Usuário(a):Vanessa ESC/Testes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados, veja História das mulheres.

A história das mulheres (em inglês women's studies) é um campo de estudos acadêmico interdisciplinar. Ele examina a questão de gênero como uma construção social e cultural, as contribuições das mulheres em diversas instâncias sociais, assim como as relações entre poder e gênero. Esse campo visa resgatar a participação feminina ao longo do tempo, quebrando a lógica da História como algo predominantemente masculino, já que durante muito tempo houve um silêncio historiográfico em relação às mulheres.

A recente [quando?] inclusão das análises sobre as mulheres no campo da historiografia [você quer dizer de historiadoras?] tem revelado [gerado?] um alargamento do discurso historiográfico. Até então [quando?] o estudo da história estava estruturado para pensar o sujeito universal (homem, branco, heterossexual e de classes privilegiadas) e as ações individuais ou coletivas marcadamente masculinas. Ou seja, a escrita da História era feita como se as narrativas só pudessem ser construídas com base nos homens e em seus feitos. As narrativas históricas que ousavam sugerir a presença das mulheres ou a existência de um universo feminino expressivo não tinha espaço.

Com isso, temas amplamente estudados, como a abolição da escravatura, movimentos de imigração, mundos do trabalho, movimentos sociais, industrialização ou qualquer tema evocava imagens da participação de homens, como se o cotidiano fosse alheio à participação feminina ou, ainda, como se ao falar do homem, todas as categorias estivessem representadas ali. As pressões e demandas do movimento feminista [quando? onde?], assim como a entrada maciça das mulheres no mercado de trabalho e no ensino superior [quando? onde?] forçaram uma quebra do silêncio. O alargamento temático e as novas produções intelectuais [quando? onde?] são fruto desse crescente movimento.

[Acho que faltou falar dos pontos 3, 5 e 6, Vanessa]

[Vanessa, você consegue inserir a página em algumas das suas referências? No que conseguir, agradeço]

Contexto histórico[editar | editar código-fonte]

A importância dos movimentos feministas[editar | editar código-fonte]

Suffragettes lutando pelo seu direito de voto em 1912, Nova Iorque.

Os movimentos feministas comumente são explicados em “ondas”. A primeira, ocorrida no final do século XIX e início do século XX, se centrava na reivindicação dos direitos políticos, como o direito ao voto, amplamente conhecido pela imagem das sufragistas. Já a segunda "onda" surgiu depois da Segunda Guerra Mundial e teve seu foco voltado para as lutas relacionadas ao direito ao corpo, liberdade sexual, acesso ao prazer e contra o patriarcado. Há divergências sobre a terceira e quarta onda, mas não é incomum a terceira onda ser localizada temporalmente a partir da década de 1990 e a quarta mais recente [quando?], com estreita ligação com a internet e uma certa pulverização [de que?], a partir da internacionalização dos movimentos, num molde mais global [hiperligação para globalização?].[1]

A relação entre o movimento feminista e a História das Mulheres [história da mulheres, sem em caixa baixa, conforme normas do português] pode ser pensado em dois sentidos. Num primeiro olhar, podemos perceber que o movimento feminista impulsionou a visibilidade pública das mulheres enquanto sujeitos de direitos e construtoras de demandas sociais. Por outro lado, a produção historiográfica deu visibilidade para as narrativas dessas e de outras mulheres que constroem diversos movimentos feministas. Nesse sentido, o trabalho dos historiadores e historiadoras permite respaldar as reivindicações e demandas do movimento feminista. É uma via de mão dupla, pois evidencia questões negligenciadas no passado, ao mesmo tempo em que busca garantir no presente que esses grupos continuem combativos e não mais silenciados. Dessa maneira, quando as mulheres são retiradas de um lugar de silêncio produzido também dentro da historiografia tradicional, que tinha o homem como figura central, a história social [hiperligação para história social?] das mulheres caminha junto com demandas dos movimentos feministas, incluindo a busca pela desconstrução da misoginia, que as afastavam de espaços historicamente atribuídos aos homens, inclusive em espaços acadêmicos e no mercado profissional.[2]

A inserção das mulheres nas universidades[editar | editar código-fonte]

O processo de acesso e permanência de mulheres no ensino superior é marcado por mudanças qualitativas importantes como a maior possibilidade de ascensão social, a oportunidade de concorrer por melhores postos de trabalho e da consequente ocupação de posições tradicionalmente masculinas. A entrada das mulheres na universidade aconteceu primeiramente nos Estados Unidos no ano de 1837, com a criação de universidades exclusivas para mulheres. É no estado de Ohio que surge a primeira universidade para mulheres, os chamados women’s college. Na segunda metade do século XIX, as universidades para mulheres se espalham por boa parte dos Estados Unidos. Porém, a maioria dos women’s college só oferecia o bacharelado [hiperligação?], poucos eram os que ofereciam cursos de mestrados e menos ainda os que ofereciam a opção de cursos de doutorado. O ensino universitário para as mulheres foi por um bom tempo algo que acontecia com maior frequência nos Estados Unidos. Na Europa esse foi um processo mais tardio. Algumas grandes universidades britânicas como as de Oxford e Cambridge só abriram suas portas para as mulheres já no século XX.[3] [Tem esse caso bastante conhecido anterior: As Sete de Edimburgo – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)]

