Cláudio Adão

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Cláudio Adão
Cláudio Adão
Informações pessoais
Nome completo Cláudio Adalberto Adão
Data de nasc. 2 de julho de 1955 (68 anos)
Local de nasc. Volta Redonda, Rio deJaneiro, Brasil
Nacionalidade brasileiro
destro
Informações profissionais
Período em atividade Como Jogador: 1972–1996
Como Treinador: 1997–presente
Posição Treinador (ex-atacante)
Clubes de juventude
Portuguesa Santista
Santos
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos (golos)
1972–1976
1977–1979
1980
1980
1980–1981
1982
1982–1983
1983
1983
1984
1984
1985
1985
1986
1987
1988
1988
1989
1990
1991
1992–1993
1993
1993
1993
1994
1994
1995
1995
1996
Santos
Flamengo
Botafogo
Áustria Viena
Fluminense
Vasco
Al Ain
Benfica
Flamengo
Botafogo
Bangu
Vasco
Bangu
Bahia
Cruzeiro
Botafogo
Portuguesa
Corinthians
Sport Boys
Bahia
Campo Grande
Ceará
Santa Cruz
Volta Redonda
Deportivo Sipesa
Rio Branco
Volta Redonda
Desportiva
Volta Redonda
0134 00(51)
0147 00(82)






0007 000(0)





0016 000(7)


0032 00(13)
Seleção nacional
1975–1976
1990–1991
Brasil Sub-23
Brasil (Masters)
0012 00(14)
Times/clubes que treinou
1997
2001
2006
2007
2009
2010
2012
2012
2013–2018
Sport Boys
CSA
Volta Redonda
Metropolitano
Ferroviário-PE
Duquecaxiense
Legião
Atlético-PR (Fut. de areia)
Mixto
Medalhas
Jogos Pan-Americanos
Ouro Cidade do México 1975 Equipe

Cláudio Adalberto Adão, mais conhecido como Cláudio Adão (Volta Redonda, 2 de julho de 1955) é um ex-futebolista brasileiro que atuava como atacante.[1]

É pai do também jogador de futebol Felipe Adão e da jogadora de vôlei Camilla Adão.

Foi autor de 862 gols na carreira[2] e jogador de 27 times.[3] Também é conhecido no futebol carioca por ser um dos poucos jogadores que defenderam os 4 grandes clubes do Rio de Janeiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Jogador[editar | editar código-fonte]

Com 10 anos de idade foi para a Baixada Santista, onde atuou na equipe amadora Unidos do Parque Fernando Jorge, na cidade de Cubatão, e por sugestão do primo foi fazer testes na Portuguesa Santista[4][5].[6] Entre os testes, estava programado um torneio amistoso com Santos e Jabaquara, onde ele marcou oito gols[4], foi convidado para treinar na Vila Belmiro, e por lá ficou.[6] Pelo Santos, passou todas as etapas das categorias de base até chegar ao profissional e mudou de posição, de meia-esquerda na base para centroavante, por sugestão de Pepe.[6]

Estreou no dia 4 de abril de 1973, na goleada santista por 6 a 0 diante do Juventus, na Vila Belmiro, pelo Campeonato Paulista.[6] Logo em seu primeiro ano de profissional, atuou com Pelé[4] e conquistou o Campeonato Paulista de 1973[7].[6][8]

Em 1975, teve seu melhor ano pelo Peixe, quando realizou 61 jogos e marcou 29 gols.[6] Nesse ano, foi um dos destaque da Seleção Brasileira nos Jogos Pan-americanos do México[9][10], quando marcou quatro gols na goleada de 6 a 0 contra a Bolívia.[6]

