Ana Rosa

Ana Rosa | |
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Nome completo | Ana Rosa Guy Galego |
Nascimento | 18 de junho de 1942 (76 anos) Promissão, SP |
Ocupação | atriz, bailarina, escritora, musicista e dubladora |
Cônjuge | Dedé Santana (1958-1961) Guilherme Corrêa (1962-1965, 1975-2006; viúva) |
Outros prêmios | |
Troféu Imprensa (1964) - Revelação do Ano (Alma Cigana) | |
IMDb: (inglês) |
Ana Rosa Guy Galego (Promissão, São Paulo, 18 de junho de 1942) é uma atriz, bailarina, escritora, musicista e dubladora brasileira.[1]
Oriunda de uma família de artistas, estreou aos vinte e dois anos na televisão interpretando a cigana Esmeralda na TV Tupi.[2] Trabalhou em diversas emissoras de televisão, entre elas Rede Globo e Rede Record.
Em 1997, entrou para o Guinness Book como a atriz que mais fez novelas no mundo.[2]
No teatro, atuou em As lobas, Trair e Coçar É Só Começar, entre outras peças. Com a peça espírita (religião da atriz) Violetas na Janela, Ana e uma equipe de 25 pessoas ainda viajam pelo Brasil afora.
Em 2005 escreveu e publicou o livro Essa Louca TV e sua Gente Maravilhosa.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Ana Rosa nasceu no Circo Teatro Novo Horizonte, na cidade de Promissão, São Paulo. O circo pertencia ao Capitão Juvenal Pimenta, seu avô, e foi o berço de sua primeira experiência artística: aos quinze dias de vida, a pequena Ana Rosa foi levada ao palco durante a apresentação do espetáculo teatral "O mundo não me quis", no qual representava um recém-nascido abandonado. A partir daí, seguiu os passos de sua família e aos quatro anos de idade, já interpretou seu primeiro personagem com falas. Aos nove anos de idade, além de atuar nos espetáculos teatrais, a atriz também trabalhava fazendo números no trapézio e no arame.[3]
Em 1958, conheceu o ator Dedé Santana, que veio a ser seu primeiro marido e pai de seus dois primeiros filhos, Maurício e Maria Leone. Com Dedé, excursionou trabalhando como bailarina com o Circo de Revista Real. Em 1960, Ana Rosa e Dedé Santana inauguraram a TV Alvorada, em Brasília. Na ocasião, apresentaram juntos, ao vivo, diversos números circenses e teleteatros. Após um ano, foram às pressas para São Paulo, onde Maurício, o primeiro filho do casal, veio a falecer de leucemia, no dia 14 de fevereiro de 1961. No mesmo ano, ela e Dedé se separaram e Ana seguiu para Santos, onde voltou a trabalhar em circo. Meses depois, o casal reatou e, em abril de 1962, nasceu sua primeira filha, Maria Leone, hoje com 45 anos. Algum tempo depois o casal separou-se definitivamente. Ana Rosa teve um total de oito filhos.[2]
Também na década de 1960, Ana Rosa trabalhou nem Teatro de Revista com nomes como J. Maia, Fernando D'avilla, Guinter & Américo, Colé, Augusto César Vanucci.
Atuou em "Entre loiras e morenas", espetáculo que estreou em 1961, no Teatro Jardel, em Copacabana, Rio de Janeiro.
Em novembro de 1962, excursionava com Colé pelo Nordeste com o espetáculo "Pelés e peladas". Na ocasião conheceu o ator Guilherme Corrêa, que veio a ser seu segundo marido. Em 1964 foram viver em Porto Alegre.
Durante a década de 1970, 1980 e 1990, conciliou seu trabalho em TV com espetáculos teatrais como "Uma janela para o sol" e "Os inimigos não mandam flores", ambas de Pedro Bloch; "Os marginalizados", de Abílio Pereira de Almeida, na Cia. de Dercy Gonçalves; "Médico à força", de Moliére; "Se", de Sérgio Jockyman; "Camas redondas, casais quadrados", com direção de José Renato; "A calça", de Millôr Fernandes, com direção de Maurice Vaneau; "A Nonna", com direção de Flávio Rangel; "D. Rosita a solteira", de Frederico Garcia Lorca; "Amor bruxo", direção de Roney Villela; "Trair e coçar é só começar", na qual ficou quatro anos; "As lobas", direção de Antônio Pedro Borges. A convite de Walmor Chagas, a atriz integrou o elenco permanente do Teatro Ziembinsky (Rio de janeiro), onde interpretou textos como "Prezado amigo" de Carlos Drummond de Andrade
Sua trajetória profissional confunde-se com a história da televisão brasileira. Em 1964, recebeu o convite de Cassiano Gabus Mendes,então diretor artístico da TV Tupi, para protagonizar Alma Cigana no qual ganhou Troféu Imprensa de Revelação do Ano. A novela foi a primeira da emissora gravada em vídeo tape e transmitida diariamente em horário nobre, logo se transformando num grande sucesso.
Após a excelente audiência de sua próxima novela, Se o mar contasse, a atriz passou a fazer parte do elenco da TV Tupi.
