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Aliança de Batistas do Brasil

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Aliança de Batistas do Brasil
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Classificação Protestante[1]
Orientação Batista[2], Ecumênica[2][3]
Teologia Teologia liberal[3]
Política Congregacional[2] e cooperativista[2]
Líder Prª. Camila Oliver (presidente)
Associações Conselho Nacional de Igrejas Cristãs
Fundador Vários batistas da ala progressista da Convenção Batista Brasileira
Origem 2005 (19 anos)
Maceió, AL, Brasil
Separado de Convenção Batista Brasileira
Site oficial Página oficial

Aliança de Batistas do Brasil é uma denominação cristã de igrejas batistas no Brasil e membro do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC).[4] [5]Possui uma orientação inclusiva e ecumênica.[4]

Em 2005, um grupo de igrejas batistas filiadas à Convenção Batista Brasileira e com orientação progressista se uniram e redigiram a Carta de Intenção da Aliança de Batistas do Brasil.[6] A partir desse momento é organizada a referida denominação. Uma das comunidades mais ativas e antigas é a Igreja Batista do Pinheiro, em Maceió (AL), que apesar de ser uma das fundadoras da Aliança fez parte da Convenção Batista Brasileira até 2016 quando foi excluída do rol de igrejas cooperantes por não ter objeções a relacionamentos homoafetivos.[7]

Além das doutrinas comuns aos batistas como o batismo por imersão na idade da razão, a Aliança também defende os princípios batistas fundamentais que são a livre interpretação da Bíblia, liberdade congregacional e liberdade religiosa para todas as pessoas.[8] Conforme a Carta de Compromisso e Princípios da Aliança de Batistas do Brasil[8], são defendidos os seguintes pontos:

  1. A liberdade do indivíduo para ler e interpretar as Escrituras, guiado pelo espírito de Deus na família da fé, em diálogo com a compreensão histórica da igreja e os métodos acadêmicos contemporâneos de investigação do texto bíblico.
  2. A liberdade da igreja local para, sob a autoridade de Jesus Cristo, organizar sua própria vida e missão, elegendo homens e mulheres para sua liderança, conforme seus carismas e ministérios.
  3. A relação ecumênica com todo o corpo de Cristo manifesto nas várias tradições cristãs, a cooperação e o diálogo inter-religioso.
  4. Um estilo de liderança marcado por serviço, equidade, colegialidade e colaboração de todo o povo de Deus, segundo o modelo de Jesus.
  5. A educação teológica nas igrejas locais, faculdades e seminários, caracterizada pela mediação da palavra de Deus e pela investigação acadêmica responsável.
  6. A proclamação das Boas Novas de Jesus Cristo a todos os povos e o chamado de Deus à fé, à reconciliação, à esperança e à promoção de todas as formas de justiça que assegurem a dignidade da vida e a integridade da criação.
  7. A liberdade religiosa para todas as pessoas e a separação institucional entre igreja e estado, em oposição a qualquer tentativa por parte da igreja ou do estado de usar o outro para os seus interesses particulares.

Para a realização dos princípios acima definidos, a Aliança busca:

  1. Desenvolver uma espiritualidade integral em todas as nossas práticas.
  2. Promover oportunidade de relacionamento dentro e fora da Aliança, buscando a plena reconciliação proporcionada pelo Evangelho de Cristo.
  3. Celebrar a diversidade da vida e da humanidade em todas as suas formas, respeitar as diferenças e promover o diálogo.
  4. Proporcionar lugares de acolhimento para os feridos ou ignorados pela igreja, sendo deliberadamente inclusivos e oferecendo a graça e a hospitalidade de Deus a todas as pessoas.
  5. Defender a causa dos empobrecidos e proscritos da sociedade.
  6. Lutar pela justiça com e para os oprimidos.
  7. Empreender todos os esforços necessários para o cuidado do planeta.
  8. Trabalhar incansavelmente em prol da paz com justiça.
  9. Honrar a sabedoria e o aprendizado contínuo.
  10. Manter-nos responsáveis pela equidade, colegialidade e diversidade nas nossas estruturas e organizações. Reconhecendo a dinamicidade do desenvolvimento histórico, a liberdade da ação contínua do Espírito de Cristo e os limites das nossas percepções e contexto histórico-temporal, afirmamos ser imprescindível a revista periódica dos compromissos e intenções desta Carta, em amplo diálogo com os integrantes da Aliança que se forma, bem como com os demais cristãos e cristãs

