Assexualidade: diferenças entre revisões

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{{Orientação sexual}}
[[Imagem:Asexual Pride Flag.svg|thumb|Bandeira da assexualidade.|332x332px]]
'''Assexualidade''' ou '''espectro assexual''' é a falta total, parcial ou condicional de atração sexual a qualquer pessoa, independente do [[sexo biológico]] ou [[gênero]].<ref>{{Citar periódico |url=https://www.bbc.com/portuguese/vert-cap-57268281 |titulo=Assexualidade: como orientação sexual 'invisível' saiu do armário |acessodata=2021-11-07 |jornal=[[BBC News Brasil]] |lingua=pt-BR}}</ref>
'''Assexualidade''' ou '''espectro assexual''' é a falta total, parcial ou condicional de atração sexual a qualquer pessoa, independente do [[sexo biológico]] ou [[gênero]].<ref>{{citar web|ultimo=Klein|primeiro=Jessica|url=https://www.bbc.com/portuguese/vert-cap-57268281|titulo=Assexualidade: como orientação sexual 'invisível' saiu do armário|data=30 de junho de 2021|acessodata=16 de novembro de 2021|website=BBC News|urlmorta=no|wayb=20210630141056}}</ref>


Assexuais tendem em sua maioria a apresentar pouco ou inexistente interesse nas [[Comportamento sexual humano|atividades sexuais humanas]].<ref name="Crooks">{{citar livro|autor1 =Robert L. Crooks |autor2 =Karla Baur|título=Our Sexuality|isbn=978-1305887428|publicado=[[Cengage Learning]]|ano=2016|página=300|acessodata=4 de janeiro de 2017|url=https://books.google.com/books?id=isIaCgAAQBAJ&pg=PT300}}</ref><ref name="Helm">{{citar livro|autor =Katherine M. Helm|título=Hooking Up: The Psychology of Sex and Dating|isbn=978-1610699518|publicado=[[ABC-CLIO]]|ano=2015|página=32|acessodata=4 de janeiro de 2017|url=https://books.google.com/books?id=O3K9CgAAQBAJ&pg=PA32}}</ref><ref name="Kelly">{{citar livro|último = Kelly|primeiro = Gary F.|título= Sexuality Today: The Human Perspective|edição=7|ano= 2004 |publicado= [[McGraw-Hill]] |isbn= 978-0-07-255835-7|página= 401|capítulo= Chapter 12 |postscript = Asexuality is a condition characterized by a low interest in sex.}}</ref> Assexualidade é considerada uma [[orientação sexual]],<ref name="Bogaert2004">{{Citar periódico |último= Bogaert |primeiro= Anthony F. |ano= 2004 |título= Asexuality: prevalence and associated factors in a national probability sample |periódico= [[Journal of Sex Research]] |volume= 41 |número= 3 |páginas= 279–87 |pmid=15497056 |doi= 10.1080/00224490409552235}}</ref><ref name="Sexual orientation">{{Citar periódico |último= Melby |primeiro= Todd |título= Asexuality gets more attention, but is it a sexual orientation? |periódico= Contemporary Sexuality |data= novembro de 2005 |volume= 39 |número= 11 |páginas= 1, 4–5 |issn= 1094-5725 |url= http://www.apositive.org/wordpress_backup/?page_id=222 |acessodata= 20 de novembro de 2011 |postscript= &nbsp;&nbsp;[http://journalseek.net/cgi-bin/journalseek/journalsearch.cgi?field=title&query=1094-5725 The journal currently does not have a website]}}</ref><ref name="Sex and society">{{Citar livro |editor= Marshall Cavendish |título= Sex and Society |url= https://books.google.com/books?id=aVDZchwkIMEC&pg=PA82 |acessodata= 27 de julho de 2013 |volume= 2 |ano= 2010 |publicado= Marshall Cavendish |isbn= 978-0-7614-7906-2 |páginas= 82–83 |contribuição= Asexuality}}</ref> sendo também parte do "A" da sigla [[LGBTQIA+]].<ref>{{Citar web |url=https://www.purebreak.com.br/noticias/lgbtqia-descubra-o-que-significa-o-a-da-sigla/94570 |titulo=O que é o A de LGBTQIA+? |acessodata=2021-11-07 |website=www.purebreak.com.br |lingua=br}}</ref>
Assexuais tendem em sua maioria a apresentar pouco ou inexistente interesse nas [[Comportamento sexual humano|atividades sexuais humanas]].<ref name="Crooks">{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=isIaCgAAQBAJ&pg=PT300|título=Our Sexuality|autor1=Crooks|primeiro=Robert L.|autor2=Baur|primeiro2=Karla|publicado=[[Cengage Learning]]|ano=2016|página=300|titulotrad=Nossa Sexualidade|isbn=978-1305887428|acessodata=16 de novembro de 2021}}</ref><ref name="Helm">{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=O3K9CgAAQBAJ&pg=PA32|título=Hooking Up: The Psychology of Sex and Dating|autor=Helm|primeiro=Katherine M.|publicado=[[ABC-CLIO]]|ano=2015|página=32|titulotrad=Conectando-se: a psicologia do sexo e do namoro|isbn=978-1610699518|acessodata=16 de novembro de 2021}}</ref><ref name="Kelly">{{citar livro|título=Sexuality Today: The Human Perspective|último=Kelly|primeiro=Gary F.|publicado=[[McGraw-Hill]]|ano=2004|edicao=7ª|página=401|titulotrad=Sexualidade Hoje: A Perspectiva Humana|capitulo=Capítulo 2|isbn=978-0-07-255835-7|citacao=Assexualidade é uma condição caracterizada por um baixo interesse por sexo.|acessodata=16 de novembro de 2021}}</ref> Assexualidade é considerada uma [[orientação sexual]],<ref name="Bogaert2004">{{Citar periódico |url=https://www.researchgate.net/publication/8220138_Asexuality_Prevalence_and_Associated_Factors_in_a_National_Probability_Sample |título=Asexuality: prevalence and associated factors in a national probability sample |acessodata=16 de novembro de 2021 |periódico=Journal of Sex Research |último=Bogaert |primeiro=Anthony F. |ano=2004 |páginas=279–287 |titulotrad=Assexualidade: prevalência e fatores associados em uma amostra nacional de probabilidade |formato=PDF |doi=10.1080/00224490409552235 |pmid=15497056 |edicao=3ª |volume=41}}</ref><ref name="Sexual orientation">{{Citar periódico |url=http://www.apositive.org/wordpress_backup/?page_id=222 |título=Asexuality gets more attention, but is it a sexual orientation? |data=Novembro de 2005 |acessodata=20 de novembro de 2011 |periódico=Contemporary Sexuality |último=Melby |primeiro=Todd |páginas=1, 4–5 |titulotrad=A assexualidade chama mais atenção, mas será que é uma orientação sexual? |issn=1094-5725 |urlmorta=sim |wayb=20160326205327 |edicao=11ª |volume=39}}</ref><ref name="Sex and society">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=aVDZchwkIMEC&pg=PA82|título=Sex and Society|publicado=Marshall Cavendish|ano=2010|editor=Marshall Cavendish|volume=2|páginas=82–83|titulotrad=Sexo e sociedade|capitulo=Assexualidade|isbn=978-0-7614-7906-2|acessodata=27 de julho de 2013}}</ref> sendo também parte do "A" da sigla [[LGBTQIA+]].<ref>{{Citar web|ultimo=Viana|primeiro=Victor|url=https://www.purebreak.com.br/noticias/lgbtqia-descubra-o-que-significa-o-a-da-sigla/94570|titulo=O que é o A de LGBTQIA+?|data=26 de junho de 2020|acessodata=16 de novembro de 2021|website=PUREBREAK|urlmorta=no|wayb=20210507010726}}</ref>


Embora tal sexualidade abranja também um amplo espectro de subidentidades assexuais conhecido como [[Assexualidade cinza|área cinza]] ou [[Assexualidade cinza|cinza-assexualidade]], do qual fazem parte a [[demissexualidade]] e [[sapiossexualidade]], duas das mais conhecidas atualmente, quando falamos de assexualidade em seu sentido mais literal, nos referimos à assexualidade estrita e/ou plena, isto é, a pura falta total de desejo sexual.<ref>{{citar periódico|último =Scherrer|primeiro =Kristin|título=Coming to an Asexual Identity: Negotiating Identity, Negotiating Desire|periódico=Sexualities|volume=11|número=5|páginas=621–641|doi=10.1177/1363460708094269|pmid=20593009|pmc=2893352|ano=2008}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/06/25/e-comum-que-assexuais-sejam-classificados-como-doentes-ainda-hoje-diz-advogado-que-parou-de-fazer-sexo-aos-17-anos.ghtml |titulo='É comum que assexuais sejam classificados como doentes ainda hoje', diz advogado que parou de fazer sexo aos 17 anos |acessodata=2021-11-07 |website=[[G1]] |lingua=pt-br}}</ref>
Embora tal sexualidade abranja também um amplo espectro de subidentidades assexuais conhecido como [[Assexualidade cinza|área cinza]] ou [[assexualidade cinza]], do qual fazem parte a [[demissexualidade]] e [[sapiossexualidade]], duas das mais conhecidas atualmente, quando falamos de assexualidade em seu sentido mais literal, nos referimos à assexualidade estrita e/ou plena, isto é, a pura falta total de desejo sexual.<ref>{{citar periódico |título=Coming to an Asexual Identity: Negotiating Identity, Negotiating Desire |acessodata=16 de novembro de 2021 |periódico=Sexualities |último=Scherrer |primeiro=Kristin |ano=2008 |páginas=621–641 |titulotrad=Chegando a uma identidade assexuada: negociando identidade, negociando desejo |doi=10.1177/1363460708094269 |pmc=2893352 |pmid=20593009 |edicao=|volume=11}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Polato|primeiro=Amanda|url=https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/06/25/e-comum-que-assexuais-sejam-classificados-como-doentes-ainda-hoje-diz-advogado-que-parou-de-fazer-sexo-aos-17-anos.ghtml|titulo='É comum que assexuais sejam classificados como doentes ainda hoje', diz advogado que parou de fazer sexo aos 17 anos|data=25 de junho de 2021|acessodata=16 de novembro de 2021|website=[[G1]]|urlmorta=no|wayb=20210627145315}}</ref>


== Definição, identidade e relacionamentos ==
== Uma orientação sexual ==
{{VT|Orientação romântica}}
{{Orientação sexual}}A assexualidade é distinta da [[abstinência sexual|abstenção de atividade sexual]], ou [[celibato]],<ref name="Halter">{{Citar livro |autores= Margaret Jordan Halter, Elizabeth M. Varcarolis |título= Varcarolis' Foundations of Psychiatric Mental Health Nursing |isbn= 1-4557-5358-0 |publicado= [[Elsevier Health Sciences]] |ano= 2013 |página= 382 |acessodata= 7 de maio de 2014 |url= https://books.google.com/books?id=mZ15AAAAQBAJ&pg=PA382&dq=&hl=en&sa=X&ei=ysV7Upr5FfPnsATW8IGYBw&ved=0CC0Q6AEwAA#v=onepage&q=&f=false}}</ref><ref name="DePaulo">{{Citar web |primeiro= Bella |último= DePaulo |título= ASEXUALS: Who Are They and Why Are They Important? |publicado= ''[[Psychology Today]]'' |data= 26 de setembro de 2011 |acessodata= 13 de dezembro de 2011 |url= http://www.psychologytoday.com/blog/living-single/200912/asexuals-who-are-they-and-why-are-they-important}}</ref> que são comportamentais e geralmente motivados por fatores como crenças pessoais, sociais, ou religiosas de um indivíduo.<ref>''The American Heritage Dictionary of the English Language'' (3d ed. 1992), registros de ''celibacy'' e ''abstinence''</ref>
Assexualidade às vezes é chamada de ''ace'' (uma abreviação fonética de "assexual"<ref name="simon">{{citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=vTSCDwAAQBAJ&q=ace+of+hearts&redir_esc=y#v=snippet&q=ace%20of%20hearts&f=false|título=The Invisible Orientation: An Introduction to Asexuality|ultimo=Decker|primeiro=Julie S.|editora=Simon and Schuster|ano=2015|lingua=inglês|titulotrad=A orientação invisível: uma introdução à assexualidade|isbn=9781510700642}}</ref>), enquanto a comunidade às vezes é chamada de ''comunidade ace'', por pesquisadores ou assexuais.<ref name=!gendersex">{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=Dp8_R8A2PIYC&pg=PA69|título=Rewriting the Rules: An Integrative Guide to Love, Sex and Relationships|ultimo=Barker|primeiro=Meg|editora=[[Routledge]]|ano=2012|página=69|lingua=inglês|titulotrad=Reescrevendo as regras: um guia integrativo para amor, sexo e relacionamentos|isbn=978-0415517621}}</ref><ref>{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=jqjwCQAAQBAJ&pg=PA256|título=Gender, Sex, and Politics: In the Streets and Between the Sheets in the 21st Century|ultimo=Tarrant|primeiro=Shira|editora=[[Routledge]]|ano=2015|páginas=254–256|lingua=inglês|titulotrad=Gênero, sexo e política: nas ruas e nas entrelinhas do século 21|isbn=978-1317814764}}</ref> Como existe uma variação significativa entre as pessoas que se identificam como assexuais, a assexualidade pode abranger definições amplas.<ref name="queer">{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=zLgTAwAAQBAJ&pg=PA89|título=Asexualities: Feminist and Queer Perspectives|ultimo=Cerankowski|primeiro=Karli J.|ultimo2=Milks|primeiro2=Megan|editora=[[Routledge]]|ano=2014|páginas=89–93|lingua=inglês|titulotrad=Assexualidades: Perspectivas Feministas e Queer|isbn=978-1-134-69253-8}}</ref> Os pesquisadores geralmente definem a assexualidade como a falta de atração sexual ou a falta de interesse sexual,<ref name="Sex and society"/><ref name="caracterização">{{citar periódico |url=http://www.kinseyinstitute.org/publications/PDF/PrauseGrahamPDF.pdf |titulo=Asexuality: Classification and Characterization |data=Agosto de 2004 |acessodata=16 de novembro de 2021 |jornal=Archives of Sexual Behavior |ultimo=Prause |primeiro=Nicole |ultimo2=Graham |primeiro2=Cynthia A. |paginas=341–356 |titulotrad=Assexualidade: Classificação e Caracterização |doi=10.1007/s10508-006-9142-3 |pmid=17345167 |urlmorta=sim |wayb=20070927014407 |edicao=3ª |volume=36}}</ref><ref name="toward">{{citar periódico |url=http://cat.inist.fr/?aModele=afficheN&cpsidt=18172400 |titulo=Toward a conceptual understanding of asexuality |data=2006 |acessodata=16 de novembro de 2021 |jornal=Review of General Psychology |paginas=241–250 |titulotrad=Rumo a um entendimento conceitual da assexualidade |doi=10.1037/1089-2680.10.3.241 |wayb=20181025185904 |edicao=3ª |volume=10}}</ref> mas suas definições variam; eles podem usar o termo "para se referir a indivíduos com desejo ou atração sexual baixa ou ausente, comportamentos sexuais baixos ou ausentes, parcerias não sexuais exclusivamente românticas ou uma combinação de desejos e comportamentos sexuais ausentes".<ref name="Sex and society"/><ref name="estudos">{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=SEmTDAAAQBAJ&pg=PA183|título=Introducing the New Sexuality Studies|ultimo=Fischer|primeiro=Nancy L.|ultimo2=Seidman|primeiro2=Steven|editora=[[Routledge]]|ano=2016|página=183|titulotrad=Apresentando os novos estudos de sexualidade|isbn=978-1317449188}}</ref> A autoidentificação como assexual também pode ser um fator determinante.<ref name="estudos"/>