Marcou pela última vez pelo Santos no dia 25 de abril de 1976, em confronto válido pelo Campeonato Paulista, no empate por um gol diante do Juventus na Rua Javari.[7] Convocado para as Olimpíadas de 1976, em Montreal[2], em 2 de maio daquele ano, sofreu uma grave lesão, fraturando a tíbia e o perônio[6] num choque involuntário com Luís Antônio, goleiro do América de São José do Rio Preto no Estádio Mário Alves Mendonça.[4][5][10] Durante os exames, chegou a ouvir que jamais chegaria a jogar bola novamente.[2]

Ainda se recuperando da lesão[5][9], deixou o Santos em 1977[8], para atuar pelo Flamengo.[6] Com a camisa do Peixe, jogou 134 partidas e marcou 51 gols.[6]

Estreou pelo Flamengo na vitória por 2 a 1 num Fla-Flu, com dois gols de Tita.[4] No Fla-Flu seguinte, marcou os dois gols da vitória por 2x0[11], os primeiros gols após sua lesão.[2][4] No Fla, Adão foi peça-chave na conquista do tricampeonato carioca, em 1978 e 1979.[2][4]

Após três temporadas de sucesso no Flamengo, aceitou uma proposta tentadora do Botafogo de um salário três vezes maior.[2] Entre idas e vindas, foram quatro passagens pelo Glorioso, com o qual foi campeão carioca em 1989.[2]

Ainda em 1980, se transferiu para o Fluminense, onde ganhou o título Carioca de 1980, com direito a artilharia.[2]

Depois de um ano defendendo o Al Ain, dos Emirados Árabes, no segundo semestre de 1983 teve uma passagem rápida pelo Benfica, de Portugal, onde ficou apenas dois meses no clube disputando apenas amistosos.[12]

Ainda em 1983, conseguiu a liberação do clube e voltou para o Brasil, para jogar pelo Flamengo novamente.[12] Nesta segunda passagem pelo Rubro Negro, Cláudio Adão conquistou o Campeonato Brasileiro.[12]

Foi contratado pelo Bangu para participar do Campeonato Carioca de 1984, onde marcou 12 gols e se tornou o artilheiro do campeonato[9], ao lado de Baltazar, do Botafogo.[13]

No primeiro semestre de 1985 voltou para o Vasco.[13] Regressou ao Bangu para o Campeonato Carioca daquele ano, no segundo semestre, e ficou na reserva de Fernando Macaé do time vice-campeão estadual[2].[13] Ao todo, fez 39 jogos pelo Bangu, com 22 vitórias, 12 empates e 5 derrotas, marcando 15 gols e sendo expulso uma vez de campo.[13]

Em 1987, acertou com o Cruzeiro.[9][14]

Após deixar o Botafogo, chegou ao Corinthians em 1989. Estreou em 12 de fevereiro, na derrota para o União São João por 2 a 0, em partida amistosa. Em sua despedida, em 10 de dezembro, marcou de letra contra o Palmeiras e tirou do rival a chance do título brasileiro. Pelo Corinthians, fez 32 jogos e marcou 13 gols.[15]

No ano seguinte, foi parar no futebol peruano, para atuar pelo Sport Boys, sendo vice-campeão do torneio nacional e o artilheiro do campeonato, com 31 gols, se tornando o segundo jogador a mais balançar as redes em um Campeonato Peruano na história.[16]

Em 1991, o Campo Grande apostou em Roberto Dinamite e Claudio Adão para o Cariocão.[17] Adão chegou para o segundo turno, onde o clube acabou em 5º lugar.[17] Adão ainda ficaria para o ano seguinte, antes de sair para o Ceará e em 1993.[17]

Em 1994, voltou ao Peru, para atuar pelo Deportivo Sipesa.[16]

Também atuou pela Portuguesa, Bahia, Santa Cruz, Volta Redonda, Rio Branco Atlético Clube, Desportiva Ferroviária e Áustria Viena na Áustria.

