simplificada recente das superordem dos xenartros, que inclui os tatus, com base em Slater et al. (2016)[20] e Delsuc et al. (2016)[21]. O símbolo de punhal, "†", indica grupos extintos.[22][23][24]

Xenarthra
Cingulata (Tatus)

Dasypodidae

Pampatheriidae

Chlamyphoridae

Pilosa
Vermilingua

Cyclopedidae

Myrmecophagidae

Folivora

Megatheriidae

Nothrotheriidae

Bradypodidae

Mylodontidae

Megalonychidae

Cingulata
Dasypodidae
Dasypus
Dasypus

D. novemcinctus

D. (Hyperoambon)

D. beniensis

D. kappleri

D. pastasae

D. (Dasypus)

D. mazzai

D. pilosus

D. sabanicola

D. (Muletia)

D. septemcinctus septemcinctus

D. septemcinctus hybridus

 Chlamyphoridae 
 Euphractinae 

Euphractus sexcinctus

Zaedyus pichiy

Chaetophractus villosus

C. nationi

C. vellerosus

 Chlamyphorinae 

Chlamyphorus truncatus

Calyptophractus retusus

Tolypeutinae

Priodontes maximus

Tolypeutes

T. tricinctus

T. matacus

 Cabassous 

C. tatouay

C. chacoensis

C. centralis

C. unicinctus

Evolução

Pesquisas genéticas recentes sugerem que um grupo extinto de mamíferos gigantes com armadura, os gliptodontes, deve ser incluído na linhagem dos tatus, tendo divergido há cerca de 35 milhões de anos, mais recentemente do que se supunha anteriormente.[25]

Distribuição

Como todas as linhagens de Xenarthra, os tatus se originaram na América do Sul. Devido ao antigo isolamento do continente, eles ficaram confinados lá durante a maior parte do Cenozoico. A recente formação do Istmo do Panamá permitiu que alguns membros da família migrassem para o norte, para o sul da América do Norte, no início do Pleistoceno, como parte do Grande Intercâmbio Americano.[26] Alguns de seus parentes cingulados muito maiores, os pampateriídeos e os gliptodontídeos clamforídeos, fizeram a mesma viagem.[26]

Atualmente, todas as espécies de tatus existentes ainda estão presentes na América do Sul. Elas são particularmente diversas no Paraguai (onde existem 11 espécies) e nas áreas vizinhas. Muitas espécies estão ameaçadas de extinção. Algumas, incluindo quatro espécies de Dasypus, estão amplamente distribuídas nas Américas, enquanto outras, como a mulita de Yepes, estão restritas a pequenas áreas. Duas espécies, o C. centralis e o tatu-galinha, são encontradas na América Central; o último também chegou aos Estados Unidos, principalmente nos estados do centro-sul (especialmente no Texas), mas com uma área de distribuição que se estende até o leste da Carolina do Norte e da Flórida e até o norte do sul de Nebraska e do sul de Indiana.[27] Sua área de distribuição tem se expandido consistentemente na América do Norte no último século devido à falta de predadores naturais. Os tatus são cada vez mais documentados no sul de Illinois e estão se deslocando para o norte devido à mudança climática.[28][29]

Características

Tamanho

A menor espécie de tatu, o pichiciego-menor, pesa cerca de 85 g e tem 13-15 cm de comprimento total. A maior espécie, o tatu-canastra, pode pesar até 54 kg e pode ter 150 cm de comprimento.[30]

Dieta e pretação

As dietas de diferentes espécies de tatus variam, mas consistem principalmente de insetos, larvas e outros invertebrados. Algumas espécies, no entanto, alimentam-se quase que exclusivamente de formigas e cupins enquanto outras mais onívoros também podem comer pequenos vertebrados e matéria vegetal. Acredita-se que os parampateriídeos tenham sido especializados em pastoreio,[14] e a análise isotópica indica que a dieta dos gliptodontes era dominada por gramíneas C4.[31] Euphractinae é único em termos de especiação para carnivoria, culminando no gênero macropredatório Macroeuphractus.

