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Mamonas Assassinas: diferenças entre revisões

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'''Álbuns ao vivo'''
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* 2006: ''[[Mamonas Ao Vivo]]''
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*2015: "[[Mamonas: 20 Anos De Fenômeno]]"
2015: Mamonas: 20 Anos De Fenômeno


== Videografia ==
== Videografia ==

Revisão das 18h11min de 28 de maio de 2016

 Nota: Se procura o álbum homônimo do grupo, veja Mamonas Assassinas (álbum).
Mamonas Assassinas
Mamonas Assassinas
Informação geral
Origem Guarulhos, SP
País  Brasil
Gênero(s) Rock cômico, Pop Rock, Brega, Pagode, Heavy Metal, sertanejo[1], Punk Rock, Forró e Vira
Período em atividade 23 de Junho de 1995 - 2 de março de 1996
Gravadora(s) EMI
Afiliação(ões) Utopia
Ex-integrantes Dinho
Bento Hinoto
Júlio Rasec
Samuel Reoli
Sérgio Reoli

Mamonas Assassinas, anteriormente chamada de Utopia,[1][2] foi uma banda brasileira de rock cômico formada em Guarulhos em 1990. Seu som consistia numa mistura de pop rock com influências de gêneros populares, tais como sertanejo, brega, heavy metal, pagode[1], forró, música mexicana, reggae e vira. O único álbum de estúdio gravado pela banda, Mamonas Assassinas, lançado em junho de 1995, vendeu mais de 3 milhões de cópias no Brasil,[3][4] sendo certificado com disco de diamante comprovado pela ABPD.[5]

Com um sucesso meteórico, a carreira da banda com o nome de Mamonas Assassinas durou pouco mais de sete meses, de 23 junho de 1995 a 2 de março de 1996, quando o grupo foi vítima de um acidente aéreo fatal sobre a Serra da Cantareira, o que ocasionou a morte de todos os seus integrantes, causando grande comoção nacional.[1][2][4][6]

Início e sucesso

Utopia

Ver artigo principal: Utopia (banda brasileira)

Em março de 1989, Sérgio Reoli, ao trabalhar na Olivetti, conhece Maurício Hinoto, irmão de Bento. Ao saber que Sérgio é baterista, Maurício decide apresentar o irmão, que toca guitarra. A partir daí, Sérgio conhece Bento e decidem criar uma banda. Na época, Samuel Reoli, irmão de Sérgio, não se interessava em música, preferindo desenhar aviões.

Contudo, ao ver Sérgio e Bento ensaiarem em sua casa, Samuel se interessou pela música e passou a tocar baixo elétrico. Estava formada, assim, a "cozinha", com baixo, guitarra e bateria.

Ficheiro:A Fórmula do Fenômeno.jpg
A Fórmula do Fenômeno foi o único disco de quando eles eram banda Utopia. Das 1000 cópias produzidas, apenas 100 foram vendidas.

Os três formaram o grupo Utopia, especializado em "covers" de grupos como Ultraje a Rigor, Legião Urbana, Titãs, Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho e Rush, entre outras. Em um show, em julho de 1990, o público pediu para tocarem uma música dos Guns N' Roses, e como não sabiam a letra, pediram a um espectador para ajudá-los. Alecsander Alves, conhecido como Dinho, voluntariou-se para cantar e provocou grandes risadas da plateia, com sua performance escrachada, garantindo o posto de vocalista da banda. Por meio de Dinho, entrou o quinto integrante da banda, o tecladista Júlio Rasec.

O Utopia passou a apresentar-se na periferia de São Paulo e lançou um disco que vendeu menos de cem cópias: A Fórmula do Fenômeno. Aos poucos, os integrantes começaram a perceber que as palhaçadas e músicas de paródia que faziam nos ensaios para se divertirem eram mais bem recebidas pelo público do que "covers" e músicas sérias. Gradualmente, foram apresentando nos shows algumas paródias musicais, com receio da aceitação do público. O público, porém, aceitava muito bem as músicas escrachadas. O Utopia percebeu a chave para o sucesso da banda.

