LZ 129 Hindenburg: diferenças entre revisões
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'''LZ 129 ''Hindenburg''''', ou simplesmente '''''Hindenburg''''', foi um [[dirigível]] construído pela empresa [[Luftschiffbau-Zeppelin GmbH]], na [[Alemanha]]. O dirigível, até os dias atuais, retém o título de a maior nave a voar.<ref>{{citar web|URL=https://www.britannica.com/story/the-hindenburg-before-and-after-disaster|título=The Hindenburg, Before and After Disaster|autor=The Editors of Encyclopaedia Britannica|data=|publicado=[[Encyclopædia Britannica]] {{en}}|acessodata=7 de maio de 2020}}</ref> Foi um ícone da indústria alemã amplamente empregado como tal na [[propaganda nazista]].<ref name="Grandes Mitos"/> Seu primeiro voo foi em 1936 e foi usado em 63 voos durante 14 meses até o seu fim trágico em [[6 de maio]] de [[1937]]. |
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⚫ | Conhecido como ''[[Zepelim]]'', o [[dirigível]], com 245 metros de comprimento era sustentado no [[ar]] por 200 mil [[Metro cúbico|metros cúbicos]] de [[hidrogénio]]. Manteve o título de maior dirigível em operação de 1935 até 1937 e ainda detém o de maior nave já a voar, mesmo nos dias atuais.<ref name="Grandes Mitos">Kruszlnicki, Karl – Grandes Mitos da Ciência – Editora Fundamentos - 1ª edição - São Paulo, SP – 2013 – ISBN 978–85-395-0164-9</ref> Era impulsionado por quatro motores [[Mercedes-Benz]] de {{Fmtn|1200}} HP cada, que moviam [[hélice (aeronáutica)|hélice]]s de mais de 6 metros de altura. O dirigível tinha autonomia de voo de {{Fmtn|16000}} km quando completamente abastecido. |
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O ''Hindenburg'' voou pela primeira vez em [[4 de março]] de [[1936]] em um voo teste em [[Friedrichshafen]] com 87 pessoas a bordo. A pintura inicial continha os [[anéis olímpicos]] numa forma de promover os [[Jogos Olímpicos de 1936]], fazendo um voo de demonstração durante a cerimônia de abertura. |
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O primeiro voo comercial se deu em [[31 de março]] de [[1936]] em uma viagem de quatro dias de [[Friedrichshafen]] para o [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], um dos quatro motores quebrou e o dirigível teve de fazer um pouso em [[Recife]]. Na viagem de volta, outro motor quebrou no [[deserto do Saara|Saara]] forçando aterrisagens não programadas no [[Marrocos]] e na [[França]]. |
O primeiro voo comercial se deu em [[31 de março]] de [[1936]] em uma viagem de quatro dias de [[Friedrichshafen]] para o [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], um dos quatro motores quebrou e o dirigível teve de fazer um pouso em [[Recife]] (''ver: [[Torre do Zeppelin]]''). Na viagem de volta, outro motor quebrou no [[deserto do Saara|Saara]] forçando aterrisagens não programadas no [[Marrocos]] e na [[França]]. |
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No total, o ''Hindenburg'' cruzou 17 vezes o [[oceano Atlântico]], sendo 10 viagens para os [[Estados Unidos]] e 7 para o [[Brasil]]. Uma viagem da [[Alemanha]] para os [[Estados Unidos]] custava 400 |
No total, o ''Hindenburg'' cruzou 17 vezes o [[oceano Atlântico]], sendo 10 viagens para os [[Estados Unidos]] e 7 para o [[Brasil]]. Uma viagem da [[Alemanha]] para os [[Estados Unidos]] custava 400 [[dólar]]es.<ref>{{citar web |url=http://www.airships.net/hindenburg/flight-schedule/maiden-voyage |publicado=Airships.net |título=Maiden voyage |autor= |obra= |data= |acessodata= |língua= }}</ref> |
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Em sua última viagem saiu de [[Hamburgo]] e cruzou o [[Atlântico]] a 110 [[km/h]], chegando à [[Costa Leste dos Estados Unidos]] em 6 de maio de 1937.<ref name="Grandes Mitos"/> |
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Em [[6 de maio]] de [[1937]] ao preparar-se para aportar no campo de pouso da base naval de [[Lakehurst]] (Lakehurst Naval Air Station), em [[Nova Jersey]], nos [[Estados Unidos]], o gigantesco dirigível ''Hindenburg'' contava com 97 ocupantes a bordo, sendo 36 passageiros e 61 tripulantes, vindos da Alemanha. Durante as manobras de pouso, às 19 horas e 30 minutos, um [[incêndio]] tomou conta da [[aeronave]] e o saldo de mortos foi de 13 passageiros, 22 tripulantes a bordo e 1 técnico em solo, totalizando 36 fatalidades. |