A ''Asexual Visibility and Education Network'' define um assexual como "alguém que não sente atração sexual" e declarou, "outra pequena minoria se considerará assexual por um breve período de tempo enquanto explora e questiona sua própria sexualidade" e que "não existe um teste decisivo para determinar se alguém é assexuado. Assexualidade é como qualquer outra identidade - em sua essência, é apenas uma palavra que as pessoas usam para se ajudar a se descobrir. Se a qualquer momento alguém achar a palavra assexuada útil para se descrever, nós o encorajamos a usá-la enquanto fizer sentido."<ref name="overview">{{citar web|url=http://www.asexuality.org/?q=overview.html|titulo=Overview|acessodata=16 de novembro de 2021|website=The Asexual Visibility and Education Network|ano=2008|lingua=en|titulotrad=Visão geral|urlmorta=no|wayb=20210113004557}}</ref>
Acredita-se que a orientação sexual, ao contrário do comportamento sexual, é “duradoura”.<ref name="apahelp">{{Citar web |título= Sexual orientation, homosexuality and bisexuality |publicado= [[American Psychological Association]] |acessodata= 30 de março de 2013 |url= http://www.apa.org/helpcenter/sexual-orientation.aspx}}</ref> E, embora algumas pessoas assexuais engajem em atividades sexuais, estas não o faram por terem desejo em sexo ou atração sexual, mas por uma variedade de razões, como a vontade de sentir ou dar prazer a alguém, ou o desejo de ter filhos.<ref name="Halter"/><ref name="Prause"/>


Pessoas assexuais, embora não tenham atração sexual por nenhum gênero, podem se envolver em relacionamentos puramente [[Amor romântico|românticos]], enquanto outros não podem.<ref name="Sex and society"/><ref name="sage">{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=uSiXAgAAQBAJ&pg=PT124|título=Sexuality and Gender for Mental Health Professionals: A Practical Guide|ultimo=Richards|primeiro=Christina|ultimo2=Barker|primeiro2=Meg|editora=SAGE|ano=2013|páginas=124–127|titulotrad=Sexualidade e gênero para profissionais de saúde mental: um guia prático|isbn=978-1-4462-9313-3}}</ref> Existem indivíduos com identificação assexual que relatam sentir atração sexual, mas não a inclinação de agir de acordo porque não têm nenhum desejo verdadeiro ou necessidade de se envolver em atividades sexuais ou não sexuais (abraços, mãos dadas, etc.), enquanto outros assexuais se envolvem em carícias ou outras atividades físicas não sexuais.<ref name="varcarolis">{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=mZ15AAAAQBAJ&pg=PA382|título=Varcarolis' Foundations of Psychiatric Mental Health Nursing|ultimo=Halter|primeiro=Margaret J.|ultimo2=Varcarolis|primeiro2=Elizabeth M.|editora=Elsevier Health Sciences|ano=2013|página=382|lingua=inglês|titulotrad=Fundamentos de Varcarolis para enfermagem em saúde mental psiquiátrica|isbn=978-1-4557-5358-1|acessodata=16 de novembro de 2021}}</ref><ref name="whoare">{{Citar revista|sobrenome=DePaulo|primeiro=Bella|data=23 de dezembro de 2009|título=ASEXUALS: Who Are They and Why Are They Important?|títulotrad=ASSEXUAIS: Quem são e por que são importantes?|url=https://www.psychologytoday.com/intl/blog/living-single/200912/asexuals-who-are-they-and-why-are-they-important|urlmorta=não|revista=[[Psychology Today]]|arquivourl=https://archive.ph/bxRcU|arquivodata=16 de novembro de 2021|acessodata=16 de novembro de 2021}}</ref><ref name="caracterização"/><ref name="queer"/> Alguns assexuais participam de atividades sexuais por curiosidade.<ref name="caracterização"/> Alguns podem se [[Masturbação|masturbar]] como uma forma solitária de alívio , enquanto outros não sentem necessidade de fazê-lo.<ref name="queer"/><ref>{{citar web|ultimo=Westphal|primeiro=Sylvia P.|url=https://www.newscientist.com/article.ns?id=dn6533|titulo=Feature: Glad to be asexual|data=14 de outubro de 2004|acessodata=16 de novembro de 2021|website=[[New Scientist]]|lingua=en|titulotrad=Recurso: Fico feliz por ser assexual|urlmorta=sim|wayb=20071219003148}}</ref><ref name="nosex">{{citar web|ultimo=Bridgeman|primeiro=Shelley|url=https://www.nzherald.co.nz/lifestyle/no-sex-please-were-asexual/ZVQQVM2TP5BWAKQCUSCH6F3TNE/?c_id=6&objectid=10455823&pnum=0|titulo=No sex please, we're asexual|data=4 de agosto de 2007|acessodata=16 de novembro de 2021|website=[[The New Zealand Herald]]|lingua=en|titulotrad=Sem sexo por favor, somos assexuais|urlmorta=no|wayb=20210302050613}}</ref>
A aceitação da assexualidade como orientação sexual e o início das [[Método científico|pesquisas científicas]] em relação ao tema ainda são muito recentes,<ref name="Helm"/><ref name="Sexual orientation"/><ref name="Prause">{{citar periódico|último =Prause |primeiro =Nicole |autor2 =Cynthia A. Graham |data=agosto de 2004 |url=http://www.kinseyinstitute.org/publications/PDF/PrauseGrahamPDF.pdf |título=Asexuality: Classification and Characterization |periódico=[[Archives of Sexual Behavior]] |volume=36 |páginas=341–356 |acessodata=31 de agosto de 2007 |doi=10.1007/s10508-006-9142-3 |pmid=17345167 |número=3 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20070927014407/http://www.kinseyinstitute.org/publications/PDF/PrauseGrahamPDF.pdf |arquivodata=27 de setembro de 2007 |urlmorta= sim}}</ref> surgindo conforme um corpo crescente de perspectivas tanto sociológicas quanto acadêmicas começou a se desenvolver.<ref name="Prause"/> Entetanto, enquanto alguns investigadores afirmam/aceitam que assexualidade é uma orientação sexual, outros investigadores discordam.<ref name="Sexual orientation"/><ref name="Sex and society"/>


No que diz respeito à atividade sexual em particular, a necessidade ou desejo de masturbação é comumente referido como impulso sexual pelos assexuais e eles o dissociam da atração sexual e de ser sexual; os assexuais que se masturbam geralmente consideram isso um produto normal do corpo humano e não um sinal de sexualidade latente, e podem nem mesmo achar isso prazeroso.<ref name="caracterização"/><ref>{{citar periódico |url=https://med-fom-brotto.sites.olt.ubc.ca/files/2014/12/Yule-Brotto-Gorzalka-2014-Sexual-fantasy-masturbation-among-asexuals-3575-1.pdf |titulo=Sexual fantasy and masturbation among asexual individuals |acessodata=16 de novembro de 2021 |jornal=The Canadian Journal of Human Sexuality |ultimo=Yule |primeiro=Morag A. |ultimo2=Brotto |primeiro2=Lori A. |ano=2014 |paginas=89–95 |titulotrad=Fantasia sexual e masturbação entre indivíduos assexuados |doi=10.3138/cjhs.2409 |ultimo3=Gorzalka |primeiro3=Boris B. |edicao=2ª |volume=23}}</ref> Alguns homens assexuais não conseguem ter uma ereção e a atividade sexual tentando a penetração é impossível para eles.<ref name="justsex">{{citar periódico |titulo=There's More to Life Than Just Sex? Difference and Commonality Within the Asexual Community |data=Agosto de 2011 |acessodata=16 de novembro de 2021 |jornal=Sexualities |ultimo=Carrigan |primeiro=Mark |paginas=462–478 |lingua=en |titulotrad=A vida é mais do que sexo? Diferença e semelhança dentro da comunidade assexual |doi=10.1177/1363460711406462 |edicao=4ª |volume=14}}</ref> Assexuais também diferem em seus sentimentos em relação à prática de atos sexuais: alguns são indiferentes e podem fazer sexo para o benefício de um parceiro romântico; outros são mais fortemente avessos à ideia, embora normalmente não desgostem das pessoas por fazerem sexo.<ref name="caracterização"/><ref name="queer"/><ref name="nosex"/>
== Comunidades e termo ==
[[Ficheiro:AVEN_Triangle.svg|esquerda|miniaturadaimagem|203x203px|O logo da AVEN (Asexual Visibility and Education Network).]]
Embora sejam relativamente pequenas, existem muitas comunidades online de assexuais, tais como a [https://www.asexuality.org/ Asexual Visibility and Education Network] (AVEN), fundada em [[2001]] por [[David Jay]].<ref name="Sex and society" /><ref name="Swash">{{Citar web |último=Swash |primeiro=Rosie |url=http://www.guardian.co.uk/lifeandstyle/2012/feb/26/among-the-asexuals |título=Among the asexuals |data=25 de fevereiro de 2012 |acessodata=2 de fevereiro de 2013 |publicado=''[[The Guardian]]''}}</ref>, maior e mais conhecida comunidade assexual do mundo, ou as brasileiras [https://www.assexualidade.com.br/ Comunidade Assexual] e [https://assexualidadebrasil.blogspot.com/ Assexualidade Brasil]; que dão aos assexuais e cinza-assexuais locais para debater e compreender suas [[Sexualidade humana|sexualidades]] e espectros.<ref>{{Citar periódico |url=http://delas.ig.com.br/amoresexo/2018-05-23/como-e-ser-assexual.html |titulo=Como é ser assexual? Leia relatos e entenda melhor a orientação - Amor e Sexo - iG |data=2018-05-23 |jornal=Delas |ultimo=Labate |primeiro=Fernanda |lingua=pt-BR}}</ref>


Muitas pessoas que se identificam como assexuais também se identificam com outros rótulos. Essas outras identidades incluem como eles definem seu gênero e sua orientação romântica.<ref name="MacNeela">{{citar periódico |url=https://www.researchgate.net/publication/270291399_Freedom_Invisibility_and_Community_A_Qualitative_Study_of_Self-Identification_with_Asexuality |titulo=Freedom, Invisibility, and Community: A Qualitative Study of Self-Identification with Asexuality |acessodata=16 de novembro de 2021 |jornal=Archives of Sexual Behavior |ultimo=MacNeela |primeiro=Pádraig |ultimo2=Murphy |primeiro2=Aisling |paginas=799–812 |titulotrad=Liberdade, invisibilidade e comunidade: um estudo qualitativo de autoidentificação com assexualidade |formato=PDF |doi=10.1007/s10508-014-0458-0 |issn=0004-0002 |pmid=25548065 |edicao=3ª |volume=44}}</ref> Frequentemente, eles integrarão essas características em um rótulo maior com o qual se identificam. Em relação aos aspectos românticos ou emocionais da [[orientação sexual]] ou [[identidade sexual]], por exemplo, os assexuais podem se identificar como [[heterossexuais]], [[Lésbica|lésbicas]], [[Gay|gays]], [[bissexuais]], [[queer]],<ref name="overview"/><ref name="sage"/> ou pelos seguintes termos para indicar que eles se associam aos aspectos românticos, em vez de sexuais, da orientação sexual:<ref name="queer"/><ref name="sage"/>
É também na internet que nasceu o termo mais comumente adotado por pessoas que se identificam como assexuais: '''ace'''.


* aromântico; falta de atração romântica por qualquer pessoa
== A área cinza ==
* biromântico; por analogia ao bissexual
{{Ver artigo principal|Assexualidade cinza}}
* heterorromântico; por analogia ao heterossexual
Dentro do espectro assexual, há também a chamada '''área cinza''' ou '''cinza-assexualidade''', que é o espectro entre a assexualidade estrita e as [[alossexualidade]]s.<ref name=":0">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=3P2pVq9XlGsC&printsec=frontcover&dq=inauthor:%22Anthony+F.+Bogaert%22&hl=en&sa=X&ved=0ahUKEwjG4dnCu_fQAhXnxFQKHWycBt4Q6AEIHDAA#v=onepage&q&f=false|título=Understanding Asexuality|último=Bogaert|primeiro=Anthony F.|data=4 de janeiro de 2015|publicado=Rowman & Littlefield|língua=inglês|isbn=9781442201002}}</ref><ref name="White2011">{{citar web |último=White |primeiro=Rachel |url=http://www.thefrisky.com/2011-11-22/what-it-means-to-be-gray-sexual/ |título=What It Means To Be "Gray-Sexual" |data=22 de novembro de 2011 |acessodata=4 de março de 2015 |publicado=''The Frisky''}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://www.conversacult.com.br/2014/07/mas-afinal-o-que-significa-gray-a.html |titulo=Mas afinal, o que significa Gray-A? |acessodata=2020-03-07 |obra=ConversaCult}}</ref> Esta é uma área da assexualidade composta por aqueles que têm a sexualidade condicionada. São algumas das condições
* homoromântico; por analogia ao [[Homossexualidade|homossexual]]
* panromântico; por analogia ao [[Pansexualidade|pansexual]]


As pessoas também podem se identificar com a [[Assexualidade cinza|área cinza]] (tal um cinza-romântico, demiromântico, demissexual ou semissexual) porque sentem que estão entre serem aromânticos e não aromânticos, ou entre a assexualidade e a atração sexual. Embora o termo área cinza possa abranger qualquer pessoa que ocasionalmente sinta atração romântica ou sexual, demissexuais ou semissexuais experimentam atração sexual apenas como um componente secundário, sentindo atração sexual uma vez que uma conexão emocional razoavelmente estável ou ampla tenha sido criada.<ref name="queer"/><ref>{{citar livro|título=Serving LGBTIQ Library and Archives Users|ultimo=Adler|primeiro=Melissa|editora=[[McFarland & Company]]|ano=2010|editor-sobrenome=Greenblatt|editor-nome=Ellen|local=[[Carolina do Norte]]|titulotrad=Atendendo a usuários de bibliotecas e arquivos LGBTIQ|capitulo=Meeting the Needs of LGBTIQ Library Users and Their Librarians: A Study of User Satisfaction and LGBTIQ Collection Development in Academic Libraries|trad-capitulo=Atendendo às necessidades dos usuários de bibliotecas LGBTIQ e seus bibliotecários: um estudo de satisfação do usuário e desenvolvimento de coleções LGBTIQ em bibliotecas acadêmicas|isbn=978-0-7864-4894-4}}</ref>
* experimentam a [[atração sexual]] em períodos: às vezes a sentem e às vezes não;
* pessoas que sentem atração sexual, mas apenas sob circunstâncias e/ou condições específicas.


