Raymundo Damasceno Assis

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Raymundo Damasceno Assis
Cardeal da Santa Igreja Romana
Arcebispo emérito de Aparecida
Info/Prelado da Igreja Católica
Cardeal Raymundo Damasceno Assis na missa em ação de graça pelos 25 anos de ordenação episcopal de Jorge Mario Bergoglio, no Vaticano, em 27 de junho de 2017. Imagem: Centro Televisivo Vaticano.
Hierarquia
Papa Francisco
Atividade eclesiástica
Diocese Arquidiocese de Aparecida
Nomeação 28 de janeiro de 2004
Entrada solene 25 de março de 2004
Predecessor Aloísio Cardeal Lorscheider, O.F.M.
Sucessor Orlando Brandes
Mandato 2004 - 2016
Ordenação e nomeação
Ordenação presbiteral 19 de março de 1968
Conselheiro Lafaiete
por José Newton de Almeida Baptista
Nomeação episcopal 18 de junho de 1986
Ordenação episcopal 15 de setembro de 1986
Catedral Metropolitana de Brasília
por José Cardeal Freire Falcão
Nomeado arcebispo 28 de janeiro de 2004
Cardinalato
Criação 20 de novembro de 2010
por Papa Bento XVI
Ordem Cardeal-presbítero
Título Imaculada em Tiburtino
Brasão
Lema IN GAUDIUM DOMINI
Na alegria do Senhor
Dados pessoais
Nascimento Capela Nova, Minas Gerais
15 de fevereiro de 1937 (87 anos)
Nacionalidade brasileiro
Residência Brasília [1]
Funções exercidas -Bispo auxiliar de Brasília (1986-2004)

-Arcebispo de Aparecida (2004-2016)

dados em catholic-hierarchy.org
Cardeais
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Dom Raymundo Damasceno Assis (Capela Nova, 15 de fevereiro de 1937) é um cardeal brasileiro, atual arcebispo emérito de Aparecida, membro do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais e da Pontifícia Comissão para América Latina, na Santa Sé.[2] Foi, também, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, entre os anos de 2011 e 2015.

Presbítero[editar | editar código-fonte]

Em 1955 entrou para o Seminário Menor na cidade de Mariana, onde cursou o segundo grau.[3] Em 1961 foi para Roma onde cursou filosofia[4] e, em 1965 para a Alemanha, onde acompanhou o Curso Superior de Catequese.[5] Foi ordenado padre em Conselheiro Lafaiete, Minas Gerais, aos 19 de março de 1968.[6]

Depois de ordenado sacerdote, exerceu as seguintes funções: Coordenador de Catequese da Arquidiocese de Brasília, de 1968 a 1970; Pároco da Igreja do Santíssimo Sacramento em Brasília, de 1968 a 1976 e Chanceler da Arquidiocese de Brasília, de 1968 a 1979.[7] Exerceu também as funções de Reitor do Seminário maior de Brasília.[8]

Bispo[editar | editar código-fonte]

A ordenação episcopal de Dom Damasceno aconteceu em 15 de setembro de 1986 na Catedral de Nossa Senhora Aparecida, em Brasília.[9] Daí exerceu as funções de bispo auxiliar e vigário geral da Arquidiocese de Brasília, de 1986 a 2003[10] e diretor do Curso Superior de Teologia para leigos da Arquidiocese de Brasília, de 1986 a 2003.[11] Foi nomeado arcebispo de Aparecida em 2004,[12] onde desempenhou as funções de arcebispo até dia 16 de novembro de 2016, quando o Papa Francisco acolheu seu pedido de renúncia ao governo pastoral da arquidiocese.[13]

Sínodos[editar | editar código-fonte]

Dom Raymundo foi Padre Sinodal na 1ª Assembleia Especial para a África do Sínodo dos Bispos, que aconteceu em Roma no mês de abril de 1994; Padre Sinodal nomeado por João Paulo II, na IX Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, em Roma, abril de 1994. Padre sinodal eleito pela Assembleia da CNBB e confirmado por João Paulo II na Assembleia Especial para a América do Sínodo dos Bispos, em Roma no ano de 1997.[3]

Participou da Conferência de Aparecida em 2007, como membro delegado pela CNBB.[14]

Dom Raymundo foi nomeado pelo Papa Bento XVI como padre sinodal da 2ª Assembleia Especial para a África do Sínodo dos Bispos, que aconteceu em Roma no mês de outubro de 2009.[15]

Participou como padre sinodal nomeado pelo Papa Bento XVI da Assembleia Especial para o Oriente Médio do Sínodo dos Bispos, que aconteceu em Roma no mês de outubro de 2010.[16]

Atividades na CNBB[editar | editar código-fonte]

