Castelo Branco

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 Nota: Para outros significados, veja Castelo Branco (desambiguação).
Castelo Branco

Jardim do Paço e Museu Francisco Tavares Proença Júnior.

Brasão de Castelo Branco Bandeira de Castelo Branco

Localização de Castelo Branco

Gentílico Albicastrense
Área 1 438,19 km²
População 56 109 hab. (2011)
Densidade populacional 39  hab./km²
N.º de freguesias 19
Presidente da
câmara municipal
Luís Correia (PS)
Fundação do município
(ou foral)
1213
Região (NUTS II) Centro
Sub-região (NUTS III) Beira Interior Sul
Distrito Castelo Branco
Província Beira Baixa
Orago São Vicente
Feriado municipal Terceira Terça-Feira após a Páscoa
Código postal 6000 Castelo Branco
Sítio oficial www.cm-castelobranco.pt
Município de Portugal

Castelo Branco OC é uma cidade portuguesa, capital do Distrito de Castelo Branco, situada na região Centro de Portugal, na Beira Interior Sul e na antiga província da Beira Baixa, com cerca de 34 000 habitantes no seu perímetro urbano.[1]

É sede do terceiro maior município português, com 1 438,19 km² de área[2] e 56 109 habitantes (albicastrenses) (2011),[3][4] subdividido em 19 freguesias.[5] O município é limitado a norte pelo município do Fundão, a leste por Idanha-a-Nova, a sul pela Espanha, a sudoeste por Vila Velha de Ródão e a oeste por Proença-a-Nova e por Oleiros.

Ao contrário de outras cidades da região, que cresceram notavelmente devido à indústria têxtil, Castelo Branco sempre teve uma importância geoestratégica e política em Portugal. Não está por esse motivo sujeita às flutuações económicas que deslocalizaram empresas têxteis - mormente de laboração manual desqualificada - como sucedeu na região norte e na Cova da Beira. A composição sociológica predominante é por esse motivo também muito diferente de outras cidades de cultura do operariado.[carece de fontes?]

Foi considerada em 2006, num estudo elaborado pela DECO, a segunda capital de distrito do país com melhor qualidade de vida.[6]

História

Ver artigo principal: História de Castelo Branco
Painel presente no Jardim do Paço Episcopal. Representa a vila de Castelo Branco numa perspectiva de Duarte d'Armas.

Castelo Branco deve o seu nome à existência de um castro luso-romano, Castra Leuca, no cimo da Colina da Cardosa, em cuja encosta se desenrolou o povoamento da área.

Da história antes de 1182 pouco se sabe. Existe, porém, um documento, desta data, de doação aos Templários de uma herdade Vila Franca da Cardosa, emitido por Fernandes Sanches, um nobre. Em 1213 recebeu foral de Pedro Alvito, cedido pelos Templários, em que aparece a denominação Castel-Branco. O Papa Inocêncio III viria, em 1215, confirmar esta posse, dando-lhe o nome de Castelobranco.

Por volta desta altura ter-se-iam mandado edificar, pelos Templários, as muralhas e o castelo, entre 1214 e 1230. No interior desta delimitação encontra-se a Igreja de Santa Maria do Castelo, antiga sede da freguesia. Aqui se reuniam a Assembleia dos Homens-Bons e as autoridades monástico-militares, até ao século XIV.

Em 1510 é concedido Novo Foral a Castelo Branco, por D. Manuel I, adquirindo mais tarde o título de notável com a carta de D. João III, em 1535. Torna-se assim em 1642 a Vila de Castelo Branco, cabeça de comarca notável e das melhores da Beira Baixa. O actual Museu serviu de Liceu Central de 1911 até 1946, abrindo como museu em 1971.

Em 1771 é elevada a cidade por D. José e o Papa Clemente XIV cria a diocese de Castelo Branco que viria a ser extinta em 1881. O Paço Episcopal (anexo ao actual Museu Francisco Tavares Proença Júnior) é um dos melhores exemplos. Mandado construir pelo Bispo da Guarda, D. Nuno de Noronha, entre 1596 e 1598, foi o paço de residência dos Bispos em Castelo Branco.