No Brasil, o início do ensino superior aberto para mulheres teve inicio no final do século XIX. A primeira mulher a ingressar em uma universidade no Brasil foi [qual o nome?], no estado da Bahia no ano de 1887, formando-se pela faculdade de medicina. As mulheres no Brasil foram autorizadas a frequentarem um curso superior no ano de 1879, quando foi concedido o direito de frequentarem o ensino universitário por Dom Pedro II, então Imperador do Brasil. Com a grande expansão que ocorreu na universidade brasileira na década de 1970 é que as mulheres realmente começaram a fazer parte de forma mais expressiva no ensino universitário no Brasil.[3]

Até a década de 1970 era maior o contingente das meninas matriculadas nas Escolas Normais, de formação de professoras para o magistério infantil, o que impossibilitava o acesso ao ensino superior, porque o conteúdo exigido nas provas de vestibular baseava-se em disciplinas lecionadas nos chamados ensino secundário científico e ensino secundário clássico, cursados majoritariamente por meninos. Assim, as meninas que quisessem ingressar em uma universidade precisavam de estudos complementares em cursinhos, para acessar conteúdos que não eram ensinados a elas no cotidiano escolar. Apesar disso, houve um salto quantitativo em relação à parcela da população jovem de mulheres que concluiu o curso superior nos anos 1970, que foi triplicado na década de 1980 e seguiu alto nas décadas posteriores.[4]

A melhora nos índices de escolaridade das mulheres pode ser percebida em todos os níveis educacionais, e mais intensamente no grupo com nível superior. Em 1970, esse grupo era composto de 25% de mulheres. Em 2000, o corpo discente das universidades passa a ser majoritariamente feminino (53%), conforme pesquisa desenvolvida por Moema Guedes.[4] Com maior participação das mulheres na universidade, elas também começariam a fazer parte do corpo docente, produzindo mais obras acadêmicas e voltando sua preocupação também para o registro das experiências das próprias mulheres ao longo da história.[4]

Definições[editar | editar código-fonte]

Nas últimas décadas do século XX, a História, enquanto disciplina profissional, começou a direcionar os olhares a temas e grupos sociais que, até então, estavam à margem dos estudos históricos, como as mulheres, os velhos, os operários, os camponeses e os escravizados. Nesse contexto, a história das mulheres emerge como um campo de estudo. O aumento dos estudos sobre as mulheres nos cursos de graduação e pós-graduação fez com que a história das mulheres se consolidasse no Brasil a partir da década de 1980.[5] A história das mulheres é um campo de estudo da História que produz uma crítica à visão da História dominante que privilegiava as narrativas escritas por homens, que visavam predominantemente as histórias masculinas, desconsiderando a diversidade que compõe as questões históricas. Criada nessas condições, o campo da história das mulheres inclui estudos sobre temas como os direitos das mulheres, feminismos, e outros movimentos de mulheres e grupos considerados marginalizados.[5]

A escrita da História, desde seu início [quando?] majoritariamente feita por homens, sempre [até o final do século XX?] teve como ponto de partida um sujeito abstrato que englobaria e representaria todas as categorias e sujeitos. Para Silvia Federici, a história não pode ser escrita do ponto de vista de um sujeito assexuado, universal e abstrato. A autora denuncia que a discriminação contra as mulheres na sociedade capitalista faz parte da formação do sistema, construído sobre diferenças sexuais existentes e que as hierarquias sexuais são dispostas a serviço de um processo de dominação, e usam como disfarce o que é dado como destino biológico, ou seja, prerrogativas sociais atribuídas a homens e a mulheres de acordo com o sexo biológico designado no nascimento.[6]

Nas ciências humanas, a disciplina História é a que mais demorou a incluir 'mulher' ou 'mulheres' como categoria analítica na pesquisa histórica. Grande parte disso adveio do caráter universal atribuído ao sujeito da história, representado pela categoria 'homem'. Acreditava-se que, ao escrever sobre os homens, os trabalhos estariam automaticamente se referindo também às mulheres. Contudo, é demonstrado hoje [quando?] o equívoco a partir da variedade das publicações e o aumento do número de pesquisas na área. Mas, ainda que essa escrita da História se referisse aos homens, não eram todos os homens que estavam representados nesse termo, mas quase sempre se tratava do homem branco e ocidental. Isso também acontecia porque os estudos tinham como foco a história política e a esfera pública, que privilegiava fontes administrativas, diplomáticas e militares, nas quais as mulheres pouco apareciam.[7]

Assim, vê-se que não existiu uma História do ser humano no geral, mas sim, uma História focada em um dos gêneros. A reviravolta feminista do século XX começou a contestar isso e as mulheres começaram não somente a adentrar na História como sujeito e como centros de questões particulares, bem como aumentaram, também, a sua participação na escrita da História, criando e desenvolvendo assim categorias de estudo como “mulher” e "gênero" para dar conta das lacunas que percebiam na historiografia. Entretanto, a própria categoria “mulher” sofreu críticas porque essa identidade única, diferenciada de “homem”, não seria suficiente para representar todas as diferenças entre as mulheres, expressar as necessidades e os mais diversos direitos da mulher, pois elas estão inseridas em diferentes formas de opressão. Seria, por fim, uma linha de trabalhos acadêmicos [que linha?] que passou a incluir na narrativa da História universal a presença das mulheres, levando em conta as vivências, lutas e resistências, destacando diferenças antes negligenciadas.[8]