Ocupou o cargo de secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, por dois mandatos, de 1995 a 1999, e de 1999 a 2003,[17] foi membro da sua Comissão Episcopal de Pastoral para a Comunicação, Educação e Cultura;[18] presidente do Conselho Fiscal, de 2003 a 2006;[19] presidente da Comissão Episcopal da CNBB da Campanha para a Evangelização, de 2003 a 2006.[3]

Em 9 de maio de 2011, durante a 49ª reunião da CNBB, Assis foi eleito presidente da instituição pelos quatro anos seguintes (2011–2015).[20] Dom Raymundo foi eleito na segunda votação, com 196 votos, derrotando Dom Odilo Scherer, que recebeu 75 votos.[21] Foi sucedido por Dom Sérgio da Rocha.[22]

Atividades no CELAM[editar | editar código-fonte]

Foi ainda membro da Comissão Episcopal do Departamento de Catequese do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) de 1987 a 1991; secretário-geral do CELAM, de 1991 a 1995;[23] secretário-geral da Quarta Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, em Santo Domingo, na República Dominicana, em 1992, nomeado pelo Papa João Paulo II,[24] e ainda membro do Comitê Econômico do CELAM, em Bogotá, de 1995 a 1999 e membro da Comissão Episcopal de Comunicação do CELAM, de 2003 a 2006. Suplente do Delegado da CNBB junto ao CELAM de 2003 a 2006 e delegado da CNBB na Quinta Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e Caribenho, em maio de 2007.[carece de fontes?]

Na 31ª Assembleia Ordinária do CELAM, realizada na cidade de Havana no mês de julho de 2007, foi eleito seu presidente para o quadriênio 2007–2011.[25][26]

Cardinalato[editar | editar código-fonte]

Dom Raymundo e a presidente brasileira Dilma Rousseff, em agosto de 2011

No dia 20 de outubro de 2010 foi anunciada a sua criação como cardeal pelo Papa Bento XVI, no consistório de 20 de novembro.[10][27][28] Com a eleição de Dom Raymundo Damasceno, o Brasil passa a dispor de nove cardeais, dos quais seis são eméritos.[29] Passou a usar o titulus de Cardeal-presbítero da Imaculada em Tiburtino, do qual tomou posse no dia 3 de abril de 2011.[30] Como Cardeal, tomou parte no Conclave de 2013, que elegeu o jesuíta argentino Jorge Mario Bergoglio como Pontífice, conhecido como Papa Francisco.[31]

Atividades extra-eclesiásticas[editar | editar código-fonte]

Elegeu-se membro da Academia Brasiliense de Letras em novembro de 2003,[32] tomando posse na cadeira 33, em 23 de junho de 2004 e integrou o Conselho da Comunidade Solidária.[33]

Ordenações episcopais[editar | editar código-fonte]

Dom Raymundo presidiu a ordenação episcopal de:[10]

Dom Raymundo foi concelebrante da ordenação episcopal de:[10]

