Foro de São Paulo: diferenças entre revisões
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A primeira reunião do Foro foi realizada em [[São Paulo (estado)|São Paulo]] em [[1990]]. Desde então, o Foro tem acontecido a cada um ou dois anos, em diferentes países da [[América Latina]]. Até julho de 2017, foram 23 encontros no total.<ref>{{citar web|título=DECLARACIONES FINALES DE LOS ENCUENTROS|url=http://forodesaopaulo.org/declaraciones_finales/page/1/|acessodata=30 de Julho de 2017}}</ref> A primeira união do Foro foi realizada em [[São Paulo (estado)|São Paulo]] em [[1990]]. Depois, as reuniões ocorreram a cada um ou dois anos: [[México]] ([[1991]]), [[Manágua]], [[Nicarágua]] ([[1992]]); [[Havana]], [[Cuba]] ([[1993]]); [[Montevidéu]], [[Uruguai]] ([[1995]]); [[San Salvador]], [[El Salvador]] ([[1996]]); [[Porto Alegre]], [[Brasil]] ([[1997]]); [[Cidade do México]], [[México]] ([[1998]]); [[Niquinohomo]], Nicarágua ([[2000]]); Havana ([[2001]]), [[Antígua]], [[Antígua e Barbuda]] ([[2002]]); [[Quito]], [[Equador]] ([[2003]]); São Paulo ([[2005]]); San Salvador ([[2007]]); Montevidéu ([[2008]]); Cidade do México ([[2009]]), [[Buenos Aires]], [[Argentina]] ([[2010]]); Manágua ([[2011]]); [[Caracas]], [[Venezuela]] ([[2012]]); São Paulo ([[2013]]), [[La Paz]], [[Bolívia]] ([[2014]]), [[Cidade do México]] ([[2015]]), [[San Salvador]] ([[2016]]), [[Nicarágua]] ([[2017]]), [[Havana]], [[Cuba]] ([[2018]]) e [[Caracas]], [[Venezuela]] ([[2019]]) |
A primeira reunião do Foro foi realizada em [[São Paulo (estado)|São Paulo]] em [[1990]]. Desde então, o Foro tem acontecido a cada um ou dois anos, em diferentes países da [[América Latina]]. Até julho de 2017, foram 23 encontros no total.<ref>{{citar web|título=DECLARACIONES FINALES DE LOS ENCUENTROS|url=http://forodesaopaulo.org/declaraciones_finales/page/1/|acessodata=30 de Julho de 2017}}</ref> A primeira união do Foro foi realizada em [[São Paulo (estado)|São Paulo]] em [[1990]]. Depois, as reuniões ocorreram a cada um ou dois anos: [[México]] ([[1991]]), [[Manágua]], [[Nicarágua]] ([[1992]]); [[Havana]], [[Cuba]] ([[1993]]); [[Montevidéu]], [[Uruguai]] ([[1995]]); [[San Salvador]], [[El Salvador]] ([[1996]]); [[Porto Alegre]], [[Brasil]] ([[1997]]); [[Cidade do México]], [[México]] ([[1998]]); [[Niquinohomo]], Nicarágua ([[2000]]); Havana ([[2001]]), [[Antígua]], [[Antígua e Barbuda]] ([[2002]]); [[Quito]], [[Equador]] ([[2003]]); São Paulo ([[2005]]); San Salvador ([[2007]]); Montevidéu ([[2008]]); Cidade do México ([[2009]]), [[Buenos Aires]], [[Argentina]] ([[2010]]); Manágua ([[2011]]); [[Caracas]], [[Venezuela]] ([[2012]]); São Paulo ([[2013]]), [[La Paz]], [[Bolívia]] ([[2014]]), [[Cidade do México]] ([[2015]]), [[San Salvador]] ([[2016]]), [[Nicarágua]] ([[2017]]), [[Havana]], [[Cuba]] ([[2018]]) e [[Caracas]], [[Venezuela]] ([[2019]]) |
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O [[Grupo de Puebla]], criado no [[México]] em 12 de Julho de 2019,<ref>{{citar web|URL=https://www.clacso.org/el-grupo-de-puebla-en-buenos-aires/|título=Grupo de Puebla en Buenos Aires|autor=|data=9 de novembro de 2019|publicado=CLACSO (Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales) {{es}}|acessodata=13 de janeiro de 2020}}</ref> é apontado como o sucessor do Foro de São Paulo.<ref>{{citar web|URL=https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/o-que-e-grupo-de-puebla-alianca-de-lideres-de-esquerda/|título=O que é o Grupo de Puebla, aliança de líderes de esquerda que se reunirá na Argentina|autor=Helen Mendes e Isabella Mayer de Moura|data=7 de novembro de 2019|publicado=[[Gazeta do Povo]]|acessodata=13 de janeiro de 2020}}</ref> |