O que é ser mulher?[editar | editar código-fonte]

Cartaz do Feminism In India, movimento que busca desenvolver um trabalho de sensibilidade para a percepção interseccional nas mulheres indianas. Movimentos como esse acontecem em diversos lugares do mundo, considerando a diversidade de mulheres, de sexualidades, origens, classes sociais, cor da pele, entre outras especificidades.

Como já dito [essas marcas de artigo não pode ter na Wikipédia. Como enciclopédia, não é pressuposto ler todo o conteúdo, mas parte dele], o impacto da discussão sobre a mulher e a construção da historiografia focada nesse aspecto [que aspecto?] tem como base o questionamento de uma história centrada no conceito de homem enquanto sujeito universal, deixando evidente como as fragmentações pelo sexo se dão nas relações sociais, ainda que isso [isso o que? ficou ambíguo] tenha sido considerado natural ao longo do tempo. Mas ao mesmo tempo [repetição da palavra tempo] em que é necessário deixar de pensar no "homem" como um sujeito universal, surge a preocupação [quando? onde?] em desfazer também o que seria uma noção abstrata de “mulher”. Diante do senso comum, haveria uma essência feminina única, a-histórica, de origem biológica, e as características ligadas à essa essência foram usadas para atribuir um lugar e papeis a serem exercidos pelas mulheres na sociedade, nas famílias, nas religiões, no mercado de trabalho, enfim, em todos os ambientes onde elas atuam.[2]

Tudo isso é colocado em questão nos novos trabalhos [feitos por quem? que surgem [onde? quando?] abordando a história das mulheres. Ou seja, a história das mulheres considera a diversidade de experiências, a partir do momento em que se percebe que uma mulher de classes sociais diferentes, indígena, negra, branca, com deficiência, lésbica, trans, ou qualquer especificidade a faz ter uma experiência distinta, que deve ser considerada na análise. Além disso, o impulso feminista da produção historiográfica também pode ser percebido na intenção de provar a capacidade criativa das mulheres enquanto sujeitos sociais, evidenciando que elas são capazes de fazerem a história, de resistirem contra manifestações do poder, e que merecem ocupar lugar na memória social, aqui pensada também enquanto registro e produção acadêmica, assim como comumente é feito em relação às histórias com enfoque nas figuras masculinas [achei essa frase um pouco descolada do argumento anterior. Não entendi bem onde entra esse "impulso feminista" na discussão]. Para Margareth Rago [hiperligação?], é neste momento que Michelle Perrot [hiperligação?] faz maior sucesso no Brasil, quando invoca a imagem da “mulher popular rebelde”.[2]

Questões de interseccionalidade[editar | editar código-fonte]

Inicialmente pensada por autoras negras [quais? quando?], a noção de interseccionalidade chama a atenção para a necessidade da articulação das categorias de raça, classe social e gênero nas análises históricas. O movimento de mulheres negras indicava, desde suas primeiras manifestações [em?], que as reivindicações do movimento feminista abordavam questões excludentes ou muito específicas de um grupo social determinado. Afinal, as mulheres negras sempre trabalharam fora de suas casas, chefiaram famílias, [e?] necessitavam de demandas que não eram enxergadas pelas mulheres que estavam fora de sua realidade. Como escrever a história desconsiderando as especificidades dos distintos grupos de mulheres? Os estudos interseccionais, que tratam das convergências entre diversos marcadores sociais da diferença, ganharam força e legitimação acadêmica no final da década de 1980. As feministas negras americanas denunciavam que as desigualdades as quais estavam submetidas operavam em complexos entrelaçamentos entre gênero, raça, classe, sexualidade, idade [hiperligação para etarismo?], origem e outros. O ponto inicial [em?] desse debate foi a rejeição da ideia de homogeneização do feminismo da chamada “segunda onda”, que defendia uma pretensa igualdade entre as mulheres, sem levar em consideração as diversas outras violências as quais as mulheres negras estavam submetidas. Outra crítica das militantes negras era a hierarquização das opressões, muito comum entre as feministas marxistas [hiperligação feminismo marxista?] ou socialistas [hiperligação feminismo socialista?], que acreditavam que a maior opressão a que estavam submetidas as mulheres era a de classe, tornando secundárias as questões raciais e, mesmo, as de gênero. Apesar de ser discutido há muito discutidos, somente nas primeiras décadas do século XXI, os estudos sobre os entrelaçamentos entre diversos marcadores sociais ganharam prestígio e destaque nas pesquisas acadêmicas.[9]

Kimberlé Crenshaw cunhou termo interseccionalidade, amplamente utilizado pelos pesquisadores e pesquisadoras da História das Mulheres e dos Estudos de Gênero.