Por meio de um show em um bar em Guarulhos, conheceram o produtor Rick Bonadio (mesmo empresário da banda de Santos Charlie Brown Jr.). Gravaram duas músicas, Pelados em Santos e Robocop Gay, e decidiram mudar o perfil da banda, a começar pelo nome: eles tinham como sugestões Um Rapá da Zé, Tangas Vermelhas, Coraçõezinhos Apertados e Os Cangaceiros de teu Pai. E então Samuel Reoli sugeriu Mamonas Assassinas do Espaço, que foi reduzido para Mamonas Assassinas.

Mamonas Assassinas

A banda enviou uma fita demo com as músicas Pelados em Santos, Robocop Gay e Jumento Celestino para três gravadoras, entre elas Sony Music e EMI. Rafael Ramos, baterista da banda Baba Cósmica e filho do diretor artístico da EMI, João Augusto Soares, insistiu na contratação. Após assistir a uma apresentação do grupo em 28 de abril de 1995, João Augusto resolveu assinar contrato com os Mamonas.

Porém, antes de gravar o disco, surgiu um problema: A EMI queria pelo menos 10 músicas para o CD, mas só tinham três. E mentiram, ao falar que tinham 7 músicas e que em 1 semana poderiam compor as demais músicas. Então eles tiveram exatamente 1 semana para compor 12 músicas. Em Maio de 1995, a EMI mandou todos os integrantes para Los Angeles, Estados Unidos para gravar o seu único disco. Eram para ser 15 faixas, só que uma delas acabou não sendo inclusa no CD: a música Não Peide Aqui Baby, que é uma paródia da música Twist and Shout dos Beatles, foi censurada devido a grande quantidade de palavrões. Após gravar o disco produzido por Rick Bonadio (apelidado pela banda de Creuzebek), que foi lançado no dia 23 de Junho de 1995, o disco passou desapercebido nas lojas. Porém, no dia seguinte, quando a 89 FM a Rádio Rock tocou a música Vira-Vira, os Mamonas estouraram de vez. Foi o disco de estreia que mais vendeu no Brasil e também o que mais vendeu cópias em um único dia: 25 mil cópias nas primeiras 12 horas após a canção ter sido executada.[carece de fontes?]

Saíram em uma exaustiva turnê, apresentando-se em programas como Jô Soares Onze e Meia, Domingo Legal, Programa Livre, Domingão do Faustão e Xuxa Park. Tocavam cerca de oito a nove vezes por semana, com apresentações em 25 dos 27 estados brasileiros e ocasionais dois a três shows por dia. O cachê dos Mamonas tornou-se um dos mais caros do país, variando entre R$ 40 mil, 50 mil, R$ 70 mil e R$ 100 mil. Consequentemente, a EMI faturou cerca de R$ 80 milhões com a banda. Em certo período, a banda vendia 50 mil cópias por dia e 100 mil cópias a cada dois dias.[carece de fontes?]

Bento Hinoto e Dinho, ambos guitarrista e vocalista em um show feito em Fortaleza, no Ceará, em Dezembro de 1995.

Um ponto marcante na carreira dos Mamonas aconteceu em 1992. Quando eram o Utopia, os integrantes tentaram tocar no Ginásio Paschoal Thomeo (conhecido como Thomeozão), em Guarulhos. Foram, porém, expulsos pelo dirigente do ginásio, considerando que a banda nunca iria fazer sucesso devido a seu nome. O vocalista Dinho, ao ser barrado, discutiu feio com a autoridade da cidade e disse que um dia eles seriam famosos, que o mundo dá voltas e, com isso, a prefeitura iria pedir para eles tocarem por lá. Só que a história seria diferente, porque o vocalista disse que pensaria se iriam tocar. Em Janeiro de 1996, já como Mamonas, os cinco lotaram o ginásio.

Esse show ficou marcado por vídeos amadores que mostram o momento em que Dinho senta no palco e em tom de desabafo, manda uma mensagem energética, repleta de energia positiva e críticas à aqueles que não acreditaram no seu trabalho, dizendo que nunca se deve deixar de acreditar nos seus sonhos, pois os Mamonas sempre tiveram o sonho de tocar ali (no Thomeozão) e tiveram a porta fechada na cara.

Por serem então queridos e admirados pelo público, todas as vezes que apareciam na televisão, a audiência triplicava. Como consequência disso, existia briga entre as emissoras para ter os Mamonas Assassinas nos seus programas. A Rede Globo de Televisão tentou contratá-los por 3 anos exclusivos, mas sem sucesso. Na época que eles fizeram inúmeros shows, eles foram apelidados de Rolo Compressor porque as outras bandas e artistas tinham medo e não queriam tocar na mesma cidade que eles se apresentavam, uma vez que todo mundo queria assistir só os Mamonas, então eles passavam um Rolo Compressor por onde quer que fossem.