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Em 1997, o advogado [[José Carlos Graça Wagner]] acusou o Foro de ser uma organização internacional que visava o domínio político dos países da [[América Latina]], alegando que a conferência reuniu partidos ilegais e grupos [[terrorista]]s ligados ao [[tráfico]] internacional de [[droga]]s. Segundo José Carlos Graça, o Foro visa preservar o [[castrismo]] de [[Cuba]] e estendê-lo ao continente e, para isso, utilizava o MST ([[Movimento dos Sem Terra]]) como ponta de lança.<ref>{{citar web|URL=https://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/2014/11/1550343-conhecer-o-foro-de-sao-paulo-e-o-minimo-para-nao-ser-um-idiota.shtml|título=Conheacer o Foro de São Paulo é o mínimo para não ser um idiota|autor=Livraria da Folha|data=19 de novembro de 2014|publicado=[[Folha de S. Paulo]]|acessodata=13 de janeiro de 2020}}</ref><ref>{{citar web|URL=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz03029809.htm|título=Conversão à vista?|autor=José Carlos Graça Wagner|data=3 de fevereiro de 1998|publicado=Folha de S. Paulo|acessodata=13 de janeiro de 2020}}</ref> |
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Num [[editorial]] de 13 de Agosto de 2013, o jornal [[O Estado de S. Paulo]], descrevendo a reunião como um fórum anacrônico, sublinha que os países participantes do Foro tiveram um desempenho econômico inferior aos da [[Aliança do Pacífico]]. O editorial também destaca o fato de que todos os países participantes do Foro "sofrem com a [[burocracia]] do aparato estatal que afetou a [[União Soviética]] e seus satélites e que não têm perspectivas de alcançar uma 'real' [[democracia social]] e de massa".<ref>{{citar web|URL=https://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,um-foro-anacronico-imp-,1062602|título=Um foro anacrônico|autor=|data=10 de agosto de 2013|publicado=[[Estadão]]|acessodata=13 de janeiro de 2020}}</ref> |
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Os opositores do Foro de São Paulo enfatizam principalmente a participação de [[guerrilheiro]]s colombianos das [[Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia|FARC]] nas reuniões da organização, além de outros grupos considerados por eles como criminosos. Dentre as associações de intelectuais liberais se opõem ao Foro, está a [[UnoAmerica]], uma organização liderada por [[Alejandro Peña Esclusa]], da [[Venezuela]].<ref>{{citar web|URL=https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2008/05/407374-pt-barrou-as-farc-em-foro-da-esquerda-em-sao-paulo.shtml|título=PT barrou as Farc em foro da esquerda em São Paulo|autor=Folha Online|data=31 de maio de 2008|publicado=Folha de S. Paulo|acessodata=13 de janeiro de 2020}}</ref><ref>{{citar web|URL=https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/foro-de-sao-paulo-23-anos-depois-c17e9p98x5vq3ry5s1wn3wf2m/|título=Foro de São Paulo, 23 anos depois|autor=Silvio Grimaldo de Camargo|data=24 de agosto de 2013|publicado=Gazeta do Povo|acessodata=13 de janeiro de 2020}}</ref><ref>{{citar web|URL=https://www.elnacional.com/opinion/columnista/foro-sao-paulo-internacional-corrupcion_230326/|título=Foro de Sao Paulo: internacional de la corrupción|autor=Froilán Barrios|data=11 de abril de 2018|publicado=El Nacional {{es}}|acessodata=13 de janeiro de 2020}}</ref> |