Em 1991, a pesquisadora Kimberlé Crenshaw [o verbete existe com o nome dela completo: Kimberlé Williams Crenshaw – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)] criou o termo “interseccionalidade” para explicar que muitos dos problemas de justiça social como o sexismo e o racismo, frequentemente, se sobrepõem, criando múltiplos níveis de injustiça social. Assim, as mulheres negras não tinham suas necessidades atendidas pelo feminismo, caracterizado pela homogeneização, mas também não se sentiam plenamente representadas pelo movimento negro, que secundarizava as questões de gênero. Crenshaw apontou para a necessidade da criação de um modelo para a compreensão das sobreposições entre racismo e sexismo para que fosse possível pensar a luta pelos direitos das mulheres socialmente diferenciadas, seja por raça, etnia, cor, religião ou nacionalidade.[9]

O silêncio sobre o protagonismo de mulheres negras em processos históricos é explicado pelas escolhas teóricas e metodológicas realizadas por historiadores e pelas historiadoras. O conceito de interseccionalidade articulado aos problemas históricos de pesquisa e as construções na historiografia possibilitam a compreensão da história de mulheres negras. Para pensar essas questões, autoras e feministas negras como Patrícia Hill Collins, Kimberlé Crenshaw, Lélia Gonzalez, Angela Davis, Luiza Bairros, Edilza Sotero, Karla Akotirene [essa Carla? Carla Akotirene – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)] e Flávia Rios são leituras essenciais.[10]

Correntes analíticas[editar | editar código-fonte]

Na foto: Michel Foucault. Na abordagem da História das Mulheres que se aproxima das questões pós-estruturalistas, as pesquisas tem maior influência de Michel Foucault e Jacques Derrida, tecendo críticas à História Social e sustentando uma nova epistemologia para os estudos históricos.

Há diferentes [duas?] correntes analíticas dentro da história das mulheres: uma desenvolvida dentro dos marcos da história social e outra ligada ao pensamento pós-estruturalista.[11]

Na primeira, a historiografia tem como base o marxismo, representado por historiadores como Edward P. Thompson e Eric Hobsbawm, e historiadoras como Natalie Davis e Michelle Perrot.[11]

Já na segunda abordagem ligada ao pós-estruturalismo, as pesquisas têm maior influência de Michel Foucault e Jacques Derrida, tecendo críticas à história social e sustentando uma nova epistemologia para os estudos históricos.[11] [Mudei esse trecho para cá. Faz sentido?]

Desenvolvimento de pesquisas no mundo[editar | editar código-fonte]

Autora nigeriana Oyèrónkẹ́ Oyěwùmí. A produção historiográfica do Continente Africano, assim como acontece nas demais áreas de conhecimento, ainda não alcança amplamente os demais continentes. Infelizmente, há uma falta de tradução das obras para outros idiomas e um considerável desconhecimento acerca do que vem sendo discutido localmente.

África[editar | editar código-fonte]

A historiografia feminista, narrada por meio de ondas, que demarcam momentos e agendas da mobilização das mulheres, não se encaixa no que vem se desenvolvendo no continente africano. Os feminismos africanos encontram alternativas a essa abordagem [qual?], mais especificamente, inovando sua historiografia ao chamar a atenção para o colonialismo como eixo analítico das experiências das mulheres do continente. Com isso, os feminismos africanos vem sendo melhor compreendidos como feminismos em mosaico, não em ondas, dada sua diversidade e multiplicidade de agendas e demandas.[12] [poderia situar temporalmente? talvez África seja um tanto quanto vago tb, pois não parece incluir os países africanos árabes]

As análises desenvolvidas por pesquisadores e pesquisadoras africanas, de caráter interdisciplinar, com relação às mulheres e às questões de gênero ainda são raramente conhecidas no Brasil. Há o destaque para a nigeriana Oyèrónkẹ́ Oyěwùmí, que teve sua obra traduzida para o português e é autora do livro A invenção das mulheres: uma perspectiva africana sobre os discursos ocidentais de gênero, onde pontua críticas ao feminismo e às noções de atribuição de valor aos corpos. Os debates feministas na África são diversos, assim como a composição social, política, econômica e histórica do local, isso devido ao contexto de surgimento, que envolvem questões de colonialismos, diversidade religiosa, e especificidades do continente.[13]

Brasil[editar | editar código-fonte]

As professoras Joana Maria Pedro e Rachel Soihet escreveram sobre a trajetória da formação do campo historiográfico da história das mulheres e das relações de gênero no Brasil, com destaque para as obras publicadas a partir da década de 1980. Algumas das obras nacionais [brasileiras?] citadas pelas autoras são: Quotidiano e poder em São Paulo no século XIX (1984), de Maria Odila Leite da Silva Dias , Do cabaré ao lar, publicado por Luzia Margareth Rago, em 1985; A condição feminina no Rio de Janeiro, século XIX (1984), de Miriam Moreira Leite, Meninas perdidas (1989), de Martha de Abreu Esteves; Condição feminina e formas de violência (1989), de Rachel Soihet; As mulheres, o poder e a família, de Eni de Mesquita Samara (1989); e Meretrizes e doutores (1989), publicado por Magali Engel.[7]