A 16 de Agosto de 1858 inaugura-se a linha telegráfica Abrantes - Castelo Branco e em 14 de Dezembro de 1860 a cidade inaugura a sua iluminação pública, passo importante para o desenvolvimento da cidade, tendo mesmo sido feita Oficial da Ordem Militar de Cristo a 22 de Setembro de 1931.[7]

A 6 de Novembro de 1954 a cidade é assolada por um tornado infligindo danos consideráveis nas infraestruturas.

Geografia

Ver artigo principal: Geografia de Castelo Branco
Castelo no topo do Monte da Cardosa
Nome e brasão da cidade

Localização

A cidade de Castelo Branco localiza-se no interior de Portugal a aproximadamente de 50 km da fronteira com Espanha e dista cerca de 100 km da cidade da Guarda e 80 km da cidade de Portalegre, as capitais de distrito mais próximas.

Orografia e hidrografia

Traseiras do edifício da Câmara Municipal de Castelo Branco e Praça Centenário da República.
Miraduro de São Gens, na zona do castelo.
Jardim do Paço

A cidade foi edificada inicialmente no topo e na encosta adjacente do Monte da Cardosa mas cresceu e hoje em dia ergue-se principalmente nas zonas planas adjacentes. Ainda assim a cidade encontra-se 384 metros acima do nível do mar e o castelo a 490 metros. No extremo oposto ergue-se o Monte de São Martinho, uma formação quartzítica que constitui um importante centro arqueológico sobre as origens da própria cidade. O solo é na sua maioria do tipo granítico, do qual é exemplo uma afloração rochosa conhecida por barrocal a sul da cidade.

A nível hidrográfico há dois rios que passam bem perto da cidade, o Rio Ponsul a este e o Rio Ocreza a oeste que origina, por sua vez, a Ribeira da Líria. A área ocupada pelo concelho de Castelo Branco é parte integrante da bacia hidrográfica do Rio Tejo que corre a sul formando uma fronteira natural com Espanha. Tanto o Rio Ponsul como o Rio Ocreza são afluentes do Rio Tejo e, como tal, desaguam no mesmo.

Clima

O clima no concelho de Castelo Branco é temperado mediterrâneo influenciado pela continentalidade pelo que apresenta pouca humidade ao longo do ano. A localização da cidade, numa zona transitória entre o Mar Mediterrâneo e o Oceano Atlântico, confere-lhe muitas das propriedades climatológica que apresenta. A temperatura média do ar ronda os 15,5 °C, atingindo o seu mínimo em Janeiro (com temperaturas mínimas próximas dos 1 °C) e com a média mínima de 7,9 ºC. No seu máximo em Julho (onde a temperatura se situa, em média, na casa dos 25 °C).

A precipitação é mais abundante de Outubro a Janeiro com queda de neve e com precipitação de aguaceiros com valores acima dos 100mm. Em contrapartida, em Julho e Agosto, a precipitação é residual sendo estes os meses mais secos que a cidade atravessa anualmente. No Inverno em Janeiro, Castelo Branco tem temperaturas mínimas de -4 °C, mas há registos de -7 ºC por vezes com ocorrência de queda de neve (média de 8cm). Neste último mês de Janeiro (2012) não houve queda de neve devido às temperaturas mais altas do que o normal. Em Novembro de 1954, Castelo Branco foi atingido por um Tornado de categoria F3. Dia 25 de Outubro de 2012, Castelo Branco foi novamente atingido por um Tornado, desta vez mais fraco, aproximadamente um F1/F2 e com consequência do fenómeno, 5 edifícios da zona industrial e 32 viaturas foram danificadas, uma delas "voou" e foi projetada para uma ravina.