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Antes de um encontro no Foro de São Paulo, o então ministro das Relações Exteriores, [[José Serra]], disse que "o [[Brasil]] não precisa estar presente no Foro, porque não é um país de Cucaracha."<ref>{{citar web|URL=https://brasil.elpais.com/brasil/2016/05/16/internacional/1463435956_410671.html|título=O Brasil, a região e a encruzilhada da Venezuela|autor=[[Carlos Pagni]]|data=17 de maio de 2016|publicado=[[El País]]|acessodata=13 de janeiro de 2020}}</ref> |
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Em Outubro de 2019, vários veículos de [[mídia]] e representantes da [[direita (política)|direita]] na América Latina acusaram o Foro de São Paulo de atuar como um dos responsáveis pela agitação política no [[Chile]], [[Peru]], [[Equador]] e [[Bolívia]].<ref>{{citar web|URL=https://brazilian.report/power/2019/10/26/sao-paulo-forum-lula-left-latin-america/|título=What is Forum de São Paulo? And why is the far-right so obsessed with it?|autor=Lucas Berti|data=26 de outubro de 2019|publicado=The Brazilian Report {{en}}|acessodata=13 de janeiro de 2020}}</ref> |
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== Ver também == |
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Revisão das 03h39min de 13 de janeiro de 2020
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Tipo | Organização internacional |
Fundação | julho de 1990 (33 anos) |
Estado legal | Ativo |
Propósito | Segundo o próprio grupo: aprofundar o debate e procurar avançar com propostas de unidade de ação consensuais na luta anti-imperialista e popular, promover intercâmbios especializados em torno dos problemas econômicos, políticos, sociais e culturais que a esquerda continental enfrenta. |
Sede | Não possui sede oficial |
Membros | 111 partidos políticos e organizações de esquerda de toda a América Latina[1] |
Línguas oficiais | Espanhol, português e inglês |
Sítio oficial | www.forodesaopaulo.org |
O Foro de São Paulo (FSP) é uma organização que reúne partidos políticos e organizações de esquerda, criada em 1990, a partir de um seminário internacional promovido pelo Partido dos Trabalhadores (PT), do Brasil,[2][3] que convidou outros partidos e organizações da América Latina e do Caribe para promover alternativas às políticas dominantes na região durante a década de 1990, chamadas de "neoliberais",[4] e para promover a integração latino-americana no âmbito econômico, político e cultural.
Segundo a organização, atualmente mais de 100 partidos e organizações políticas de diversos países participam dos encontros.[1] As posições políticas variam dentro de um largo espectro, que inclui partidos social-democratas; extrema-esquerda; organizações comunitárias, sindicais e sociais; esquerda cristã, grupos étnicos e ambientalistas; organizações nacionalistas e partidos comunistas.
História
O primeiro encontro foi numa reunião ocorrida de 1º a 4 de julho de 1990, no extinto Hotel Danúbio, na cidade de São Paulo, Brasil,[5] e conseguiu reunir 48 partidos e organizações de 14 países latino-americanos e caribenhos, atendendo ao convite do Partido dos Trabalhadores (PT).[6] Essas organizações reuniram-se visando debater a nova conjuntura internacional pós-queda do Muro de Berlim, em 1989, e elaborar estratégias para fazer face ao embargo dos Estados Unidos a Cuba. O encontro chavama-se "Encontro de Partidos e Organizações de Esquerda da América Latina e do Caribe".
