Centro Esportivo Arraial do Cabo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Arraial do Cabo
Nome Centro Esportivo Arraial do Cabo
Alcunhas Ceac
Tricolor Cabista
Mascote Tubarão
Fundação 2 de dezembro de 1994
Extinção 24 de março de 2023
Estádio Municipal Hermenegildo Barcelos (Barcelão)
Capacidade 6 000 espectadores
Presidente Walquir Magalhães Girardin Pimentel
Treinador(a) Miro Gomes
Patrocinador(a) Polati
Material (d)esportivo Icone Sports
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
titular
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
alternativo

Centro Esportivo Arraial do Cabo foi uma agremiação esportiva da cidade de Arraial do Cabo, no estado do Rio de Janeiro, fundada a 2 de dezembro de 1994.

Equipe profissional do Arraial do Cabo em 2011

História[editar | editar código-fonte]

O Arraial do Cabo, presidido pelo ex-árbitro Walquir Magalhães Girardin Pimentel, estreou como clube profissional em 1995, na Terceira Divisão de Profissionais do Rio de Janeiro. Na classificação para o hexagonal final, terminou em terceiro lugar, atrás de Esporte Clube Lucas e Real Esporte Clube e à frente de Céres Futebol Clube, Grêmio Esportivo Km 49 e Internacional Futebol Clube. Na classificação final, o Esporte Clube Lucas sagrou-se campeão e o Real Esporte Clube foi o vice, ambos sendo promovidos ao módulo imediatamente superior. O Arraial do Cabo foi apenas o quinto colocado, atrás de Grêmio Esportivo Km 49 e Céres Futebol Clube.

Em 1996, o clube se licenciou das competições de âmbito profissional. Voltou apenas, em 1999, na Terceira Divisão, ficando em terceiro lugar. Na primeira fase foi o primeiro de seu grupo, à frente dos também classificados Raiz da Gávea Esporte Clube, e Esporte Clube Taquaral. O eliminado da chave foi o União Central Futebol Clube. Na fase final, disputada em dois grupos, foi superado pelo campeão da chave, o Everest Atlético Clube, classificado para a final do campeonato. O Tupy Sport Club, ficou em segundo, o Arraial, em terceiro, e a União Esportiva Coelho da Rocha, foi a última colocada. No outro grupo, o classificado à final foi o Angra dos Reis Esporte Clube, que veio a ser o campeão desta divisão ao derrotar o Everest na final pelo placar de 2 a 0.

Walquir Pimentel, presidente do Arraial do Cabo e prestigiado ex-árbitro de futebol

Em 2000, o Arraial do Cabo, pela bela campanha, foi convidado a participar da Segunda Divisão. Conseguiu nesse certame, sob o comando do técnico Ricardo Barreto, o seu maior êxito como clube profissional. Sagrou-se vice-campeão da disputa, ao perder a decisão para a Associação Atlética Portuguesa, da Ilha do Governador, em dois jogos. O primeiro em casa, 0 a 0, e o segundo fora, 2 a 0, para a Lusa Carioca. Apenas um clube ascendia à elite do futebol fluminense. Na primeira fase a equipe se classificou em terceiro, em sua chave, atrás de Goytacaz Futebol Clube e Botafogo de Macaé, e à frente dos eliminados Campo Grande Atlético Clube e Duquecaxiense Futebol Clube. Na segunda fase, foi o primeiro de sua chave, à frente dos também classificados Associação Atlética Portuguesa e Goytacaz Futebol Clube. Os eliminados foram Esporte Clube Barreira, Itaperuna Esporte Clube, Bonsucesso Futebol Clube e Universal Futebol Clube. Nas quartas de final, o Arraial eliminou o Angra dos Reis Esporte Clube, após empate e 1 a 1 e vitória por 1 a 0. Na semifinal a vítima foi o São Cristóvão de Futebol e Regatas, após em empate em 1 a 1, e derrota por 3 a 1. O Arraial se classificara à inédita decisão da Segunda Divisão, intitulada na época, Módulo Extra, para enfrentar a Associação Atlética Portuguesa, que derrotara e eliminara o Rubro Social Esporte Clube, após vitória por 2 a 0.