Tabela climática de Castelo Branco
Temperatura
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média
Média Máxima °C 11,8 14,0 18,0 18,6 22,3 27,3 32,1 31,6 27,3 21,0 15,7 12,5 21,0
Média °C 7,9 9,6 12,7 13,1 16,8 21,0 25,0 24,4 21,3 16,3 11,7 9,0 15,7
Média minima °C 1 3,2 7,5 8,0 11,2 14,6 17,9 17,2 15,2 11,6 7,7 4,6 9,9
Precipitação
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total
Total mm 108,0 58,7 36,9 58,1 65,1 25,2 8,9 8,4 36,5 105,5 118,8 128,2 758,3
Dados de 1971 a 2000. Fonte: Instituto de Meteorologia, IP Portugal

População

Número de habitantes [8]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
29 668 31 806 35 068 38 302 42 547 44 300 50 434 58 700 63 305 63 091 55 195 54 908 54 310 55 708 56 109

(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)

Número de habitantes por Grupo Etário [9]
1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
0-14 Anos 13 404 14 339 14 494 16 432 18 509 18 269 16 468 12 340 10 920 8 941 7 369 7 107
15-24 Anos 6 796 8 147 8 197 10 351 10 471 12 439 10 930 8 700 8 430 7 617 7 066 5 424
25-64 Anos 15 512 17 000 18 570 20 735 24 046 27 302 29 675 26 110 26 418 27 241 28 893 30 222
= ou > 65 Anos 1 928 2 267 2 556 3 205 3 787 4 486 6 018 7 285 9 140 10 511 12 380 13 356
> Id. desconh 0 134 314 125 171

(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no concelho à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)

A população do concelho de Castelo Branco tem vindo a envelhecer ao longo das últimas décadas. Segundo o INE, cerca de 18% da população, o que corresponde a cerca de 6937 pessoas tem 65 anos ou mais. Em contrapartida, apenas 15% da população se situa na faixa etária dos 0 aos 14 anos de idade. A corroborar este facto, o índice de envelhecimento localiza-se nos 168% o que, apesar de ser um dos valores mais baixos da Beira Interior, é elevado quando comparado com a média nacional (102%). Por outro lado, e não menos preocupante é o facto da taxa de mortalidade superar a taxa de natalidade. Enquanto a primeira se situa nos 10,3 (óbitos por cada 1000 habitantes no espaço de um ano), a segunda atinge apenas os 8,8 o que se traduz num saldo populacional negativo.

Apesar de todos estes valores, a população do concelho de Castelo Branco têm-se mantido aproximadamente constante nas últimas décadas.[10]

Freguesias

Mapa das freguesias de Castelo Branco.

O concelho de Castelo Branco está dividido em 19 freguesias.

Cultura

Bordado de Castelo Branco

Peça de bordado de Castelo Branco

Um dos produtos típicos da região são as colchas de linho bordadas com fio de seda natural, conhecidas como bordado de Castelo Branco, de inspiração oriental, que se tornaram conhecidas a partir de meados do século XVI. São conhecidos pela suas cores vivas e pelos elementos que retrata normalmente relacionados com a natureza destacando-se o frequente uso de árvores e pássaros.

Têm semelhanças com as colchas de Toledo e Guadalupe, na Espanha. Representaram, durante séculos, a dignidade do enxoval de qualquer noiva da região, quer fosse plebeia ou nobre.

Alguns dos elementos destes bordados são o lar e a árvore da vida, os desposados (representados por pássaros juntos), os cravos e rosas representando o homem e a mulher, respectivamente, os lírios, a Virtude, corações para o Amor, gavinhas para a Amizade, entre outros.

Museus

O Museu Francisco Tavares Proença Júnior é o mais conhecido da cidade de Castelo Branco. Fundado em 1910 é já um museu centenário embora nem sempre tenha estado aberto neste período de tempo. Guarda muitas peças identificativas da cidade e da região como achados arqueológicos, tapeçarias do século XVI e arte primitiva portuguesa.

O Solar dos Cavaleiros, edifício de meados do século XVIII em pleno centro histórico, serve de instalação para o Museu Cargaleiro, onde é possível apreciar um notável conjunto de obras, que integram o acervo da Fundação Manuel Cargaleiro: pintura, cerâmica, escultura, azulejaria, tapeçaria. Foi inaugurado a 25 de Abril de 2004.