No encontro seguinte, realizado na Cidade do México, em 1991, com a participação de 68 organizações e partidos políticos de 22 países, examinou-se a situação e a perspectiva da América Latina e do Caribe frente à reestruturação hegemônica internacional. Na ocasião, consagrou-se o nome "Foro de São Paulo".
Após esse encontro, o Foro não parava de crescer. No ano seguinte, em Havana (Cuba), já contava com a participação de 30 países e o número de participantes havia aumentado exponencialmente.[7]
A primeira reunião do Foro foi realizada em São Paulo em 1990. Desde então, o Foro tem acontecido a cada um ou dois anos, em diferentes países da América Latina. Até julho de 2017, foram 23 encontros no total.[8] A primeira união do Foro foi realizada em São Paulo em 1990. Depois, as reuniões ocorreram a cada um ou dois anos: México (1991), Manágua, Nicarágua (1992); Havana, Cuba (1993); Montevidéu, Uruguai (1995); San Salvador, El Salvador (1996); Porto Alegre, Brasil (1997); Cidade do México, México (1998); Niquinohomo, Nicarágua (2000); Havana (2001), Antígua, Antígua e Barbuda (2002); Quito, Equador (2003); São Paulo (2005); San Salvador (2007); Montevidéu (2008); Cidade do México (2009), Buenos Aires, Argentina (2010); Manágua (2011); Caracas, Venezuela (2012); São Paulo (2013), La Paz, Bolívia (2014), Cidade do México (2015), San Salvador (2016), Nicarágua (2017), Havana, Cuba (2018) e Caracas, Venezuela (2019)
O Grupo de Puebla, criado no México em 12 de Julho de 2019,[9] é apontado como o sucessor do Foro de São Paulo.[10]
Posicionamentos
Os objetivos iniciais do Foro de São Paulo estão expressos na "Declaração de São Paulo", documento que foi aprovado no final do primeiro encontro, na cidade de São Paulo, em 1990. O texto deste documento ressalta que o objetivo do foro é aprofundar o debate e procurar avançar com propostas de unidade de ação consensuais na luta antiimperialista e popular, promover intercâmbios especializados em torno dos problemas econômicos, políticos, sociais e culturais que a esquerda continental enfrenta após a queda do muro de Berlim. O documento afirmou que o encontro foi inédito por sua amplitude política e pela participação das mais diversas correntes ideológicas da esquerda[3].
Por fim, a Declaração diz encontrar "a verdadeira face do Império" nas renovadas agressões a Cuba e também à Revolução Sandinista na Nicarágua, no aberto intervencionismo e apoio ao militarismo em El Salvador, na invasão e ocupação militar norte-americana do Panamá, nos projetos e passos dados no sentido de militarizar zonas andinas da América do Sul sob o pretexto de lutar contra o “narcoterrorismo”. Assim, eles reafirmam sua solidariedade em relação à revolução cubana e à Revolução Sandinista, e também seu apoio em relação às tentativas de desmilitarização e de solução política da guerra civil de El Salvador, além de se solidarizarem com o povo panamenho e com os povos andinos que "enfrentam a pressão militarista do imperialismo".[3]
Um dos temas centrais previstos para o encontro do Foro de São Paulo em Montevidéu (dias 22 a 25 de maio de 2008) foi a reivindicação de renegociação do tratado de criação da Usina Hidrelétrica de Itaipu Binacional. O presidente do Paraguai, Fernando Lugo de esquerda, é membro do Foro de São Paulo e deseja aumentar a receita paraguaia proveniente da Usina de Itaipu, fixada no tratado de constituição da hidroeléctrica, de 1973.
Em Janeiro de 2010, o Partido da Esquerda Europeia - uma coalizão ampla de partidos de esquerda na Comunidade Económica Europeia - expressou na abertura de seu terceiro congresso seu interesse em estreitar os laços com o Foro de São Paulo.