Outras palavras e frases únicas usadas na comunidade assexual para elaborar identidades e relacionamentos também existem. Um termo cunhado por indivíduos da comunidade assexual é ''friend-focused'', que se refere a relacionamentos não românticos altamente valorizados. Outros termos incluem ''squishes'' e ''zucchinis'', que são paixões não românticas e relacionamentos queer-platônicos, respectivamente. Alguns assexuais usam naipes da carta de baralho [[ás]] como identidades de sua orientação romântica, como o ás de espadas para o aromanticismo e o ás de copas para o não aromantico. como o [[ás de espadas]] para aromanticismo e o [[ás de copas]] para não-aromanticismo.<ref name="simon"/>
Algumas também se identificam como pertecentes à área cinza por experienciarem atração regularmente, mas sem que haja uma vontade real de fazer sexo.<ref name=":12">{{Citar web |url=https://orientando.org/listas/lista-de-orientacoes/gray/ |titulo=» Gray |acessodata=2018-06-29 |obra=orientando.org |lingua=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://wiki.asexuality.org/Gray-A/Grey-A |titulo=Gray-A/Grey-A - AVENwiki |acessodata=2021-08-27 |website=wiki.asexuality.org}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://buzzfeed.com.br/post/12-coisas-que-voce-nao-sabia-sobre-pessoas-assexuais |titulo=12 coisas que você não sabia sobre pessoas assexuais |acessodata=2021-08-27 |website=BuzzFeed BRASIL}}</ref>


{{âncora|Alossexualidade}}Termos como ''não assexuais'' e ''alossexual'' são usados para se referir a indivíduos do lado oposto do espectro da sexualidade.<ref name="making">{{citar periódico |titulo=Making Sense in and of the Asexual Community: Navigating Relationships and Identities in a Context of Resistance |acessodata=16 de novembro de 2021 |jornal=Journal of Community & Applied Social Psychology |ultimo=Chasin |primeiro=CJ DeLuzio |ano=2015 |paginas=167–180 |titulotrad=Fazendo sentido na e da comunidade assexual: navegando por relacionamentos e identidades em um contexto de resistência |doi=10.1002/casp.2203 |issn=1099-1298 |edicao=2ª |volume=25}}</ref>
== Investigação ==

{{Revisão}}{{Má tradução|data=setembro de 2021}}
== Pesquisa ==


=== Prevalência ===
=== Prevalência ===
[[File:Kinsey Scale.svg|thumb|upright=1.3|[[Escala de Kinsey]] de respostas sexuais, que indicam graus de [[orientação sexual]]. A escala original incluía uma designação de "X", que indicava uma carência de comportamento sexual.<ref name="Lehmiller">{{citar livro|autor =Justin J. Lehmiller|título=The Psychology of Human Sexuality|publicado=[[John Wiley & Sons]]|isbn=978-1119164708|página=250|data=2017|acessodata=29 de novembro de 2017|url=https://books.google.com/books?id=ytk5DwAAQBAJ&pg=PT250}}</ref>]]
[[File:Kinsey Scale.svg|thumb|upright=1.3|[[Escala de Kinsey|Escala]] [[Escala de Kinsey|Kinsey]] de respostas sexuais, que indicam graus de [[orientação sexual]]. A escala original incluía uma designação de "X", que indicava uma carência de comportamento sexual.<ref name="Lehmiller">{{citar livro|autor =Justin J. Lehmiller|título=The Psychology of Human Sexuality|publicado=[[John Wiley & Sons]]|isbn=978-1119164708|página=250|data=2017|acessodata=29 de novembro de 2017|url=https://books.google.com/books?id=ytk5DwAAQBAJ&pg=PT250}}</ref>]]


Assexualidade não é um novo aspecto da sexualidade humana, mas é relativamente nova ao discurso público.<ref name="Sesmith">{{citar jornal|primeiro =S.&nbsp;E. |último = Smith|título= Asexuality always existed, you just didn't notice it |jornal=[[The Guardian]]|data=21 de agosto de 2012 |acessdate= 30 de março de 2013|url= https://www.theguardian.com/commentisfree/2012/aug/21/asexuality-always-existed-asexual }}</ref> S.&nbsp;E. Smith de ''[[The Guardian]]'' não tem a certeza de que assexualidade realmente aumentou, mas tende a reditar que está simplesmente mais visível.<ref name="Sesmith" /> [[Alfred Kinsey]] avaliou indivíduos de 0 a 6 de acordo com sua orientação sexual de heterossexual a homossexual, conhecido como a [[escala de Kinsey]]. Ele também incluiu a categoria à qual chamou "X" para indivíduos com "nenhuns contactos ou reações afeto-sexuais."<ref name="Kinsey-male">{{citar livro|primeiro =Alfred C.|último =Kinsey|ano=1948|título=Sexual Behavior in the Human Male|publicado=W.B. Saunders|isbn=978-0-253-33412-1}}</ref><ref name="Kinsey-female">{{citar livro|primeiro =Alfred C.|último =Kinsey|ano=1953|título=Sexual Behavior in the Human Female|publicado=W.B. Saunders|isbn=978-0-253-33411-4}}</ref> Embora, em tempos modernos, isto é categorizado como a representar assexualidade,<ref name="Stange">{{citar livro|autor1 =Mary Zeiss Stange|autor2 =Carol K. Oyster|autor3 =Jane E. Sloan|título=Encyclopedia of Women in Today's World|url=https://books.google.com/books?id=bOkPjFQoBj8C&pg=PA158|access= 27 de julho de 2013|data=23 de fevereiro de 2011|publicado=SAGE Publications|isbn=978-1-4129-7685-5|página=158}}</ref> o estudioso [[Justin J. Lehmiller]] declarou, "a classificação X de Kinsey enfatizou uma carência de comportamento sexual, enquanto a definição moderna de assexualidade enfativa uma carência de atração sexual. Assim, a Escala de Kinsey pode não ser suficiente para classificação precisa de assexualidade."<ref name="Lehmiller"/> Kinsey labeled 1.5% of the adult male population as ''X''.<ref name="Kinsey-male"/><ref name="Kinsey-female"/> Em seu segundo livro, ''Sexual Behavior in the Human Female'', ele reportou sua discriminação de indivíduos que são X: mulheres não-casadas = 14–19%, mulheres casadas = 1–3%, mulheres anteriormente casadas = 5–8%, homens não-casados = 3–4%, homens casados = 0%, e homens anteriormente casados = 1–2%. Vale ressaltar que a escala Kisney atualmente não é amplamente utilizada por estudiosos, sendo abandonadas por conceitos julgados mais modernos e tampouco por populares.<ref name="Kinsey-female" />
A maioria dos estudiosos concorda que a assexualidade é rara, constituindo 1% ou menos da população.<ref>{{citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=_SA6DwAAQBAJ&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false|título=Women's Lives: A Psychological Exploration, Fourth Edition|ultimo=Etaugh|primeiro=Claire A.|ultimo2=Bridges|primeiro2=Judith S.|editora=Taylor & Francis|ano=2017|lingua=inglês|titulotrad=Vidas de Mulheres: Uma Exploração Psicológica, Quarta Edição|isbn=978-1-315-44938-8}}</ref> Assexualidade não é um novo aspecto da sexualidade humana, mas é relativamente nova ao discurso público.<ref name="Sesmith">{{citar jornal|primeiro =S.&nbsp;E. |último = Smith|título= Asexuality always existed, you just didn't notice it |jornal=[[The Guardian]]|data=21 de agosto de 2012 |acessdate= 30 de março de 2013|url= https://www.theguardian.com/commentisfree/2012/aug/21/asexuality-always-existed-asexual }}</ref> S.E. Smith do ''[[The Guardian]]'' não tem a certeza de que assexualidade realmente aumentou, mas tende a acreditar que está simplesmente mais visível.<ref name="Sesmith" /> [[Alfred Kinsey]] avaliou indivíduos de 0 a 6 de acordo com sua orientação sexual de heterossexual a homossexual, conhecido como a [[escala de Kinsey]]. Ele também incluiu a categoria à qual chamou "X" para indivíduos com "nenhuns contactos ou reações afeto-sexuais."<ref name="Kinsey-male">{{citar livro|primeiro =Alfred C.|último =Kinsey|ano=1948|título=Sexual Behavior in the Human Male|publicado=W.B. Saunders|isbn=978-0-253-33412-1}}</ref><ref name="Kinsey-female">{{citar livro|primeiro =Alfred C.|último =Kinsey|ano=1953|título=Sexual Behavior in the Human Female|publicado=W.B. Saunders|isbn=978-0-253-33411-4}}</ref> EKinsey rotulou 1,5% da população adulta masculina como X.resentar assexualidade,<ref name="Stange">{{citar livro|autor1 =Mary Zeiss Stange|autor2 =Carol K. Oyster|autor3 =Jane E. Sloan|título=Encyclopedia of Women in Today's World|url=https://books.google.com/books?id=bOkPjFQoBj8C&pg=PA158|access= 27 de julho de 2013|data=23 de fevereiro de 2011|publicado=SAGE Publications|isbn=978-1-4129-7685-5|página=158}}</ref> o estudioso [[Justin J. Lehmiller]] declarou, "a classificação X de Kinsey enfatizou uma carência de comportamento sexual, enquanto a definição moderna de assexualidade enfativa uma carência de atração sexual. Assim, a Escala de Kinsey pode não ser suficiente para classificação precisa de assexualidade."<ref name="Lehmiller"/> Kinsey rotulou 1,5% da população adulta masculina como X.<ref name="Kinsey-male"/><ref name="Kinsey-female"/> Em seu segundo livro, ''Sexual Behavior in the Human Female'', ele reportou sua discriminação de indivíduos que são X: mulheres não-casadas (14 -19%), mulheres casadas (1 - 3%), mulheres anteriormente casadas (5 - 8%), homens não-casados (3 - 4%), homens casados (0%), e homens anteriormente casados (1 - 2%). Vale ressaltar que a escala Kisney atualmente não é amplamente utilizada por estudiosos, sendo abandonadas por conceitos julgados mais modernos e tampouco por populares.<ref name="Kinsey-female" />


Outros dados empíricos sobre uma demografia assexual apareceram em 1994, quando uma equipe de pesquisa no Reino Unido realizou uma pesquisa abrangente com 18.876 residentes britânicos, estimulada pela necessidade de informações sexuais após a [[Epidemiologia do HIV/Aids|pandemia da AIDS]]. A pesquisa incluiu uma pergunta sobre atração sexual, para a qual 1,05% dos entrevistados responderam que "nunca se sentiram sexualmente atraídos por ninguém".<ref>{{citar livro|url=https://books.google.com.br/books/about/Sexual_behaviour_in_Britain.html?id=jzgbAAAAYAAJ&redir_esc=y|título=Sexual Behaviour in Britain: The National Survey of Sexual Attitudes and Lifestyles.|ultimo=Wellings|primeiro=Kaye|editora=[[Penguin Books]]|ano=1994|titulotrad=Comportamento sexual na Grã-Bretanha: Pesquisa Nacional de Atitudes e Estilos de Vida Sexuais.|isbn=9780140158144}}</ref> O estudo desse fenômeno foi continuado pelo pesquisador canadense de sexualidade Anthony Bogaert em 2004, que explorou a demografia assexual em uma série de estudos. A pesquisa de Bogaert indicou que 1% da população britânica não sente atração sexual, mas ele acreditava que o número de 1% não era um reflexo preciso da porcentagem provavelmente muito maior da população que poderia ser identificada como assexual, observando que 30% das pessoas contatadas para a pesquisa inicial optaram por não participar da pesquisa.Visto que pessoas com menos experiência sexual são mais propensas a se recusar a participar de estudos sobre sexualidade, e os assexuais tendem a ter menos experiência sexual do que as pessoas sexuais, é provável que os assexuais estejam sub-representados nos participantes que responderam. O mesmo estudo descobriu que o número de homossexuais e bissexuais somados chega a cerca de 1,1% da população, o que é muito menor do que indicam outros estudos.<ref name="toward"/><ref name="Bogaert2004"/>
== Debate ==
Há um desacordo sobre se a assexualidade é uma orientação sexual legítima. Muitos ainda confundem assexualidade com baixa [[libido]]. Alguns argumentam que ela cai sobre o nome de [[Hipoatividade sexual|distúrbio de hipoatividade sexual]] ou [[Erotofobia|distúrbio da aversão sexual]]. Entre os que não acreditam ser uma orientação, outras causas sugeridas incluem [[abuso sexual]] passado, repressão sexual, problemas [[hormônio|hormonais]], desenvolvimento tardio de atração, influxo hormonal, [[niilismo moral]], traumas, [[anafrodisia]], [[anorgasmia]], ou não ter encontrado a pessoa certa. Muitas vezes associam, indevidamente, fobias a assexualidade, como [[malaxofobia]], [[sexofobia]], [[erotofobia]], [[filofobia]] e genofobia. Muitos assexuais autoidentificados, enquanto isso, negam que tais diagnósticos se apliquem a eles; outros argumentam que, porque a sua assexualidade não lhes causa angústia, não deveria ser vista como um [[distúrbio]] emocional ou médico. Outros argumentam que no passado, foram feitas afirmações semelhantes sobre a homossexualidade e bissexualidade, apesar do fato de que muitas pessoas agora as considerem como orientações legítimas.<ref>{{Citar web |url=https://www.sbmfc.org.br/noticias/mitos-lgbtia-assexualidade/ |titulo=Mitos LGBTIA+: Assexualidade |acessodata=2021-08-22 |website=SBMFC}}</ref> Variações naturais, como as [[intersexo]], de [[hipogonadismo]], a [[andropausa]]/[[menopausa]] ou hipoestrogenismo/hipoandrogenismo, não devem ser confundidas com assexualidade.<ref>{{Citar web |url=http://reporterunesp.jor.br/2015/06/17/assexualidade-nao-nao-e-uma-doenca/ |titulo=Assexualidade: não, não é uma doença |data=2015-06-18 |acessodata=2021-08-22 |website=Repórter Unesp |lingua=pt-BR}}</ref>


Comparando o valor de 1% de Bogaert, um estudo de Aicken et al.,publicado em 2013, sugere que, com base nos dados do Natsal-2 de 2000-2001, a prevalência de assexualidade na Grã-Bretanha é de apenas 0,4% para a faixa etária de 16 a 44 anos.<ref name="estudos"/><ref name="evidence">{{citar periódico |url=http://discovery.ucl.ac.uk/1301794/ |titulo=Who reports absence of sexual attraction in Britain? Evidence from national probability surveys |acessodata=17 de novembro de 2021 |jornal=Psychology & Sexuality |ultimo=Aicken |primeiro=Catherine R. H. |ultimo2=Mercer |primeiro2=Catherine H. |paginas=121–135 |lingua=en |titulotrad=Quem relata a ausência de atração sexual na Grã-Bretanha? Evidências de pesquisas nacionais de probabilidade |doi=10.1080/19419899.2013.774161 |issn=1941-9899 |ultimo3=Cassell |primeiro3=Jackie A. |edicao=2ª |volume=4}}</ref> Esta porcentagem indica uma diminuição em relação ao valor de 0,9% determinado a partir dos dados do Natsal-1 coletados na mesma faixa etária uma década antes.<ref name="evidence"/> Uma análise de 2015 por Bogaert também encontrou um declínio semelhante entre os dados do Natsal-1 e do Natsal-2.<ref name="what">{{citar periódico |titulo=Asexuality: What It Is and Why It Matters |acessodata=17 de novembro de 2021 |jornal=Journal of Sex Research |ultimo=Bogaert |primeiro=A. F. |paginas=362–379 |titulotrad=Assexualidade: O que é e porque é importante |doi=10.1080/00224499.2015.1015713 |pmid=25897566 |edicao=4ª |volume=52}}</ref> Aicken, Mercer e Cassell encontraram algumas evidências de diferenças étnicas entre os entrevistados que não experimentaram atração sexual; homens e mulheres de origem indiana e paquistanesa tiveram maior probabilidade de relatar a falta de atração sexual.<ref name="evidence"/>
Entretanto, a maior parte dos argumentos contrários à assexualidade se dão tomando como base as pesquisas relacionadas à falta de atração sexual, que não é sinônimo de assexualidade, já que a falta de atração sexual possui várias causas possíveis. Já as pesquisas voltadas diretamente à área da assexualidade têm concluído que os assexuais não são portadores de patologias e de problemas psicológicos comumente atribuídos a outras pessoas que, por algum problema, não sentem ou deixaram de sentir atração sexual.