Além disso, Joana Maria Pedro e Rachel Soihet destacam o desenvolvimento de Grupos de Trabalho permanentes [desde?], que se reúnem periodicamente e vem publicando e apresentando seus resultados em eventos acadêmicos, não somente da História, mas também de Ciências Sociais. [qual a importância desses GTs? não ficou claro] Em 2001, durante o XXI Simpósio Nacional da Anpuh, realizado em Niterói, foi constituído um Grupo de Trabalho de Estudos de Gênero, visando articular nacionalmente uma rede de contatos entre pesquisadoras, articulado [palavra repetida bem próxima de articular] à Associação Nacional de História. Outros Grupos de Trabalho foram criados em estados como São Paulo, em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e no Mato Grosso do Sul. Essa articulação tem garantido que, nas reuniões nacionais da Associação Nacional de História, os Simpósios Temáticos que abordam esses temas [que temas?] apresentem um número significativo de trabalhos, mostrando a vitalidade do campo em construção [7].

China[editar | editar código-fonte]

Os trabalhos publicados na China geralmente tratam de com as mulheres foram participantes visíveis na revolução [qual?], como o emprego foi um veículo para a libertação das mulheres, o confucionismo e o conceito cultural da família como fonte de opressão das mulheres. Enquanto rituais de casamento rurais, como preço da noiva e dote têm permanecido da mesma em forma, a sua função mudou [como? pra que?]. Isso reflete o declínio da família extensa e do crescimento da agência das mulheres nas transações de casamento.[14] Em recente pesquisas na China, o conceito de gênero produziu novos conhecimentos [quais?] em inglês e chinês.[15] [Não entendi muito bem essa última frase]

Estados Unidos[editar | editar código-fonte]

A partir do final da década de 1960, a maior proporção tomada pelos movimentos feministas e as transformações na historiografia tiveram papel decisivo no processo em que as mulheres são alçadas à condição de objeto e sujeito da História, marcando a emergência da história das mulheres [nos Estados Unidos?]. Nos Estados Unidos, onde o feminismo teve marcas sociais profundas, as reivindicações das mulheres provocaram uma grande demanda por informações cobradas pelas estudantes acerca das questões [poderia ser mais precisa?] que estavam sendo discutidas nas ruas e nos movimentos. Ao mesmo tempo, docentes mobilizaram-se, propondo a instauração de cursos, nas universidades, dedicados aos estudos das mulheres.[7]

Europa Oriental[editar | editar código-fonte]

O interesse pelo estudo da história das mulheres na Europa Oriental tem sido adiado [não entendi essa frase meio teleológica. poderia reescrever? acho que fica melhor].[16] A resistência institucional continua, como evidenciado pela falta de cursos de graduação ou pós-graduação dedicados à história das mulheres e gênero nas universidades húngaras.[17] [também não entendi essa frase]

França[editar | editar código-fonte]

Historiadores franceses [quais? quando?] têm tomado uma abordagem única [qual?]: há extenso material de estudo sobre a história das mulheres e estudos de gênero, apesar da menor quantidade de mulheres e programas de estudo de gênero ou departamentos em nível universitário. Abordagens utilizadas por acadêmicos da história social têm sido aplicadas ao campo da história das mulheres também. O alto nível de pesquisa e publicação sobre as mulheres e a história de gênero é devido ao alto interesse na sociedade francesa. A discriminação estrutural na academia contra o assunto da história do gênero na França está mudando devido ao aumento dos estudos internacionais após a formação da União Europeia e mais estudiosos franceses buscando consultas fora da Europa.[18] [essa última frase ficou um pouco estranha também. teria como reescrever?]

Fachada da biblioteca britânica The Women's Library, que contem acervos com obras e fontes sobre trajetórias de mulheres na política, em movimentos sociais, literatura, entre outros.

Inglaterra[editar | editar código-fonte]

Existe uma biblioteca chamada The Women’s Library (tradução, Biblioteca da Mulher) na Inglaterra que possui milhares de documentos digitalizados. Segundo o historiador Bruno Leal, “a The Women’s Library é a maior e a mais antiga biblioteca da Grã-Bretanha dedicada à história das mulheres e do ativismo feminino”. As coleções abarcam obras produzidas entre o final do século XIX até os dias atuais. Inaugurada para conservar a história do movimento sufragista, movimento que defendia o direito ao voto feminino e da participação das mulheres na política, possui coleções também sobre campanhas políticas do entreguerras, materiais sobre a luta de negras e asiáticas e documentos sobre a presença das mulheres britânicas e estrangeiras na vida pública, no trabalho e na saúde britânica, além de livros raros, fotografias e diários exclusivos.[19]

Irlanda[editar | editar código-fonte]

Na Irlanda estudos sobre as mulheres e relações de gênero de forma mais geral, eram raros até a década de 1990. Agora [quando?] são lugar-comum com cerca de 3 mil livros e artigos impressos.[20]

Portugal[editar | editar código-fonte]