Organização
O Foro funcionou sem um grupo executivo apenas na sua primeira edição. No segundo encontro, realizado na cidade do México, em 1991, foi criado o chamado "Grupo de Trabalho", encarregado de "consultar e promover estudos e ações unitárias em torno dos acordos do Foro". Já na reunião realizada em Montevidéu (1995), foi criado o Secretariado Permanente do FSP.
Essas instâncias têm sua composição decidida a cada encontro e já foram integradas por organizações como: Partido dos Trabalhadores (Brasil); Izquierda Unida (Peru); Partido Comunista de Cuba; Partido da Revolução Democrática (México); Movimiento Bolivia Libre (Bolívia), entre diversos outros.
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) foram excluídas do Foro a partir de 2002, após abandonarem as negociações para um acordo de paz na Colômbia e enveredarem pelo caminho dos sequestros, como da senadora Ingrid Betancourt, e do narcotráfico para financiar sua causa.[11] O grupo tentou participar de duas reuniões subsequentes (em 2004 e 2008), porém não obteve sucesso. No ano de 2008 sua presença foi barrada pelo PT, que ocupava a secretaria-executiva da entidade.[12]
Membros oficiais
Lista de alguns dos membros mais notórios do Foro de São Paulo, ordenados por país:[1]
Membros históricos
Presidentes cujos partidos políticos são membros históricos do Foro de São Paulo:[carece de fontes]
- Cuba - Miguel Díaz-Canel (Partido Comunista de Cuba)
- Dominica - Charles Savarin (Presidente); Roosevelt Skerrit (Primeiro-Ministro) (Partido Trabalhista da Dominica)
- México - Andrés Manuel López Obrador (Movimento Regeneração Nacional)
- Nicarágua - Daniel Ortega (Frente Sandinista de Libertação Nacional)
- República Dominicana - Danilo Medina (Partido de Libertação Dominicana)
- Uruguai - Tabaré Vázquez (Frente Ampla)
- Venezuela - Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela)
- Panamá - Laurentino Cortizo (Partido Revolucionário Democrático)
Críticas
Em 1997, o advogado José Carlos Graça Wagner acusou o Foro de ser uma organização internacional que visava o domínio político dos países da América Latina, alegando que a conferência reuniu partidos ilegais e grupos terroristas ligados ao tráfico internacional de drogas. Segundo José Carlos Graça, o Foro visa preservar o castrismo de Cuba e estendê-lo ao continente e, para isso, utilizava o MST (Movimento dos Sem Terra) como ponta de lança.[13][14]
Num editorial de 13 de Agosto de 2013, o jornal O Estado de S. Paulo, descrevendo a reunião como um fórum anacrônico, sublinha que os países participantes do Foro tiveram um desempenho econômico inferior aos da Aliança do Pacífico. O editorial também destaca o fato de que todos os países participantes do Foro "sofrem com a burocracia do aparato estatal que afetou a União Soviética e seus satélites e que não têm perspectivas de alcançar uma 'real' democracia social e de massa".[15]
Os opositores do Foro de São Paulo enfatizam principalmente a participação de guerrilheiros colombianos das FARC nas reuniões da organização, além de outros grupos considerados por eles como criminosos. Dentre as associações de intelectuais liberais se opõem ao Foro, está a UnoAmerica, uma organização liderada por Alejandro Peña Esclusa, da Venezuela.[16][17][18]
Antes de um encontro no Foro de São Paulo, o então ministro das Relações Exteriores, José Serra, disse que "o Brasil não precisa estar presente no Foro, porque não é um país de Cucaracha."[19]