Em uma pesquisa realizada pela [[YouGov]] em 2015, 1.632 adultos britânicos foram convidados a tentar se posicionar na escala de Kinsey. 1% dos participantes respondeu "Sem sexualidade". A repartição dos participantes foi de 0% homens, 2% mulheres; 1% em todas as faixas etárias.<ref>{{citar web|ultimo=Dahlgreen|primeiro=Will|ultimo2=Shakespeare|primeiro2=Anna-Elizabeth|url=https://yougov.co.uk/topics/lifestyle/articles-reports/2015/08/16/half-young-not-heterosexual|titulo=1 in 2 young people say they are not 100% heterosexual|data=16 de agosto de 2015|acessodata=17 de novembro de 2021|website=[[YouGov]]|lingua=en|titulotrad=1 em cada 2 jovens dizem que não são 100% heterossexuais|urlmorta=no|wayb=20181128165211}}</ref>
== Pesquisa ==
Um estudo feito com [[ovelha|cordeiros]] chegou ao resultado de que cerca de 2% a 3% dos indivíduos estudados não tinham interesse aparente em acasalar com sexo algum. Outro estudo, foi feito com [[rato]]s e [[gerbilo]]s, em que até 12% dos machos não mostraram interesse nas fêmeas. Contudo, como suas interações com outros machos não foram medidas, o estudo é de uso limitado no que toca à assexualidade (Westphal, [[2004]]).


=== Orientação sexual, saúde mental e causa ===
Uma pesquisa de opinião no [[Reino Unido]] sobre sexualidade incluiu uma pergunta sobre atração sexual, e 1% dos entrevistados responderam que "nunca se sentiram atraídos sexualmente por absolutamente ninguém" (Bogaert, 2004). O [[Kinsey Institute]] conduziu uma pequena pesquisa sobre esse assunto, que concluiu que "os assexuais parecem melhor caracterizados por pouco desejo sexual e excitação que por baixos níveis de comportamento sexual ou alta inibição sexual" (Prause e Graham, 2002). Esse estudo também menciona um conflito quanto à definição de "assexual": os pesquisadores descobriram quatro definições diferentes na literatura, e afirmaram que era incerto se aquelas identificando assexual estavam se referindo a uma orientação.
Há um debate significativo sobre se a assexualidade é ou não uma orientação sexual.<ref name="Sex and society"/><ref name="what"/> Foi comparado e igualado a [[Síndrome do desejo sexual hipoativo]] (DSH), em que ambos implicam uma falta geral de atração sexual por alguém; DSH tem sido usado para medicalizar a assexualidade, mas a assexualidade geralmente não é considerada um distúrbio ou [[disfunção sexual]] (como [[anorgasmia]], [[anedonia]], etc.), porque não necessariamente define alguém como tendo um problema médico ou problemas relacionados a outras pessoas socialmente.<ref name="whoare"/><ref name="sage"/><ref name="reco">{{citar periódico |titulo=Reconsidering Asexuality and Its Radical Potential |acessodata=17 de novembro de 2021 |jornal=Feminist Studies |ultimo=Chasin |primeiro=CJ DeLuzio |ano=2013 |paginas=405–426 |lingua=en |titulotrad=Reconsiderando a assexualidade e seu potencial radical |edicao=2ª |volume=39}}</ref> Ao contrário das pessoas com DSH, as pessoas assexuais normalmente não experimentam "angústia acentuada" e "dificuldade interpessoal" em relação aos sentimentos sobre sua sexualidade, ou geralmente falta de [[excitação sexual]]; a assexualidade é considerada a falta ou ausência de atração sexual como uma característica duradoura.<ref name="toward"/><ref name="sage"/> Um estudo descobriu que, em comparação com indivíduos DSH, assexuais relataram níveis mais baixos de [[desejo sexual]], experiência sexual, angústia relacionada ao sexo e [[Depressão (humor)|sintomas depressivos]].<ref>{{citar periódico |titulo=Asexuality: An Extreme Variant of Sexual Desire Disorder? |acessodata=17 de novembro de 2021 |jornal=The Journal of Sexual Medicine |ultimo=Brotto |primeiro=L. A. |ultimo2=Yule |primeiro2=M. A. |ano=2015 |paginas=646–660 |titulotrad=Assexualidade: uma variante extrema do transtorno do desejo sexual? |doi=10.1111/jsm.12806 |pmid=25545124 |ultimo3=Gorzalka |primeiro3=B. B. |edicao=3ª |volume=12}}</ref> Os pesquisadores Richards e Barker relatam que os assexuais não têm taxas desproporcionais de [[alexitimia]], depressão ou [[Transtorno de personalidade|transtornos de personalidade]].<ref name="sage"/> Algumas pessoas, entretanto, podem se identificar como assexuais, mesmo que seu estado não sexual seja explicado por um ou mais dos distúrbios mencionados acima.<ref name="Sex and society"/>


O primeiro estudo que forneceu dados empíricos sobre os assexuais foi publicado em 1983 por Paula Nurius, a respeito da relação entre orientação sexual e saúde mental.<ref name="family">{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=AjMbAgAAQBAJ&pg=PA35|título=Diversity in family life|ultimo=Ruspini|primeiro=Elisabetta|ultimo2=Milks|primeiro2=Megan|editora=Policy Press|ano=2013|páginas=35–36|lingua=inglês|titulotrad=Diversidade na vida familiar|isbn=978-1447300939|acessodata=17 de novembro de 2021}}</ref> 689 sujeitos - a maioria dos quais eram estudantes em várias universidades nos Estados Unidos tendo aulas de psicologia ou sociologia - participaram de várias pesquisas, incluindo quatro escalas de bem-estar clínico. Os resultados mostraram que os assexuais têm maior probabilidade de ter baixa autoestima e maior probabilidade de ficarem deprimidos do que os membros de outras orientações sexuais; 25,88% dos heterossexuais, 26,54% bissexuais (chamados de "ambissexuais"), 29,88% dos homossexuais e 33,57% dos assexuais relataram ter problemas de autoestima. Uma tendência semelhante existia para a depressão. Nurius não acreditava que conclusões firmes pudessem ser tiradas disso por vários motivos.<ref name="family"/><ref>{{citar periódico |titulo=Mental Health Implications of Sexual Orientation |acessodata=17 de novembro de 2011 |jornal=The Journal of Sex Research |ultimo=Nurius |primeiro=Paula |ano=1983 |paginas=119–136 |titulotrad=Implicações da orientação sexual para a saúde mental |doi=10.1080/00224498309551174 |edicao=2ª |volume=19}}</ref>
Lori Brotto,<ref>[http://www.indiana.edu/~sexlab/files/pr2007/Brottoetal2007.pdf Understanding Asexuality -]</ref> pesquisadora britânica sobre o tema, ao iniciar a sua pesquisa de campo em grupos assexuais, acreditava que essas pessoas poderiam estar se considerando assexuais por alienação, pensamento suicida, sintomas psicopáticos, transtornos sexuais, ansiedade, stress pós-traumático, dentre outros problemas. Mas, ao aprofundar os seus estudos, percebeu que, entre os assexuais, não havia evidência dessa orientação sexual ser determinada por qualquer patologia.


Em um estudo de 2013, Yule et al. examinou as variações de saúde mental entre heterossexuais, homossexuais, bissexuais e assexuais caucasianos. Os resultados de 203 participantes do sexo masculino e 603 do sexo feminino foram incluídos nas descobertas. Yule et al. descobriram que participantes assexuais do sexo masculino eram mais propensos a relatar ter um transtorno de humor do que outros homens, particularmente em comparação aos participantes heterossexuais. O mesmo foi verificado para participantes assexuais do sexo feminino em relação às heterossexuais; no entanto, mulheres não assexuais e não heterossexuais tiveram as taxas mais altas. Participantes assexuais de ambos os sexos eram mais propensos a ter transtornos de ansiedade do que os participantes heterossexuais e não heterossexuais, assim como eram mais propensos do que os participantes heterossexuais a relatar ter tido sentimentos suicidas recentes. Yule et al. levantaram a hipótese de que algumas dessas diferenças podem ser devido à discriminação e outros fatores sociais.<ref>{{citar periódico |titulo=Mental Health and Interpersonal Functioning in Self-Identified Asexual Men and Women |acessodata=17 de novembro de 2021 |jornal=Psychology & Sexuality |ultimo=Yule |primeiro=Morag A. |ultimo2=Brotto |primeiro2=Lori A. |paginas=136–151 |lingua=en |titulotrad=Saúde mental e funcionamento interpessoal em homens e mulheres assexuais auto identificados |doi=10.1080/19419899.2013.774162 |ultimo3=Gorzalka |primeiro3=Boris B. |edicao=2ª |volume=4}}</ref>
== Subclassificações ==
Alguns assexuais usam um sistema de classificação desenvolvido (e então aposentado) pelo fundador da Asexual Visibility and Education Network. Nesse sistema, assexuais são divididos em tipos de A a D:
# Assexual tipo A: possui atração romântica por indivíduos do sexo oposto (heterorromântico).
# Assexual tipo B: possui atração romântica por indivíduos do mesmo sexo (homorromântico).
# Assexual tipo C: possui atração romântica por ambos os tipos de indivíduos (biromântico).
# Assexual tipo D: sem atração romântica ([[arromântico]]).


Com relação às categorias de orientação sexual, a assexualidade pode ser argumentada como não sendo uma categoria significativa a ser adicionada ao continuum e, em vez disso, como a falta de orientação sexual ou sexualidade.<ref name="what"/> Outros argumentos propõem que a assexualidade é a negação da sexualidade natural de alguém e que é um distúrbio causado pela vergonha da sexualidade, ansiedade ou [[abuso sexual]], às vezes baseando essa crença em assexuais que se masturbam ou ocasionalmente se envolvem em atividades sexuais simplesmente para agradar um parceiro romântico.<ref name="what"/><ref name="nosex"/><ref name="justsex"/> Dentro do contexto das políticas de identidade de orientação sexual, a assexualidade pode cumprir pragmaticamente a função política de uma categoria de identidade de orientação sexual.<ref name="making"/>
Note que a assexualidade não é o mesmo que celibato, que é a abstinência deliberada de atividade sexual; muitos assexuais fazem sexo, e a maioria dos celibatários não são assexuais. A AVEN não utiliza mais esse sistema por se tratar de algo muito excludente.

A sugestão de que a assexualidade é uma disfunção sexual é controversa entre a comunidade assexual. Aqueles que se identificam como assexuais geralmente preferem que seja reconhecida como uma orientação sexual.<ref name="Sex and society"/> Os estudiosos que argumentam que a assexualidade é uma orientação sexual podem apontar para a existência de diferentes preferências sexuais.<ref name="what"/><ref name="varcarolis"/><ref name="justsex"/> Eles e muitos assexuais acreditam que a falta de atração sexual é válida o suficiente para ser categorizada como orientação sexual.<ref name="simon"/> Os pesquisadores argumentam que os assexuais não optam por não ter desejo sexual e geralmente começam a descobrir suas diferenças em comportamentos sexuais na adolescência. Por causa desses fatos virem à tona, é argumentado que a assexualidade é mais do que uma escolha comportamental e não é algo que pode ser curado como um distúrbio.<ref name="justsex"/><ref>{{Citar periódico |url=http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/10532528.1995.10559905 |titulo=Habituation of Sexual Arousal: Product and Process |acessodata=17 de novembro de 2021 |jornal=Annual Review of Sex Research |ultimo=Over |primeiro=Ray |ultimo2=Koukounas |primeiro2=Eric |ano=1995 |paginas=187–223 |lingua=en |titulotrad=Habituação de Excitação Sexual: Produto e Processo |doi=10.1080/10532528.1995.10559905 |doi-broken-date=31 de outubro de 2021 |wayb=20200419041203 |edicao=1ª |volume=6}}

Citado de: {{Citar livro|título=Sexuality Today: The Human Perspective|ultimo=Kelly|primeiro=Gary F.|editora=[[McGraw-Hill]]|ano=2004|edicao=7ª|página=401|lingua=inglês|titulotrad=Sexuality Today: A Perspectiva Humana|isbn=978-0-07-255835-7}}</ref> Há também uma análise sobre se a identificação como assexual está se tornando mais popular.<ref>{{citar periódico |titulo=The Disregarding of Heteronormativity: Emphasizing a Happy Queer Adulthood and Localizing Anti-Queer Violence to Adolescent Schools |acessodata=17 de novembro de 2021 |jornal=Sexuality Research & Social Policy |ultimo=Meyer |primeiro=Doug |paginas=331–344 |titulotrad=A Desconsideração da Heteronormatividade: Enfatizando uma Idade Adulta Queer Feliz e Localizando a Violência Anti-Queer nas Escolas de Adolescentes |doi=10.1007/s13178-016-0272-7 |edicao=3ª |volume=14}}</ref>

A pesquisa sobre a etiologia da orientação sexual quando aplicada à assexualidade tem o problema de definição de orientação sexual não sendo consistentemente definida pelos pesquisadores.<ref>{{citar livro|título=Sexual hormones and the brain: an essential alliance for sexual identity and sexual orientation|ultimo=Garcia-Falgueras|primeiro=A.|ultimo2=Swaab|primeiro2=D. F.|editora=Endocr Dev|ano=2010|series=Desenvolvimento Endócrino|volume=17|páginas=22–35|lingua=inglês|titulotrad=Hormônios sexuais e o cérebro: uma aliança essencial para a identidade sexual e orientação sexual|doi=10.1159/000262525|isbn=978-3-8055-9302-1|pmid=19955753}}</ref> Embora a heterossexualidade, a homossexualidade e a bissexualidade sejam geralmente, mas nem sempre, determinadas durante os primeiros anos da vida pré-adolescente, não se sabe quando a assexualidade é determinada. "Não está claro se essas características [no caso, "falta de interesse ou desejo por sexo"] são consideradas para a vida toda ou se podem ser adquiridas".<ref name="caracterização"/>

