Johann Wolfgang von Goethe

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para por outras acepções, veja Goethe (desambiguação).
Johann Wolfgang von Goethe
Johann Wolfgang von Goethe
Goethe em 1828, pintura de Joseph Karl Stieler.
Nascimento 28 de agosto de 1749
Frankfurt am Main
Morte 22 de março de 1832 (82 anos)
Weimar
Nacionalidade Alemão
Ocupação Poeta, romancista, dramaturgo, diretor de teatro (Prinzipal), filósofo, teórico de arte, diplomata, funcionário do governo
Magnum opus Fausto, Os Sofrimentos do Jovem Werther, "Os Anos de Aprendizado de Wilhelm Meister"
Assinatura

Johann Wolfgang von Goethe (Frankfurt am Main, 28 de Agosto de 1749Weimar, 22 de Março de 1832) foi um autor e estadista alemão que também fez incursões pelo campo da ciência natural. Como escritor, Goethe foi uma das mais importantes figuras da literatura alemã[1] e do Romantismo europeu, nos finais do século XVIII e inícios do século XIX. Juntamente com Friedrich Schiller, foi um dos líderes do movimento literário romântico alemão Sturm und Drang.

De sua vasta produção fazem parte: romances, peças de teatro, poemas, escritos autobiográficos, reflexões teóricas nas áreas de arte, literatura e ciências naturais. Além disso, sua correspondência epistolar com pensadores e personalidades da época é grande fonte de pesquisa e análise de seu pensamento.

Através do romance Os Sofrimentos do Jovem Werther, Goethe tornou-se famoso em toda a Europa no ano de 1774 e, mais tarde, houve um amadurecimento de sua produção, influenciada sobretudo pela parceria com Schiller, no qual em conjunto tornou-se o mais importante autor do Classicismo de Weimar. Sua obra prima, porém, é o drama trágico Fausto, publicado em fragmento em 1790, depois em primeira parte definitiva em 1808 e, por fim, numa segunda parte, em 1832, ano de sua morte, tomando-lhe, portanto, a vida inteira. Goethe é até hoje considerado o mais importante escritor alemão, cuja obra influenciou a literatura de todo o mundo.[1]

Vida

Origem

Berço de Goethe, em Frankfurt, Alemanha (Hirschgraben Großer).

Johann Wolfgang von Goethe nasceu em 28 de agosto de 1749 em Frankfurt am Main, Alemanha. Era o filho mais velho de Johann Caspar Goethe (Frankfurt am Main, 29 de Julho de 1710 - Frankfurt am Main, 25 de Maio de 1782). Homem culto, jurista que não exerceu a profissão, Caspar vivia dos rendimentos de sua fortuna. A mãe de Goethe, Catharina Elisabeth Textor Goethe (Frankfurt am Main, 19 de Fevereiro de 1731 – Frankfurt am Main, 15 de Setembro de 1808), casada em Frankfurt am Main a 20 de Agosto de 1748, procedia de uma família de poder econômico e posição social, sendo tetraneta duma irmã de Lucas Cranach, o Jovem, filho de Lucas Cranach, o Velho e descendente por bastardia do Landgrave Henrique III de Hesse-Marburg[2]. Casou-se aos 17 anos e teve outros filhos, dos quais apenas um viera a chegar à idade adulta.

Educados, inicialmente, pelo próprio pai e, depois, por tutores contratados, Goethe e a irmã receberam uma ampla educação que incluía o estudo de francês, inglês, italiano, latim, grego, ciências, religião e desenho. Goethe teve aulas de violoncelo e piano, além de dança e equitação. O contato com a literatura se deu desde a infância, através das histórias contadas por sua mãe e da leitura da Bíblia. A família tinha uma biblioteca que continha mais de 2000 volumes.

Juventude: Estudos e primeiras produções literárias

Por decisão de seu pai, Goethe iniciou os estudos na Faculdade de Direito de Leipzig em 1765, mostrando-se, porém, pouco interessado. Goethe dedicou-se mais às aulas de desenho, xilogravura e gravura em metal, e aproveitava a vida longe da casa dos pais entre teatros e noites na boémia. Acometido por uma doença, possivelmente tuberculose, voltou para a casa dos pais. Em 1769 Goethe publicou sua primeira antologia, Neue Lieder.

