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Maníaco da Bicicleta: diferenças entre revisões

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==== Edson Silva de Carvalho ====
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Em 26 de Maio de 1998, Edson Silva de Carvalho na época com 11 anos, desapareceu da cidade de [[Monte Alto]] interior paulista, tendo seu corpo encontrado em uma casa abandonada já em avançado estado de decomposição, foi a primeira vítima de Orpinelli fora da cidade de Rio Claro que até o momento era a única cidade onde ele realizava os crimes, segundo o próprio Orpinelli, na tentativa de abusar sexualmente de Edson, esse gritou em desespero, desencadeando a raiva do criminoso que em um acesso de fúria, bateu a cabeça da criança contra a parede causando sua morte instantaneamente. Por esse crime Laerte foi condenado em 2001 a 18 anos de prisão.
Em 26 de Maio de 1998, Edson Silva de Carvalho na época com 11 anos, desapareceu da cidade de [[Monte Alto]] interior paulista, tendo seu corpo encontrado em uma casa abandonada já em avançado estado de decomposição, foi a primeira vítiBVVCCVma de Orpinelli fora da cidade de Rio Claro que até o momento era a única cidade onde ele realizava os crimes, segundo o próprio Orpinelli, na tentativa de abusar sexualmente de Edson, esse gritou em desespero, desencadeando a raiva do criminoso que em um acesso de fúria, bateu a cabeça da criança contra a parede causando sua morte instantaneamente. Por esse crime Laerte foi condenado em 2001 a 18 anos de prisão.


==== Crislaine dos Santos Barbosa ====
==== Crislaine dos Santos Barbosa ====

Revisão das 22h16min de 5 de janeiro de 2014

Laerte Patrocínio Orpinelli
Maníaco da Bicicleta
Pseudônimo(s) Maníaco da Bicicleta
Local de nascimento Araras, SP
Data de morte 3 de janeiro de 2013
Local de morte Penitenciária de Iaras (SP)
Nacionalidade(s) Brasil brasileiro
Crime(s) estupro, atentado violento ao pudor, homicídio e ocultação de cadáver
Pena 100 anos
Situação Morto

Laerte Patrocínio Orpinelli, vulgo "Maníaco da Bicicleta", é um criminoso (serial killer) brasileiro acusado de espancar, estuprar e estrangular pelo menos 10 crianças matando-as com requintes de crueldade em quatro cidades do interior de São Paulo, sendo Rio Claro a cidade que registrou maior ocorrência de óbitos de menores do maníaco, os crimes perduraram entre o início e o final da década de 90 cessando quando Laerte foi preso em 2000.

Infância e adolescência

Laerte nasceu na cidade de Araras interior de São Paulo e cidade próxima das outras em que ocorreram os crimes, era o sétimo filho de uma família de nove irmãos, possuía um comportamento agressivo para com os irmãos, vizinhos e sobretudo com a própria mãe, esta por sua vez, na tentativa de puni-lo, o amarrava ao pé da mesa o que na verdade só provocava ainda mais sua ira.

No início da adolescência começou a viciar-se em bebidas alcoólicas em demasia o que com o tempo se tornou um alcoolismo patológico sendo a causa principal das diversas internações dele em clínicas psiquiátricas.

Histórico

Laerte era um andarilho, durante muito tempo viveu de cidade em cidade nas regiões nortes de São Paulo onde fornecia serviços de aplicação de graxa em portas de bares ou estabelecimentos comerciais. Sempre descuidado em relação a seu aspecto, sujo e maltrapilho sem despertar suspeitas, simplório e de jeito rústico, aqueles que o conheciam nem imaginavam no que escondia por trás de tudo aquilo, possuía um caderno onde anotava as datas e as cidades por onde passava, mais tarde o mesmo caderno foi utilizado pela polícia para determinar a compatibilidade dos momentos dos crimes com o maníaco.

