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Fernando II de Portugal: diferenças entre revisões

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'''Fernando II''' (nome completo em [[língua alemã|alemão]]: ''Ferdinand August Franz Anton von Sachsen-Coburg und Gotha''; [[Viena]], {{dtlink|29|10|1816}} – [[Lisboa]], {{dtlink|15|12|1885}}) foi o segundo marido da rainha [[Maria II de Portugal|D. Maria II]] e [[Lista de consortes reais de Portugal|Príncipe Consorte de Portugal]], entre de 1836 até 1837, altura em que se tornou [[Lista de monarcas de Portugal|Rei de Portugal e dos Algarves]] por direito [[Jure uxoris|da sua esposa]]. Era o filho mais velho do príncipe [[Fernando de Saxe-Coburgo-Gota]] e da sua esposa, a princesa [[Maria Antônia de Koháry|Maria Antónia de Koháry]].
'''Fernando II''' (nome completo em [[língua alemã|alemão]]: ''Ferdinand August Franz Anton von Sachsen-Coburg und Gotha''; [[Viena]], {{dtlink|29|10|1816}} – [[Lisboa]], {{dtlink|15|12|1885}}) foi o segundo marido da rainha [[Maria II de Portugal|D. Maria II]] e [[Lista de consortes reais de Portugal|Príncipe Consorte de Portugal]], entre de 1836 até 1837, altura em que se tornou [[Lista de monarcas de Portugal|Rei Consorte de Portugal e dos Algarves]] com o nascimento do primeiro filho, como previsto na constituição. Era o filho mais velho do príncipe [[Fernando de Saxe-Coburgo-Gota]] e da sua esposa, a princesa [[Maria Antônia de Koháry|Maria Antónia de Koháry]].


Fernando casou-se com D. Maria em 1836, tornando-se príncipe consorte de Portugal. Em conformidade com a lei portuguesa da época, D. Fernando apenas seria rei com a sua esposa após o nascimento do seu primeiro filho, que nasceria um ano depois, o futuro rei D. [[Pedro V de Portugal|Pedro V]].
Fernando casou-se com D. Maria em 1836, tornando-se príncipe consorte de Portugal. Em conformidade com a lei portuguesa da época, D. Fernando apenas seria rei com a sua esposa após o nascimento do seu primeiro filho, que nasceria um ano depois, o futuro rei D. [[Pedro V de Portugal|Pedro V]].

Revisão das 22h01min de 15 de fevereiro de 2020

Fernando II
O Rei Artista
Fernando II de Portugal
Regente do Reino de Portugal
Reinado 15 de novembro de 1853
a 16 de setembro de 1855
Rei Consorte de Portugal e dos Algarves
Reinado 16 de setembro de 1837
a 15 de novembro de 1853
Príncipe Consorte de Portugal
Reinado 9 de abril de 1836
a 16 de setembro de 1837
Predecessor(a) Augusto de Beauharnais
Sucessora Estefânia de Hohenzollern-Sigmaringen
 
Nascimento 29 de outubro de 1816
  Viena, Áustria
Morte 15 de dezembro de 1885 (69 anos)
  Lisboa, Portugal
Sepultado em Panteão da Dinastia de Bragança, Igreja de São Vicente de Fora, Lisboa, Portugal
Nome completo  
Fernando Augusto Francisco Antônio
Esposas Maria II de Portugal
Elise Hensler (morganática)
Descendência Pedro V de Portugal
Luís I de Portugal
João, Duque de Beja
Maria Ana de Portugal
Antônia de Portugal
Fernando de Portugal
Augusto, Duque de Coimbra
Casa Saxe-Coburgo-Gota-Koháry
Pai Fernando de Saxe-Coburgo-Gota
Mãe Maria Antônia de Koháry
Religião Catolicismo
Assinatura Assinatura de Fernando II
Brasão

Fernando II (nome completo em alemão: Ferdinand August Franz Anton von Sachsen-Coburg und Gotha; Viena, 29 de outubro de 1816Lisboa, 15 de dezembro de 1885) foi o segundo marido da rainha D. Maria II e Príncipe Consorte de Portugal, entre de 1836 até 1837, altura em que se tornou Rei Consorte de Portugal e dos Algarves com o nascimento do primeiro filho, como previsto na constituição. Era o filho mais velho do príncipe Fernando de Saxe-Coburgo-Gota e da sua esposa, a princesa Maria Antónia de Koháry.