Em 2001, fez apenas uma burocrática participação na Segunda Divisão, ainda denominada Módulo Extra e inchada com a participação de 31 equipes. Na primeira fase o Arraial folgou assim como Esporte Clube Barreira, Bonsucesso Futebol Clube, Campo Grande Atlético Clube, CFZ do Rio Sociedade Esportiva, Goytacaz Futebol Clube, Mesquita Futebol Clube e Nova Iguaçu Futebol Clube. Na segunda fase, foi eliminado ao ficar em sexto em sua chave, à qual classificou Entrerriense Futebol Clube e Macaé Sports. Goytacaz Futebol Clube, Barra da Tijuca Futebol Clube e o quinto, Mesquita Futebol Clube, fora igualmente eliminados da competição, cujo campeão foi o Entrerriense Futebol Clube, o único promovido à série imediatamente superior.

Em 2002, o Campeonato Estadual da Segunda Divisão contou com apenas 20 clubes. O Arraial, que na época contava com o atacante Edivaldo, que posteriormente fez sucesso em vários clubes do Rio de Janeiro, entre eles, o Duque de Caxias Futebol Clube, se classificou em seu grupo em terceiro lugar, atrás de Barra da Tijuca Futebol Clube e Rodoviário Piraí Futebol Clube, o qual na época era presidido pelo atual vice-governador de Sérgio Cabral Filho, Pezão. Angra dos Reis Esporte Clube e Mesquita Futebol Clube foram rebaixados. Na segunda fase, o Arraial fez melhor campanha e se classificou em primeiro ao superar o também classificado, Macaé Sports, e os eliminados da disputa CFZ do Rio Sociedade Esportiva, Associação Atlética Portuguesa e Rodoviário Piraí Futebol Clube. Contudo, na fase final, um quadrangular, a equipe de Walquir Pimentel ficou apenas em terceiro lugar. Apenas a campeã Associação Desportiva Cabofriense teve direito à promoção. O segundo colocado foi o Macaé Sports e o quarto, o Clube Esportivo Rio Branco, da cidade de Campos.

Em 2003, o Arraial foi eliminado precocemente da primeira fase ao ficar em quinto na chave que classificou Associação Atlética Portuguesa e Volta Redonda Futebol Clube. Os eliminados foram pela ordem Clube Esportivo Rio Branco, Casimiro de Abreu Esporte Clube, o próprio Arraial do Cabo, Nova Iguaçu Futebol Clube, Barra da Tijuca Futebol Clube e Rodoviário Piraí Futebol Clube. A campeã daquele ano e novamente promovida foi a Associação Atlética Portuguesa.

Em 2004, a campanha do clube foi desastrosa. O time ficou em último na sua chave. Em seu grupo se classificaria à fase seguinte o Nova Iguaçu Futebol Clube, líder da chave, e o Angra dos Reis Esporte Clube. O Arraial ficou atrás de Macaé Sports, Goytacaz Futebol Clube, Serrano Foot Ball Club, Bonsucesso Futebol Clube e Céres Futebol Clube.

Em 2005, o clube se licenciou das competições profissionais. Retornou, em 2006, na Segunda Divisão, obtendo uma fraca campanha, na qual não se classificou à segunda fase. Por conta da última colocação no ano anterior, a equipe disputou uma fase preliminar, cujos classificados se habilitariam à Segunda Divisão do ano seguinte e os eliminados seriam rebaixados. Foram nada mais, nada menos, do que 34 times na disputa, cuja presença de destaque naquele ano era o Bangu Atlético Clube. Na chave do Arraial, os classificados foram Duque de Caxias Futebol Clube e Esporte Clube Miguel Couto. Pela ordem, os rebaixados foram Arraial do Cabo, Rubro Social Esporte Clube, União de Marechal Hermes Futebol Clube e Central Sport Club. O Boavista Sport Club foi o campeão e promovido naquele ano.

