Praça da República (Belém)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados de Praça da República, veja Praça da República.
Praça da República
Largo da Campina
Características
Classificação patrimônio histórico
praça
execution site
Fonte Largos, coretos e praças de Belém
Categoria Praça da República (Belém)
Composto de Monumento ao General Gurjão
Monumento à República
Obelisco ao Interventor Major Federal Magalhães Barata
Pavilhão de Música Euterpe
Pavilhão de Música Santa Helena Magno
Bar do Parque
Theatro da Paz
Parte de Praça da República e Conjunto Paisagístico, Arquitetônico e Urbanístico Edit this on Wikidata
Patrimônio bem de interesse histórico em Belém
Diferente de Praça da República e Conjunto Paisagístico, Arquitetônico e Urbanístico
Localização
Mapa
GPS 1°27'8.771"S, 48°29'39.303"W Edit this on Wikidata
[ Editar Wikidata ] [ Mídias no Commons ]
[ Editar infocaixa ]

A Praça da República é um logradouro brasileiro situado no Largo da Campina, na cidade brasileira de Belém (capital do Pará).

História[editar | editar código-fonte]

No início era o Largo da Campina, um imenso terreno descampado que ficava entre o bairro da Campina e a estrada que levava à ermida de Nossa Senhora de Nazaré, um lugar ermo no bairro de nazaré. Depois, em 1756, houve um surto endêmico de varíola na então capitania do Grão-Pará, vitimando vários belenenses, sendo necessário construir um cemitério no bairro da Campina, no Largo da Campina.[1]

Anos após o fim do surto, o cemitério foi desativado. Neste local o governo da província ergueu um armazém para se guardar pólvora, mudando o nome para Largo da Pólvora.[2][3]

Uma forca foi erguida, mas não há registro de nenhum enforcamento.[carece de fontes?] O que se sabe é que o espaço era usado para sepultar, em cova rasa, escravos e pobres.[carece de fontes?]

Em homenagem ao Imperador do Brasil, foi batizada de Praça Dom Pedro II, mas continuava sendo um grande terreno descampado.

Em 1850, se plantou algumas árvores, mas desordenadamente. Com a inauguração do Theatro da Paz em 1878, durante o período da Belle Epóque e os pedidos da então elite da borracha que viviam a moda europeia[2][3] houve uma urbanização, também modesta.

Seu nome definitivo veio com a troca de regime, ganhando a denominação “Praça da República”.

A presença do teatro impactou a região, valorizando-a e consolidando-a como polo cultural da cidade de Belém; assim criava-se o polígono da cultura, que era formado por Palace Bolonha, Grande Hotel, Cine Olympia e, Theatro da Paz, local onde ocorriam muitas visitas ilustres e local comum de reunião da aristocracia de Belém que, elegantemente trajados à moda parisiense desfilava joias e vaidades.[4]

O governador Justo Chermont idealizou a construção de um monumento em homenagem à república, em 1889. A pedra fundamental foi colocada no ano seguinte, mas foi um concurso que decidiu a forma do monumento. A vencedora foi Michele Sebastiano.

Inaugurado em 15 de novembro de 1897 e, todo em mármore de carrara, o monumento tem 20 m. A estátua é de uma mulher, representando o regime republicano, com um ramo de oliveira na mão, simbolizando a paz. O gênio alado, sobre o primeiro degrau da obra apoiado num leão, ergue o estandarte da república gritando: “Liberdade!”.

Vista panorâmica da Praça da República.

Do outro lado do degrau, a História registra a data da proclamação da república. Dois artistas erguem os escudos da “Probidade” e da “União”. As quatro placas em homenagem a Floriano Peixoto, José Bonifácio, Tiradentes e Beijamim Constant foram anexadas ao monumento na segunda gestão de Abelardo Conduru.

A primeira tentativa de urbanização da Praça foi em 1901, com o intendente de Belém, Arthur Índio do Brasil. Fez-se o calçamento nas suas avenidas, acimentou os passeios, colocaram-se chafarizes, bancos e ajardinou-se as alamedas.

Porém, foi Antônio Lemos, em 1897, fez sérias críticas ao projeto urbanístico da praça no relatório ao concelho de intendência municipal. Chamou o ajardinamento do local de “aleijão da arte de floricultura com canteiros de mais de um metro de altura, alinhados perpendicularmente, com simetria fadigante, que irritavam a transeunte mais calmo”. Ele modificou completamente a aparência do logradouro, trocando, inclusive, a pavimentação das ruas que limitavam a praça por paralelepípedos.

Durante o governo de Virgínio Mendonça, foram construídos dois pavilhões na praça, o maior hoje é o Teatro Waldemar Henrique, o menor abrigando a Escola de Arte da Universidade Federal do Pará.

Hoje a praça da República tornou-se palco de grandes comemorações como o Círio de Nazaré, o Dia da Raça e o desfile de 7 de setembro.

Características arquitetônicas[editar | editar código-fonte]

A Praça da República é conhecida por seus belos elementos arquitetônicos. A praça é cercada por vários edifícios importantes, incluindo o Theatro da Paz, um teatro neoclássico, e o Palácio Antônio Lemos, um grande edifício que atualmente abriga o Museu de Arte de Belém [5].

Atividades culturais[editar | editar código-fonte]

A Praça da República é um polo de eventos e atividades culturais. Frequentemente recebe shows, exposições de arte e festivais, atraindo moradores e turistas. A praça serve como um local para celebrações e reuniões durante ocasiões importantes [6].

Galeria[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Conheça quatro pontos turísticos do Pará que possuem histórias 'macabras' e são assombrados». O Liberal. Consultado em 9 de fevereiro de 2022 
  2. a b «Restaurado, Theatro da Paz tem uma programação intensa». Folha de São Paulo. Consultado em 27 de outubro de 2021 
  3. a b «Conheça quatro pontos turísticos do Pará que possuem histórias 'macabras' e são assombrados». O Liberal. Consultado em 9 de fevereiro de 2022 
  4. «Theatro da Paz (Belém, PA)». Fundaj. 7 de abril de 2022. Consultado em 22 de março de 2023 
  5. DE ANDRADE, Rubens; TÂNGARI, Vera Regina. A Praça da República e seus aspectos morfológicos no desenho da paisagem de Belém. Paisagem e Ambiente, n. 16, p. 43-68, 2002.
  6. ABREU, Waldir Ferreira de et al. História de vida como metodologia de pesquisa: o relato de vida de um menino de rua da Praça da República em Belém do Pará. Revista Margens Interdisciplinar, 2004.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Ruas de Belém de Ernesto Cruz - editado pelo Conselho Estadual de Cultura do Estado do Pará; 1970 (página 118-119)

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Praça da República (Belém)