Fernando casou-se com D. Maria em 1836, tornando-se príncipe consorte de Portugal. Em conformidade com a lei portuguesa da época, D. Fernando apenas seria rei com a sua esposa após o nascimento do seu primeiro filho, que nasceria um ano depois, o futuro rei D. Pedro V.

Apesar de monarca iuris uxoris, com direito a título e numeração próprios, e de comandante supremo do Exército, dignidades atribuídas a D. Fernando II, a Carta Constitucional reservava as funções políticas de Chefe de Estado para a Soberana, sua esposa. D. Maria II morre em 1853, terminando igualmente o reinado de D. Fernando II. No dia em que enviuvou prestou juramento como Regente do Reino, exercendo estas funções até à maioridade de D. Pedro V em 1855.

Como amante das belas-artes, focou-se durante toda a sua vida nas artes, o que lhe valeu o cognome de o Rei Artista.

Biografia

Família

Os princípes Augusto e Fernando, enquanto crianças (c. 1824).

Foi o primogénito do príncipe Fernando de Saxe-Coburgo-Gota, irmão do duque Ernesto I e do rei Leopoldo I dos Belgas, e da sua esposa, Maria Antónia de Koháry. Teve três irmãos mais novos: Augusto, Vitória e Leopoldo.

Durante a infância o príncipe cresceu em várias terras pertencentes à sua família na actual Eslováquia e nas cortes austríaca e germânica.

Rei de Portugal

Em 1835, como D. Maria II enviuvou meses depois do seu primeiro casamento com o príncipe Augusto de Beauharnais, D. Fernando foi escolhido para novo esposo da soberana.

As negociações do casamento foram dirigidas por D. Francisco de Almeida Portugal, Conde de Lavradio, tendo o contrato matrimonial sido assinado em 1 de Dezembro de 1835, com o barão de Carlowit em representação do duque reinante de Saxe-Coburgo, e o barão de Stockmar em representação do príncipe Fernando, seu pai.

A 1 de Janeiro de 1836, casa-se com D. Maria II por procuração, e assina o decreto nomeando D. Fernando marechal-general do Exército, posto reservado ao próprio Rei, na sua função de Comandante Supremo do Exército.

D. Fernando partiu de Coburgo, atravessou a Bélgica, e embarcou em Oostende para Lisboa, onde chegou a 8 de Abril. A cerimónia do casamento realizou-se no dia seguinte. A nomeação de D. Fernando enquanto marechal-general gerou polémica entre os liberais mas, uma vez que essa dignidade já houvera sido conferida ao príncipe D. Augusto, o governo não podia deixar de comprometer-se com a rainha.

De acordo com a lei Portuguesa, enquanto marido da rainha reinante, D. Fernando só poderia receber o título de rei após o nascimento do primeiro herdeiro (foi por este motivo que o primeiro marido da rainha, Augusto de Beauharnais, nunca foi rei) D. Fernando foi, portanto, príncipe de Portugal até ao nascimento do futuro D. Pedro V em 1837.

Foi eleito, a 4 de Maio de 1836, presidente da Academia Real das Ciências.

D. Fernando II em 1852

D. Fernando evitou envolver-se no panorama político, preferindo dedicar-se às artes. Por ocasião da fundação da Academia de Belas-Artes de Lisboa a 25 de Outubro de 1836, D. Fernando e a rainha declaram-se seus protectores.