Um critério geralmente usado para definir a orientação sexual é que ela seja estável ao longo do tempo. Em uma análise de 2016 no ''Archives of Sexual Behavior'', Brotto et al. encontraram "apenas um apoio fraco" para este critério sendo atendido entre indivíduos assexuais.<ref>{{citar periódico |titulo=Asexuality: Sexual Orientation, Paraphilia, Sexual Dysfunction, or None of the Above? |acessodata=17 de novembro de 2021 |jornal=Archives of Sexual Behavior |ultimo=Brotto |primeiro=L. A. |ultimo2=Yule |primeiro2=M. |ano=2016 |paginas=619–627 |titulotrad=Assexualidade: orientação sexual, parafilia, disfunção sexual ou nenhuma das anteriores? |doi=10.1007/s10508-016-0802-7 |pmid=27542079 |edicao=3ª |volume=46}}</ref> Uma análise de dados do ''National Longitudinal Study of Adolescent to Adult Health'', de Stephen Cranney, descobriu que, de 14{{Nre|Este denominador é erroneamente dado como 25 no resumo do estudo inicial de Cranney. O número de indivíduos que não relataram atração sexual na onda III foi de 14, de acordo com a Tabela 2, primeiro parágrafo da seção "Análise multivariada", e a seguinte citação do comentário subsequente de Cranney: "Especificamente, das 14 pessoas que indicaram 'nenhuma atração sexual' na Onda III, apenas três passaram a fazê-lo na Onda IV (Tabela 2)."<ref name="does">{{citar periódico |titulo=Does Asexuality Meet the Stability Criterion for a Sexual Orientation? |acessodata=17 de novembrode 2021 |jornal=Archives of Sexual Behavior |ultimo=Cranney |primeiro=Stephen |ano=2016 |paginas=637–638 |lingua=en |titulotrad=A assexualidade atende ao critério de estabilidade para uma orientação sexual? |doi=10.1007/s10508-016-0887-z |pmid=27815642 |edicao=3ª |volume=46}}</ref>}} indivíduos que não relataram atração sexual na terceira onda do estudo (quando os indivíduos tinham idades entre 18 e 26), apenas 3 continuaram a se identificar dessa forma na quarta onda, seis anos depois.<ref>{{citar periódico |titulo=The Temporal Stability of Lack of Sexual Attraction across Young Adulthood |acessodata=17 de novembro de 2021 |jornal=Archives of Sexual Behavior |ultimo=Cranney |primeiro=Stephen |ano=2016 |paginas=743–749 |titulotrad=A estabilidade temporal da falta de atração sexual na juventude |doi=10.1007/s10508-015-0583-4 |pmc=5443108 |pmid=26228992 |edicao=3ª |volume=45}}</ref> No entanto, Cranney observa que a identificação assexual na terceira onda ainda era significativa como um indicador de identificação assexuada na onda subsequente. Em um comentário subsequente, Cranney afirmou que a interpretação desses dados foi complicada pela ausência de qualquer "padrão quantitativo definido para quanto tempo um desejo sexual deve durar antes de ser considerado estável ou intrínseco o suficiente para ser considerado uma orientação".<ref name="does"/>

== Comunidade ==
{{âncora|Bandeira}}<!-- Este é um alvo de redirecionamento; veja [[Bandeira assexual]].
-->
{{Símbolos LGBT}}
[[Imagem:Asexual Pride Flag.svg|thumb|Bandeira da assexualidade.|332x332px]]
[[Ficheiro:Asexual ring.jpg|miniaturadaimagem|Alguns membros da comunidade assexual optam por usar um anel preto no dedo médio da mão direita como forma de identificação.<ref name="reco"/>]]
Atualmente não existe um trabalho acadêmico que trate da história da comunidade assexual.<ref>{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=sEGDCgAAQBAJ&pg=PT77|título=Asexuality and Sexual Normativity: An Anthology|ultimo=Carrigan|primeiro=Mark|ultimo2=Gupta|primeiro2=Kristina|ultimo3=Morrison|primeiro3=Todd G.|editora=[[Routledge]]|ano=2015|lingua=inglês|titulotrad=Assexualidade e normatividade sexual: uma antologia|isbn=978-0-415-73132-4}}</ref> Embora alguns sites privados para pessoas com pouco ou nenhum desejo sexual existissem na Internet na década de 1990,<ref name="eine">{{citar livro|título=Sexualitäten: Eine kritische Theorie in 99 Fragmenten|ultimo=Sigusch|primeiro=Volkmar|editora=Campus Verlag|ano=2013|lingua=alemão|titulotrad=Sexualidades: uma teoria crítica em 99 fragmentos|isbn=978-3593399751}}</ref> estudiosos afirmam que uma comunidade de assexuais autoidentificados se fundiu no início do século 21, ajudada pela popularidade das [[Comunidade Online|comunidades online]].<ref>{{citar livro|título=The SAGE Encyclopedia of LGBTQ Studies|ultimo=Goldberg|primeiro=Abbie E.|editora=SAGE|ano=2016|página=92|lingua=inglês|titulotrad=A enciclopédia SAGE de estudos LGBTQ|isbn=978-1483371290|citacao=[...] A literatura sociológica tem enfatizado a novidade da assexualidade como uma forma distinta de identificação social que emergiu no início do século 21.}}</ref> Volkmar Sigusch afirmou que "Grupos como ''Leather Spinsters'' defenderam a vida assexual contra a pressão da cultura" e que "Geraldin van Vilsteren criou a ''Nonlibidoism Society'' na Holanda, enquanto o Yahoo oferecia um grupo para assexuais, ''Haven for the Human Ameba''."<ref name="eine"/> A '''''Asexual Visibility and Education Network''' ('''AVEN''')'' é uma organização fundada pelo [[Ativismo|ativista]] norte-americano da assexualidade [[David Jay]] em 2001 que se concentra em questões de assexualidade.<ref name="Sex and society"/> Seus objetivos declarados são "criar aceitação pública e discussão da assexualidade e facilitar o crescimento de uma comunidade assexual".<ref name="Sex and society"/><ref>{{Citar notícia|ultimo=Swash|primeiro=Rosie|url=https://www.theguardian.com/lifeandstyle/2012/feb/26/among-the-asexuals|titulo=Among the asexuals|data=26 de fevereiro de 2012|acessodata=17 de novembro de 2021|website=[[The Guardian]]|lingua=en|titulotrad=Entre os assexuais|urlmorta=no|wayb=20210211010222}}</ref>

Para alguns, fazer parte de uma comunidade é um recurso importante porque muitas vezes relatam ter se sentido condenados ao ostracismo.<ref name="MacNeela"/> Embora existam comunidades online, a afiliação com as comunidades online varia. Alguns questionam o conceito de comunidade online, enquanto outros dependem fortemente da comunidade assexual online para apoio. [[Elizabeth Abbott]] postula que sempre houve um elemento assexual na população, mas que as pessoas assexuadas se mantiveram discretas. Embora o fracasso em consumar o casamento tenha sido visto como um insulto ao sacramento do casamento na Europa medieval, e às vezes tenha sido usado como fundamento para o divórcio ou para declarar a nulidade do casamento, a assexualidade, ao contrário da homossexualidade, nunca foi ilegal, e geralmente passou despercebido. No entanto, no século 21, o anonimato da comunicação online e a popularidade geral das redes sociais online facilitaram a formação de uma comunidade construída em torno de uma identidade assexual comum.<ref>{{Citar notícia|ultimo=Duenwald|primeiro=Mary|url=https://www.nytimes.com/2005/06/09/fashion/thursdaystyles/for-them-just-saying-no-is-easy.html|titulo=For Them, Just Saying No Is Easy|data=9 de junho de 2005|acessodata=17 de novembro de 2021|website=[[The New York Times]]|titulotrad=Para eles, apenas dizer não é fácil|urlmorta=no|wayb=20210114055305|acessourl=subscrição}}</ref>

Comunidades como a AVEN podem ser benéficas para quem busca respostas para resolver uma crise de identidade em relação à sua possível assexualidade. Os indivíduos passam por uma série de processos emocionais que culminam na identificação com a comunidade assexual. Eles primeiro percebem que suas atrações sexuais diferem daquelas da maioria da sociedade. Essa diferença leva a questionar se a maneira como eles se sentem é aceitável e os possíveis motivos pelos quais se sentem assim. A tendência é que surjam crenças [[Patologia|patológicas]], nas quais, em alguns casos, eles podem procurar ajuda médica por sentirem que têm uma doença. A autocompreensão geralmente é alcançada quando eles encontram uma definição que corresponda a seus sentimentos. Comunidades de assexualidade fornecem suporte e informações que permitem que assexuais recém-identificados passem do auto-esclarecimento para a identificação em um nível comunitário, o que pode ser fortalecedor, porque agora eles têm algo com o que se associar, o que dá normalidade a essa situação geral de isolamento social.<ref name="justsex"/>

Organizações assexuais e outros recursos da Internet desempenham um papel fundamental em informar as pessoas sobre a assexualidade. A falta de pesquisas torna difícil para os médicos entenderem a causa. Como acontece com qualquer orientação sexual, a maioria das pessoas assexuadas se auto identificam. Isso pode ser um problema quando a assexualidade é confundida com um problema de intimidade ou de relacionamento ou com outros sintomas que não definem a assexualidade. Há também uma população significativa que não entende ou não acredita na assexualidade, o que aumenta a importância dessas organizações para informar a população em geral; entretanto, devido à falta de fatos científicos sobre o assunto, o que esses grupos promovem como informação muitas vezes é questionado.

Em 29 de junho de 2014, a AVEN organizou a segunda Conferência Internacional de Assexualidade, como um evento afiliado da ''WorldPride'' em Toronto. O primeiro foi realizado no ''World Pride'' 2012, em Londres.<ref name=!gendersex"/> O segundo evento, que contou com a presença de cerca de 250 pessoas, foi o maior encontro de assexuais até hoje.<ref>{{citar web|ultimo=Forani|primeiro=Jonathan|url=https://www.thestar.com/news/gta/2014/06/23/world_pride_toronto_asexuals_march_in_biggest_numbers_yet.html|titulo=World Pride Toronto: Asexuals march in biggest numbers yet|data=23 de junho de 2014|acessodata=17 de novembro de 2021|website=Toronto Star|lingua=en|titulotrad=World Pride Toronto: O maior número de assexuais marcham até agora|urlmorta=no|wayb=20210301110546}}</ref> A conferência incluiu apresentações, discussões e workshops sobre tópicos como pesquisa sobre assexualidade, relações assexuais e identidades cruzadas.

=== Símbolos ===
{{Artigo principal|Simbologia LGBT+}}Em 2009, os membros do AVEN participaram da primeira entrada assexual em uma parada do orgulho LGBT americana quando caminharam na ''[[Parada do Dia da Libertação Gay de São Francisco|San Francisco Pride]].''<ref>{{Citar revista|sobrenome=Anneli|primeiro=Rufus|data=22 de junho de 2009|título=Stuck. Asexuals at the Pride Parade.|títulotrad=Entalado na garganta. Assexuais na Parada do Orgulho LGBT.|url=http://www.psychologytoday.com/blog/stuck/200906/asexuals-the-pride-parade|revista=[[Psychology Today]]|língua=inglês|acessodata=17 de novembro de 2021}}</ref> Em agosto de 2010, após um período de debate sobre ter uma '''bandeira assexual''' e como estabelecer um sistema para criá-la, e contatar o maior número possível de comunidades assexual, uma bandeira foi anunciada como a '''bandeira do orgulho assexual''' por uma das equipes envolvidas. A bandeira final era uma candidata popular e já havia sido usada em fóruns online fora da AVEN. A votação final foi realizada em um sistema de pesquisa fora da AVEN, onde os principais esforços de criação da bandeira foram organizados. As cores das bandeiras têm sido usadas em obras de arte e referenciadas em artigos sobre assexualidade.<ref>{{citar web|ultimo=Lin|primeiro=Elaine|url=http://recultured.com/uncategorized/09/asexuality-redefining-love-and-sexuality/|titulo=Asexuality – Redefining Love and Sexuality|data=9 de janeiro de 2012|acessodata=17 de novembro de 2021|website=re'''cultured'''|lingua=en|titulotrad=Assexualidade - Redefinindo o amor e a sexualidade|urlmorta=sim|wayb=20131224110738}}</ref> A bandeira consiste em quatro listras horizontais: preto, cinza, branco e roxo de cima para baixo. A listra preta representa a assexualidade, a listra cinza representa a área cinza entre sexual e assexual, listra branca representa a sexualidade e a listra roxa representa a comunidade.<ref>{{citar livro|título=Intersectionality and LGBT Activist Politics: Multiple Others in Croatia and Serbia|ultimo=Bilić|primeiro=Bojan|ultimo2=Kajinić|primeiro2=Sanja|editora=Springer|ano=2016|páginas=95–96|lingua=inglês|titulotrad=Interseccionalidade e política ativista LGBT: vários outros na Croácia e na Sérvia}}</ref><ref name="simon"/><ref>{{citar web|url=http://www.lgbt.ucla.edu/Campus-Resources/Asexual|titulo=Asexual|acessodata=17 de novembro de 2021|website=UCLA Lesbian Gay Bisexual Transgender Resource center|lingua=en|urlmorta=sim|wayb=20170904115908}}</ref>

=== Semana Ace ===
A Semana Ace (anteriormente Semana de Conscientização Assexual) ocorre na última semana inteira de outubro. É um [[Lista de períodos de conscientização LGBT|período de conscientização]] que foi criado para celebrar e trazer a consciência para a assexualidade (incluindo a assexualidade cinza).<ref>{{Citar notícia|ultimo=Kumar|primeiro=Shikha|url=http://www.hindustantimes.com/brunch/meet-india-s-newest-sexual-minority-the-asexuals/story-pNyerWTWrBnJHFqpkPwrIP.html|titulo=Meet India's newest sexual minority: The asexuals|data=18 de março de 2017|acessodata=17 de novembro de 2021|website=[[Hindustan Times]]|lingua=en|titulotrad=Conheça a mais nova minoria sexual da Índia: os assexuais|urlmorta=no|wayb=20200419040518}}</ref><ref name="aaw">{{citar web|url=https://aceweek.org/|titulo=AAW – About Us|acessodata=17 de novembro de 2021|website=asexualawarenessweek.com|lingua=en|titulotrad=AAW - Quem Somos|urlmorta=no|wayb=20211009021211}}</ref> Foi fundada por Sara Beth Brooks em 2010.<ref>{{citar web|ultimo=Exton|primeiro=Robyn|url=https://www.huffingtonpost.co.uk/robyn-exton/aces-show-their-hand-what_b_12915544.html|titulo=Aces Show Their Hand – What Is Asexuality And Why You Should Know About It|data=14 de novembro de 2016|acessodata=17 de novembro de 2021|website=HuffPost UK|lingua=en|titulotrad=Aces mostram suas mãos - O que é assexualidade e por que você deve saber sobre isso|urlmorta=no|wayb=20180124065301}}</ref><ref name="aaw"/>

=== Dia Internacional da Assexualidade ===
O Dia Internacional da Assexualidade (em inglês, IAD) é uma celebração anual da comunidade assexual que ocorre em 6 de abril.<ref name="assexday">{{citar web|url=https://internationalasexualityday.org/en/|titulo=International Asexuality Day|acessodata=17 de novembro de 2021|website=International Asexuality Day (IAD)|lingua=en|titulotrad=Dia Internacional da Assexualidade|urlmorta=no|wayb=20210406142723}}</ref> A intenção do dia é “colocar uma ênfase especial na comunidade internacional, indo além da esfera anglófona e ocidental que até agora teve maior cobertura”.<ref name="faq">{{citar web|url=https://internationalasexualityday.org/en/faq/|titulo=FAQ|acessodata=17 de novembro de 2021|website=International Asexuality Day (IAD)|lingua=en|urlmorta=no|wayb=20210307034815}}</ref> Um comitê internacional passou pouco menos de um ano preparando o evento, além de publicar um site e materiais para a imprensa.<ref>{{citar web|url=https://noctismag.com/art-culture/redefining-perceptions-of-asexuality-with-yasmin-benoit/|titulo=Redefining Perceptions Of Asexuality With Yasmin Benoit|acessodata=17 de novembro de 2021|website=noctismag.com|lingua=en|titulotrad=Redefinindo as percepções de assexualidade com Yasmin Benoit|urlmorta=no|wayb=20210223225242}}</ref> Este comitê estabeleceu a data de 6 de abril para evitar confronto com o maior número possível de datas significativas em todo o mundo, embora esta data esteja sujeita a revisão e possa mudar nos anos futuros.<ref name="faq"/><ref>{{citar web|ultimo=Flood|primeiro=Rebecca|url=https://www.newsweek.com/international-asexuality-day-first-celebrated-world-1581256|titulo=Asexual Meaning as First International Asexuality Day Celebrated Around the World|data=6 de abril de 2021|acessodata=17 de novembro de 2021|lingua=en|titulotrad=Significado assexual do primeiro dia internacional da assexualidade celebrado em todo o mundo|urlmorta=no|wayb=20210406133658}}</ref>