A história das mulheres é uma das áreas de estudo que se desenvolveu em Portugal, a partir dos anos 1970, beneficiando-se da abertura política proporcionada pela revolução democrática de Abril de 1974. Porém, diferente de outros países que buscam desenvolver a parte teórica do campo da história das mulheres, em Portugal os estudos são sobretudo de cunho informativo. Focam na recolha de fontes históricas e na crítica a elas pela desmontagem do discurso ideológico dado pelo seu contexto de produção. Os estudos atuais [quando?] dão espaço a questões multidisciplinares e são bastante receptivos às problemáticas feministas e de gênero, em especial, no âmbito da história contemporânea e do tempo presente.[21]

Com o fim do Regime [qual?], nos anos de 1970, e a ampliação da liberdade, também houve a possibilidade da renovação metodológica e de interesses, antes limitados. Pode ser destacada, nesta primeira etapa da história das mulheres em Portugal, pesquisas que orientaram-se em duas direções principais: as origens da condição feminina e o estudo de grupos que formavam pequenas minorias de mulheres: rainhas, sufragistas, jornalistas, entre outras. Este esforço de resgate da memória coletiva foi sobretudo feito pela Comissão da Condição Feminina, organismo estatal criado em 1977, a quem se deve a publicação de biografias de algumas mulheres que desempenharam um papel destacado na história de Portugal. A partir da década de 1980 abandona-se a ideia do trabalho que tinha como base as "heroínas" e o foco passou a ser as mulheres anônimas, sobre a história das famílias, papeis femininos no espaço familiar e vida privada. Nesse caso, as fontes eram principalmente jurídicas e normativas.[21]

Atualmente [quando?], tanto o ensino como a investigação sobre os estudos das mulheres têm crescido bastante nas universidades, seja na oferta de disciplinas, seminários, cursos de curta duração ou ainda pela abordagem de perspectivas teóricas e feministas nas aulas. Assim como tem se constituído centros e núcleos de estudos específicos sobre esta temática, cursos, centros de investigação ou associações, como a "Associação Portuguesa de Investigação Histórica sobre as Mulheres" (APIHM), criada em 1997.[21]

Perspectivas e abordagens[editar | editar código-fonte]

Estudos de gênero[editar | editar código-fonte]

Desde a década de 1970, os especialistas dos estudos sobre as mulheres tomaram abordagens pós-estruturalistas para a compreensão de gênero, como ele se cruza com a raça, classe, etnia, sexualidade, religião, idade, e (dis)capacidade para produzir e manter as estruturas de poder dentro da sociedade. Com isso, tem havido um foco sobre a linguagem, a subjetividade social e hegemonia, e como a vida dos indivíduos, seja como eles se identificam, são constituídas. No centro dessas teorias, está a noção de que, no entanto, identificação de gênero, sexo e sexualidade não são intrínsecos, mas são socialmente construídos. A história das mulheres se aproxima de categorias de análise de gênero, para explicar as relações de poder entre homens e mulheres e a invisibilização feminina na História[22].

Joan Scott considera que a questão da diferença sexual não é determinada pela natureza, mas sim construída social e politicamente. É uma das autoras que se tornaram referência nos estudos de gênero.

Mas é importante salientar que a história das mulheres e os estudos de gênero são distintos, e, apesar de haver intersecções teóricas e aproximações nas análises, eles não se confundem. Na década 1990 esse [estudos de gênero? acho que vale repetir] campo da historiografia já estava sendo consolidado, com números crescentes de trabalhos e estudos. Metodologias populares dentro do campo de estudos sobre as mulheres incluem a teoria do ponto de vista, a intersecionalidade, multiculturalismo, feminismo transnacional, e práticas de leitura, associadas à teoria crítica, ao pós-estruturalismo e à teoria queer. O campo de pesquisa é crítico às normas sociais de gênero, raça, classe, sexualidade, e outras desigualdades sociais. Ele está relacionado com o - mais amplo - campo dos estudos de gênero. [pode inserir a referência aqui, por favor? dividi o parágrafo]

Estudos sobre as mulheres precederam os estudos de gênero como uma campo de estudo estabelecido. Nos Estados Unidos, o primeiro doutoramento em estudos sobre as mulheres foi criado em 1990 e o primeiro doutoramento em estudos de gênero, em 2005. A categoria gênero, como por exemplo a elaborada por Joan Scott, considera que a questão da diferença sexual não é determinada pela natureza, mas sim construída social e politicamente, remodelada durante a História e perpassada por relações de poder. Ou seja, estudar sob a categoria de gênero não é analisar a mulher isoladamente, mas sim as diferenças e relações entre homens e mulheres através da História [23]. A palavra “gênero” foi utilizada por Robert Stoller em 1968 para designar uma identidade sexual que vai além da biológica.[8] No movimento feminista a palavra “gênero” era utilizada nos debates para discutir a subordinação das mulheres pelos homens.[24] Para Joan Scott, "gênero é a organização social da diferença sexual".[23]

A história das mulheres enquanto história social[editar | editar código-fonte]

Boa parte da produção historiográfica sobre as mulheres toma como ponto de partida uma referência teórico-metodológica assentada nas premissas epistemológicas da história social, fortemente marcada pelo marxismo. A partir da década de 1970, quando sociólogas, antropólogas e historiadoras procuraram encontrar fontes que relatassem a presença das mulheres no cotidiano da vida social, surgiu uma preocupação em identificar os rastros da hierarquização masculina e capitalista sobre elas. Temas como o ingresso das mulheres no mercado de trabalho, denúncias de condições de trabalho degradantes, salários mais baixos, assédio sexual e mais inúmeras formas da violência machista foram temas amplamente abordados nas obras que se dedicaram à mulher trabalhadora. Nessa leva de trabalhos, elas eram identificadas como produto das determinações econômicas e sociais, vítima do sistema, dando pouco destaque à sua dimensão de sujeito histórico, consciente e atuante.[2]

Edward Thompson foi um dos historiadores usados como referência por autores e autoras que adotaram a perspectiva da História Social na construção da História das Mulheres.