Após uma visita ao Mosteiro da Batalha (que se encontrava abandonado, depois das extinção das ordens religiosas), D. Fernando passa a dedicar parte das suas preocupações às causas de cariz nacionalista, como a protecção do património arquitectónico português edificado, tendo também impulsionado aspectos culturais e financeiros, a par do estímulo à acção desenvolvida por sociedades eruditas, como projectos de restauração e manutenção respeitantes não só à vila da Batalha, mas também ao Convento de Mafra, Convento de Cristo, em Tomar, ao Mosteiro dos Jerónimos, Sé de Lisboa, e Torre de Belém.[1]

Como amante de pintura que era, colaborou com algumas gravuras de sua autoria, na Revista Contemporânea de Portugal e Brasil (1859-1865).[2]

Segundo casamento

D. Fernando II e Elise Hensler

Em 1869, D. Fernando casa-se pela segunda vez, morganaticamente, com Elise Hensler, depois tornada Condessa d'Edla, que era uma cantora de ópera e mãe solteira, a quem viria a deixar como herança o Palácio da Pena, cuja construção foi da sua inteira responsabilidade, sendo entregue ao engenheiro alemão Wilhelm Ludwig von Eschwege que realizou projecto.

Tronos grego e espanhol

Em 1862, depois de uma revolta na Grécia contra o rei Oto I, D. Fernando II foi convidado a subir ao trono grego, proposta que recusou.

Em 1868, com a revolução que expulsou a rainha Isabel II da Espanha e toda a sua família, e o governo provisório espanhol, não se desejando estabelecer uma república, ofereceram a coroa a D. Fernando II, então com quarenta e nove anos, proposta que D. Fernando também rejeitou.

Morte

D. Fernando II, por Manuel Maria Bordalo Pinheiro

Pouco antes da sua morte D. Fernando começou a sofrer a dolorosa enfermidade a que não resistiu, o seu corpo jaz ao lado de D. Maria II, sua primeira esposa, no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.

Títulos, estilos e honrarias

Predefinição:Info/Estilos reais

Títulos e estilos

  • 29 de outubro de 1816 – 12 de novembro de 1826: "Sua Alteza Sereníssima, Príncipe Fernando de Saxe-Coburgo-Saalfeld"
  • 12 de novembro de 1826 – 1 de janeiro de 1836: "Sua Alteza Sereníssima, Príncipe Fernando de Saxe-Coburgo-Gota"
  • 1 de janeiro de 1836 – 16 de setembro de 1837: "Sua Alteza Real, o Príncipe Consorte"
  • 16 de setembro de 1837 – 15 de novembro de 1853: "Sua Majestade Fidelíssima, o Rei"
  • 15 de novembro de 1853 – 15 de dezembro de 1885: "Sua Majestade Fidelíssima", o Rei D. Fernando II"

Honrarias

Ancestrais

Ver também

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Fernando II de Portugal

Referências

  1. Correia, Luís Miguel Maldonado de Vasconcelos (2010). «A Presença do Castelo na (re)Definição da Imagem do Território». Castelos em Portugal. Retrato do seu perfil arquitectónico [1509-1949] 1.ª ed. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra. p. 175. ISBN 978-989-26-0022-2. Consultado em 11 de Março de 2015 
  2. Pedro Mesquita (6 de dezembro de 2013). «Ficha histórica:Revista Contemporânea de Portugal e Brasil (1859-1865)» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 13 de Abril de 2014 
Fernando II de Portugal
Casa de Saxe-Coburgo-Gota-Koháry
Ramo da Casa de Wettin
29 de outubro de 1816 – 15 de dezembro de 1885
Precedido por
Augusto de Beauharnais

Príncipe Consorte de Portugal
9 de abril de 1836 – 16 de setembro de 1837
Sucedido por
Estefânia de Hohenzollern-Sigmaringen
Precedido por
Maria II
(sozinha)

Rei de Portugal e Algarves
16 de setembro de 1837 – 15 de novembro de 1853
com Maria II