Em [[6 de maio]] de [[1937]] ao preparar-se para aportar no campo de pouso da base naval de [[Lakehurst]] (Lakehurst Naval Air Station), em [[Nova Jersey]], nos [[Estados Unidos]], o gigantesco dirigível ''Hindenburg'' contava com 97 ocupantes a bordo, sendo 36 passageiros e 61 tripulantes, vindos da Alemanha. Durante as manobras de pouso, às 19 horas e 30 minutos, um [[incêndio]] tomou conta da [[aeronave]] e o saldo de mortos foi de 13 passageiros, 22 tripulantes a bordo e 1 técnico em solo, totalizando 36 fatalidades. |
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O gás de hidrogênio usado para mantê-lo no ar, altamente inflamável, foi inicialmente responsabilizado pelo enorme incêndio que tomou conta da aeronave e durou exatos 30 segundos. Logo após o evento, o governo alemão também sugeriu, de imediato, que uma [[sabotagem]] derrubara o grandioso |
O gás de hidrogênio usado para mantê-lo no ar, altamente inflamável, foi inicialmente responsabilizado pelo enorme incêndio que tomou conta da aeronave e durou exatos 30 segundos. Logo após o evento, o governo alemão também sugeriu, de imediato, que uma [[sabotagem]] derrubara o grandioso ''[[Zeppelin]]'', que representava a superioridade tecnológica daquele país.<ref>{{citar web |url=http://www.dw.de/dw/article/0,,512261,00.html |publicado=Dw.de |autor= |obra= |título=1937: Explosão do dirigível Hindenburg |data= |acessodata= |língua=alemão}}</ref><ref name="AH">{{Citar periódico |ano=2013 |mes=Março |autor= |titulo=A tragédia do Hindenburg |acessadoem= |língua= |jornal=[[Aventuras na História]] |numero=ed. 116 |paginas=27 |editora=[[Editora Abril]]}}</ref><ref>Hinderburg Burns in Lakehusrt crash - 21 known dead, 12 missing, 64 escape - The New York Times - pág. 1 – 6 de maio de 1937</ref> Ambas as afirmações iam-se mostrar, contudo, essencialmente incorretas após as investigações.<ref name="Grandes Mitos"/> |
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|[[Imagem:Bundesarchiv Bild 147-0640, Luftschiff Hindenburg (LZ-129), Speisesaal.jpg|x180px|centre]] |
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|[[Imagem:Hindenburg 1936 - Recife, Pernambuco, Brasil.jpg|x180px|centre]] |
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== Ver também == |
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* [[Acidentes e incidentes aéreos]] / [[Lista de acidentes aéreos]] |
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* [[Aerostação]] |
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* [[Aeróstato]] |
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* [[Era pioneira da aviação]] |
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* [[História da aviação]] |
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Revisão das 16h59min de 20 de agosto de 2022
LZ 129 Hindenburg | |
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O Hindenburg em Lakehurst, em 25 de Janeiro de 1936. | |
Descrição | |
Tipo / Missão | Dirigível de transporte de passageiros |
País de origem | Alemanha |
Fabricante | Luftschiffbau-Zeppelin GmbH |
Período de produção | 1931-1936 |
Quantidade produzida | 1 |
Primeiro voo em | 4 de março de 1936 (88 anos) |
Tripulação | 40-61 |
Passageiros | 50/72 |
Especificações | |
Dimensões | |
Comprimento | 245 m (804 ft) |
Diâmetro | 41,18 m (135 ft) |
Volume | 200 000 m³ (7 060 000 ft³) |
Propulsão | |
Motor(es) | 4 x Daimler-Benz DB 602 a diesel |
Potência (por motor) | 1 200 hp (895 kW) |
Performance | |
Velocidade máxima | 135 km/h (72,9 kn) |
Notas | |
Dados de: Airships: A Hindenburg and Zeppelin History site[1] |
LZ 129 Hindenburg, ou simplesmente Hindenburg, foi um dirigível construído pela empresa Luftschiffbau-Zeppelin GmbH, na Alemanha. O dirigível, até os dias atuais, retém o título de a maior nave a voar.[2] Foi um ícone da indústria alemã amplamente empregado como tal na propaganda nazista.[3] Seu primeiro voo foi em 1936 e foi usado em 63 voos durante 14 meses até o seu fim trágico em 6 de maio de 1937.
Características
Conhecido como Zepelim, o dirigível, com 245 metros de comprimento era sustentado no ar por 200 mil metros cúbicos de hidrogénio. Manteve o título de maior dirigível em operação de 1935 até 1937 e ainda detém o de maior nave já a voar, mesmo nos dias atuais.[3] Era impulsionado por quatro motores Mercedes-Benz de 1 200 HP cada, que moviam hélices de mais de 6 metros de altura. O dirigível tinha autonomia de voo de 16 000 km quando completamente abastecido.
O dirigível era inflado com hidrogênio, ao invés de hélio, principalmente devido ao preço, que era mais barato, também o uso do hidrogênio diminuía a dependência do hélio que era em sua maior parte importado dos Estados Unidos.