É o jogador com maior média de gols pela Seleção Brasileira: 1,17 (14 tentos em 12 partidas). Cabe ressaltar que Adão jogou apenas pela Seleção Olímpica.[18]

Saída dos gramados[editar | editar código-fonte]

Após se aposentar, ainda atuou amadoristicamente pela Seleção Brasileira de Beach Soccer, juntamente com Zico, Edinho e outros ex-jogadores.

Como treinador, esteve à frente do Volta Redonda FC (RJ), em 2006, e do CA Metropolitano, de Blumenau (SC), em 2007.

Em março de 2009, foi contratado pelo Ferroviário do Cabo, de Pernambuco, para a disputa da Série A2 do Campeonato Pernambucano.

Em 2010, treina o Duquecaxiense (RJ).

Em 2012, comandou o Legião (DF) e em março do mesmo ano, assumiu a posição de treinador do time de futebol de areia do Atlético-PR para a disputa do Campeonato Brasileiro da modalidade.[19]

Em fevereiro de 2013, voltando a posição de treinador de futebol de campo, foi contratado pelo Mixto, de Cuiabá (MT), por um contrato de dois anos.[20]

Títulos[editar | editar código-fonte]

Santos
Flamengo
Austria Viena
Fluminense
Vasco da Gama
Benfica
Bahia
Ceará
Seleção Brasileira de Masters

Premios individuais[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Que fim levou? CLÁUDIO ADÃO... Ex-centroavante do Santos, Flamengo, Bahia e Cruzeiro». Terceiro Tempo. Consultado em 7 de fevereiro de 2024 
  2. a b c d e f g h i «Entrevista com Cláudio Adão: "Cigano? Não, bom de bola"». Confederação Brasileira de Futebol. Consultado em 4 de março de 2024 
  3. «Autor de 862 gols, Cláudio Adão diz que racismo impediu planos no futebol». www.uol.com.br. Consultado em 4 de março de 2024 
  4. a b c d e f g «Claudio Adão » Museu da Pelada». www.museudapelada.com. Consultado em 4 de março de 2024 
  5. a b c Abril, Editora (15 de abril de 1977). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  6. a b c d e f g h i j sfcadmin (2 de julho de 2020). «Cláudio Adão, mais um craque formado na Vila». Santos Futebol Clube. Consultado em 4 de março de 2024 
  7. a b «Cláudio Adão e seu início no Santos FC». Consultado em 4 de março de 2024 
  8. a b «Ex-Santos lembra sonambulismo de Pelé e se diverte ao contar 1ª vez que dormiu no mesmo quarto do Rei». ESPN.com. 2 de janeiro de 2023. Consultado em 4 de março de 2024 
  9. a b c d Abril, Editora (5 de outubro de 1987). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  10. a b Abril, Editora (14 de maio de 1976). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  11. Abril, Editora (2 de setembro de 1977). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  12. a b c «A rápida passagem de Cláudio Adão pelo Benfica». Consultado em 4 de março de 2024 
  13. a b c d «Bangu Atlético Clube » CLÁUDIO ADÃO». Consultado em 4 de março de 2024 
  14. Abril, Editora (23 de novembro de 1987). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  15. «A passagem de Cláudio Adão pelo futebol peruano». Consultado em 4 de março de 2024 
  16. a b «A passagem de Cláudio Adão pelo futebol peruano». Consultado em 4 de março de 2024 
  17. a b c «O surpreendente Campo Grande de Dinamite e Claudio Adão». Ludopédio. Consultado em 4 de março de 2024 
  18. Cardoso, Rafael; Breves, Rodrigo. «Após passar Zico na média de gols, Luis Fabiano mira o Rei Pelé e Romário». globoesporte.globo.com. Consultado em 7 de fevereiro de 2022 
  19. Um dos maiores artilheiros do futebol, Adão comanda Atlético-PR nas areias
  20. Cláudio Adão é o novo treinador do Mixto para a temporada 2013

Ligações externas[editar | editar código-fonte]


Bandeira de BrasilSoccer icon Este artigo sobre um futebolista brasileiro é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.