Em 1768, retorna para Frankfurt am Main a fim de recuperar a saúde debilitada. Enquanto se recupera, dedica-se a leituras, experiências com alquimia e astrologia. Nesse mesmo ano, Goethe escreve sua primeira comédia: Die Mitschuldigen. Em abril de 1770 volta aos estudos de direito, agora em Estrasburgo, Alsácia, dessa vez mostrando-se mais interessado. Durante esse período, conheceu Johann Gottfried Herder. Teólogo e estudioso das artes e da literatura, Herder influenciou Goethe trazendo a ele leituras como Homero, Shakespeare e Ossian assim como o contato com a poesia popular (Volkspoesie).

Nesse período, Goethe escrevia poemas a Friederike Brion, com a qual mantinha um romance. Esses, mais tarde, ficaram conhecidos como Sesenheimer Lieder. Nelas já se expressa fortemente o início de uma nova produção literária lírica.

No verão de 1771, Goethe licencia-se na faculdade de direito.

Sturm und Drang (Tempestade e Ímpeto)

Goethe, 1775.

De volta a Frankfurt am Main, Goethe trabalha sem muito ânimo em seu escritório de advocacia, dando maior importância à poesia. Ao fim de 1771 escreveu Geschichte Gottfriedens von Berlichingen mit der eisernen Hand, que veio a ser publicado dois anos depois sob o título Götz Von Berlichtungen (O cavaleiro da mão de ferro). A peça veio a valer como a primeira obra do movimento Sturm und Drang (Tempestade e Ímpeto).

Em 1772 Goethe mudou-se para Wetzlar, a pedido do pai, para trabalhar na sede da corte da justiça imperial. Lá conheceu Charlotte Buff, noiva de seu colega Johann Christian Kestner, por quem se apaixonou. O escândalo dessa paixão obrigou-o a deixar Wetzlar. Um ano e meio depois, em 1774, Goethe publica Die Leiden des Jungen Werther (Os Sofrimentos do Jovem Werther). Com esse romance Goethe tornou-se rapidamente conhecido em toda a Europa.

O período entre seu retorno de Wetzlar e a partida à Weimar foi um dos mais produtivos de sua carreira. Além de Werther, Goethe escreveu, entre outros, poemas que se tornaram exemplares de sua obra como Prometheus, Ganymed e Mahomets Gesang, além de peças como Clavigo (Clavigo),Stella, e outras mais curtas como Götter, Helden und Wieland. Nesse período Goethe inicia o projeto de seu mais conhecido escrito,Faust (Fausto).

Em Weimar

Em 1775, Carlos Augusto herda o governo de Saxe-Weimar-Eisenach e convida Goethe a visitar a Weimar, capital do ducado. Disposto a desfrutar os prazeres da corte, Goethe aceita o convite a acaba por mudar-se para Weimar[1]. Em pouco tempo a população o acusa de desencaminhar o príncipe, que por sua vez reage e faz Goethe comprometer-se com setores do governo. Goethe passa então, como ministro, a exercer alguns serviços administrativos, como inspecionar minas e irrigação do solo, entre outros. Goethe viveu até 1786 na cidade, onde veio a exercer diversas funções político-administrativas[3]. Em Weimar, Goethe viveu um afetuoso romance com Charlotte von Stein, do qual restaram documentados mais de 2 mil cartas e bilhetes.

Com o trabalho diário na administração da cidade restava-lhe pouco tempo para sua prática poética. Nesse período Goethe trabalha na escrita em prosa de Iphigenie auf Tauris (Ifigênia em Táuride), além de Egmont, Torquarto Tasso e Os Anos de Aprendizado de Wilhelm Meister, e dos poemas Wandrers Nachtlied, Grenzen der Menschheit e Das Göttliche.

Por volta de 1780, Goethe passa a ocupar-se sistematicamente com pesquisas na área das ciências naturais. Seu interesse demonstrou-se principalmente nas áreas de geologia, botânica e osteologia. No mesmo ano, juntamente com Herder, torna-se membro de uma sociedade secreta, os Illuminati (conhecida como Maçonaria Iluminada[4], extinta pelo governo da Baviera em 1787), que alcança grande prestígio entre as elites europeias.