O primeiro Dia Internacional da Assexualidade foi celebrado em 2021 e envolveu organizações assexuais de pelo menos 26 países diferentes.<ref name="assexday"/><ref>{{citar web|ultimo=Waters|primeiro=Jamie|url=https://www.theguardian.com/lifeandstyle/2021/mar/21/i-dont-want-sex-with-anyone-the-growing-asexuality-movement|titulo='I don't want sex with anyone': the growing asexuality movement|data=21 de março de 2021|acessodata=17 de novembro de 2021|website=[[The Guardian]]|lingua=en|titulotrad="Eu não quero sexo com ninguém": o movimento crescente da assexualidade|urlmorta=no|wayb=20210401020931}}</ref><ref>{{citar web|ultimo=O'Dell|primeiro=Liam|url=https://www.indy100.com/news/international-asexuality-day-lgbtq-aven-b1827276|titulo=What is International Asexuality Day?|data=6 de abril de 2021|acessodata=17 de novembro de 2021|website=[[The Independent]]|lingua=en|titulotrad=O que é o Dia Internacional da Assexualidade?|urlmorta=no|wayb=20210406115115}}</ref> As atividades incluíram encontros virtuais, programas de defesa tanto online quanto offline, e o compartilhamento de histórias em várias formas de arte.<ref>{{citar web|ultimo=Khadgi|primeiro=Ankit|url=https://kathmandupost.com/art-culture/2021/04/07/in-nepal-s-growing-queer-movement-here-s-how-asexuals-are-trying-to-amplify-their-voice|titulo=In Nepal’s growing queer movement, here’s how asexuals are trying to amplify their voice|data=7 de abril de 2021|acessodata=17 de novembro de 2021|website=The Kathmandu Post|lingua=en|titulotrad=No crescente movimento queer do Nepal, veja como os assexuais estão tentando amplificar sua voz|urlmorta=no|wayb=20210407012222}}</ref>

== Religião ==
Estudos não encontraram correlação estatística significativa entre religião e assexualidade,<ref name="anthology">{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=sEGDCgAAQBAJ&pg=PT22|título=Asexuality and Sexual Normativity: An Anthology|ultimo=Aicken|primeiro=Catherine R.&nbsp;H.|ultimo2=Mercer|primeiro2=Catherine H.|ultimo3=Cassell|primeiro3=Jackie A.|editora=[[Routledge]]|editor-sobrenome=Carrigan|editor-nome=Mark|local=Cidade de Nova York, Nova York e Londres, Inglaterra|data-publicacao=7 de setembro de 2015|páginas=22–27|lingua=inglês|titulotrad=Assexualidade e normatividade sexual: uma antologia|capitulo=Who reports absence of sexual attraction in Britain? Evidence from national probability surveys|trad-capitulo=Quem relata a ausência de atração sexual na Grã-Bretanha? Evidências de pesquisas nacionais de probabilidade|isbn=978-0-415-73132-4|editor-sobrenome2=Gupta|editor-nome2=Kristina|editor-sobrenome3=Morrison|editor-nome3=Todd G.}}</ref> com a assexualidade ocorrendo com igual prevalência em indivíduos religiosos e não religiosos.<ref name="anthology"/> No entanto, a assexualidade não é incomum entre o clero celibatário, uma vez que outros são mais propensos a ser desencorajados por votos de castidade.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=O3v27O00GEYC|título=Understanding Asexuality|ultimo=Bogaert|primeiro=Anthony F.|editora=Rowman & Littlefield Publishers|data-publicacao=9 de agosto de 2012|lingua=inglês|titulotrad=Compreendendo assexualidade|isbn=978-1-4422-0101-9|acessodata=16 de novembro de 2021}}<ref/> No estudo de Aicken, Mercer e Cassell, uma proporção maior de muçulmanos do que cristãos relatou que não experimentou qualquer forma de atração sexual.<ref name="anthology"/>
Por causa da aplicação relativamente recente do termo assexualidade, a maioria das religiões não tem posições claras sobre isso.<ref name="cristianismo">{{citar web|url=http://asexualawarenessweek.com/docs/PRIDE-Asexuality-and-Christianity.pdf|titulo=Asexuality and Christianity|acessodata=17 de novembro de 2021|website=sexualawarenessweek.com|publicado=Asexual Awareness Week|titulotrad=Assexualidade e Cristianismo|formato=PDF|urlmorta=sim|wayb=20131029184212}}</ref> Em {{Citar bíblia|livro=Mateus|capítulo=19|verso=11-12}}, [[Jesus]] menciona "Porque há eunucos que nasceram assim, e há eunucos que foram feitos eunucos por outros - e há aqueles que optam por viver como eunucos por causa do [[reino dos céus]]."<ref name=":0">{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=xSU_DwAAQBAJ&pg=PA160|título=Christianity, Globalization, and Protective Homophobia: Democratic Contestation of Sexuality in Sub-Saharan Africa|ultimo=Kaoma|primeiro=Kapya|editora=Palgrave Macmillan|ano=2018|local=Boston, Massachusetts|páginas=159–160|lingua=inglês|titulotrad=Cristianismo, globalização e homofobia protetora: Contestação democrática da sexualidade na África Subsaariana|isbn=978-3-319-66341-8}}</ref> Algumas [[Hermenêutica bíblica|exegeses bíblicas]] interpretaram os "eunucos que nasceram assim" como incluindo assexuais.<ref name=":0" /> <ref>{{citar livro|título=Sex in Christianity and Psychoanalysis|ultimo=Cole|primeiro=William G.|editora=[[Routledge]]|ano=2015|series=Edições da Biblioteca Routledge: Psicanálise|local=Cidade de Nova York, Nova York e Londres, Inglaterra|página=177|titulotrad=Sexo no Cristianismo e na Psicanálise|isbn=978-1138951792|anooriginal=1955}}</ref>

O Cristianismo tradicionalmente reverencia o celibato (que não é o mesmo que assexualidade); o apóstolo [[Paulo de Tarso|Paulo]], escrevendo como um celibatário, foi descrito por alguns escritores como assexual.<ref>{{citar livro|título=An Invitation to Sociology of Religion|ultimo=Zuckerman|primeiro=Phil|editora=[[Routledge]]|ano=2003|local=Cidade de Nova York, Nova York e Londres, Inglaterra|página=111|lingua=inglês|titulotrad=Um Convite para Sociologia da Religião|isbn=978-0-415-94125-9}}</ref> Ele escreve em {{Citar bíblia|livro=1 Coríntios|capítulo=7|verso=6-9}}.

{{Quote|texto=Gostaria que todos os homens fossem como eu. Mas cada homem tem seu próprio dom de Deus; um tem esse dom, outro tem isso. Agora, aos solteiros e às viúvas, digo: É bom que permaneçam solteiros, como eu. Mas, se não conseguem se controlar, devem se casar, pois é melhor casar do que arder de paixão.}}

== Discriminação e proteções legais ==
{{Artigo principal|Discriminação contra assexuais}}
[[Ficheiro:WorldPride 2012 - 175.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Assexuais marchando em uma parada do orgulho em [[Londres]]]]
Um estudo de 2012 publicado na ''Group Processes & Intergroup Relations'' relatou que assexuais são avaliados mais negativamente em termos de [[preconceito]], [[desumanização]] e [[discriminação]] do que outras [[minorias sexuais]], como gays, lésbicas e bissexuais.<ref>{{citar periódico |titulo=Intergroup bias toward "Group X": Evidence of prejudice, dehumanization, avoidance, and discrimination against asexuals |acessodata=17 de novembro de 2021 |jornal=Group Processes & Intergroup Relations |ultimo=MacInnis |primeiro=Cara C. |ultimo2=Hodson |primeiro2=Gordon |ano=2012 |lingua=en |titulotrad=Viés do intergrupo em relação ao "Grupo X": evidências de preconceito, desumanização, evasão e discriminação contra assexuais |doi=10.1177/1368430212442419 |edicao=6ª |volume=15}}</ref> Um estudo diferente, entretanto, encontrou poucas evidências de discriminação séria contra assexuais por causa de sua assexualidade.<ref>{{citar livro|url=https://www.researchgate.net/publication/257921632_Asexuality_An_emergent_sexual_orientation|título=Asexuality: An emergent sexual orientation|ultimo=Stephanie B.|primeiro=Gazzola|ultimo2=Morrison|primeiro2=Melanie A.|editora=Sexual Minority Research in the New Millennium|ano=2012|lingua=inglês|titulotrad=Assexualidade: Uma emergente orientação sexual|formato=PDF}}</ref> A ativista, autora e blogueira assexual Julie Decker observou que o assédio sexual e a violência, como o [[estupro corretivo]], comumente vitimam a comunidade assexual.<ref name="batt">{{Citar notícia|ultimo=Mosbergen|primeiro=Dominique|url=http://www.huffingtonpost.com/2013/06/20/asexual-discrimination_n_3380551.html|titulo=Battling Asexual Discrimination, Sexual Violence, and Corrective Rape|data=20 de junho de 2013|acessodata=17 de novembro de 2021|website=[[Huffington Post]]|lingua=en|titulotrad=Combate à discriminação assexuada, violência sexual e estupro corretivo|urlmorta=no}}</ref> O sociólogo Mark Carrigan vê um meio-termo, argumentando que embora os assexuais frequentemente sofram discriminação, não é de natureza [[Homofobia|fóbica]], mas "mais sobre marginalização porque as pessoas genuinamente não entendem a assexualidade".<ref>{{Citar notícia|ultimo=Wallis|primeiro=Lucy|url=https://www.bbc.co.uk/news/magazine-16552173|titulo=What is it like to be asexual?|data=17 de janeiro de 2012|acessodata=17 de novembro de 2021|website=BBC News|publicado=[[BBC]]|lingua=en|titulotrad=Como é ser assexual?|urlmorta=no}}</ref>

Assexuais também enfrentam preconceito da comunidade LGBT.<ref name="simon"/><ref name="batt"/> Muitas pessoas LGBT presumem que qualquer pessoa que não seja homossexual ou bissexual deve ser heterossexual<ref name="simon"/> e frequentemente excluem os assexuais de suas definições de ''queer''.<ref name="simon"/> Embora existam muitas organizações conhecidas dedicadas a ajudar as comunidades LGBTQ,<ref name="simon"/> essas organizações geralmente não chegam aos assexuais<ref name="simon"/> e não fornece materiais de biblioteca sobre assexualidade.<ref name="simon"/> Ao se [[Sair do armário|declarar]] assexual, a ativista Sara Beth Brooks foi informada por muitas pessoas LGBT que os assexuais se enganam em sua autoidentificação e buscam atenção imerecida dentro do movimento de justiça social.<ref name="batt"/> Outras organizações LGBT, como [[The Trevor Project]] e a [[National LGBTQ Task Force]], incluem explicitamente os assexuais porque não são heterossexuais e podem, portanto, ser incluídos na definição de ''[[queer]]''.<ref>{{citar web|url=https://www.thetrevorproject.org/trvr_support_center/asexual/#sm.0000eryjch8mbfogrhn1jltiw7n8l|titulo=FAQ about asexuality|acessodata=17 de novembr de 2021|website=[[The Trevor Project]]|lingua=en|titulotrad=FAQ sobre assexualidade|urlmorta=no|wayb=20211006130212}}</ref><ref>{{citar web|url=https://thetaskforceblog.org/2013/04/30/the-a-is-here-to-stay/|titulo=The A is Here to Stay|data=30 de abril de 2013|acessodata=17 de novembro de 2021|website=thetaskforceblog.org/|titulotrad=O A está aqui para ficar|urlmorta=sim|wayb=20180310174238}}</ref> Algumas organizações agora adicionam um A à sigla LGBTQ para incluir assexuais; entretanto, este ainda é um tópico controverso em algumas organizações ''queer''.<ref>{{citar web|ultimo=Mosbergen|primeiro=Dominique|url=https://www.huffpost.com/entry/lgbt-asexual_n_3385530|titulo=LGBT, Asexual Communities Clash Over Ace Inclusion|data=21 de junho de 2013|acessodata=17 de novembro de 2021|website=[[Huffington Post]]|titulotrad=LGBT, Comunidades Assexuais enfrentam a inclusão do Ace|urlmorta=no|wayb=20210118141726}}</ref>

Em algumas jurisdições, os assexuais têm proteção legal. Enquanto o Brasil proíba desde 1999 qualquer patologização ou tentativa de [[Terapia de reorientação sexual|terapia da reorientação sexual]] por profissionais de saúde mental por meio do código de ética nacional,<ref>{{citar web|ultimo=Carvalho|primeiro=Diogo|url=http://blogs.diariodepernambuco.com.br/lgbtudo/2013/07/psiquiatra-jairo-bouer-fala-dos-efeitos-colaterais-da-cura-gay/|titulo=Psiquiatra Jairo Bouer fala dos “efeitos colaterais da cura gay”|data=1 de julho de 2017|acessodata=17 de novembro de 2021|website=blogs.diariodepernambuco.com.br|urlmorta=sim|wayb=20140115041606}}</ref> o estado americano de [[Nova Iorque (estado)|Nova Iorque]] classificou os assexuais como uma classe protegida.<ref>{{citar web|url=http://www.ag.ny.gov//bureaus/civil_rights/sonda_brochure.html|titulo=The Sexual Orientation Non-Discrimination Act ("SONDA")|acessodata=17 de novembro de 2021|website=Office of the Attorney General|titulotrad=A Lei de Não Discriminação de Orientação Sexual ("SONDA")|urlmorta=sim|wayb=20100316120639}}</ref> No entanto, a assexualidade normalmente não atrai a atenção do público ou um grande escrutínio; portanto, não tem sido objeto de legislação tanto quanto outras orientações sexuais.<ref name="Bogaert2004"/>


== Ver também ==
== Ver também ==
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*[[Alossexualidade]]
*[[Alossexualidade]]
*[[Discriminação contra assexuais]]{{-fim}}
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{{Notas}}

{{Referências}}
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== Bibliografia ==

* {{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=O3v27O00GEYC|título=Understanding Asexuality|ultimo=Bogaert|primeiro=Anthony F.|editora=Rowman & Littlefield Publishers|data-publicacao=9 de agosto de 2012|lingua=inglês|titulotrad=Compreendendo assexualidade|isbn=978-1-4422-0101-9|acessodata=16 de novembro de 2021}}
*{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=7PiPngEACAAJ|título=The Invisible Orientation: An Introduction to Asexuality|ultimo=Decker|primeiro=Julie|editora=Carrel Books|data-publicacao=2 de setembro de 2014|lingua=inglês|titulotrad=A orientação invisível: uma introdução à assexualidade|isbn=978-1631440021}}
*[https://www.theguardian.com/lifeandstyle/2008/sep/08/relationships.healthandwellbeing 'We're married, we just don't have sex' ["Somos casados, apenas não fazemos sexo"]], UK ''Guardian'', 8 de dezrmbro de 2008
*[https://www.sfgate.com/health/article/Asexuals-leave-the-closet-find-community-3219180.php Asexuals leave the closet, find community [Assexuais saem do armário, encontram uma comunidade]] – [[San Francisco Chronicle|SFGate.com]]
*"Assexualidade", artigo de Mark Carrigan, em: [https://uk.sagepub.com/en-gb/eur/the-sage-encyclopedia-of-lgbtq-studies/book244331%20 The SAGE Encyclopedia of LGBTQ Studies 1 (A-G) [A Enciclopédia SAGE de Estudos LGBTQ 1 (A-G)]].
*{{Citar livro|url=http://leatherspinsters.com/preview.html|título=Leather Spinsters and Their Degrees of Asexuality|ultimo=Eng|primeiro=Rle|editora=St.Mary Pub. Co. of Houston|ano=1998|titulotrad=Leather Spinsters e seus graus de assexualidade|acessodata=17 de novembro de 2021}}
*{{Citar livro|título=Nonlibidoism: The Short Facts|ultimo=Stone|primeiro=Christine|ultimo2=Walker|primeiro2=David|ultimo3=Fortuin|primeiro3=Edmund|ultimo4=Joosten-van Vilsteren|primeiro4=Geraldin L.|ano=2006|local=[[Reino Unido]]|lingua=inglês|titulotrad=Não-libidoísmo: Fatos curtos|isbn=1447575555}}
*{{Citar livro|url=https://www.penguinrandomhouse.com/books/625230/ace-by-angela-chen/|título=Ace: What Asexuality Reveals About Desire, Society, and the Meaning of Sex|ultimo=Chen|primeiro=Angela|editora=Beacon Press|data-publicacao=15 de setembro de 2020|lingua=inglês|titulotrad=Ace: o que a assexualidade revela sobre o desejo, a sociedade e o significado do sexo|isbn=9780807013793}}


== Ligações externas ==
== Ligações externas ==
{{Commonscat em linha|Human asexuality}}
* Comunidade Assexual - http://www.assexualidade.com.br
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* Prause, Nicole, and Graham. [http://www.asexuality.org/docs/SSSS_2003.ppt Asexuality: a preliminary investigation]. Acessado em 4 de março de 2005. (Nota: arquivo do [[Power Point]].)
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* [http://www1.folha.uol.com.br/bbc/1042849-britanica-de-21-anos-conta-como-e-ser-assexuada.shtml Britânica de 21 anos conta como é ser assexuada.]
* [http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1067590-assexuados-sao-minoria-incompreendida-do-momento.shtml Assexuados são minoria incompreendida do momento.]
* [http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1067595-assexuais-sao-os-novos-gays-diz-especialista-em-celibato.shtml 'Assexuais são os novos gays', diz especialista em celibato.]
* [http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1065617-nem-toda-atracao-e-sexual-diz-militante.shtml Nem toda atração é sexual.]
* Westphal, Sylvia Pagan (14 de outubro de 2004). [http://www.newscientist.com/news/news.jsp?id=ns99996533Glad to be asexual]. ''New Scientist''.


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[[Categoria:Sexualidade]]
[[Categoria:Sexualidade]]

Revisão das 01h24min de 18 de novembro de 2021

Assexualidade ou espectro assexual é a falta total, parcial ou condicional de atração sexual a qualquer pessoa, independente do sexo biológico ou gênero.[1]

Assexuais tendem em sua maioria a apresentar pouco ou inexistente interesse nas atividades sexuais humanas.[2][3][4] Assexualidade é considerada uma orientação sexual,[5][6][7] sendo também parte do "A" da sigla LGBTQIA+.[8]

Embora tal sexualidade abranja também um amplo espectro de subidentidades assexuais conhecido como área cinza ou assexualidade cinza, do qual fazem parte a demissexualidade e sapiossexualidade, duas das mais conhecidas atualmente, quando falamos de assexualidade em seu sentido mais literal, nos referimos à assexualidade estrita e/ou plena, isto é, a pura falta total de desejo sexual.[9][10]

Definição, identidade e relacionamentos

Assexualidade às vezes é chamada de ace (uma abreviação fonética de "assexual"[11]), enquanto a comunidade às vezes é chamada de comunidade ace, por pesquisadores ou assexuais.[12][13] Como existe uma variação significativa entre as pessoas que se identificam como assexuais, a assexualidade pode abranger definições amplas.[14] Os pesquisadores geralmente definem a assexualidade como a falta de atração sexual ou a falta de interesse sexual,[7][15][16] mas suas definições variam; eles podem usar o termo "para se referir a indivíduos com desejo ou atração sexual baixa ou ausente, comportamentos sexuais baixos ou ausentes, parcerias não sexuais exclusivamente românticas ou uma combinação de desejos e comportamentos sexuais ausentes".[7][17] A autoidentificação como assexual também pode ser um fator determinante.[17]

A Asexual Visibility and Education Network define um assexual como "alguém que não sente atração sexual" e declarou, "outra pequena minoria se considerará assexual por um breve período de tempo enquanto explora e questiona sua própria sexualidade" e que "não existe um teste decisivo para determinar se alguém é assexuado. Assexualidade é como qualquer outra identidade - em sua essência, é apenas uma palavra que as pessoas usam para se ajudar a se descobrir. Se a qualquer momento alguém achar a palavra assexuada útil para se descrever, nós o encorajamos a usá-la enquanto fizer sentido."[18]

Pessoas assexuais, embora não tenham atração sexual por nenhum gênero, podem se envolver em relacionamentos puramente românticos, enquanto outros não podem.[7][19] Existem indivíduos com identificação assexual que relatam sentir atração sexual, mas não a inclinação de agir de acordo porque não têm nenhum desejo verdadeiro ou necessidade de se envolver em atividades sexuais ou não sexuais (abraços, mãos dadas, etc.), enquanto outros assexuais se envolvem em carícias ou outras atividades físicas não sexuais.[20][21][15][14] Alguns assexuais participam de atividades sexuais por curiosidade.[15] Alguns podem se masturbar como uma forma solitária de alívio , enquanto outros não sentem necessidade de fazê-lo.[14][22][23]

No que diz respeito à atividade sexual em particular, a necessidade ou desejo de masturbação é comumente referido como impulso sexual pelos assexuais e eles o dissociam da atração sexual e de ser sexual; os assexuais que se masturbam geralmente consideram isso um produto normal do corpo humano e não um sinal de sexualidade latente, e podem nem mesmo achar isso prazeroso.[15][24] Alguns homens assexuais não conseguem ter uma ereção e a atividade sexual tentando a penetração é impossível para eles.[25] Assexuais também diferem em seus sentimentos em relação à prática de atos sexuais: alguns são indiferentes e podem fazer sexo para o benefício de um parceiro romântico; outros são mais fortemente avessos à ideia, embora normalmente não desgostem das pessoas por fazerem sexo.[15][14][23]

Muitas pessoas que se identificam como assexuais também se identificam com outros rótulos. Essas outras identidades incluem como eles definem seu gênero e sua orientação romântica.[26] Frequentemente, eles integrarão essas características em um rótulo maior com o qual se identificam. Em relação aos aspectos românticos ou emocionais da orientação sexual ou identidade sexual, por exemplo, os assexuais podem se identificar como heterossexuais, lésbicas, gays, bissexuais, queer,[18][19] ou pelos seguintes termos para indicar que eles se associam aos aspectos românticos, em vez de sexuais, da orientação sexual:[14][19]

  • aromântico; falta de atração romântica por qualquer pessoa
  • biromântico; por analogia ao bissexual
  • heterorromântico; por analogia ao heterossexual
  • homoromântico; por analogia ao homossexual
  • panromântico; por analogia ao pansexual

As pessoas também podem se identificar com a área cinza (tal um cinza-romântico, demiromântico, demissexual ou semissexual) porque sentem que estão entre serem aromânticos e não aromânticos, ou entre a assexualidade e a atração sexual. Embora o termo área cinza possa abranger qualquer pessoa que ocasionalmente sinta atração romântica ou sexual, demissexuais ou semissexuais experimentam atração sexual apenas como um componente secundário, sentindo atração sexual uma vez que uma conexão emocional razoavelmente estável ou ampla tenha sido criada.[14][27]

Outras palavras e frases únicas usadas na comunidade assexual para elaborar identidades e relacionamentos também existem. Um termo cunhado por indivíduos da comunidade assexual é friend-focused, que se refere a relacionamentos não românticos altamente valorizados. Outros termos incluem squishes e zucchinis, que são paixões não românticas e relacionamentos queer-platônicos, respectivamente. Alguns assexuais usam naipes da carta de baralho ás como identidades de sua orientação romântica, como o ás de espadas para o aromanticismo e o ás de copas para o não aromantico. como o ás de espadas para aromanticismo e o ás de copas para não-aromanticismo.[11]

Termos como não assexuais e alossexual são usados para se referir a indivíduos do lado oposto do espectro da sexualidade.[28]

Pesquisa

Prevalência

Escala Kinsey de respostas sexuais, que indicam graus de orientação sexual. A escala original incluía uma designação de "X", que indicava uma carência de comportamento sexual.[29]

A maioria dos estudiosos concorda que a assexualidade é rara, constituindo 1% ou menos da população.[30] Assexualidade não é um novo aspecto da sexualidade humana, mas é relativamente nova ao discurso público.[31] S.E. Smith do The Guardian não tem a certeza de que assexualidade realmente aumentou, mas tende a acreditar que está simplesmente mais visível.[31] Alfred Kinsey avaliou indivíduos de 0 a 6 de acordo com sua orientação sexual de heterossexual a homossexual, conhecido como a escala de Kinsey. Ele também incluiu a categoria à qual chamou "X" para indivíduos com "nenhuns contactos ou reações afeto-sexuais."[32][33] EKinsey rotulou 1,5% da população adulta masculina como X.resentar assexualidade,[34] o estudioso Justin J. Lehmiller declarou, "a classificação X de Kinsey enfatizou uma carência de comportamento sexual, enquanto a definição moderna de assexualidade enfativa uma carência de atração sexual. Assim, a Escala de Kinsey pode não ser suficiente para classificação precisa de assexualidade."[29] Kinsey rotulou 1,5% da população adulta masculina como X.[32][33] Em seu segundo livro, Sexual Behavior in the Human Female, ele reportou sua discriminação de indivíduos que são X: mulheres não-casadas (14 -19%), mulheres casadas (1 - 3%), mulheres anteriormente casadas (5 - 8%), homens não-casados (3 - 4%), homens casados (0%), e homens anteriormente casados (1 - 2%). Vale ressaltar que a escala Kisney atualmente não é amplamente utilizada por estudiosos, sendo abandonadas por conceitos julgados mais modernos e tampouco por populares.[33]

Outros dados empíricos sobre uma demografia assexual apareceram em 1994, quando uma equipe de pesquisa no Reino Unido realizou uma pesquisa abrangente com 18.876 residentes britânicos, estimulada pela necessidade de informações sexuais após a pandemia da AIDS. A pesquisa incluiu uma pergunta sobre atração sexual, para a qual 1,05% dos entrevistados responderam que "nunca se sentiram sexualmente atraídos por ninguém".[35] O estudo desse fenômeno foi continuado pelo pesquisador canadense de sexualidade Anthony Bogaert em 2004, que explorou a demografia assexual em uma série de estudos. A pesquisa de Bogaert indicou que 1% da população britânica não sente atração sexual, mas ele acreditava que o número de 1% não era um reflexo preciso da porcentagem provavelmente muito maior da população que poderia ser identificada como assexual, observando que 30% das pessoas contatadas para a pesquisa inicial optaram por não participar da pesquisa.Visto que pessoas com menos experiência sexual são mais propensas a se recusar a participar de estudos sobre sexualidade, e os assexuais tendem a ter menos experiência sexual do que as pessoas sexuais, é provável que os assexuais estejam sub-representados nos participantes que responderam. O mesmo estudo descobriu que o número de homossexuais e bissexuais somados chega a cerca de 1,1% da população, o que é muito menor do que indicam outros estudos.[16][5]

Comparando o valor de 1% de Bogaert, um estudo de Aicken et al.,publicado em 2013, sugere que, com base nos dados do Natsal-2 de 2000-2001, a prevalência de assexualidade na Grã-Bretanha é de apenas 0,4% para a faixa etária de 16 a 44 anos.[17][36] Esta porcentagem indica uma diminuição em relação ao valor de 0,9% determinado a partir dos dados do Natsal-1 coletados na mesma faixa etária uma década antes.[36] Uma análise de 2015 por Bogaert também encontrou um declínio semelhante entre os dados do Natsal-1 e do Natsal-2.[37] Aicken, Mercer e Cassell encontraram algumas evidências de diferenças étnicas entre os entrevistados que não experimentaram atração sexual; homens e mulheres de origem indiana e paquistanesa tiveram maior probabilidade de relatar a falta de atração sexual.[36]

Em uma pesquisa realizada pela YouGov em 2015, 1.632 adultos britânicos foram convidados a tentar se posicionar na escala de Kinsey. 1% dos participantes respondeu "Sem sexualidade". A repartição dos participantes foi de 0% homens, 2% mulheres; 1% em todas as faixas etárias.[38]

Orientação sexual, saúde mental e causa

Há um debate significativo sobre se a assexualidade é ou não uma orientação sexual.[7][37] Foi comparado e igualado a Síndrome do desejo sexual hipoativo (DSH), em que ambos implicam uma falta geral de atração sexual por alguém; DSH tem sido usado para medicalizar a assexualidade, mas a assexualidade geralmente não é considerada um distúrbio ou disfunção sexual (como anorgasmia, anedonia, etc.), porque não necessariamente define alguém como tendo um problema médico ou problemas relacionados a outras pessoas socialmente.[21][19][39] Ao contrário das pessoas com DSH, as pessoas assexuais normalmente não experimentam "angústia acentuada" e "dificuldade interpessoal" em relação aos sentimentos sobre sua sexualidade, ou geralmente falta de excitação sexual; a assexualidade é considerada a falta ou ausência de atração sexual como uma característica duradoura.[16][19] Um estudo descobriu que, em comparação com indivíduos DSH, assexuais relataram níveis mais baixos de desejo sexual, experiência sexual, angústia relacionada ao sexo e sintomas depressivos.[40] Os pesquisadores Richards e Barker relatam que os assexuais não têm taxas desproporcionais de alexitimia, depressão ou transtornos de personalidade.[19] Algumas pessoas, entretanto, podem se identificar como assexuais, mesmo que seu estado não sexual seja explicado por um ou mais dos distúrbios mencionados acima.[7]