No início dos anos 90 a população de Rio Claro ainda se recuperava de uma série de crimes bárbaros cometidos contra crianças cuja autoria era de Francisco de Marco, vulgo Chico Vidraceiro outro criminoso acusado de matar 4 crianças nos anos anteriores, em virtude disso, a medida que as crianças desapareciam de Rio Claro tendo suas ossadas encontradas a maioria no Horto Florestal da cidade meses depois, a população de Rio Claro logo atribuía as mortes ao mesmo assassino que no entanto já se encontrava preso. Com isso devido a ocorrência de crimes dessa natureza nessas regiões na época, ainda não se sabe a extensão dos mesmos praticados por Orpinelli, quando novas vítimas foram surgindo nos anos de 1996 e 1997 a cidade de Rio Claro passou a ficar em alerta o que gerou uma cautela maior no sentido de proteger as crianças da cidade.

Crimes

Orpinelli utilizava uma bicicleta vermelha (por isso o pseudônimo de Maníaco da Bicicleta). Quando chegava em uma cidade nova, logo procurava saber das condições da mesma, identificava um alvo com o tempo e até descobria se uma criança costumava brincar longe dos pais. Em alguns casos se fazia amigo dos pais da possível vítima e desse modo até ficava mais fácil convencer as crianças a segui-lo. Quando estas se encontravam em algum momento isoladas da supervisão dos responsáveis, as crianças por sua vez, presumindo estes, ser Orpinelli um conhecido dos pais, não manifestavam muito receio em aceitar o convite. Ainda para convencê-los, Laerte oferecia-lhes uma bala ou algum doce de forma gentil. Com a promessa de oferecer muito mais doces que se encontravam guardados em sua casa, dava carona em sua bicicleta, e assim guiava os menores a lugares fechados ou ermos, que variavam de bosques até abrigos abandonados onde os violentavam logo em seguida.

Uma vez tendo Laerte o domínio da criança, a morte era certa, para a vítima só restava o pânico seguido dos gritos de medo e terror. Orpinelli se transformava. Possuído pela raiva atacava com brutalidade as vítimas, estuprava, torturava e por fim as matava por meio de agressões físicas ou estrangulamento. Também usava pedras, deixava os corpos expostos e outros enterrados parcialmente. Chegou a afirmar que bebia do sangue de algumas das vítimas já mortas e, quando interrogado, também afirmou ser influenciado por um espírito maligno que o fazia a todo custo perseguir e matar crianças. Ao mesmo tempo atribuía os delitos ao seu alcoolismo, alegando que quando tomava algumas ficava fora de si. As vítimas eram todas crianças de classe média baixa, ficavam na faixa de idade de 3 a 11 anos de ambos os sexos e as cidades por onde o maníaco passava e que aconteceram crimes também eram próximas umas das outras, ao certo Orpinelli fez vítimas fatais em Rio Claro, Monte Alto, Pirassununga e Franca, embora haja margem nesse sentido pelo fato dele ter confessado o cometimento de crimes dessa natureza em outras cidades da região.

Algumas das vítimas

Osmarina Pereira Barbosa

Osmarina Pereira Barbosa, Marina como era conhecida, tinha 10 anos quando desapareceu, foi abordada por Orpinelli no dia 17 de janeiro de 1990 no bairro de Santa Maria em Rio Claro estava junto com seu primo José Fernando. Orpinelli a levou para um canavial onde ela foi estuprada e espancada até a morte, sua ossada foi encontrada em Setembro do mesmo ano. Orpinelli foi condenado a 15 anos de prisão em 2008 pelo assassinato de Marina Barbosa.

José Fernando de Oliveira

José Fernando de Oliveira tinha 9 anos na época em que foi morto junto com sua prima Osmarina, Orpinelli conta que matou primeiro Marina e em seguida espancou José Fernando até a morte, em interrogatório, Orpinelli afirmou que ele demorou mais para morrer do que a prima. Orpinelli foi condenado a 15 anos de prisão em 2008 pelo assassinato de José Fernando.

Aline Cristina dos Santos Siqueira

No dia 28 de Agosto de 1996, Aline Cristina dos Santos Siqueira desapareceu da cidade de Rio Claro, segundo relatos, foi vista pela última vez ao lado de um indivíduo montado em uma bicicleta, Orpinelli confessou que raptou e matou a menina, embora o corpo dela nunca foi encontrado.