Em 2007, a equipe se licenciou novamente das competições de âmbito profissional. Retornou, contudo, em 2008, na Terceira Divisão, após sete anos de disputa ininterrupta na Segunda. Os investimentos do presidente e único patrono, Walquir Pimentel, diminuíram drasticamente, pois ele chegaria à conclusão de que disputar a Terceira teria menos custos do que bancar os altos gastos do módulo acima. A meta passou a ser a de revelar atletas para outros centros. A equipe também deixaria sua cidade de origem, Arraial do Cabo, da qual não recebia qualquer suporte financeiro por parte da prefeitura local para finalmente mandar seus jogos em estádios alugados de outros times do interior ou mesmo da capital, em especial, o da Rua Figueira de Melo, entre outros. Naquele ano o time atuou no estádio do Grêmio Esportivo Fábrica da Estrela, em Vila Inhomirim, Magé. No ano de 2008, o Arraial do Cabo se classificou em primeiro lugar, na fase inicial, em sua chave, ao superar Várzea Futebol Clube, Kaiserburg Futebol Clube e o lanterna União de Marechal Hermes Futebol Clube que sequer marcou ponto. Na segunda fase, todavia, a equipe foi eliminada da disputa ao ficar na última posição do grupo, o qual classificou Campo Grande Atlético Clube e Fênix 2005 Futebol Clube à terceira fase. O Rubro Social Esporte Clube, empatado em número de pontos com a equipe de Barra Mansa perdeu a vaga no saldo de gols. O campeonato fora decidido por Quissamã Futebol Clube e Campo Grande Atlético Clube, com vitória do primeiro por 3 a 1, no jogo de volta, em casa, após derrota por 1 a 0, na ida, jogada no estádio Giulite Coutinho.

Em 2009, o Arraial do Cabo foi eliminado precocemente da primeira fase ao ficar em quarto em sua chave. Os classificados foram Leme Futebol Clube Zona Sul e Barcelona Esporte Clube. O Serrano Foot Ball Club foi o terceiro da chave e não se qualificou à fase seguinte, mesmo alcançando 11 pontos, a apenas dois do Barcelona. Já o Arraial só conseguiu 10 pontos e o lanterna, Duquecaxiense Futebol Clube somente 3.

Em 2010, a pedido do amigo e presidente do Clube de Futebol Rio de Janeiro, Ênio Faria, Walquir Pimentel licenciou o Arraial do Cabo e ambos os clubes passaram a travar uma profícua parceira que incluía o intercâmbio de atletas. O resultado foi promissor, mas não o suficiente para levar a equipe à fase final do campeonato, mas a campanha foi memorável. O meia Marquinhos foi uma das grandes revelações da competição e se transferiu ao Paraná Clube no fim do certame. O técnico Jorge Silveira montou um excelente elenco que passou a primeira fase em sua chave em segundo lugar, atrás somente do Clube Atlético Castelo Branco, mas com o mesmo número de pontos, mas menor saldo de gols. O outro classificado foi o Esprof Atlético de Futebol e Clube. Já União Central Futebol Clube e Esporte Clube Rio São Paulo foram eliminados. Essa primeira fase ficou marcada pela perda de pontos de vários clubes que deixaram de inscrever jogadores no prazo adequado e que vieram a perder inúmeros pontos, caso do Rio São Paulo que terminou a primeira fase com -15! Na segunda fase, o Rio de Janeiro superou as expectativas e terminou em primeiro em sua chave, superando a segunda colocada e também classificada, Associação Desportiva Itaboraí, por 6 pontos de vantagem. O Kaiserburg Futebol Clube e o Rubro Social Esporte Clube vieram a seguir na classificação e foram eliminados. Na terceira fase, a anterior às semifinais, o Rio de Janeiro vivenciou uma intensa queda de produção por conta da contusão de vários jogadores e não reforçando o seu elenco como fizeram os demais. Em sua chave ficou em terceiro lugar e foi eliminado pelos classificados Serra Macaense Futebol Clube e Três Rios Futebol Clube. Na ocasião houve uma polêmica acerca de um jogador do Três Rios que teria utilizado supostamente um jogador em condição irregular, mas o Tribunal de Justiça Desportiva deferiu em favor da equipe trirriense. O Rio de Janeiro acabaria eliminado. O Campo Grande Atlético Clube foi o último do grupo e também deu adeus ao certame. O Esporte Clube São João da Barra, estreante, foi o campeão da competição ao bater o Barra Mansa Futebol Clube na decisão do campeonato. Na disputa do terceiro lugar, o Serra Macaense Futebol Clube eliminou o Três Rios Futebol Clube e ficou com a terceira vaga para a Série B do ano seguinte.