Relações com a comunidade LGBTQIA+ e controvérsias

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Em 2021, a pastora Odja Barros, membro da Aliança, foi ameaçada de morte após ter celebrado o casamento de um casal de lésbicas.[9] Apesar da polêmica levantada no meio evangélico por conta da celebração de um casamento homoafetivo por uma pastora batista, a ministra recebeu o apoio de diversas lideranças cristãs e diversos setores da sociedade por conta das ameaças que estava sofrendo.[10][11]

Referências

  1. «CONIC anuncia adesão da Aliança de Batistas do Brasil». Diocese de Santo André. 17 de maio de 2023. Consultado em 21 de maio de 2023. Cópia arquivada em 22 de julho de 2022. A igreja batista é uma denominação protestante histórica e sua maior associação é a Convenção Batista do Sul, dos Estados Unidos, com cerca de 16 milhões de membros e mais de 42 mil igrejas filiadas. No Brasil, as associações batistas são a Convenção Batista Brasileira (a mais antiga), Convenção Batista Nacional, Convenção das Igrejas Batistas Independentes e a própria Aliança de Batistas do Brasil. 
  2. a b c d «Início - Aliança dos Batistas do Brasil». Aliança dos Batistas do Brasil. Consultado em 21 de maio de 2023. Cópia arquivada em 7 de abril de 2023. Somos um organismo de identidade batista e caráter ecumênico, constituído por pessoas e comunidades identificadas com a riqueza da tradição cristã que zela pelas liberdades essenciais, como a "livre interpretação da Bíblia", a "liberdade congregacional" e a "liberdade religiosa" para todas as pessoas. 
  3. a b Gonçalves, Alonso S. (18 de julho de 2016). «Os batistas e o pluralismo religioso: o princípio da liberdade religiosa como abertura dialógica». REFLEXUS - Revista Semestral de Teologia e Ciências das Religiões (15): 167–182. ISSN 2358-4874. doi:10.20890/reflexus.v10i15.323. Consultado em 21 de maio de 2023. Àqueles que pensam fora das estruturas oficiais da denominação são poucos e promovem uma fala que destoa da fala oficial ou dos grandes representantes responsáveis pela produção teológica no país. Alguns desses homens deixaram de exercer sua influência em Seminários (sic) e Faculdades (sic) teológicas depois que faleceram, o que contribui/u para uma disseminação de ideias e posturas heterodoxas no ambiente batista brasileiro e uma abrangência em termos de discussão e diálogo entre os batistas e outras vertentes da matriz religiosa brasileira. Assim, há batistas que participam de movimentos ecumênicos, como também de grupos que favorecem o diálogo inter-religioso. É claro que essas posturas são de base, quase nunca, com algumas exceções, com representações institucionais. [Nota de rodapé: É o caso da Aliança de Batistas do Brasil que teve início no Nordeste brasileiro com o propósito de se engajar no movimento ecumênico no sentido institucional, uma vez que a CBB não tem interesse nesse debate]. 
  4. a b «Sobre». Aliança de Batistas. Consultado em 22 de julho de 2022 
  5. «CONIC anuncia adesão da Aliança de Batistas do Brasil». Diocese de Santo André. Consultado em 22 de julho de 2022 
  6. ALIANÇA DE BATISTAS DO BRASIL. Carta de intenção da Aliança de Batistas do Brasil. Paripueira, AL, 2005.
  7. «A Igreja Batista do Pinheiro foi excluída da CBB por liberar o batismo de homossexuais». www.vice.com. Consultado em 22 de julho de 2022 
  8. a b Carta de Compromissos e Princípios (PDF). [S.l.]: Aliança de Batistas do Brasil 
  9. «Pastora que celebrou casamento entre mulheres é ameaçada de morte e faz denúncia à polícia». G1. Consultado em 22 de julho de 2022 
  10. «Entidades lançam nota conjunta em solidariedade à pastora Odja Barros, da igreja Batista do Pinheiro». Sintietfal. 16 de dezembro de 2021. Consultado em 22 de julho de 2022 
  11. Sanson, Cesar. «Igrejas Cristãs do Brasil se solidarizam com a pastora Odja Barros». www.ihu.unisinos.br. Consultado em 22 de julho de 2022