Eles são escavadores prolíficos. Muitas espécies usam suas garras afiadas para cavar em busca de alimentos, como larvas, e para cavar tocas. O tatu-galinha prefere construir tocas em solo úmido perto de riachos, córregos e arroios ao redor dos quais vive e se alimenta.

Patas de dois clamiforídeos.

Os tatus têm uma visão muito ruim e usam o olfato aguçado para caçar alimentos.[30] Eles usam suas garras para cavar e encontrar alimentos, bem como para construir suas casas em tocas. Eles cavam suas tocas com suas garras, fazendo apenas um único corredor da largura do corpo do animal. Eles têm cinco dedos com garras nas patas traseiras e de três a cinco dedos com garras pesadas de escavação nas patas dianteiras. Os tatus têm vários dentes na bochecha que não são divididos em pré-molares e molares, mas geralmente não têm incisivos ou caninos. A dentição do tatu de nove bandas é P 7/7, M 1/1 = 32.[32]

Temperatura corporal

Em comum com outros xenartros, os tatus, em geral, têm baixas temperaturas corporais de 33-36 °C e baixas taxas metabólicas basais (40-60% do esperado em mamíferos placentários de sua massa). Isso é particularmente verdadeiro para os tipos especializados em usar cupins como sua principal fonte de alimento (por exemplo, Priodontes e Tolypeutes).[33]

Pele

A armadura é formada por placas de osso dérmico (osteodermas) cobertas por escamas epidérmicas sobrepostas relativamente pequenas, chamadas "escudos", que são compostas de queratina.[34] A maioria das espécies tem escudos rígidos sobre os ombros e quadris, com três a nove faixas separadas por pele flexível cobrindo o dorso e os flancos. Uma armadura adicional cobre o topo da cabeça, as partes superiores dos membros e a cauda. A parte inferior do animal nunca é blindada e é simplesmente coberta por pele e pelos macios.[35] Essa pele semelhante a uma armadura parece ser uma defesa importante para muitos tatus, embora a maioria escape dos predadores fugindo (muitas vezes para áreas espinhosas, das quais a armadura os protege) ou cavando para se proteger. Somente os tatus de três faixas da América do Sul (Tolypeutes) dependem muito de sua armadura para proteção.

Os pampateriídeos também tinham carapaças flexíveis devido a três faixas laterais móveis de osteodermos.[14] Os osteodermos dos pampateriídeos eram cobertos por um único escudo, ao contrário dos tatus atuais, que têm mais de um.[14] Os gliptodontes, por outro lado, tinham carapaças rígidas, semelhantes às das tartarugas, com osteodermos fundidos.

Comportamento defensivo

Quando ameaçadas por um predador, as espécies de Tolypeutes frequentemente se enrolam em uma bola. Outras espécies de tatus não conseguem se enrolar porque têm muitas placas. O tatu-galinha tende a saltar diretamente no ar quando é surpreendido e, consequentemente, colide com frequência com o chassi ou os para-lamas dos veículos que passam, causando sua morte.[36]

Ambos os parampateriídeos e gliptodontes tinham ou tinham uma capa de armadura no topo da cabeça. Os gliptodontes também tinham caudas com armaduras pesadas; alguns, como os do gênero Doedicurus, tinham porretes nas extremidades de suas caudas, semelhantes aos dos anquilossauros, evidentemente usados para fins defensivos ou agonísticos.[15]

Movemento

Os tatus têm pernas curtas, mas podem se mover com bastante rapidez. O tatu-galinha é conhecido por seu movimento na água[37], que é realizado por meio de dois métodos diferentes: ele pode andar debaixo d'água por curtas distâncias, prendendo a respiração por até seis minutos; também, para atravessar corpos d'água maiores, ele é capaz de aumentar sua flutuabilidade engolindo ar, inflando o estômago e os intestinos.[38]