Durante um período de separação de Guilherme Corrêa, Ana Rosa adotou José Ricardo, em 1966, Maria Luísa, e os gêmeos José Rodrigo e Maria Letícia, em 1971. Em 1975, Guilherme Corrêa mudou-se de volta para São Paulo e os dois retomaram o casamento. Em 1976, nasceu a primeira filha do casal, Ana Luísa, que morreu atropelada aos 18 anos em 1994. Nessa época converteu-se ao espiritismo. Em 1979, Ana e Guilherme casaram-se oficialmente. Em 1981, nasceu Ana Beatriz, a caçula de oito irmãos.
Ana Rosa trabalhou na TV Tupi durante 16 anos, onde atuou em 28 telenovelas e inúmeras produções, como TV de Vanguarda, TV de Comédia, Grande Teatro Tupi, entre outras. A atriz pertenceu ao elenco do canal até janeiro de 1980, quando a emissora faliu.
Ao longo desses 40 anos de carreira, Ana Rosa também foi pioneira trabalhando em outras emissoras. Em janeiro de 1982, foi convidada por Silvio Santos para protagonizar Destino, a primeira telenovela do SBT. A atriz também trabalhou em produções da extinta Rede Manchete, dentre as quais a novela Antônio Maria, produção que inaugurou, em 1985, os estúdios da TV Manchete, em Água Grande, Rio de Janeiro.
Na Rede Globo, Ana Rosa fez sua estréia na minissérie Moinhos de vento (1983), com direção de Walter Avancini. Na emissora, a atriz atuou em mais de 14 produções, incluindo atuações em Caso Verdade, Brava Gente, Você Decide, Retrato de Mulher e A Grande Família” como Genoveva, namorada de seu Flor (Rogério Cardoso).
Na televisão, Ana Rosa trabalhou com diretores como Geraldo Vietri, Cassiano Gabus Mendes, Antônio Abujamra, Lima Duarte, Walter Avancini, Denis Carvalho, Paulo Ubiratan, Luiz Fernando Carvalho, Daniel Filho, Ricardo Waddington, Jayme Monjardim, Marcos Paulo, entre outros.
Em 1997, juntamente com Guilherme Corrêa, fez a adaptação do livro "Violetas na Janela", de Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho, para o teatro, e participou de sua produção. O espetáculo, que já foi assistido por mais de 156 mil pessoas, ainda excursiona pelo Brasil. Em 1998, Ana Rosa também assumiu o desafio de dirigir o espetáculo "O Cândido Chico Xavier", que também permanece até hoje excursionando pelo país.
Ainda em 1997, a atriz entrou para o Guinness Book como a recordista em número de trabalhos em telenovelas gravadas em videoteipe. Como protagonista, coadjuvante ou em participações especiais, Ana Rosa mantém esse recorde até hoje.
Ana Rosa também atuou no cinema, onde trabalhou em filmes como: Quatro Brasileiros em Paris (1965), Os Diabólicos Herdeiros (1966), O Pequeno Mundo de Marcos (1968), de Geraldo Vietri, e Quatro Pistoleiros em Fúria (1972), de Edward Freund.
No ano que Ana Rosa completou suas quatro décadas de carreira como atriz, ela comemorou com o lançamento do livro "Essa Louca Televisão e sua Gente Maravilhosa" (Editora Butterfly), que conta sua trajetória e relembra suas passagens marcantes e histórias curiosas vividas na televisão, com depoimentos de vários artistas e profissionais da área.
A atriz ficou viúva em 2 de fevereiro de 2006, do ator Guilherme Corrêa, e mora com filha caçula Ana Beatriz Corrêa na Barra da Tijuca, na capital fluminense.
Carreira[editar | editar código-fonte]
Televisão[editar | editar código-fonte]
Cinema[editar | editar código-fonte]
Ano | Título | Papel |
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1965 | Quatro Brasileiros em Paris[4] | |
1968 | O Pequeno Mundo de Marcos | Ana |
1971 | Diabólicos Herdeiros | |
1972 | Quatro Pistoleiros em Fúria[5] | Bailarina |
1983 | Sexo, Sua Única Arma | |
2007 | O Signo da Cidade | Mãe de Biô |
2008 | Bezerra de Menezes - O Diário de um Espírito | Irmã de Bezerra de Menezes |
2009 | Chico Xavier | Carmem |
2010 | Nosso Lar | Laura |
2011 | O Filme dos Espíritos | Gabi |
2012 | E a Vida Continua... | Lucinda |
Referências
- ↑ «Ana Rosa (perfil)». Consultado em 12 de setembro de 2011
- ↑ a b c Camila Pati (9 de outubro de 2006). «Ana Rosa». IstoÉ Gente. Consultado em 12 de setembro de 2011
- ↑ «Biografia da atriz Ana Rosa». Consultado em 29 de dezembro de 2011
- ↑ «Quatro Brasileiros em Paris». Cinemateca Brasileira. Consultado em 26 de novembro de 2016
- ↑ «Quatro Pistoleiros em Fúria». Cinemateca Brasileira. Consultado em 26 de novembro de 2016
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Ana Rosa (em inglês) no Internet Movie Database