O logotipo da banda é uma inversão da logomarca da Volkswagen, colocada de cabeça para baixo, formando assim um M e um A de "Mamonas Assassinas". Dois veículos da empresa alemã são citados nas canções: em "Pelados em Santos", a Volkswagen Brasília, e em "Lá vem o Alemão", a Volkswagen Kombi. Os Mamonas preparavam uma carreira internacional, com partida para Portugal preparada para 3 de março de 1996.

Acidente e fim trágico

Jatinho Learjet 25D. O modelo de prefixo PT-LSD era usado para transportar a banda, quando no dia 2 de março de 1996 às 23:56, chocou-se contra a Serra da Cantareira.

No dia 2 de março, enquanto voltavam de um show em Brasília, o jatinho Learjet em que viajavam, modelo 25D prefixo PT-LSD, chocou-se contra a Serra da Cantareira, numa tentativa de arremetida, matando todos que estavam no avião.

O enterro, no dia 4 de março no cemitério Parque das Primaveras, em Guarulhos-SP, fora acompanhado por mais de 65 mil fãs (em algumas escolas, até mesmo não houve aula por motivo de luto)[7][8]. O enterro também foi transmitido na televisão, com canais interrompendo sua programação normal[9].

O acidente

A aeronave havia sido fretada com a finalidade de efetuar o transporte do grupo musical para um show no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. No dia 1º de março de 1996, transportou esse grupo de Caxias do Sul para Piracicaba, onde chegou às 15h45. No dia 2 de março de 1996, com a mesma tripulação e sete passageiros, decolou de Piracicaba, às 07h10, com destino a Guarulhos, onde pousou às 7h36. A tripulação permaneceu nas instalações do aeroporto, onde, às 11h02, apresentou um plano de voo para Brasília, estimando a decolagem para as 15h00. Após duas mensagens de atraso, decolaram às 16h41. O pouso em Brasília ocorreu às 17h52. A decolagem de Brasília, de regresso a Guarulhos, ocorreu às 21h58. O voo, no nível (FL) 410, transcorreu sem anormalidade. Na descida, cruzando o FL 230, a aeronave de prefixo PT-LSD chamou o Controle São Paulo, de quem passou a receber vetoração por radar para a aproximação final do procedimento Charlie 2, ILS da pista 09R do Aeroporto de Guarulhos (SBGR). A aeronave apresentou tendência de deriva à esquerda, o que obrigou o Controle São Paulo (APP-SP) a determinar novas provas para possibilitar a interceptação do localizador (final do procedimento). A interceptação ocorreu no bloqueio do marcador externo e fora dos parâmetros de uma aproximação estabilizada.

Sem estabilizar na aproximação final, a aeronave prosseguiu até atingir um ponto desviado lateralmente para a esquerda da pista, com velocidade de 205 nós a 800 pés acima do terreno, quando arremeteu. A arremetida foi executada em contato com a torre, tendo a aeronave informado que estava em condições visuais e em curva pela esquerda, para interceptar a perna do vento. A torre orientou a aeronave para informar ingressando na perna do vento no setor sul. A aeronave informou "setor norte". Na perna do vento, a aeronave confirmou à Torre estar em condições visuais. Após algumas chamadas da Torre, a aeronave respondeu e foi orientada a retornar ao contato com o APP-SP para coordenação do seu tráfego com outros dois tráfegos em aproximação IFR.

O PT-LSD chamou o APP-SP, o qual solicitou informar suas condições no setor. O PT-LSD confirmou estar visual no setor e solicitou "perna base alongando", sendo então orientado a manter a perna do vento, aguardando a passagem de outra aeronave em aproximação por instrumento. No prolongamento da perna do vento, no setor Norte, às 23h16, o PT-LSD chocou-se com obstáculos a 3.300 pés (1006 metros), no ponto de coordenadas 23º25'52"S 046º35'58"W. Em consequência do impacto, a aeronave foi destruída e todos os ocupantes faleceram no local.

Nota adicional

Uma operação equivocada do piloto é a versão do Departamento de Aviação Civil (DAC) para explicar o acidente com o jatinho que causou a morte dos cinco integrantes do grupo Mamonas Assassinas na noite de 2 de março de 1996, em São Paulo. A 10 quilômetros do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em Guarulhos, o piloto repetia, a pedido da torre de controle, o procedimento de aterrissagem. No entanto, em vez de fazer uma curva para a direita, onde fica a Rodovia Dutra, virou o avião Learjet modelo 25D, prefixo PT-LSD, para a esquerda, chocando-se com a Serra da Cantareira. Além dos componentes da banda, Dinho, que completaria 25 anos dali a três dias, os irmãos Samuel (que completaria 23 anos no dia 11 de março) e Sérgio, Júlio e Bento, também morreram no acidente o piloto, o co-piloto e dois assistentes dos artistas, Isaque Souto, primo de Dinho, e Sérgio Saturnino Porto, segurança do grupo. A morte trágica de seus cinco integrantes causou comoção em todo o Brasil, menos de dois anos depois da morte de Ayrton Senna em 1994. Dias após, houve um minuto de silêncio no Maracanã, antes do jogo entre Botafogo e Flamengo.

Mamonas e os aviões

Os Mamonas Assassinas sempre tiveram uma certa relação com aviões.

  • Quando adolescente, Samuel costumava desenhar aviões.
  • No final dos anos 80, Sérgio, Bento e Samuel formaram a banda Ponte Aérea, que depois se tornaria Utopia.
  • Todos os integrantes do grupo moravam perto do Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos.
  • No disco homônimo do grupo Mamonas Assassinas, há um agradecimento a Santos Dumont "Por ter inventado o avião, senão a gente ainda tava indo mixar o disco a pé" (o disco foi gravado e produzido nos Estados Unidos).
  • Um trecho da música 1406 cita um avião: "Você não sabe como parte um coração/Ver seu filhinho chorando querendo ter um avião".
  • Existem registros em que Dinho cita o cantor norte-americano Ritchie Valens, conhecido pela música "La Bamba", morto em um acidente aéreo em 3 de fevereiro de 1959 (no qual também morreram os músicos Buddy Holly e Big Bopper, este conhecido no Brasil pelo falsete "That's What I Like" de "Chantilly Lace", sampleado pelo Jive Bunny em uma mixagem que leva esta frase como título). Em um vídeo, Júlio e Dinho cantam a música "Donna", de Valens. Durante uma entrevista ao Top 20 MTV, à época comandado pela apresentadora Cuca Lazzarotto, Dinho afirmou que os Mamonas Assassinas não lançariam um segundo disco: "Vamos fazer um show no interior e nós vamos de monomotor, você já ouviu falar em La Bamba?".
  • Em algumas oportunidades o vocalista chegou a assumir o lugar do piloto durante as viagens do grupo. As brincadeiras com um possível acidente era constante, e diversas brincadeiras com a morte foram registradas.
  • Em uma entrevista dada em 1996, Sérgio disse: “O avião em que costumávamos viajar caiu em Brusque, Santa Catarina, em novembro. Morreram três pessoas. Falha humana. O cara que vendeu as camisetas da banda em Porto Seguro, Bahia, bateu com o carro depois do show e também embarcou[1].
  • No dia 2 de março de 1996 (o próprio dia do acidente), Júlio disse a um amigo cabeleireiro que havia sonhando com um acidente de avião. O depoimento foi gravado e teve muita repercussão na época.[10]

Formação

Membros

A banda Mamonas Assassinas era formada por:

Discografia

Como "Utopia"

Como "Mamonas Assassinas"

Álbuns de estúdio

Coletâneas

Álbuns ao vivo

2015: Mamonas: 20 Anos De Fenômeno

Videografia

Bibliografia

  • 1996: Mamonas Assassinas: Bla Bla Bla - A Biografia Autorizada
  • 1996: O Último Voo - Investigação Sem Limites
  • 1997: Pitchulinha - Minha Vida Com Dinho, Até que os Mamonas Nos Separem
  • 1997: O Breve Voo de Longas Asas
  • 2005: Mamonas Na Chaminé

Prêmios

  • Troféu Xuxa Hits 1995
  • Prêmio SBT de Música 1995 - Revelação
  • Troféu Imprensa 1996 - Revelação do Ano
  • Troféu Imprensa 1996 Melhor Música (Pelados em Santos)
  • Troféu 1996 - Melhor Banda Do Ano

Números e Estatísticas

  • No início, os Mamonas Assassinas cobravam oito mil reais por apresentação. Em fevereiro de 1996, esse valor já tinha subido para 70 mil (o mais alto cachê para bandas brasileiras, à época).
  • Fizeram cerca de 190 shows em 180 dias[9].
  • Eles só não se apresentaram nos estados do Acre e do Tocantins[11].
  • Enquanto vivos, a EMI facturou cerca de R$80 milhões com a banda[12].
  • 9o Lugar na lista de artistas que mais faturaram no ano de 1995 com R$ 275.000.000,00[13]

Recordes

  • Recorde brasileiro de vendas num só dia: 25 mil exemplares em 12 horas[14].
  • Disco de estreia mais vendido da história da música brasileira com Mamonas Assassinas[15].
  • Recorde Mundial: Disco que mais vendeu em menos tempo: Mamonas Assassinas com 3 milhões de cópias, em menos de um ano[16].
  • O álbum Mamonas Assassinas ocupa a 9a posição dos discos mais vendidos da história, no Brasil[17].
  • 2a Maior Audiência da História do SBT - “Domingo Legal” apresentado por Gugu Liberato, chegou a picos de 47 pontos com a matéria dos “Mamonas Assassinas”[18].

Legado

"Eles fizeram sucesso sendo eles mesmos"[19]

Muita gente se pergunta como o Mamonas conseguiu atingir tanto sucesso entre todas as faixas etárias e sociais da nossa população[20], mesmo com músicas "politicamente incorretas" que não deveriam tocar em rádios, por conta dos palavrões[21] (e mesmo sendo formada pelos mesmos integrantes do "fracassado" grupo Utopia), e como se tornaram ídolos do público infantil[22].

Segundo a crítica especializada, a fórmula de sucesso do grupo estava calcada em letras de humor escrachado e músicas ecléticas, de apelo pop, que parodiavam estilos diferentes, como rock, heavy metal, brega e até o vira português, entre outros[23]. Para Rafael Ramos, produtor musical que descobriu os Mamonas, “tinha muita coisa estourando na época, mas ninguém fazia algo tão engraçado. O que veio depois era cópia. Eles eram muito carismáticos e, além disso, chegaram antes de muita gente[21].

Outra questão levantada é qual o legado deixado por eles, já que as letras de suas músicas eram apelativas - como a de Robocop Gay, que sofreu duras críticas de grupos LGBTs[24] - e mesmo sofrendo duras críticas da mídia especializada[25], e mesmo sendo tachados de ridículos e palhaços da música pela crítica especializada[20].

Para muitos, a alegria e o humor irreverente, marcas do comportamento de seus jovens integrantes, liderados pela comédia natural do vocalista, aliado a letras irreverentes, figurinos exóticos e performance estilo pastelão, foi o legado deixado pelo grupo[26][27].

Trabalhos na TV

Apenas participaram na TV atuando uma vez:

  • (1995) - Especial Luz da Paz da Xuxa - Eles mesmos (músicos amigos de Xuxa na história do especial)

Homenagens

  • No mesmo ano do acidente fatal com os integrantes do Mamonas Assassinas, o grupo de pagode Só Pra Contrariar, liderado por Alexandre Pires, gravou uma música intitulada Tributo aos Mamonas homenageando a banda[29].
  • Os também paulistas Titãs dedicaram seu álbum Acústico MTV de 1997 aos Mamonas Assassinas[30]. Em 1999, os Titãs regravariam o sucesso "Pelados em Santos" no álbum de covers As Dez Mais[31].
  • A banda paulistana 365 compôs a música "Manhã de Domingo", presente no disco "Do Outro lado do Rio" (2005), em homenagem aos Mamonas. Vale lembrar que, quando ainda se chamavam Utopia, os Mamonas abriram vários shows para o 365[32].
  • O cantor Barrerito compôs a música Avião Assassino em homenagem ao quinteto de Guarulhos[33].
  • Os Mamonas Assassinas - e a Brasília Amarela - são citados na canção Festa da Música Tupiniquim, do disco Quebra-Cabeça de Gabriel o Pensador[34].
  • Dinho é citado na música Todas Elas Juntas Num Só Ser, de Lenine[35].
  • Trechos das músicas dos Mamonas são citados em um trecho da música Pré-Sal, do disco Sei, de Nando Reis [36][37]
  • A Turma da Mônica fez a história "Mamonamania" pouco antes do acidente. Em outra história, Mônica conhece o grupo Azeitonas Assassinas, que toca uma versão de "Pelados em Santos": "Mina… seu jumento é da hora… mas como ele demooora…"
  • Em uma história, o Professor Pardal tenta espantar um bando de gatos tocando "Babonas Rebeldes".[carece de fontes?]
  • Os Mamonas voltam do além em um episódio da Mega Liga MTV de VJs Paladinos, desenho animado da MTV Brasil, para impedir o vilão Roberto Leal.
  • A canção "Robocop Gay" foi incluída na trilha sonora da telenovela Caminhos do Coração (2007/2008), da Rede Record, como tema do personagem Danilo, interpretado por Cláudio Heinrich.
  • No dia 10 de julho de 2008 a Rede Globo exibiu o especial Por Toda Minha Vida, em homenagem ao grupo. O programa bateu o recorde de audiência do horário, com 26 pontos de média no IBOPE. O especial foi reprisado outras duas vezes, no dia 10 de Março de 2010 e 5 de Março de 2016, além de ter sido lançado em DVD pela Globo Marcas/Som Livre em 2009.
  • A torcida do Sport Club Internacional canta uma paródia da música "Pelados em Santos" em jogos de seu time, versão esta posteriormente repetidas por outras torcidas, como as do Remo, Flamengo, América de Natal, América Futebol Clube (Teófilo Otoni), Bahia, Tupi, Ceará e Estrela do Norte Futebol Clube/ES, além do Pesqueira Futebol Clube, que disputou a série A do Campeonato Pernambucano de Futebol em 2013.
  • Até a escola de samba da Mangueira fez paródia da canção com "Manto sagrado verde e rosa.[38]
  • No Carnaval de 2011, 15 anos após o trágico acidente, a banda foi homenageada pela escola de samba GRES Inocentes de Belford Roxo, com o enredo "De Guarulhos para o palco da folia, sonhos, irreverência e alegria. Mamonas para sempre!". A escola desfilou pelo grupo de acesso A do carnaval carioca arrancando aplausos do público que acompanhava o desfile.
  • Em 2012, os Mamonas Assassinas foram indicados ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro na categoria Melhor Trilha Sonora, pelo documentário Mamonas pra Sempre.[39]
  • No carnaval de 2013, a banda Mamonas Assassinas foi o tema da escola Acadêmicos do Porto Novo [40]
  • Em abril de 2013, o colunista Flávio Ricco, do portal UOL, informou que o diretor e produtor Cláudio Kahns, responsável pelo documentário “Mamonas Para Sempre”, negociou com a Fox Channels a venda dos direitos para a realização de um filme sobre a banda.[41]
  • Em dezembro de 2013 , saiu a coletânea com apoio da prefeitura de Guarulhos denominada "Guarulhos Canta Mamonas" em que uma das bandas mais significativas de Guarulhos, contêmporânea dos Mamonas também participou, a Efeito Garage , que nasceu também em Outubro de 1996, ano do falecimento da banda.
  • Em março de 2016 entrou em cartaz no teatro Raul Cortez O musical Mamonas em homenagem aos 20 anos de morte da banda.
  • Em 2016, a Record anunciou Mamonas Assassinas - A Série, prevista para julho do mesmo ano.[42]