Reprodução

A gestação dura de 60 a 120 dias, dependendo da espécie, embora o tatu de nove faixas também apresente atraso na implantação, de modo que os filhotes normalmente só nascem oito meses após o acasalamento. A maioria dos membros do gênero Dasypus dá à luz quatro filhotes monozigóticos (ou seja, quadrigêmeos idênticos),[39] mas outras espécies podem ter tamanhos típicos de ninhada que variam de um a oito. Os filhotes nascem com pele macia e coriácea que endurece em poucas semanas. Eles atingem a maturidade sexual em três a doze meses, dependendo da espécie. Os tatus são animais solitários que não compartilham suas tocas com outros adultos.[35]

Armadilhos e humanos

Ciência e educação

Os tatus são frequentemente usados no estudo da hanseníase, pois eles, juntamente com os macacos mangabeis (gêneros Lophocebus, Cercocebus e Rungwecebus kipunji) e coelhos e camundongos (em suas patas), estão entre as poucas espécies conhecidas que podem contrair a doença sistemicamente. Eles são particularmente suscetíveis devido à sua temperatura corporal excepcionalmente baixa, que é hospitaleira para a bactéria da hanseníase, Mycobacterium leprae. A bactéria da hanseníase é difícil de cultivar e os tatus têm uma temperatura corporal de 34 °C, semelhante à da pele humana.[40] Os seres humanos podem adquirir uma infecção por hanseníase dos tatus ao manuseá-los ou ao consumir carne de tatu.[41] Os tatus são um vetor presumido e um reservatório natural da doença no Texas, na Louisiana e na Flórida.[42][43] Antes da chegada dos europeus no final do século XV, a hanseníase era desconhecida no Novo Mundo. Considerando que os tatus são nativos do Novo Mundo, em algum momento eles devem ter adquirido a doença de humanos do velho mundo.[41][43]

O tatu também é um reservatório natural da doença de Chagas.[44]

O tatu-galinha também serve à ciência por meio de seu sistema reprodutivo incomum, no qual nascem quatro filhotes geneticamente idênticos, resultado de um único óvulo original.[45][46][47] Como são sempre geneticamente idênticos, o grupo de quatro filhotes é um bom objeto para testes científicos, comportamentais ou médicos que precisam de uma composição biológica e genética consistente nos sujeitos do teste. Essa é a única manifestação confiável de poliembrionia na classe Mammalia e existe apenas no gênero Dasypus e não em todos os tatus, como se acredita comumente. Outras espécies que apresentam essa característica incluem vespas parasitoides, certos vermes planos e vários invertebrados aquáticos.[46]

Embora tenham uma carapaça resistente e coriácea, os tatus (principalmente Dasypus) são vítimas comuns de atropelamentos nas estradas devido ao seu hábito de saltar de 3 a 4 pés verticalmente quando assustados, o que os coloca em colisão com a parte inferior dos veículos.[48] Os entusiastas da vida selvagem estão usando a marcha do tatu em direção ao norte como uma oportunidade para educar outras pessoas sobre os animais, que podem ser um incômodo para os proprietários e administradores de propriedades.[45]

Cultura

Um charango tradicional feito de tatu, hoje substituído por charangos de madeira, no Museu da Música de Barcelona.

As cascas de tatu são tradicionalmente usadas para fazer a parte de trás do charango, um tipo de alaúde andino.

Em certas partes da América Central e do Sul, a carne de tatu é consumida; é um ingrediente popular em Oaxaca, no México. Durante a Grande Depressão, os americanos eram conhecidos por comer tatu, conhecido a contragosto como "Hoover hogs" (porcos Hoover), uma alusão à crença de que o presidente Herbert Hoover era responsável pelo desespero econômico que a nação enfrentava naquela época.[49][50]

Um relato extravagante de The Beginning of the Armadillos é um dos capítulos do livro infantil Just So Stories, de Rudyard Kipling, de 1902.[51] A dupla de voz e piano Flanders e Swann gravou uma música bem-humorada chamada "The Armadillo".[52]

Shel Silverstein escreveu um poema de duas linhas chamado "Instructions" sobre como dar banho em um tatu em sua coleção A Light in the Attic. A referência era "use uma barra de sabão, muita esperança e 27 almofadas de Brillo".

Veja também

Referências

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