História operacional
O Hindenburg voou pela primeira vez em 4 de março de 1936 em um voo teste em Friedrichshafen com 87 pessoas a bordo. A pintura inicial continha os anéis olímpicos numa forma de promover os Jogos Olímpicos de 1936, fazendo um voo de demonstração durante a cerimônia de abertura.
O primeiro voo comercial se deu em 31 de março de 1936 em uma viagem de quatro dias de Friedrichshafen para o Rio de Janeiro, um dos quatro motores quebrou e o dirigível teve de fazer um pouso em Recife (ver: Torre do Zeppelin). Na viagem de volta, outro motor quebrou no Saara forçando aterrisagens não programadas no Marrocos e na França.
No total, o Hindenburg cruzou 17 vezes o oceano Atlântico, sendo 10 viagens para os Estados Unidos e 7 para o Brasil. Uma viagem da Alemanha para os Estados Unidos custava 400 dólares.[4]
Em sua última viagem saiu de Hamburgo e cruzou o Atlântico a 110 km/h, chegando à Costa Leste dos Estados Unidos em 6 de maio de 1937.[3]
Primeiro pouso do Hindenburg nos Estados Unidos em 9 de maio de 1936. |
O Hindenburg sobrevoando Manhattan em 1937. |
Desastre
Em 6 de maio de 1937 ao preparar-se para aportar no campo de pouso da base naval de Lakehurst (Lakehurst Naval Air Station), em Nova Jersey, nos Estados Unidos, o gigantesco dirigível Hindenburg contava com 97 ocupantes a bordo, sendo 36 passageiros e 61 tripulantes, vindos da Alemanha. Durante as manobras de pouso, às 19 horas e 30 minutos, um incêndio tomou conta da aeronave e o saldo de mortos foi de 13 passageiros, 22 tripulantes a bordo e 1 técnico em solo, totalizando 36 fatalidades.
O gás de hidrogênio usado para mantê-lo no ar, altamente inflamável, foi inicialmente responsabilizado pelo enorme incêndio que tomou conta da aeronave e durou exatos 30 segundos. Logo após o evento, o governo alemão também sugeriu, de imediato, que uma sabotagem derrubara o grandioso Zeppelin, que representava a superioridade tecnológica daquele país.[5][6][7] Ambas as afirmações iam-se mostrar, contudo, essencialmente incorretas após as investigações.[3]
Desastre do Hindenburg: | ||||
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Em 6 de maio de 1937... | ...o incêndio que destruiu o Hindenburg... |
...no momento em que se preparava para pousar em Lakehurst nos Estados Unidos. | ||
Cinejornal, da Universal Newsreel, sobre o desastre, exibido em 10 de Maio. |
Fragmento de duralumínio, queimado e que foi recuperado dos destroços. |
Alguns dos oficiais e tripulantes, sobreviventes do desastre, em 9 de Maio. |
Imagens
Infografia
Dimensões do Hindenburg, comparadas com as de outros veículos e estruturas: | ||||||
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LZ 129 Hindenburg, 245m (verde escuro) Comparação do tamanho com: 1 - RMS Queen Mary 2, (345m, rosa) 2 – USS Enterprise, (342m, amarelo) 3 - Classe Yamato (263m, azul escuro) 4 - Empire State, (443m, cinza) 5 - Knock Nevis (super-petroleiro, 458m, vermelho) 6 - Pentágono, (431m, azul claro) 7 - Apple Park, (464m e diâmetro interno de 354m, verde claro). |
Antonov An-225 Mriya (84 m, em verde) Boeing 747-8 (76.4 m, em azul claro) Airbus A380-800 (73 m, em rosa) Hughes H-4 Hercules (66,6 m, em amarelo). |
Galeria
Detalhes do Hindenburg: | ||||
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Diagrama de seu interior. | Sala de máquinas, ao fundo vê-se a cauda. |
Motor. | ||
Cozinha. | Restaurante. | Sobrevoando o Recife em 1936. |
Ver também
- Acidentes e incidentes aéreos / Lista de acidentes aéreos
- Aerostação
- Aeróstato
- Era pioneira da aviação
- História da aviação
Referências
- ↑ "Hindenburg Statistics." - airships.net, visitada em 19 de junho de 2015.
- ↑ The Editors of Encyclopaedia Britannica. «The Hindenburg, Before and After Disaster». Encyclopædia Britannica (em inglês). Consultado em 7 de maio de 2020
- ↑ a b c d Kruszlnicki, Karl – Grandes Mitos da Ciência – Editora Fundamentos - 1ª edição - São Paulo, SP – 2013 – ISBN 978–85-395-0164-9
- ↑ «Maiden voyage». Airships.net
- ↑ «1937: Explosão do dirigível Hindenburg» (em alemão). Dw.de
- ↑ «A tragédia do Hindenburg». Editora Abril. Aventuras na História (ed. 116). 27 páginas. 2013
- ↑ Hinderburg Burns in Lakehusrt crash - 21 known dead, 12 missing, 64 escape - The New York Times - pág. 1 – 6 de maio de 1937