Viagem à Itália

Goethe estava cada vez mais insatisfeito com trabalho na administração pública e seu relacionamento com Charlotte se desgastou. Goethe entrou em crise com relação ao rumo tomado por sua vida. Por conta disso, em 1786, partiu sem pré-aviso para a Itália usando um pseudônimo, evitando assim ser reconhecido, já que na época já havia se tornado um autor famoso. Goethe passou por Verona, Veneza, Lago di Garda, até chegar a Roma, onde permanece até 1788, tendo também visitado nesse meio tempo Nápoles e Sicília[1]. Em abril daquele ano, Goethe deixou Roma e chegando dois meses depois de volta em Weimar.

Na Itália, Goethe conheceu e encantou-se pelas construções e obras de arte da antiguidade clássica e do Renascimento, admirava em especial os trabalhos de Rafael e Andrea Palladio. Lá se dedicou ao desenho, decidindo-se porém pela profissão de poeta. Entre outras coisas Goethe versificou nesse período Iphigenie auf Tauris (Ifigênia em Tauride), finalizou Egmont, doze anos após o iniciado da escrita desse, e deu prosseguimento a Tasso.

A viagem fora para Goethe uma experiência restabelecedora.

Classicismo de Weimar

Johann Wolfgang von Goethe

De volta a Weimar, trava amizade com Johanna Schopenhauer, mãe do filósofo Arthur Schopenhauer. Poucas semanas após o retorno, Goethe conhece Christiane Vulpius, uma mulher de 23 anos, de origem simples, sem prestígio social. Mesmo com a pouca aceitação da sociedade weimarense, Goethe e Christiane casam-se em 1806, mesmo ano que a cidade foi invadida pelos franceses em ocasião da expansão napoleônica. O casal permaneceu junto até a morte dela em 1816.

Goethe assume cargos de influência política nas áreas de cultura e científica. De 1791 a 1817 Goethe dirigiu o teatro de Weimar, antes dirigira a escola de desenho. Ao mesmo tempo Goethe era membro conselheiro na Universidade de Jena, onde conheceu, entre outros, Friedrich Schiller, Georg Hegel e Friedrich Schelling.

Em 1794, inicia amizade com Friedrich von Schiller, que passa também a residir em Weimar. Essa amizade entre os dois grandes escritores é celebrada como um dos maiores momentos da literatura alemã.

Ciências naturais e poesia

Em 1806, Weimar é invadida pelos franceses e Goethe casa-se com Christiane Vulpius. Nos anos posteriores à sua viagem à Itália, Goethe empenhava-se em pesquisas nas ciências naturais. Em 1790 ele publica obra chamada Versuch die Metamorphose der Pflanzen zu erklären, e inicia sua pesquisa sobre as cores, assunto ao qual se dedicou até o fim de sua vida.[1]

As obras da década de 1790 fazem parte Römische Elegien, uma coleção de poemas eróticos à maneira clássica sobre a paixão de Goethe por Christiane. Da viagem à Itália vieram os Venetiatischen Epigrame, poemas satíricos sobre a Europa da época. Goethe escreveu também uma série de comédias satirizando a Revolução Francesa: Der Groβ-Cophta (1791), Der Bürgergeneral (1793), e o fragmento Die Aufgeregten (1793).

Em 1794 Schiller convida Goethe para colaborar na revista de arte e cultura: Die Horen. Goethe aceita o convite e a partir daí inicia-se uma aproximação entre os dois intelectuais, que resultou numa íntima amizade. Ambos desaprovavam a Revolução e apoiavam a estética da antiguidade clássica como ideal artístico.

Como resultado de suas discussões a respeito dos fundamentos estéticos da arte, Schiller e Goethe desenvolveram ideias artísticas que deram origem ao Classicismo de Weimar.

Nesse período, Schiller convence Goethe a retomar a escrita de Faust (Fausto) e acompanha o nascimento de Wilhelm Meister Lehrjahre (Os Anos de Aprendizado de Wilhelm Meister). Além dessas obras, Goethe escreve no mesmo período Unterhaltungen deutscher Ausgewanderten e o épico escrito em hexâmetro clássico Hermann und Dorothea.