Referências

  1. «Card. Damasceno: "Reconstruir o Brasil é também dever dos cidadãos"». Dom Total. 1 de julho de 2017. Consultado em 21 de fevereiro de 2021 
  2. «Dom Raymundo Cardeal Damasceno Assis». Arquidiocese de Aparecida. Consultado em 16 de fevereiro de 2012 
  3. a b c «ASSIS, Raimundo Damasceno». Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Fundação Getúlio Vargas. 21 de setembro de 2014. Consultado em 10 de agosto de 2020 
  4. «Arcebispo de Aparecida será nomeado cardeal pelo Papa». Revista Época. 20 de outubro de 2010. Consultado em 10 de agosto de 2020 
  5. «Novo Presidente do CELAM». Arquidiocese de Cuiabá. 10 de julho de 2007. Consultado em 10 de agosto de 2020 
  6. «Prefeito participa de Celebração do ano jubilar de Dom Raymundo». Município de Conselheiro Lafaiete. 20 de março de 2018. Consultado em 10 de agosto de 2020 
  7. «Dom Raymundo Damasceno Assis». Canção Nova. 26 de fevereiro de 2013. Consultado em 10 de agosto de 2020 
  8. «Discurso de Dom Raymundo Damasceno no CEN 2010». Canção Nova. 14 de maio de 2010. Consultado em 10 de agosto de 2020 
  9. «CNBB saúda Dom Damasceno pelos 25 anos de ordenação episcopal». Canção Nova. 12 de setembro de 2011. Consultado em 10 de agosto de 2020 
  10. a b c d «Biografia no Catholic Hierarchy» 
  11. «Nomeado cardeal pelo Papa, Dom Raymundo Damasceno é recebido com festa em Aparecida». Extra. 26 de outubro de 2010. Consultado em 10 de agosto de 2020 
  12. «Arcebispo de Aparecida será nomeado cardeal pelo Papa». Terra. 20 de outubro de 2010. Consultado em 10 de agosto de 2020 
  13. «Papa aceita renúncia de Damasceno e nomeia novo arcebispo para Aparecida». Jornal de Brasília. 16 de novembro de 2016. Consultado em 10 de agosto de 2020 
  14. Carmen Munari (13 de maio de 2007). «IGREJA ESPERA DIRETRIZES DO PAPA PARA RECONQUISTA DE FIÉIS». Reuters. G1. Consultado em 10 de agosto de 2020 
  15. «Dom Raymundo Damasceno é nomeado para o Sínodo da África». Canção Nova. 18 de setembro de 2009. Consultado em 10 de agosto de 2020 
  16. «Testemunhar Cristo com o perdão, pedem Bispos aos católicos no Oriente Médio». Aci Digital. 12 de outubro de 2010. Consultado em 10 de agosto de 2020 
  17. «Papa anuncia os novos arcebispos de Aparecida, Belo Horizonte e Brasília». Folha de S. Paulo. 29 de janeiro de 2004. Consultado em 10 de agosto de 2020 
  18. «Cardeal Raymundo Damasceno completa 75 anos com homenagem na sede da CNBB». Aci Digital. 16 de fevereiro de 2012. Consultado em 10 de agosto de 2020 
  19. «Papa nomeia arcebispo de Aparecida como cardeal». SRZD. 2010. Consultado em 10 de agosto de 2020 
  20. «Dom Damasceno é o novo presidente da CNBB». Canção Nova. 9 de maio de 2011. Consultado em 10 de agosto de 2020 
  21. Isabela Lemos (10 de maio de 2011). «Cardeal Raymundo Damasceno é eleito presidente da CNBB». JC - Uol. Consultado em 10 de agosto de 2020 
  22. «Arcebispo de Brasília é eleito presidente da CNBB». Diário do Poder. 21 de abril de 2015. Consultado em 10 de agosto de 2020 
  23. «REQUERIMENTO». Senado Federal do Brasil. Novembro de 2010. Consultado em 10 de agosto de 2020 
  24. «Cardeal Dom Raymundo Damasceno é o novo presidente da CNBB». O Nacional. 10 de maio de 2011. Consultado em 10 de agosto de 2020 
  25. «Arcebispo de Aparecida é eleito presidente do Celam». AFP. Uol. 10 de julho de 2007. Consultado em 10 de agosto de 2020 
  26. «Dom Damasceno é o novo presidente do CELAM». AFP. Canção Nova. 11 de julho de 2007. Consultado em 10 de agosto de 2020 
  27. G1 (20 de outubro de 2010). «Arcebispo de Aparecida será nomeado cardeal pelo Papa». Consultado em 20 de outubro de 2010 
  28. Vaticano (20 de outubro de 2010). «Annuncio di Concistoro per la creazione di nuovi Cardinali , 20.10.2010» (em italiano) [ligação inativa]
  29. e-band (20 de outubro de 2010). «Arcebispo de Aparecida é nomeado cardeal por Bento 16». Consultado em 21 de outubro de 2010 
  30. The Cardinals of the Holy Roman Church
  31. Juliana Cardilli (6 de março de 2013). «Repórter do G1 relata expectativa de cardeal brasileiro para o conclave». G1. Consultado em 10 de agosto de 2020 
  32. Revista da Academia Brasiliense de Letras. Ano XXII - nº 18 - Brasília, 2005
  33. «Dom Orlando Brandes é nomeado novo Arcebispo da Arquidiocese de Aparecida». Arquidiocese de Florianópolis. 16 de novembro de 2016. Consultado em 10 de agosto de 2020 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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Precedido por
Carlos Ambrosio Lewis Tullock

Bispo-titular de Nova Petra

1986 — 2004
Sucedido por
Raffaello Funghini
Precedido por
Aloísio Cardeal Lorscheider, O.F.M.
Brasão arquiepiscopal
Arcebispo de Aparecida

2004 — 2016
Sucedido por
Orlando Brandes
Precedido por
Francisco Cardeal Errázuriz,
P. Schönstatt
Brasão episcopal
Presidente do
Conselho Episcopal Latino-Americano

2007 — 2011
Sucedido por
Carlos Cardeal Aguiar Retes
Precedido por
Ernesto Cardeal Corripio y Ahumada

Cardeal-presbítero da Imaculada em Tiburtino

2010 — atualidade
Sucedido por
incumbente
Precedido por
Geraldo Lyrio Rocha
Presidente da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

2011 — 2015
Sucedido por
Sérgio Cardeal da Rocha