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Durvinha

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Jovina Maria da Conceição Souto
Durvinha
Durvinha, à esquerda em fotograma do filme de Benjamin Abrahão Botto, de 1936. No centro da imagem, Virgínio, seu primeiro companheiro.
Nome completo Durvalina Gomes de Sá
Pseudônimo(s) Jovina Maria da Conceição Souto, Durvinha
Conhecido(a) por Durvinha
Nascimento 1915
Paulo Afonso
Morte 28 de junho de 2008 (93 anos)
Belo Horizonte
Nacionalidade brasileira
Cônjuge Virgínio Fortunato da Silva (1930-1936)

Moreno (cangaceiro) (1936-2008)

Ocupação cangaceira
Religião Católica

Jovina Maria da Conceição Souto (Paulo Afonso, 1915 - Belo Horizonte, 28 de junho de 2008), pseudônimo de Durvalina Gomes de Sá, conhecida também como Durvinha. Foi uma das últimas sobreviventes mulher e integrante do grupo de cangaceiros de Lampião e Maria Bonita.

Durvinha nasceu em Paulo Afonso - BA, filha de um fazendeiro local bem-sucedido que possuía duas propriedades rurais na cidade.

Ingresso no cangaço

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Durvinha ingressou no cangaço aos 15 anos, no início dos anos 1930, após proposta do cangaceiro Virgínio Fortunato da Silva, ex-cunhado de Lampião. Diferente de outras mulheres no cangaço que foram raptadas de suas famílias, Durvinha acompanhou o bando espontaneamente. Entretanto, este fato causou diversos transtornos a sua família, que teve suas propriedades incendiadas pelas forças volantes e foram ameaçados.[1]

Após a morte de Virgínio, casou-se com o cangaceiro José Antônio Souto, nome falso de Moreno (cujo nome de batismo era Antônio Ignácio da Silva).[2]

Durvinha é conhecida pela filmagem de Benjamin Abrahão Botto em 1936, na qual aponta um pequeno revólver para a câmera, ao lado de outros cangaceiros. No documentário "Os últimos cangaceiros", Durvinha fala sobre sua participação nas ações no bando:

- A senhora atirou muito no cangaço? - Não...eu tinha um medo danado de atirar.[1]

Vida após o cangaço

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Após a morte de Lampião e a dispersão do bando em 28 de julho de 1938, o casal conseguiu se reunir sem grandes ferimentos na mata. Na época grávida, Jovina teve seu filho Inácio Carvalho Oliveira. Temendo ser encontrados pelas forças volantes, o casal doou o bebê com 30 dias para um padre na cidade de Tacaratu, Pernambuco, visto que o casal estava em fuga e não podia se trajar como cangaceiros ou assumir suas identidades.[1]

O casal abandonou as peças de ouro pelo caminho, feito em parte à noite, e caminhou em fuga, de fevereiro a maio de 1940, em direção a Belo Horizonte.[2]

Sobreviveu por mais de setenta anos depois de escapar do ataque da Polícia de Alagoas que dizimou parte do bando de Lampião.[2]

Usou o nome falso de Jovina durante toda a sua vida após o cangaço, revelando seu passado à família apenas poucos anos antes de seu falecimento.

Faleceu aos 93 anos no estado de Minas Gerais, em decorrência de um acidente vascular cerebral.

Referências

  1. a b c Oliveira, Wolney. «Os últimos cangaceiros». Consultado em 7 de novembro de 2018 
  2. a b c Um dos últimos cangaceiros do bando de Lampião morre em BH Portal Terra — acessado em 3 de abril de 2023

Ligações externas

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