Em 1805, interfere para que Hegel seja nomeado professor na Universidade de Berlim. A morte de Schiller nesse mesmo ano, foi uma grande perda para o amigo Goethe,

Em 1808, Napoleão condecora Goethe, no Congresso de Erfurt, com a grande cruz da Legião da Honra. De acordo com sua correspondência, sobretudo os registros de Eckermann, seu amigo, Goethe ficou bastante aturdido com a Revolução Francesa. Prova disso é a segunda parte de Fausto, publicada postumamente, conforme carta ao amigo, ao qual dizia para só se abrir o pacote após sua morte, num profundo lamento, prevendo que sua literatura seria deixada no esquecimento.

Nesse período Goethe faz incursões pela ciência e publica algumas obras a esse respeito. A Teoria das Cores é publicada em 1810.

Últimos anos do poeta

Monumento a Goethe no Lincoln Park em Chicago.

Nos anos que seguiram a morte de Schiller, Goethe adoece diversas vezes. Em 1806, ano em que Goethe se casa com Christiane Vulpius, Weimar é invadida pelas tropas de Napoleão. Atormentado com os acontecimentos, Goethe vive uma fase pessimista. Desta época provém seu último romance, Die Wahlverwandschaften, de 1809. Um ano depois Goethe começa a escrever sua autobiografia e publica Teoria das Cores.

Um ano após a morte da esposa (1816), Goethe organiza seus escritos e publica os trabalhos: Geschichte meines botanischen Studiums (1817); Italianischen Reise (1817) (Viagem à Itália), diário e reflexões de sua viagem, em duas partes, respectivamente; Wilhelm Meister Wanderjahre (1821) e Zur Naturwissenschaft überhaupt (1824). Em 1823, Jean-Pierre Eckerman torna-se secretário de Goethe e o ajuda na revisão e publicação de escritos até sua morte. As conversações com Eckerman são fruto dessa colaboração.

Durante esse período Goethe dedicava-se à escrita de Faust, que veio a finalizar, após 16 anos de trabalho, em 1830. Aos 82 anos, em 22 de março de 1832, Goethe morre na cidade de Weimar. Encontra-se sepultado no Cemitério Histórico de Weimar, Turíngia na Alemanha[5] ao lado de Friedrich Schiller.

Recepção da obra

Goethe se torna conhecido em toda a Europa na ocasião da publicação de Os Sofrimentos do Jovem Werther. Já no século XIX, Goethe torna-se parte do cânone literário, sendo parte do currículo escolar desde 1860.

Goethe foi aclamado gênio no Segundo Reich e suas ideias foram fundamentais para a instauração da República de Weimar, após a Primeira Guerra Mundial. Já no na Alemanha Nazista, sua obra fora deixada de lado, pois suas ideias humanistas não cooptavam com a ideologia nazista.

Goethe no Brasil

Grande interessado em culturas, Goethe não deixou de observar aspectos da cultura brasileira. Em sua biblioteca constavam 17 títulos de obras que tratavam do Brasil, além de estarem registrados empréstimos de livros do tema na biblioteca de Weimar. Goethe conheceu canções tupinambás através da leitura de Dos Canibais de Montaigne e mantinha um intercâmbio de informações científico com Carl Friedrich Philipp von Martius, a quem costumava chamar de o "brasileiro" Martius. Esse e Ness Von Esenbeck o homenagearam batizando de Goetha uma espécie de malvácea brasileira.

Na literatura, Goethe influenciou autores de renome como Machado de Assis e Guimarães Rosa.

Curiosidades

  • O "método" goethiano de análise fenomenológica não se restringia à botânica, mas também abrange a teoria do conhecimento e a das cores. No início do século XX, o filósofo austro-húngaro Rudolf Steiner fundou a Ciência Espiritual, ou Antroposofia, inspirado no método de observação dos fenômenos desenvolvido por Goethe (no qual a parte subjetiva do observador é também considerada).
  • Goethe passou anos obcecado pela obra Da Teoria das Cores, em que propunha uma nova teoria das cores, em oposição à teoria de Newton. Essa obra por muito tempo foi deixada de lado, em boa parte devido à maneira violenta pela qual pretende provar que Newton estava errado. Goethe fez diversas observações corretas sobre a natureza das cores, especialmente sobre o aspecto da percepção emocional e psicológica, que serão retomadas anos mais tarde pela escola da Gestalt e não ferem a teoria de Newton, mas tentou justificá-las com argumentos falaciosos. Esses argumentos fizeram-no cair em descrença na comunidade científica.

