Óscar Carmona
António Óscar de Fragoso Carmona ComC • ComA • GCA • ComSE (Lisboa, 24 de Novembro de 1869 — Lisboa, 18 de Abril de 1951) foi um militar e governante português, como presidente do Ministério e presidente da República Portuguesa (terceiro da Ditadura e primeiro do Estado Novo). É primo do chefe da Junta Militar de 1930 do Brasil, Augusto Tasso Fragoso.
Biografia
Estudou no Colégio Militar em Lisboa entre 1882 e 1888 e na Escola do Exército entre 1889 e 1892, de onde saiu como oficial de Cavalaria.
Republicano, iniciado na Maçonaria,[1] foi nomeado pelo governo revolucionário republicano, a 15 de Outubro de 1910, membro da Comissão de Reestruturação do Exército.
Foi instrutor da Escola Central de Oficiais (1913–1914); Director da Escola Prática de Cavalaria de Torres Novas (1918–1922); Comandante da IVª Divisão situada em Évora (1922–1925); ministro da Guerra no governo de Ginestal Machado entre 15 de Novembro e 18 de Dezembro de 1923 e e participa como promotor de Justiça em vários julgamentos militares resultantes das múltiplas revoltas que ocorrem na fase final da I República (assim acontece no caso dos implicados na "Noite Sangrenta", de 19 de Outubro de 1921, e com os participantes na Revolta Outubrista).[2]
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/thumb/3/3d/Retrato_oficial_do_Presidente_%C3%93scar_Carmona_%281933%29_-_Henrique_Medina.png/200px-Retrato_oficial_do_Presidente_%C3%93scar_Carmona_%281933%29_-_Henrique_Medina.png)
Um dos líderes do golpe militar de 28 de Maio de 1926, seria Ministro da Guerra entre 9 de Julho e 29 de Novembro, ministro dos Negócios Estrangeiros entre 3 de Junho a 6 de Julho de 1926, pasta que acumulou com a de presidente do Ministério — após o derrube do general Gomes da Costa — a partir de 9 de julho de 1926. Foi nomeado presidente da República interino em 26 de Novembro de 1926. Eleito em 1928, ainda durante a Ditadura Militar, dando início ao período denominado Ditadura Nacional e, já na vigência da Constituição de 1933, em 1935, 1942 e 1949, não concluindo o último mandato por ter falecido no decurso do mesmo. Tendo atingido o posto de General em 1922, foi-lhe atribuído o título honorífico de marechal do exército em 1947.
A 25 de Abril de 1930 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem dos Santos Maurício e Lázaro de Itália.[3]
Faleceu a 18 de abril de 1951,na sua residência no Lumiar, pelas 11 horas e 43 minutos, vitima de pneumonia[4], tendo ficado sepultado no Mosteiro dos Jerónimos. Em 1966 o seu corpo fora solenemente trasladado da Sala do Capítulo do Mosteiro dos Jerónimos para o Panteão Nacional da Igreja de Santa Engrácia, Lisboa, por ocasião da sua inauguração.[5] A cerimónia ocorreu no dia 5 de dezembro, conjuntamente com a trasladação de outras ilustres figuras portuguesas.
Foram impressas uma nota de 5 angolares e uma série de notas de 20$00, 50$00, 100$00, 500$00 e 1.000$00 de Angola, bem como selos, com a sua imagem.
Condecorações nacionais
Comendador da Ordem Militar de Avis (15 de fevereiro de 1919)[6]
Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (28 de fevereiro de 1919)[6]
Comendador da Ordem Militar de Cristo (28 de junho de 1919)[6]
Grã-Cruz da Ordem Militar de Avis (5 de outubro de 1925)[6]
Banda das Três Ordens (16 de novembro de 1926 - 18 de abril de 1951)[6]
Notas
- ↑ Foi iniciado no triângulo N.º 1, de Chaves, entre 1894 e 1906, não tendo ultrapassado o grau de aprendiz. Abandonou a maçonaria, tendo, em 1935, assinado a lei que a ilegalizou em Portugal. Cf. MARQUES, A. H. de Oliveira.Dicionário de Maçonaria Portuguesa. Lisboa: Editorial Delta, 1986, vol I, col. 272-273.
- ↑ «Presidentes - Estado novo - Óscar Carmona (Biografia)» (em por). Sítio do Museu da Presidência da República. Consultado em 24 de setembro de 2018. Cópia arquivada em 24 de setembro de 2018.
e participa como promotor de Justiça em vários julgamentos militares resultantes das múltiplas revoltas que ocorrem na fase final da I República. Assim acontece no caso dos implicados na "Noite Sangrenta", de 19 de Outubro de 1921, e com os participantes na Revolta Outubrista.
- ↑ «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Estrangeiras». Resultado da busca de "António Óscar Fragoso Carmona". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 20 de março de 2016
- ↑ «06332.053.12808». casacomum.org. Consultado em 2 de fevereiro de 2022
- ↑ Óscar Carmona (em inglês) no Find a Grave
- ↑ a b c d e «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "António Óscar Fragoso Carmona". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 20 de março de 2016
Ligações externas
- Biografia de António Óscar Fragoso Carmona
- Óscar Carmona, 25 anos presidente, Os Presidentes” (Ep. 3) (Extrato de Documentário), por Alexandrina Pereira / Rui Pinto de Almeida, Braveant para a RTP, 2011
- Huge crowd gathers as Oscar Carmona is re-elected as President
Precedido por Manuel Gomes da Costa |
Presidente do Ministério de Portugal 1926 — 1928 |
Sucedido por José Vicente de Freitas |
Precedido por Manuel Gomes da Costa |
![]() 11.º Presidente da República Portuguesa 1926 — 1951 |
Sucedido por Francisco Craveiro Lopes |
- Nascidos em 1869
- Mortos em 1951
- Naturais de Lisboa
- Maçons de Portugal
- Maçons do século XIX
- Maçons do século XX
- Presidentes de Portugal
- Primeiros-ministros da Segunda República Portuguesa
- Alunos do Colégio Militar (Portugal)
- Marechais de Portugal
- Comendadores da Ordem Militar de Avis
- Comendadores da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada
- Comendadores da Ordem Militar de Cristo
- Grã-Cruzes da Ordem Militar de Avis
- Cavaleiros da Ordem da Águia Branca
- Banda das Três Ordens
- Ditadura Nacional
- Ministros da Guerra de Portugal
- Ministros dos Negócios Estrangeiros de Portugal
- Sepultados no Panteão Nacional - Igreja de Santa Engrácia