Fernando de Castro Pires de Lima

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Fernando de Castro Pires de Lima
Nascimento 10 de julho de 1908
Porto, Portugal
Morte 3 de janeiro de 1973 (64 anos)
Porto, Portugal
Nacionalidade Portugal Português
Ocupação Escritor, médico, professor e etnógrafo

Fernando de Castro Pires de Lima CvIP (Porto, 10 de Junho de 1908Porto, 3 de Janeiro de 1973) foi um médico, professor, escritor e etnógrafo português.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Fernando Pires de Lima nasceu a 10 de Junho de 1908 no Porto, filho de Joaquim Alberto Pires de Lima.[1] Os de Lima são descendentes por linha feminina de D. Leonel de Lima, 1.° Visconde de Vila Nova de Cerveira, e de sua mulher D. Filipa da Cunha.

Licenciou-se no curso de Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.[1]

Desempenhou as funções de assistente e diretor da Enfermaria no Hospital Geral de Santo António, foi professor de Higiene no Conservatório de Música do Porto e diretor da Biblioteca Popular e do Arquivo de Medicina Popular. Presidiu, ainda, ao Instituto de Etnografia e foi diretor do Museu de Etnografia e História do Porto na qualidade de etnógrafo.

Para além das suas obras publicadas participou, ainda, em várias publicações científicas e periódicas nacionais e estrangeiras destacando-se a "Revista de Guimarães", a "Revista Lusitana" e a "Revista de Tradiciones y Dialectologia" (Madrid). Encontra-se ainda colaboração da sua autoria nas revistas Feira da Ladra [2] (1929-1943) e na 3ª série da revista Germen [3] (1935-1938).

Foi também membro de associações científicas e culturais nacionais e estrangeiras como a Associação dos Arqueólogos do Instituto de Coimbra, a Sociedade de Antropologia e Etnologia do Porto, o Instituto de História e Etnografia de Lisboa, o Instituto de Antropologia de Paris, a Sociedade de Folklore do Brasil, a Federação das Academias de Letras do Brasil, a Associação de Escritores Médicos de Madrid, a Real Academia Galega, o Seminário de Estudos Galegos, a Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto, a Academia das Ciências, entre outros.[1]

Foi feito Cavaleiro da Ordem da Instrução Pública a 26 de Junho de 1940.[4]

Fernando Pires de Lima morreu a 3 de Janeiro de 1973, na cidade onde nasceu, no Porto.[1]

Obras[editar | editar código-fonte]

Pires de Lima foi autor de imensas obras, tais como:

  • A Metafísica perante a inquietação científica (1937)
  • Cantares do Minho (1937-1942), em 2 volumes
  • Tradições Populares de Entre-Douro-e-Minho (1938)
  • O Vinho Verde na Cantiga Popular (1939), em colaboração com a irmã, Maria Clementina
  • Salazar no vértice de oito séculos de história
  • O Simbolismo Cristão na Cantiga Popular (1941)
  • Ensaios (1943)
  • Romanceiro Minhoto (1943), em co-autoria com o seu pai Joaquim Pires de Lima
  • São João na alma do Povo (1944)
  • O amor na quadra popular (1945)
  • Nossa Senhora de Portugal (1947), em co-autoria com o seu pai Joaquim Pires de Lima
  • A Sereia na História e na Lenda (1952)
  • Manta de retalhos (1963), com prefácio do Prof. Marcelo Caetano

Referências

  1. a b c d e Universidade Digital / Gestão de Informação (2009). «Antigos Estudantes Ilustres da Universidade do Porto: Pires de Lima». Universidade do Porto. Consultado em 11 de maio de 2014 
  2. «Feira da ladra : revista mensal ilustrada (1929-1942), Tomo IX, páginas 204 a 206» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 24 de fevereiro de 2015 
  3. Helena Roldão (12 de Fevereiro de 2019). «Ficha histórica:Germen : revista dos estudantes de medicina do Porto : medicina, cultura e vida académica (1932-1938)» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 27 de Fevereiro de 2019 
  4. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Fernando Pires de Lima". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 11 de maio de 2014 
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