Obras (seleção)

Dramas

  • Die Laune des Verliebten (1768)
  • Die Mitschuldigen (1768-1769)
  • Götz von Berlichingen (primeira versão 1771, versão definitiva 1773)
  • Clavigo (1774)
  • Urfaust (Fausto Zero) (1775)
  • Stella (1775)
  • Egmont (1775-1788)
  • Iphigenie auf Tauris (1779-1786)
  • Torquato Tasso (1780)
  • Der Gross-Cophta (1791)
  • Der Bürgergeneral (1793)
  • Die Aufgeregten (Fragmento, 1793)
  • Das Mädchen von Oberkirch (fragmento, 1795/96)
  • Die natürliche Tochter (1801-1803)
  • Fausto I (1806)
  • Fausto II (1832, publicação póstuma)

Romances e novelas

Épicas

Poemas

Escritos científicos

Prosa autobiográfica

Textos traduzidos

  • ___. O cavaleiro da mão de ferro (Götz von Berlichingen). Trad. Armando Lopo Simeão. Lisboa: Edições Ultramar, 1945.
  • ___. Egmont; Tragédia em cinco atos. Trad. Hamilcar Turelli. São Paulo: Melhoramentos, 1949.
  • ___. Clavigo; Tragédia. Trad. Carlos Alberto Nunes. São Paulo: Melhoramentos, 1949.
  • ___. Ifigênia em Táuride; Drama. Trad. Carlos Alberto Nunes. São Paulo: Instituto Hans Staden, 1964.
  • ____. Memórias: Poesia e Verdade. Tradução de Leonel Vallandro. Porto Alegre: Globo, 1971 (reeditada pela Editora da Universidade de Brasília / HUCITEC, 1986).
  • ____. Os anos de aprendizado de Wilhelm Meister. Tradução: Nicolino Simone Neto. São Paulo: Ensaio, 1994.
  • ___. Torquato Tasso: um drama. Tradução de João Barrento. Prefácio de Maria Filomena Molder Lisboa: Relógio D'água, 1999.
  • ____. Raineke-Raposo. São Paulo. Adaptação em prosa. Tradução: Tatiana Belinky. São Paulo, Companhia das Letras, 1998.
  • ____. Escritos sobre literatura. Seleção e Tradução: Pedro Süssekind. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2000.
  • ___. Fausto zero. Trad. Christine Röhrig. São Paulo: Cosac & Naify, 2001.
  • ___. Fausto e Werther. Trad. Alberto Maximiliano. São Paulo: Nova Cultural, 2002.
  • ___. Fausto I: Uma tragédia (Primeira parte). Apresentação, comentários e notas de Marcus Mazzari. Trad. Jenny Klabin Segall. Edição bilíngue. São Paulo: Editora 34, 2004.
  • ____. Novela. São Paulo. Editora 7Letras, 2004.
  • ___. Fausto. Trad. Agostinho D'Ornellas. São Paulo: Martin Claret, 2004. [inclui a Primeira e Segunda Partes de Faust]
  • ___. Escritos sobre arte. Introdução, tradução e notas de Marco Aurélio Werle. São Paulo: Associação Editorial Humanitas / Impressãoficial, 2005.
  • ____. O Aprendiz De Feiticeiro. Tradução: Mônica Rodrigues da Costa. São Paulo: Cosac Naify, 2006.
  • ___. Fausto II: Segunda parte da tragédia. Apresentação, comentários e notas de Marcus Mazzari. (Trad. Jenny Klabin Segall. Edição bilíngue. São Paulo: Editora 34, 2007.
  • ____. Os Sofrimentos Do Jovem Werther. São Paulo: Martins Editora, 2007.
  • ____. Goethe e Hackert – Sobre a Pintura de Paisagem. Tradução e seleção: Claudia Valladão de Mattos. São Paulo: Atelie Editorial, 2008.
  • ____. As Afinidades Eletivas. Tradução: Leonardo Froes. São Paulo: Nova Alexandria, 2008.
  • ____. Escritos Sobre Arte. Tradução: Marco Aurélio Werle. São Paulo: Imesp, 2008.
  • ____. Trilogia Da Paixao. Edição Bilíngue. Tradução: Erlon José Paschoal. Porto Alegre: L&PM Editores, 2009.
  • ____. Os anos de aprendizado de Wilhelm Meister. São Paulo: Editora, 34, 2009.
  • ____. Correspondência entre Goethe e Schiller. Tradução e seleção: Claudia Cavalcanti. São Paulo: Hedra, 2010.
  • ____. Ensaios científicos: uma metodologia para o estudo da natureza. Coletânea. Tradução: Jacira Cardoso. Introdução de Antonio José Marques. São Paulo: Ad Verbum Editorial / Barany, 2012.
  • ____. "O conto da serpente verde e da linda Lilie". [Tradução de Märchen]; trad. e posfácio de Roberto Cattani. Comentários de Oswald Wirth. São Paulo: Aquariana, 2012 (Coleção Vasto Mundo).
  • ____. "As afinidades Eletivas". Tradução Tercio Redondo. São Paulo: Penguim / Companhia das Letras, 2014.
  • ____. A criada de Oberkirch. Tradução por Felipe Vale da Silva. Revista In-Traduções, Florianópolis, v. 7, 2015, p. 49-56.

Citações

Fausto

"Se eu me acosto jamais em fofa cama,
contente e em paz, que nesse instante eu morra!
Se uma só vez com falsas louvaminhas
chegares por tal arte a alucinar-me
que eu me agrade a mim próprio; se valeres
a cativar-me com deleites frívolos,
súbito a luz da vida se me apague.
Vá! queres apostar?"

Quadro V, Cena I - Tradução António Feliciano de Castilho

Referências

  1. a b c d e «Johann Wolfgang von Goethe - Biografia». Enciclopédia Mirador Internacional. UOL - Educação. Consultado em 27 de agosto de 2012 
  2. Grimm, Herman: Goethe. Vorlesungen gehalten an der Königlichen Universität zu Berlin. Vol. 1. J. G. Cotta'sche Buchhandlung Nachfolger, Stuttgart / Berlin 1923, p. 36
  3. Charlotte Von Stein. Classic Encyclopedia, (em inglês) Página visitada em 27 de agosto de 2012.
  4. Froés, Leonardo (2010). Trilogia da paixão (em alemão e português) 2009 ed. Porto Alegre, RS: L&PM. 129 páginas. ISBN 978-85-254-1888-3 
  5. Johann Wolfgang von Goethe (em inglês) no Find a Grave

Bibliografia sobre Goethe

  • ACITATI, Pietro. Goethe. São Paulo: Companhia das Letras.
  • ÁVILA, Myriam. A pedra flexível do discurso: imagens do Brasil na Alemanha de Goethe. Abralic. Salvador, v. 5, p. 65-75, 2000.
  • BARTHES, Roland. Fragmentos de um discurso amoroso. Trad. Hortência dos Santos. 4. ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1984.
  • BENTLEY, Eric. O dramaturgo como pensador. Trad. Ana Zelma Campos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1991, p. 99-108.
  • BERMAN, Antoine. L'épreuve de l'étranger. Culture et traduction dans l'Allemagne romantique: Herder, Goethe, Schlegel, Novalis, Humboldt, Schleiermacher, Hölderlin. París: Gallimard, 1984. ISBN 978-2070700769.
  • BOLLE, Willi. Seja homem e não me siga… [Posfácio]. In: GOETHE, Wolfgang. Os sofrimentos do jovem Werther. Trad. Leonardo César Lack. São Paulo: Nova Alexandria, 1999. p. 137-144.
  • BORNHEIM, Gerd A. O sentido e a máscara. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 1969. (Debates, 8).
  • BROCA, Brito. A viagem maravilhosa de Goethe. In: ___. Ensaios da mão canhestra. Prefácio de Antonio Candido. São Paulo: Polis / Brasília: INL, 1981. (Coleção Estética: Série obras reunidas de Brito Broca, 11).
  • ___. Sobre os amores de Goethe. In: ___. Escrita e vivência. Campinas: Edunicamp, 1993. (Coleção Repertórios). p. 200-202.
  • CAMPOS, Haroldo de. Deus e o diabo no Fausto de Goethe. São Paulo: Perspectiva, 1981. (Signos, 9).
  • CARPEAUX, Otto Maria. Presença de Goethe. In: ___. A cinza do purgatório; Ensaios. Casa do estudante Brasileiro, 1942. p. 27-36.
  • D’ONOFRIO, Salvatore. Literatura ocidental; Autores e obras fundamentais. 2. ed. São Paulo: Ática, 1997. p. 365-376.
  • FRANSBACH, Martin. Gonçalves Dias ‘Canção do exílio’ und Goethes ‘Mignon’ – Interpretation und Quellenvergleich. Revista de Letras. Assis (UNESP), v. 6, p. 119-128, 1965.
  • HARTL, Ingeborg. Goethe e a RDA nos anos 70 na obra ‘Die neuen Leiden des jungen W.’ de Ulrich Plenzdorf. forum deutsch. Rio de Janeiro (UFRJ), v. 4, p. 45-57, 2000.
  • HEISE, Eloá. Goethe, um teórico da transnacionalidade. Abralic. Salvador, v. 5, p. 77-84, 2000.
  • HOLANDA, Sérgio Buarque de. O Fausto. In: ___. O espírito e a letra. Org. introd. e notas Antônio Arnoni Prado. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, v. 1, p. 77-89.
  • JACOBBI, Ruggero. Goethe, Schiller, Gonçalves Dias. Porto Alegre: Edições da Faculdade de Filosofia da Universidade do Rio Grande do Sul, 1958.
  • KESTLER, Izabela Furtado. O período da arte (Kunstperiode): Convergências entre Classicismo e a primeira fase do Romantismo alemão. forum deutsch. Rio de Janeiro (UFRJ), v. 4, p. 73-86, 2000.
  • MAAS, Wilma Patrícia Dinardo. Sobre a criação e circulação do termo ‘Bildungsroman’ (romance de formação). Anais do IV Congresso ABRALIC – Literatura e Diferença. São Paulo, p. 1081-1085, 1995.
  • ___. As diversas faces de Wilhelm Meister. O Estado de S. Paulo. São Paulo, 5 nov. 1994. Caderno Cultura, p. Q-8.
  • ___. Poesia e verdade, de Goethe – a estetização da existência. Cerrados. Brasília (UnB), v. 9, p. 165-177.
  • ___. O cânone mínimo: o “Bildungsroman” na história da literatura. São Paulo: Editora da UNESP, 2000.
  • MASON, Jayme. O dr. Fausto e seu pacto com o diabo; O Fausto histórico, o Fausto lendário e o Fausto literário. Rio de janeiro: Objetiva, 1989.
  • MATOS, Franklin. O Solilóquio de Werther. In: WERLE, M. A. & GALÉ, P. F. Arte e Filosofia no Idealismo Alemão. São Paulo: Editora Barcarolla, 2009, 141-150.
  • MATTOS, Delton de. A linguagem do Fausto de Goethe (1ª parte). Um ensaio sobre a forma poética. Brasília: Thesaurus, 1986.
  • MERQUIOR, José Guilherme. Crítica 1964-1989; Ensaios sobre arte e literatura. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990.
  • MEYER, Augusto. O rei de Tule. In: A forma secreta. Rio de Janeiro: Lidador, 1965.
  • MONTEZ, Luiz. Conhecimento e alienação no Fausto de Goethe. Terceira Margem. Rio de Janeiro (Revista da Pós-Graduação da Faculdade de Letras da UFRJ), n. 4, p. 34-41, 1996.
  • ___. O século XVIII e o Pré-Romantismo. Tempo Brasileiro. Rio de Janeiro, n. 127, p. 99-110, 1996.
  • __. A obra autobiográfica de Goethe como relato historiográfico. Itinerários (UNESP), v. 23, 2005, p. 39-48.
  • __. Literatura e Vida: Relembrando um Goethe um Tanto Esquecido. Terceira Margem, Rio de Janeiro, v. 10, 2004, p. 170-185.
  • __. Sobre o mito do Goethe. Forum Deustch - Revista Brasileira de Estudos Germanísticos, Faculdade de Letras da UFRJ, v. 6, 2002, p. 88-102.
  • __. Sob a ética do olhar, do tempo e da escrita. Goethe e a história. In: Catharina, Pedro Paulo Garcia Ferreira; Mello, Celina Maria Moreira de. (Org.). Cenas da Literatura Moderna. 1ed.Rio de Janeiro: Editora 7 Letras, 2010, v. , p. 191-216.