Em Outubro de 2019, vários veículos de mídia e representantes da direita na América Latina acusaram o Foro de São Paulo de atuar como um dos responsáveis pela agitação política no Chile, Peru, Equador e Bolívia.[20]
Ver também
- Aliança Bolivariana para as Américas (ALBA)
- Bolivarianismo
- Chavismo
- Guinada à esquerda
- Neogramscismo
- Onda conservadora
- Revolução Bolivariana
- Socialismo do século XXI
- União das Repúblicas Socialistas da América Latina (URSAL)
Referências
- ↑ a b c «Miembros del Foro de São Paulo ordenados por países:». Consultado em 29 de Novembro de 2017
- ↑ Valter Pomar (13 de junho de 2013). «Declaração Final dos Encontros do Foro de São Paulo (1990-2012)». Website do Foro de São Paulo. Consultado em 2 de agosto de 2013
- ↑ a b c PARTIDO DOS TRABALHADORES, Secretaria de Relações Internacionais (2013). Declaração Final dos Encontros do Foro de São Paulo (1990-2012) (PDF). [S.l.: s.n.] 180 páginas. Consultado em 21 de outubro de 2018
- ↑ Silva Amaral, Marisa. «Neoliberalismo na América Latina e a nova fase da Dependência» (PDF). unicamp. Consultado em 26 de fevereiro de 2017
- ↑ https://www.revistaforum.com.br/semanal/sete-verdades-sobre-o-foro-de-sao-paulo/
- ↑ «Foro de São Paulo Histórico do Foro de São Paulo». forodesaopaulo.org. Consultado em 19 de outubro de 2015
- ↑ SALGUEIRO, Graça (2017). O Foro de São Paulo. [S.l.]: Observatório Latino. 210 páginas. ISBN 9780692803882
- ↑ «DECLARACIONES FINALES DE LOS ENCUENTROS». Consultado em 30 de Julho de 2017
- ↑ «Grupo de Puebla en Buenos Aires». CLACSO (Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales) (em castelhano). 9 de novembro de 2019. Consultado em 13 de janeiro de 2020
- ↑ Helen Mendes e Isabella Mayer de Moura (7 de novembro de 2019). «O que é o Grupo de Puebla, aliança de líderes de esquerda que se reunirá na Argentina». Gazeta do Povo. Consultado em 13 de janeiro de 2020
- ↑ Rodrigo Rangel (30 de maio de 2008). Revista Época, ed. «De: Raúl Reyes Para: Lula». Época. Consultado em 22 de dezembro de 2015
- ↑ Folha de S. Paulo, ed. (31 de maio de 2008). «PT barrou as Farc em foro da esquerda em São Paulo». Consultado em 22 de dezembro de 2015
- ↑ Livraria da Folha (19 de novembro de 2014). «Conheacer o Foro de São Paulo é o mínimo para não ser um idiota». Folha de S. Paulo. Consultado em 13 de janeiro de 2020
- ↑ José Carlos Graça Wagner (3 de fevereiro de 1998). «Conversão à vista?». Folha de S. Paulo. Consultado em 13 de janeiro de 2020
- ↑ «Um foro anacrônico». Estadão. 10 de agosto de 2013. Consultado em 13 de janeiro de 2020
- ↑ Folha Online (31 de maio de 2008). «PT barrou as Farc em foro da esquerda em São Paulo». Folha de S. Paulo. Consultado em 13 de janeiro de 2020
- ↑ Silvio Grimaldo de Camargo (24 de agosto de 2013). «Foro de São Paulo, 23 anos depois». Gazeta do Povo. Consultado em 13 de janeiro de 2020
- ↑ Froilán Barrios (11 de abril de 2018). «Foro de Sao Paulo: internacional de la corrupción». El Nacional (em castelhano). Consultado em 13 de janeiro de 2020
- ↑ Carlos Pagni (17 de maio de 2016). «O Brasil, a região e a encruzilhada da Venezuela». El País. Consultado em 13 de janeiro de 2020
- ↑ Lucas Berti (26 de outubro de 2019). «What is Forum de São Paulo? And why is the far-right so obsessed with it?». The Brazilian Report (em inglês). Consultado em 13 de janeiro de 2020
Ligações externas
- «Página oficial do Foro de São Paulo» (em espanhol)