Ver também

Referências

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  2. a b c «Morte dos Mamonas Assassinas completa 20 anos. Relembre trajetória - Entretenimento - Notícias - Revista VEJA». Veja.abril.com.br. 2 de março de 2016. Consultado em 06 de Março de 2016  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  3. Miguel Arcanjo Prado (2 de fevereiro de 2016). «Com orçamento de R$3 mi, musical sobre Mamonas quer conquistar nova geração - Notícias - UOL Entretenimento». Entretenimento.UOL.com.br. Consultado em 06 de Março de 2016  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  4. a b c «Há 20 anos, Brasil perdia a irreverência dos Mamonas Assassinas - Paraná-Online». parana-online.com.br. 2 de março de 2016. Consultado em 07 de março de 2016  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  5. http://www.abpd.org.br/certificados_interna.asp?sArtista=Mamonas%20Assassinas
  6. a b c d e f «Morte de Mamonas Assassinas completa 20 anos hoje - Notícias - UOL Notícias». 2 de março de 2016. Consultado em 06 de Março de 2016  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  7. 95fmdracena.com.br/ Atenção Creuzebeck: 17 anos sem Mamonas
  8. contigo.abril.com.br/ Mamonas Assassinas - relembre trajetória meteórica do grupo
  9. a b virgula.uol.com.br/ Nos 15 anos de sua morte, Mamonas Assassinas ganha tributo no cinema e no Carnaval
  10. globotv.globo.com/ GLOBO REPÓRTER: Mamonas - Preocupação no ar
  11. 95fmdracena.com.br/ ENTREVISTA COM A DRACENENSE CÉLIA ALVES, MÃE DO DINHO DOS MAMONAS
  12. blitz.sapo.pt/
  13. veja.abril.com.br/ Os ricos e famosos: Quem são os vinte que mais faturam no meio artístico no Brasil, quanto eles ganham e como chegaram ao topo
  14. sabado.pt/ As Mamonas Assassinas 15 anos depois
  15. 95fmdracena.com.br/ ATENÇÃO CREUZEBECK: 17 ANOS SEM MAMONAS ASSASSINAS
  16. cabinedotempo.com.br/
  17. webcitation.org/ Livro traz os 10 discos mais vendidos no Brasil em todos os tempos
  18. resumodanoticia.com/ Maiores Audiências das principais emissoras do Brasil
  19. omelete.uol.com.br/ Mamonas Pra Sempre! Crítica
  20. a b whiplash.net/ Mamonas Assassinas
  21. a b mtv.uol.com.br/ 15 anos sem Mamonas Assassinas: relembre a história do grupo
  22. marioedianacorso.com/ MAMONAS: Os irmãos mais velhos do Brasil
  23. musica.uol.com.br/ Morte de Mamonas Assassinas faz dez anos; grupo fez sucesso com humor escrachado e pop
  24. estadao.com.br/ Record enfrenta protestos contra trilha de personagem gay
  25. odocumento.com.br/ História dos Mamonas Assassinas vai virar filme em 2006
  26. cantodosclassicos.com/
  27. joaocarlos.net.br/ Mamonas Assassinas: Estudioso vê nas letras antevisão da sociedade pós-moderna. Mídia míope só viu irreverência.
  28. heroi.com.br/ Nostalgia: 17 anos sem os Mamonas Assassinas
  29. dicionariompb.com.br/so-pra-contrariar/ Só Pra Contrariar
  30. online.unisanta.br/ Acústico é o novo trabalho dos Titãs
  31. ultimosegundo.ig.com.br/ Titãs 30 anos: Veja curiosidades da vida da banda
  32. portalrockpress.com.br/ Banda 365
  33. paradaodesucessos.com/ Homenagem ou oportunismo?
  34. multishow.globo.com/ Festa da Música Tupiniquim
  35. multishow.globo.com/ Todas Elas Juntas Num Só Ser
  36. ovale.com.br/ Na vitrola: A reinvenção de si mesmo, em novo CD de Nando Reis
  37. oglobo.globo.com/ Crítica de 'Sei': Música original, visceral e bela
  38. Clêi Valverde (10 de janeiro de 2011). «Eu Exalto! Ivo Meirelles – "Manto Sagrado Verde-e-Rosa"». Consultado em 22 de fevereiro de 2011 
  39. http://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2012/10/tenho-sido-muito-feliz-dirigindo-diz-selton-mello-apos-ganhar-12-premios.html
  40. http://www.osaogoncalo.com.br/geral/2013/1/30/48600/acad%C3%AAmicos+do+porto+novo+traz+%E2%80%98mamonas%E2%80%99+em+desfile+%E2%80%98da+hora%E2%80%99+
  41. http://www.cifraclubnews.com.br/noticias/54472-trajetoria-do-grupo-mamonas-assassinas-vai-ganhar-cinebiografia.html
  42. «Record lança nova programação com Porchat, Mamonas, Olimpíada e a volta de Moisés – Keila Jimenez – R7». Keila Jimenez. 29 de fevereiro de 2016. Consultado em 25 de março de 2016 

Ligações externas

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