  • __. Sobre a atualidade do "classicismo" alemão: a interpretação lukacsiana de Goethe. In: Celina Maria Moreira de Mello; Pedro Paulo Garcia Ferreira Catharina. (Org.). Crítica e Movimentos Estéticos. Configurações Discursivas do Campo Literário. 1ed.Rio de Janeiro: 7 Letras, 2006, v. , p. 189-207.
  • ORGANON. Revista do Instituto de Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, v. 6, n. 19 (O pacto fáustico e outros pactos), 1992.
  • ORLANDI, Enzo (Dir.). Goethe. Trad. Yvette Kace Centeno e G. Martins de Oliveira. Lisboa: Editorial Verbo, 1972. (Gigantes da Literatura Universal, 16).
  • ROSA, Elis Piera. O símbolo e alegoria nos textos teóricos de Goethe, de 1772 a 1798. Dissertação (Mestrado), Araraquara, 2012.
  • ROSENFELD, Anatol. Teatro moderno. 2. ed. São Paulo: Perspectiva,1985. (Debates, 153).
  • ___. Introdução – Da Ilustração ao romantismo. In: HAMANN, J. G. et al. Autores pré-românticos alemães. Trad. João Marschner, Flávio Meurer e Lily Strehler. Introd. e notas Anatol Rosenfeld. 2. ed. São Paulo: EPU, 1991. p. 7-24.
  • ___. Texto/contexto II. São Paulo: Perspectiva / Edusp; Campinas: Edunicamp, 1993. (Debates, 257).
  • SALEMA, Teresa. De ‘Werther’ a ‘Wilhelm Meister’ ou Uma aprendizagem da economia do génio. Colóquio Letras. Lisboa, v. 74, p. 5-14, jul. 1983.
  • SCHUBACK, Marcia Sa Cavalcante. A doutrina dos sons de Goethe a caminho da música nova de Webern. Seleção, tradução e comentários Marcia Sá Cavalcante Schuback. Com o ensaio “Composição e natureza”, de Rodolfo Caesar. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 1999.
  • SEEHAFER, Klaus: Johann Wolfgang Von Goethe. Dichter, Naturforscher, Staatsmann. 1749-1832. Bonn, 1999
  • SILVA, Felipe Vale da. Subjetividade e Experiência em Die Leiden des jungen Werthers e Wilhelm Meisters theatralische Sendung de J. W. Goethe. Dissertação (Mestrado). São Paulo, 2012. 220 p.
  • ___. Die Leiden des jungen Werthers à Luz da História do Conceito de Subjetividade. Pandaemonium Germanicum, São Paulo, v. 16, n. 21, Jun/2013, p. 79-110.
  • ___. Das Mädchen von Oberkirch, de J. W. von Goethe: Tradução e Comentários. In-Traduções, Florianópolis, v. 7, 2015,p. 41-65.
  • SOETHE, Paulo Astor. O Brasil na obra de Goethe. forum deutsch. Rio de Janeiro (UFRJ), v. 4, p. 26-44, 2000.
  • SUZUKI, Yumi. Os sofrimentos do jovem Werther sob o signo da subjetividade :uma abordagem filosófico-literária. Dissertação (Mestrado). São Paulo, 1999. 119 p.
  • THEODOR, Erwin. Perfis e sombras; Estudos de literatura alemã. São Paulo: EPU, 1990.

Ver também

Ligações externas

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
Wikiquote Citações no Wikiquote
Wikisource Textos originais no Wikisource
Commons Imagens e media no Commons