É ao longo da década de 1980, que surge um novo enfoque das produções acadêmicas sobre as mulheres. Aí tem destaque estudos voltados para a presença das mulheres atuando na vida social, reinventando seu cotidiano, criando estratégias informais de sobrevivência, na elaboração de formas de resistência à dominação masculina e de classe, abordagem baseada nas ideias de Thompson. Sua atuação como sujeito histórico, e sua capacidade de luta e de participação na transformação das condições sociais de vida são mais trabalhados por pesquisadores e pesquisadoras do tema. Havia, portanto, a preocupação em ressaltar a presença de mulheres pobres e marginalizadas, trabalhadoras ou não, como agentes da transformação, em mostrar como foram capazes de questionar os discursos misóginos que afirmavam haver qualquer [esse qualquer está sobrando?] inferioridade intelectual, mental e física em relação aos homens, além de combater que [esse que tb?] esses discursos as mantivessem fora da vida pública e política. Os trabalhos desenvolvidos com esse enfoque contribuíram para que as imagens de passividade, fragilidade, incapacidade, e os papeis atribuídos à mulher começassem a ser descontruídos.[2]

Críticas ao campo de estudos[editar | editar código-fonte]

Utilização da categoria mulher como universal[editar | editar código-fonte]

Historiadores e historiadoras que trabalham com a história das mulheres indicam que trabalhos desenvolvidos nesse campo de estudos não podem ser vistos simplesmente como a incorporação das mulheres no interior de uma narrativa pronta. [mudei a frase, era isso mesmo que desejava dizer?] E a crítica que se faz à história social das mulheres, seja com relação à produção que tenta mostrar a similaridade da atuação das mulheres e dos homens, ou seja a vertente que pretende revelar sua diferença ao construírem uma “cultura feminina” própria, aponta para o uso da categoria “mulher” como imutável, fixa, inalterada, numa perspectiva essencialista, que deixaria de lado as diversidades e as multiplicidades que existem dentro dessa categoria.[2] [Poderia reescrever essa frase? ficou um pouco grande, o que dificultou a compreensão]

Possibilidade de romantização[editar | editar código-fonte]

Se, de um lado, não é possível negar a importância da emergência da produção acadêmica com relação à história das mulheres, também não se pode perder de vista a atenção para as possíveis implicações de uma abordagem teórico-metodológica que tenha uma preocupação extrema em provar a capacidade e as histórias de resistência e luta dos subalternos. É preciso ter cuidado para não atribuir a eles, como afirma Margareth Rago, "uma força consciente invejável e, até mesmo, uma certa dose de onipotência". Para esta autora, se a história das mulheres se forja na crítica aos estudos que silenciavam a presença dos “vencidos”, é preciso ter cuidado para que seu tom romântico não evoque a construção de antigos mitos e a criação de heróis.[2]

Atribuição de valores e vinculação a movimentos políticos[editar | editar código-fonte]

Comumente vinculada aos movimentos feministas e de de mulheres, a História das Mulheres é defendida por reforçar um protagonismo, mas também criticada por atuar num campo de lutas políticas e sociais.

Daphne Patai, norte-americana que estuda história oral e relações de gênero, condena a convergência entre militância e academia, afirmando que o intelectual não é a vanguarda política, escolhendo quem pode ou não falar em nome dos sujeitos ou validando verdades a partir de interesses políticos. Além disso, a autora questiona a ideia de que uma história escrita por mulheres seria mais ética do que a escrita por homens ou com uma postura diferenciada, negando que a atribuição de valores como honestidade e ética seriam intrínsecos ao campo de estudos da história das mulheres.[25]

Para ela, um novo vocabulário criado por estudiosas e militantes americanas [estadunidenses?] demonstra a rejeição do que já foi “contaminado” pelos homens e isso interfere na dinâmica de salas de aulas, cursos e procedimentos acadêmicos. Todas essas atitudes poderiam transformar a academia em um campo de lutas políticas e o movimento feminista numa atitude beata.[25]

Textos e autoras importantes para o debate[editar | editar código-fonte]