Em 2011, sob o comando do técnico César Mello, ex-atacante de Campo Grande Atlético Clube, America Football Club e que fez fortuna em Portugal, o Arraial do Cabo retornou à Série C do Rio de Janeiro ainda com o intercâmbio com os atletas do Clube de Futebol Rio de Janeiro. Alguns inclusive do ano anterior foram mantidos. O Arraial do Cabo pegou a chave considerada a mais fácil do campeonato na primeira fase, pois o Canto do Rio Foot-Ball Club foi eliminado da competição por não ter inscrito seus atletas a tempo. O Tomazinho Futebol Clube vivia uma verdadeira penúria financeira e quase deixou a competição e o União de Marechal Hermes Futebol Clube, também com parcos recursos, não via a hora de ser logo eliminado do certame para não arcar com mais custos. Na chave ainda disputa o Deportivo La Coruña Brasil Futebol Clube, mas a equipe declinou também da disputa. Portanto, a classificando à segunda fase estava praticamente assegurada, e o Arraial foi o líder com 22 pontos. O segundo classificado foi o desafortunado União de Marechal Hermes Futebol Clube, que obteve 13 pontos. O Campo Grande entrou em terceiro com 7 e o Tomazinho foi eliminado da competição. Na segunda fase, o Arraial do Cabo fez campanha aquém do esperado e acabou eliminado da disputa ao ficar em terceiro, atrás do líder Grêmio Mangaratibense, com 13 pontos, e da Sociedade Esportiva de Búzios, segunda colocada, com 9. O Barcelona Esporte Clube, eliminado, ficou em terceiro com 9 pontos e o Arraial ficou na lanterna com 7. O time mandou seus jogos no estádio da Rua Figueira de Melo.

Em 2012, ainda sob o comando de César Mello, a equipe é totalmente remodelada e estreia no Grupo "C" ao lado de Tanguá Esporte e Cultura, São Gonçalo FC, Bela Vista Futebol Clube e São Gonçalo Esporte Clube. O time fica na última posição e é eliminado precocemente da competição.

Em 2013, sob o comando técnico de Miro Dórea, se classifica em segundo em sua chave, atrás do Esporte Clube Miguel Couto. Campo Grande Atlético Clube, Esporte Clube Marinho, Deportivo La Coruña Brasil Futebol Clube e Nilópolis Futebol Clube são eliminados.

Suas cores são azul, vermelho e branco. Costumava mandar seus jogos no Estádio Municipal de Arraial do Cabo, o Hermenegildo Barcelos, que tem capacidade para seis mil pessoas, porém, a partir de 2009, sediou suas partidas no Estádio Figueira de Melo, do São Cristóvão de Futebol e Regatas. Em 2012, o time manda seus jogos no estádio Mestre Telê Santana da Silva, conhecido como Maracanãzinho de Duque de Caxias. Em 2013, a equipe profissional e de juniores promove seus jogos no estádio Nielsen Louzada, em Mesquita, enquanto as categorias de base atuaram no Hermenegildo Barcelos, em Arraial do Cabo.

No dia 24 de Março de 2023, o clube foi extinto após 6 anos de parceria com o Araruama FC, em um documento assinado por Rubens Lopes presidente da FERJ.

Títulos[editar | editar código-fonte]

Estaduais[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. FFERJ. «CAMPEONATO ESTADUAL SUB 15 DAS SÉRIES B1/B2/C DO RIO DE JANEIRO – 2017». Consultado em 29 de abril de 2018 
  2. GF Esporte (27 de novembro de 2017). «Arraial do Cabo se deu bem na decisão». Consultado em 29 de abril de 2018 

Ver também[editar | editar código-fonte]

Fonte[editar | editar código-fonte]

  • VIANA, Eduardo. Implantação do futebol Profissional no Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Editora Cátedra, s/d.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências