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Astrud Gilberto: diferenças entre revisões

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Dados relativos à morte da cantora e anúncio por familiares.
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=== Morte ===
=== Morte ===
Morreu em 5 de junho de 2023, conforme anunciado por sua neta, [[Sofia Gilberto]], em seu ''[[Instagram]]'' pessoal. Mais tarde, o ''Instagram'' da própria cantora Astrud Gilberto confirmou sua morte.<ref>{{Citar web|url=https://revistaquem.globo.com/noticias/noticia/2023/06/morre-astrud-gilberto-um-dos-maiores-nomes-da-bossa-nova-diz-neta.ghtml|título=Cantora Astrud Gilberto, um dos maiores nomes da bossa nova, morre aos 83 anos|publicado=[[Quem]]|data=6/6/2023|acessodata=6/6/2023}}</ref>
Morreu em 5 de junho de 2023, nos Estados Unidos, na Filadélfia. O anúncio foi feito primeiramente por sua neta, [[Sofia Gilberto]], em seu ''[[Instagram]]'' pessoal.<ref>{{Citar web|url=https://revistaquem.globo.com/noticias/noticia/2023/06/morre-astrud-gilberto-um-dos-maiores-nomes-da-bossa-nova-diz-neta.ghtml|título=Cantora Astrud Gilberto, um dos maiores nomes da bossa nova, morre aos 83 anos|publicado=[[Quem]]|data=6/6/2023|acessodata=6/6/2023}}</ref>


== Discografia ==
== Discografia ==

Revisão das 15h59min de 6 de junho de 2023

Astrud Gilberto
Astrud Gilberto
Astrud Gilberto em 1966.
Informação geral
Nome completo Astrud Evangelina Weinert
Nascimento 29 de março de 1940
Origem Salvador, BA
País Brasil
Morte 5 de junho de 2023 (83 anos)
Nacionalidade brasileiro
Gênero(s)
Ocupação(ões)
  • cantora
  • compositora
  • pintora
Cônjuge João Gilberto (c. 1959–64)
Instrumento(s) Vocal
Período em atividade 1963—2023
Gravadora(s)
Afiliação(ões)
Página oficial astrudgilberto.com

Astrud Gilberto, nascida Astrud Evangelina Weinert (Salvador, 29 de março de 1940 — Filadélfia, 5 de junho de 2023), foi uma cantora brasileira de bossa nova e jazz de fama internacional.

Biografia

Em 1970.

Nascida em Salvador, Bahia, filha de mãe brasileira e pai alemão, mudou-se para o Rio de Janeiro com sua família, em 1947, para morar na Avenida Atlântica, em Copacabana. Seu pai era professor de idiomas e de literatura. Sua mãe tinha grande paixão pela música, cantava e tocava bandolim. Caçula de três irmãs, era extremamente tímida e passou anos a reprimir seu interesse pelo canto. Na adolescência, sua melhor amiga Nara Leão, então a aspirante a cantora, foi incentivando a amiga a soltar a voz. Foi também Nara quem apresentou Astrud e João Gilberto, que passou a ser o grande incentivador da namorada. João e Astrud se casaram em 1959. Em menos de um ano, ela esperava o primogênito, Marcelo.[1]

Em maio de 1960, Astrud sobe ao palco pela primeira vez, no histórico show Noite do Amor, do Sorriso e da Flor, no anfiteatro da Faculdade de Arquitetura da UFRJ, organizado para comemorar o lançamento do segundo LP de João Gilberto, O Amor, o Sorriso, a Flor (Odeon, 1960), e do qual participaram também Nara Leão, Dori Caymmi, Chico Feitosa, Johnny Alf, o Trio Irakitan, Elza Soares, Sérgio Ricardo, Sylvia Telles, Pedrinho Mattar, Norma Bengell, Nana Caymmi, o grupo vocal Os Cariocas, Hélcio Milito, Bebeto Castilho, Roberto Menescal e outros. O espetáculo foi produzido e apresentado por Ronaldo Bôscoli.[1]

Em 1963, Astrud e João se transferem para os Estados Unidos. No mesmo ano, ela participa do álbum Getz/Gilberto[2] juntamente com seu marido e o saxofonista Stan Getz, com arranjos de Tom Jobim.[3] Astrud, que nunca havia cantado profissionalmente, participa das gravações, mas, durante as apresentações subsequentes, descobriu que sofria de medo de palco.

Em 1964, meses após as gravações de Getz/Gilberto, João se separa de Astrud. Em 1965, ela lança o seu primeiro álbum solo. Seguiram-se muitos outros. De 1965 a 2002 , cantando bossa-nova, MPB, standards do jazz e canções americanas e europeias, em inglês,espanhol, francês, italiano e alemão, gravou 18 álbuns solo.[4] O sucesso do trabalho de Astrud Gilberto na canção "Garota de Ipanema" tornou-a um nome proeminente na música do jazz, e ela começou a fazer gravações solo.

Embora Astrud tenha começado como intérprete de bossa nova brasileira e jazz americano, passou também a gravar composições próprias na década de 1970. A canção "Astrud", interpretada pela cantora polaca Basia é um tributo a ela

Prêmios recebidos e participações

Astrud Gilberto ganhou o Grammy de Música do Ano, em 1965 se tornando "A primeira mulher a ganhar o prêmio", por "Garota de Ipanema" (com Stan Getz). A cantora baiana também recebeu o prêmio Latin Jazz USA pelo conjunto de sua obra em 1992 e foi incluída no International Latin Music Hall of Fame em 2002. Em 1996, ela contribuiu para o álbum beneficente AIDS Red Hot + Rio produzido pela Red Hot Organization, interpretando a música "Desafinado" junto com George Michael no seu convite. Embora ela não tenha se aposentado oficialmente, Gilberto anunciou em 2002 que ela estava tirando "uma folga por tempo indeterminado" das apresentações públicas.

Sua gravação original de "Fly Me to the Moon" foi editada como um dueto usando uma gravação da mesma música de Frank Sinatra para a trilha sonora de Down with Love ( 2003). Sua gravação "Who Can I Turn To?" foi amostrada por The Black Eyed Peas na música "Like That" do álbum de 2005 Monkey Business. Seus vocais em "Berimbau" foram sampleados por Cut Chemist em sua música "The Garden". Sua gravação de "Once I Loved" foi apresentada no filme de 2007 Juno. A faixa "Astrud" do álbum de Basia Trzetrzelewska de 1987, Time and Tide, é uma homenagem a Gilberto.

Vida Pessoal

Ela continuou a viver nos Estados Unidos, na Filadélfia, na companhia dos filhos, o baixista Marcelo Gilberto (nascido em 1960, de seu casamento com João Gilberto) e Greg Lasorsa, de seu segundo casamento,[1] até o seu falecimento.

A cantora também tornou-se conhecida pelo seu trabalho como artista plástica, assim como por seu ativismo em favor dos direitos dos animais.[5]

Morte

Morreu em 5 de junho de 2023, nos Estados Unidos, na Filadélfia. O anúncio foi feito primeiramente por sua neta, Sofia Gilberto, em seu Instagram pessoal.[6]

Discografia

Álbuns
  • Stan Getz e Astrud Gilberto - Getz Au-Go-Go (Verve, 1964)
  • The Astrud Gilberto Album (Verve, 1964)
  • The Shadow Of Your Smile (Verve, 1965)
  • Look To The Rainbow (Verve, 1965)
  • Beach Samba (Verve, 1966)
  • A Certain Smile, A Certain Sadness com Walter Wanderley (Verve, 1967)
  • Windy (Verve, 1968)
  • September 17, 1969 (Verve, 1969)
  • Gilberto Golden Japanese Album (Verve, 1969)
  • I Haven't Got Anything Better To Do (Verve, 1970)
  • Astrud Gilberto With Stanley Turrentine (CTI, 1971)
  • Astrud Gilberto Now (Perception, 1972)
  • That Girl From Ipanema (Audio Fidelity, 1977)
  • Astrud Gilberto Plus James Last Orchestra (Polygram, 1987)
  • Live In New York (Pony Canyon, 1996)
  • Temperance (Pony Canyon, 1997)
  • Jungle (Magya, 2002)
  • The Diva Series (Verve, 2003)
Trilhas sonoras
  • The Deadly Affair (Verve, 1965)
Outros álbuns com participação de Astrud Gilberto
  • Stan Getz e João Gilberto – Getz/Gilberto (Verve, 1963)
  • Shigeharu Mukai e Astrud Gilberto – So & So - Mukai Meets Gilberto (Denon, 1982)
  • Michael FranksPassionfruit (Warner Bros., 1983)
  • Etienne Daho – Eden (Virgin, 1996)
  • George MichaelLadies And Gentleman - Best of George Michael (Sony, 1998)

Referências

  1. a b c O hora e a vez de Astrud Gilberto . Brasileiros , 8 de maio de 2014.
  2. Anatomia de um disco. Por Ruy Castro. Os conturbados bastidores da gravação de Getz/Gilberto
  3. «Garimpo Sonoro: O que aconteceu com Astrud Gilberto, a voz da bossa nova esquecida pelo Brasil? – SCREAM & YELL». Consultado em 7 de março de 2023 
  4. Chilton, Martin (29 de março de 2022). «Why Astrud Gilberto Is So Much More Than 'The Girl From Ipanema'». uDiscover Music (em inglês). Consultado em 7 de março de 2023 
  5. Gilberto, Astrud. Contemporary Musicians. 2004. Encyclopedia.com.
  6. «Cantora Astrud Gilberto, um dos maiores nomes da bossa nova, morre aos 83 anos». Quem. 6 de junho de 2023. Consultado em 6 de junho de 2023