  • Gerda Lerner,  Áustria, autora do livro A criação do Patriarcado: história da opressão das mulheres pelos homens ISBN 8531615348.
  • Cláudia de Lima Costa  Brasil, Co-organizou o livro Translocalities / Translocalidades: Feminist Politics of Translation in the Latin/a Américas ISBN 978-0-8223-5632-5 e escreveu o artigo "Feminismos descoloniais para além do humano".
  • Cleci Eulália Favaro,  Brasil, autora de Imagens femininas: Contradições, ambivalências e violências.
  • Cristina Scheibe Wolff, Brasil, organizadora da obra Gênero, feminismos e ditaduras no Cone Sul.
  • Dora Barrancos,  Argentina, autora de Historia y género, Inclusión/exclusión e Historia con mujeres, Las mujeres y sus luchas en la historia Argentina.
  • Eni de Mesquita Samara,  Brasil, autora de As mulheres, o poder e a família: São Paulo século XIX e Família, mulheres e povoamento.
  • Heleieth Iara Bongiovani Saffioti,  Brasil, autora dos livros A mulher na sociedade de classes, Do artesanal ao industrial: a exploração da mulher: um estudo de operárias têxteis e de confecções no Brasil e nos Estados Unidos, e Mulher brasileira: opressão e exploração.
  • Joan Scott,  Estados Unidos, autora do artigo "Gênero: uma categoria útil para a análise histórica" e do livro Gender and the Politics of History ISBN 0231188013.
  • Joana Maria Pedro, Brasil, organizadora do livro Nova História das Mulheres no Brasil.
  • Luzia Margareth Rago,  Brasil, autora de: Do Cabaré ao lar: a utopia da cidade disciplinar, Os Prazeres da Noite: prostituição e códigos da sexualidade feminina em São Paulo, 1890-1930.
  • Magali Gouveia Engel, Brasil, autora de Meretrizes e doutores: saber médico e prostituição no Rio de Janeiro.
    Algumas das autoras referência em História das Mulheres
  • Martha de Abreu Esteves, Brasil, autora de Meninas Perdidas: os populares e o cotidiano do amor no Rio de Janeiro da Belle Époque.
  • Marta Gouveia de Oliveira Rovai, Brasil, organizadora da obra História oral e história das mulheres: rompendo silenciamentos.
  • Michelle Perrot,  França, autora de A História das mulheres no Ocidente, Minha História das mulheres, Mulheres públicas.
  • Miriam Moreira Leite,  Brasil, autora das obras Maria Lacerda De Moura - Uma Feminista Utópica, A condição feminina no Rio de Janeiro - século XIX.
  • Mônica Raisa Schpun,  Brasil, autora de L’histoire des femmes et du genre au Brésil: enquête sur trois générations.
  • Oyèrónkẹ Oyěwùmí, Nigéria Nigéria, autora de What Gender is Motherhood?: Changing Yorùbá Ideals of Power, The Invention of Women: Making an African Sense of Western Gender Discourses;
  • Rachel Soihet,  Brasil, autora de: Condição feminina e formas de violência: mulheres pobres e ordem urbana, 1890-1920;
  • Susel Oliveira da Rosa,  Brasil, autora de Mulheres, ditaduras e memórias: “Não imagine que precise ser triste para ser militante”.
  • Wendy Goldman,  Estados Unidos, autora de Mulher, Estado e Revolução.

Referências

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Artigos[editar | editar código-fonte]

Livros[editar | editar código-fonte]

  • Burke, Peter (1992). A escrita da História. São Paulo: Unesp 
  • Del Priore, Mary (1993). Ao sul do corpo: condição feminina, maternidade e mentalidades no Brasil Colônia. Rio de Janeiro: EdUnb 
  • Dias, Maria Odila Leite da Silva (1984). Quotidiano e poder em São Paulo o século XIX. São Paulo: Brasiliense 
  • Federici, Silvia (2017). O calibã e a bruxa. São Paulo: Elefante 
  • Laqueur, Thomas (1994). La construcción Del sexo: cuerpo y género desde los griegos hasta Freud. Madrid: Cátedra 
  • Leite, Miriam Moreira (org.) (1984). A condição feminina no Rio de Janeiro, século XIX: antologia de textos de visitantes estrangeiros. São Paulo: HUCITEC, Fundação Nacional Pró-Memória 
  • Mead, Margaret (1949). Male and female: a study of the sexes in a changing world. New York: Morrow 
  • Michel, Andrée (1982). O feminismo: uma abordagem histórica. Rio de Janeiro: Zahar 
  • Perrot, Michelle (1995). As mulheres e a História. Lisboa: Dom Quixote 
  • Perrot, Michelle (1995). História das Mulheres no Ocidente: O século XX. 5. São Paulo: Ebradil 
  • Perrot, Michelle (2007). Minha História das mulheres. São Paulo: Contexto 
  • Rago, Luzia Margareth (1995). «As mulheres na historiografia brasileira». In: SILVA, Zélia Lopes (org.). Cultura Histórica em Debate. São Paulo: Udesc 
  • Rago, Luzia Margareth (1985). Do cabaré ao lar: a utopia da cidade disciplinar, Brasil 1890-1930. Rio de Janeiro: Paz e Terra 
  • Soihet, Rachel (1989). Condição feminina e formas de violência: mulheres pobres e ordem urbana, 1890-1920. Rio de Janeiro: Forense Universitária 
  • Stoller, Robert J. (1968). Sex and gender. New York: Science House 

Páginas da web[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]