O primeiro estudo que forneceu dados empíricos sobre os assexuais foi publicado em 1983 por Paula Nurius, a respeito da relação entre orientação sexual e saúde mental.[41] 689 sujeitos - a maioria dos quais eram estudantes em várias universidades nos Estados Unidos tendo aulas de psicologia ou sociologia - participaram de várias pesquisas, incluindo quatro escalas de bem-estar clínico. Os resultados mostraram que os assexuais têm maior probabilidade de ter baixa autoestima e maior probabilidade de ficarem deprimidos do que os membros de outras orientações sexuais; 25,88% dos heterossexuais, 26,54% bissexuais (chamados de "ambissexuais"), 29,88% dos homossexuais e 33,57% dos assexuais relataram ter problemas de autoestima. Uma tendência semelhante existia para a depressão. Nurius não acreditava que conclusões firmes pudessem ser tiradas disso por vários motivos.[41][42]

Em um estudo de 2013, Yule et al. examinou as variações de saúde mental entre heterossexuais, homossexuais, bissexuais e assexuais caucasianos. Os resultados de 203 participantes do sexo masculino e 603 do sexo feminino foram incluídos nas descobertas. Yule et al. descobriram que participantes assexuais do sexo masculino eram mais propensos a relatar ter um transtorno de humor do que outros homens, particularmente em comparação aos participantes heterossexuais. O mesmo foi verificado para participantes assexuais do sexo feminino em relação às heterossexuais; no entanto, mulheres não assexuais e não heterossexuais tiveram as taxas mais altas. Participantes assexuais de ambos os sexos eram mais propensos a ter transtornos de ansiedade do que os participantes heterossexuais e não heterossexuais, assim como eram mais propensos do que os participantes heterossexuais a relatar ter tido sentimentos suicidas recentes. Yule et al. levantaram a hipótese de que algumas dessas diferenças podem ser devido à discriminação e outros fatores sociais.[43]

Com relação às categorias de orientação sexual, a assexualidade pode ser argumentada como não sendo uma categoria significativa a ser adicionada ao continuum e, em vez disso, como a falta de orientação sexual ou sexualidade.[37] Outros argumentos propõem que a assexualidade é a negação da sexualidade natural de alguém e que é um distúrbio causado pela vergonha da sexualidade, ansiedade ou abuso sexual, às vezes baseando essa crença em assexuais que se masturbam ou ocasionalmente se envolvem em atividades sexuais simplesmente para agradar um parceiro romântico.[37][23][25] Dentro do contexto das políticas de identidade de orientação sexual, a assexualidade pode cumprir pragmaticamente a função política de uma categoria de identidade de orientação sexual.[28]

A sugestão de que a assexualidade é uma disfunção sexual é controversa entre a comunidade assexual. Aqueles que se identificam como assexuais geralmente preferem que seja reconhecida como uma orientação sexual.[7] Os estudiosos que argumentam que a assexualidade é uma orientação sexual podem apontar para a existência de diferentes preferências sexuais.[37][20][25] Eles e muitos assexuais acreditam que a falta de atração sexual é válida o suficiente para ser categorizada como orientação sexual.[11] Os pesquisadores argumentam que os assexuais não optam por não ter desejo sexual e geralmente começam a descobrir suas diferenças em comportamentos sexuais na adolescência. Por causa desses fatos virem à tona, é argumentado que a assexualidade é mais do que uma escolha comportamental e não é algo que pode ser curado como um distúrbio.[25][44] Há também uma análise sobre se a identificação como assexual está se tornando mais popular.[45]

A pesquisa sobre a etiologia da orientação sexual quando aplicada à assexualidade tem o problema de definição de orientação sexual não sendo consistentemente definida pelos pesquisadores.[46] Embora a heterossexualidade, a homossexualidade e a bissexualidade sejam geralmente, mas nem sempre, determinadas durante os primeiros anos da vida pré-adolescente, não se sabe quando a assexualidade é determinada. "Não está claro se essas características [no caso, "falta de interesse ou desejo por sexo"] são consideradas para a vida toda ou se podem ser adquiridas".[15]

Um critério geralmente usado para definir a orientação sexual é que ela seja estável ao longo do tempo. Em uma análise de 2016 no Archives of Sexual Behavior, Brotto et al. encontraram "apenas um apoio fraco" para este critério sendo atendido entre indivíduos assexuais.[47] Uma análise de dados do National Longitudinal Study of Adolescent to Adult Health, de Stephen Cranney, descobriu que, de 14[a] indivíduos que não relataram atração sexual na terceira onda do estudo (quando os indivíduos tinham idades entre 18 e 26), apenas 3 continuaram a se identificar dessa forma na quarta onda, seis anos depois.[49] No entanto, Cranney observa que a identificação assexual na terceira onda ainda era significativa como um indicador de identificação assexuada na onda subsequente. Em um comentário subsequente, Cranney afirmou que a interpretação desses dados foi complicada pela ausência de qualquer "padrão quantitativo definido para quanto tempo um desejo sexual deve durar antes de ser considerado estável ou intrínseco o suficiente para ser considerado uma orientação".[48]

Comunidade

Bandeira da assexualidade.
Alguns membros da comunidade assexual optam por usar um anel preto no dedo médio da mão direita como forma de identificação.[39]

Atualmente não existe um trabalho acadêmico que trate da história da comunidade assexual.[50] Embora alguns sites privados para pessoas com pouco ou nenhum desejo sexual existissem na Internet na década de 1990,[51] estudiosos afirmam que uma comunidade de assexuais autoidentificados se fundiu no início do século 21, ajudada pela popularidade das comunidades online.[52] Volkmar Sigusch afirmou que "Grupos como Leather Spinsters defenderam a vida assexual contra a pressão da cultura" e que "Geraldin van Vilsteren criou a Nonlibidoism Society na Holanda, enquanto o Yahoo oferecia um grupo para assexuais, Haven for the Human Ameba."[51] A Asexual Visibility and Education Network (AVEN) é uma organização fundada pelo ativista norte-americano da assexualidade David Jay em 2001 que se concentra em questões de assexualidade.[7] Seus objetivos declarados são "criar aceitação pública e discussão da assexualidade e facilitar o crescimento de uma comunidade assexual".[7][53]

Para alguns, fazer parte de uma comunidade é um recurso importante porque muitas vezes relatam ter se sentido condenados ao ostracismo.[26] Embora existam comunidades online, a afiliação com as comunidades online varia. Alguns questionam o conceito de comunidade online, enquanto outros dependem fortemente da comunidade assexual online para apoio. Elizabeth Abbott postula que sempre houve um elemento assexual na população, mas que as pessoas assexuadas se mantiveram discretas. Embora o fracasso em consumar o casamento tenha sido visto como um insulto ao sacramento do casamento na Europa medieval, e às vezes tenha sido usado como fundamento para o divórcio ou para declarar a nulidade do casamento, a assexualidade, ao contrário da homossexualidade, nunca foi ilegal, e geralmente passou despercebido. No entanto, no século 21, o anonimato da comunicação online e a popularidade geral das redes sociais online facilitaram a formação de uma comunidade construída em torno de uma identidade assexual comum.[54]

Comunidades como a AVEN podem ser benéficas para quem busca respostas para resolver uma crise de identidade em relação à sua possível assexualidade. Os indivíduos passam por uma série de processos emocionais que culminam na identificação com a comunidade assexual. Eles primeiro percebem que suas atrações sexuais diferem daquelas da maioria da sociedade. Essa diferença leva a questionar se a maneira como eles se sentem é aceitável e os possíveis motivos pelos quais se sentem assim. A tendência é que surjam crenças patológicas, nas quais, em alguns casos, eles podem procurar ajuda médica por sentirem que têm uma doença. A autocompreensão geralmente é alcançada quando eles encontram uma definição que corresponda a seus sentimentos. Comunidades de assexualidade fornecem suporte e informações que permitem que assexuais recém-identificados passem do auto-esclarecimento para a identificação em um nível comunitário, o que pode ser fortalecedor, porque agora eles têm algo com o que se associar, o que dá normalidade a essa situação geral de isolamento social.[25]

Organizações assexuais e outros recursos da Internet desempenham um papel fundamental em informar as pessoas sobre a assexualidade. A falta de pesquisas torna difícil para os médicos entenderem a causa. Como acontece com qualquer orientação sexual, a maioria das pessoas assexuadas se auto identificam. Isso pode ser um problema quando a assexualidade é confundida com um problema de intimidade ou de relacionamento ou com outros sintomas que não definem a assexualidade. Há também uma população significativa que não entende ou não acredita na assexualidade, o que aumenta a importância dessas organizações para informar a população em geral; entretanto, devido à falta de fatos científicos sobre o assunto, o que esses grupos promovem como informação muitas vezes é questionado.

Em 29 de junho de 2014, a AVEN organizou a segunda Conferência Internacional de Assexualidade, como um evento afiliado da WorldPride em Toronto. O primeiro foi realizado no World Pride 2012, em Londres.[12] O segundo evento, que contou com a presença de cerca de 250 pessoas, foi o maior encontro de assexuais até hoje.[55] A conferência incluiu apresentações, discussões e workshops sobre tópicos como pesquisa sobre assexualidade, relações assexuais e identidades cruzadas.

Símbolos

Ver artigo principal: Simbologia LGBT+

Em 2009, os membros do AVEN participaram da primeira entrada assexual em uma parada do orgulho LGBT americana quando caminharam na San Francisco Pride.[56] Em agosto de 2010, após um período de debate sobre ter uma bandeira assexual e como estabelecer um sistema para criá-la, e contatar o maior número possível de comunidades assexual, uma bandeira foi anunciada como a bandeira do orgulho assexual por uma das equipes envolvidas. A bandeira final era uma candidata popular e já havia sido usada em fóruns online fora da AVEN. A votação final foi realizada em um sistema de pesquisa fora da AVEN, onde os principais esforços de criação da bandeira foram organizados. As cores das bandeiras têm sido usadas em obras de arte e referenciadas em artigos sobre assexualidade.[57] A bandeira consiste em quatro listras horizontais: preto, cinza, branco e roxo de cima para baixo. A listra preta representa a assexualidade, a listra cinza representa a área cinza entre sexual e assexual, listra branca representa a sexualidade e a listra roxa representa a comunidade.[58][11][59]

Semana Ace

A Semana Ace (anteriormente Semana de Conscientização Assexual) ocorre na última semana inteira de outubro. É um período de conscientização que foi criado para celebrar e trazer a consciência para a assexualidade (incluindo a assexualidade cinza).[60][61] Foi fundada por Sara Beth Brooks em 2010.[62][61]

Dia Internacional da Assexualidade

O Dia Internacional da Assexualidade (em inglês, IAD) é uma celebração anual da comunidade assexual que ocorre em 6 de abril.[63] A intenção do dia é “colocar uma ênfase especial na comunidade internacional, indo além da esfera anglófona e ocidental que até agora teve maior cobertura”.[64] Um comitê internacional passou pouco menos de um ano preparando o evento, além de publicar um site e materiais para a imprensa.[65] Este comitê estabeleceu a data de 6 de abril para evitar confronto com o maior número possível de datas significativas em todo o mundo, embora esta data esteja sujeita a revisão e possa mudar nos anos futuros.[64][66]

O primeiro Dia Internacional da Assexualidade foi celebrado em 2021 e envolveu organizações assexuais de pelo menos 26 países diferentes.[63][67][68] As atividades incluíram encontros virtuais, programas de defesa tanto online quanto offline, e o compartilhamento de histórias em várias formas de arte.[69]

Religião

Estudos não encontraram correlação estatística significativa entre religião e assexualidade,[70] com a assexualidade ocorrendo com igual prevalência em indivíduos religiosos e não religiosos.[70] No entanto, a assexualidade não é incomum entre o clero celibatário, uma vez que outros são mais propensos a ser desencorajados por votos de castidade.Erro de citação: Elemento de fecho </ref> em falta para o elemento <ref> Em Mateus 19:11-12, Jesus menciona "Porque há eunucos que nasceram assim, e há eunucos que foram feitos eunucos por outros - e há aqueles que optam por viver como eunucos por causa do reino dos céus."[71] Algumas exegeses bíblicas interpretaram os "eunucos que nasceram assim" como incluindo assexuais.[71] [72]

O Cristianismo tradicionalmente reverencia o celibato (que não é o mesmo que assexualidade); o apóstolo Paulo, escrevendo como um celibatário, foi descrito por alguns escritores como assexual.[73] Ele escreve em 1 Coríntios 7:6-9.

Gostaria que todos os homens fossem como eu. Mas cada homem tem seu próprio dom de Deus; um tem esse dom, outro tem isso. Agora, aos solteiros e às viúvas, digo: É bom que permaneçam solteiros, como eu. Mas, se não conseguem se controlar, devem se casar, pois é melhor casar do que arder de paixão.

Discriminação e proteções legais

Ver artigo principal: Discriminação contra assexuais
Assexuais marchando em uma parada do orgulho em Londres

Um estudo de 2012 publicado na Group Processes & Intergroup Relations relatou que assexuais são avaliados mais negativamente em termos de preconceito, desumanização e discriminação do que outras minorias sexuais, como gays, lésbicas e bissexuais.[74] Um estudo diferente, entretanto, encontrou poucas evidências de discriminação séria contra assexuais por causa de sua assexualidade.[75] A ativista, autora e blogueira assexual Julie Decker observou que o assédio sexual e a violência, como o estupro corretivo, comumente vitimam a comunidade assexual.[76] O sociólogo Mark Carrigan vê um meio-termo, argumentando que embora os assexuais frequentemente sofram discriminação, não é de natureza fóbica, mas "mais sobre marginalização porque as pessoas genuinamente não entendem a assexualidade".[77]

Assexuais também enfrentam preconceito da comunidade LGBT.[11][76] Muitas pessoas LGBT presumem que qualquer pessoa que não seja homossexual ou bissexual deve ser heterossexual[11] e frequentemente excluem os assexuais de suas definições de queer.[11] Embora existam muitas organizações conhecidas dedicadas a ajudar as comunidades LGBTQ,[11] essas organizações geralmente não chegam aos assexuais[11] e não fornece materiais de biblioteca sobre assexualidade.[11] Ao se declarar assexual, a ativista Sara Beth Brooks foi informada por muitas pessoas LGBT que os assexuais se enganam em sua autoidentificação e buscam atenção imerecida dentro do movimento de justiça social.[76] Outras organizações LGBT, como The Trevor Project e a National LGBTQ Task Force, incluem explicitamente os assexuais porque não são heterossexuais e podem, portanto, ser incluídos na definição de queer.[78][79] Algumas organizações agora adicionam um A à sigla LGBTQ para incluir assexuais; entretanto, este ainda é um tópico controverso em algumas organizações queer.[80]

Em algumas jurisdições, os assexuais têm proteção legal. Enquanto o Brasil proíba desde 1999 qualquer patologização ou tentativa de terapia da reorientação sexual por profissionais de saúde mental por meio do código de ética nacional,[81] o estado americano de Nova Iorque classificou os assexuais como uma classe protegida.[82] No entanto, a assexualidade normalmente não atrai a atenção do público ou um grande escrutínio; portanto, não tem sido objeto de legislação tanto quanto outras orientações sexuais.[5]

Ver também

Notas

  1. Este denominador é erroneamente dado como 25 no resumo do estudo inicial de Cranney. O número de indivíduos que não relataram atração sexual na onda III foi de 14, de acordo com a Tabela 2, primeiro parágrafo da seção "Análise multivariada", e a seguinte citação do comentário subsequente de Cranney: "Especificamente, das 14 pessoas que indicaram 'nenhuma atração sexual' na Onda III, apenas três passaram a fazê-lo na Onda IV (Tabela 2)."[48]

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Bibliografia

Ligações externas

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