Edson Silva de Carvalho

Em 26 de Maio de 1998, Edson Silva de Carvalho na época com 11 anos, desapareceu da cidade de Monte Alto interior paulista, tendo seu corpo encontrado em uma casa abandonada já em avançado estado de decomposição, foi a primeira vítiBVVCCVma de Orpinelli fora da cidade de Rio Claro que até o momento era a única cidade onde ele realizava os crimes, segundo o próprio Orpinelli, na tentativa de abusar sexualmente de Edson, esse gritou em desespero, desencadeando a raiva do criminoso que em um acesso de fúria, bateu a cabeça da criança contra a parede causando sua morte instantaneamente. Por esse crime Laerte foi condenado em 2001 a 18 anos de prisão.

Crislaine dos Santos Barbosa

A vítima mais nova até o momento, Crislaine dos Santos Barbosa tinha apenas 3 anos de idade quando foi raptada em Pirassununga cidade do interior de São Paulo, além disso o crime teve outro diferencial que foi o fato do criminoso ter adentrado na casa da vítima para raptá-la (já que sempre abordava as suas vítimas na rua). Em interrogatório Orpinelli conta que na noite do dia 25 de Abril de 1999, ele seguiu a mãe da menina até a casa dela sem no entanto ser notado, esperou o momento oportuno, sabia que a mãe de Crislaine logo sairia de casa, a mãe da criança a deixara dormindo no sofá da sala e saiu posteriormente deixando a porta encostada, quando retornou algum tempo depois a menina já havia desaparecido do local, nos meses seguintes ao desaparecimento foi encontrada uma ossada compatível com a criança em um canavial nos fundos de um motel. Por esse crime confesso Laerte foi condenado em 2001 a 16 anos de prisão pela justiça de Pirassununga.

Jéssica Alves Martins

Jéssica Alves Martins, na época com 9 anos foi raptada por Orpinelli na cidade de Franca interior de São Paulo em 21 de Novembro de 1999, após ter praticado o estupro, Orpinelli estrangulou a criança tendo o corpo da vítima sido encontrado dois dias depois. Julgado em 2001 por mais esse crime, Orpinelli foi condenado a 27 anos de prisão pela justiça de Franca.

Investigação

Foi necessário muito tempo para a identificação do criminoso, uma vez que os crimes relacionados a menores cresciam cada vez mais e não se sabia o motivo e principalmente o autor por detrás de todas as mortes. Entretanto, em Dezembro de 1998 em Rio Claro, a polícia recebeu uma denúncia acerca de um indivíduo que havia sido visto agarrando duas menores, após deterem o suspeito esse foi liberado abrindo-se apenas um boletim de ocorrência. Embora o caso parecesse ter se encerrado ali, a delegada Sueli Isler que atuava em outro departamento, se interessou pelo caso e com base nas informações prestadas pelo suspeito no momento em que foi detido, foi até o local indicado na ficha como a sua moradia e a partir daí teve acesso a informações importantes que tempos depois garantiram um ponto inicial na busca pelo assassino das crianças até então desconhecido. No entanto, só em 1999 quando teve a permissão para se dedicar ao caso que até o momento era de competência de outro delegado especialista, a delegada Sueli começou a relatar as informações obtidas pelos familiares e divulgou um nome e retrato falado para outras delegacias regionais acerca do suspeito Laerte Patrocínio Orpinelli, logo os jornais e outros meios de comunicação também transmitiam informações acerca do criminoso.

Prisão

Na noite de 10 de Janeiro de 2000, Orpinelli encontrava-se na cidade de Itu procurou um lugar para passar a noite, e escolheu o Albergue Noturno de Itu, local onde se hospedam os moradores de rua e indigentes, registrou sua estadia e ficou lá durante 3 noites, seguiu viagem para o município de Leme que também fica próximo das cidades onde aconteceram os crimes, onde foi preso em um posto de gasolina em uma operação realizada pela Polícia Militar. Orpinelli foi a júri em 2001 e em 2008 sendo condenado em penas cumuladas nas cidades onde ocorreram os crimes.

Morte

Morreu em 03 de Janeiro de 2013 na Penitenciária de Iaras - SP, morte divulgada apenas em 16 de Janeiro de 2013, pela Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo (SAP)

Referências