Por fim, temos o Museu de Arte Sacra "Domingos dos Santos Pio" a funcionar no Convento da Graça desde 11 de Novembro de 1984 que alberga artefactos de cariz religioso.

Eventos

  • A 6 de Janeiro e a 30 de Agosto - a Feira Franca
  • A 4 de Outubro e 18 de Dezembro - a Feira do Gado Suíno

O feriado municipal é comemorado sempre na terceira terça feira a seguir ao domingo de Páscoa.

Património

São visíveis no edificado da cidade influências de diversos povos e culturas que por ela foram passando ao longo dos anos. Desde ordens religiosas e militares como a Ordem dos Templários ou a Ordem de Cristo aos judeus dos quais a maioria dos portados quinhentistas da zona histórica ostentam vestígios. A nível arquitectónico, vários estilos são observáveis como o manuelino, o barroco ou o renascentista.

Castelo

Torre do castelo e vista parcial da cidade.
Ver artigo principal: Castelo de Castelo Branco

Pensa-se que o Castelo da cidade tenha sido construído na Idade média embora existam vestígios mais antigos nessa zona. É um obra dos templários pelo que é também conhecido com Castelo dos Templários. Com ele, foram também construídos em volta da cidade uma muralha e um conjunto de torres, tudo isto num período compreendido entre 1214 e 1230. Em 1648, devido à Guerra da Restauração sofreu bastantes danos causados pela ofensiva espanhola. Mais tarde, na Guerra Peninsular, voltou a ser assolado pelas tropas francesas lideradas por Jean-Andoche Junot. Na zona do Castelo existe ainda a Igreja de Santa Maria do Castelo que foi classificada recentemente como Imóvel de Interesse Público e que contém diversos túmulos, entre eles o de João Roíz de Castelo Branco.

Paço Episcopal, actual Museu Francisco Tavares Proença Júnior

Museu Francisco Tavares Proença Júnior

O Paço Episcopal foi mandado construir pelo Bispo da Guarda, D. Nuno de Noronha, entre 1596 e 1598, como atesta uma inscrição que encima o portal da entrada no pátio. Năo se conhecem outras notícias concretas de obras que o mesmo edifício sofreu, à excepção de uma profunda intervenção, já no século XVIII, levada a cabo pelo Bispo da Guarda D. Joăo de Mendonça.

A partir de 1771, depois de Castelo Branco ter sido erigida em sede de Bispado, o mesmo edifício foi adoptado como paço de residência dos Bispos de Castelo Branco (como o tinha sido para os da Guarda).

Durante o reinado eclesiástico de D. Vicente Ferrer da Rocha (1782-1814), procedeu-se a grandes transformaçőes, nomeadamente no interior e na reconstrução do peristilo que se situa na banda norte. A partir de 1831, após a Diocese Albicastrense ter ficado sede vacante, instalaram-se no edifício vários serviços públicos que contribuíram para a danificação do imóvel.

No século XX, de 1911 e 1946, serviu de Liceu Central (que ainda tomaria o nome de Nun'Álvares, por proposta do Dr. Augusto Sousa Tavares); também aí funcionou a Escola Normal e a Escola Comercial; abriu as portas como Museu Francisco Tavares Proença Júnior em 1971 e assim se mantém.

O edifício do Paço Episcopal é de planta rectangular, formado por dois corpos alinhados em ângulo recto, com ressalto no ângulo norte, formado pelo peristilo. A fachada principal é virada a norte, com dez janelas de sacada de lintel recto rematadas por frontão curvilíneo, oito janelas de frontăo recto e moldura simples. O acesso ao peristilo é feito por uma escadaria de cantaria. O alpendre é sustentado por sete colunas jónicas unidas pelas pela balaustrada. O telhado é de cinco águas.

Hoje em dia funciona como museu.

Jardim do Paço Episcopal

Escadaria dos Reis
Ver artigo principal: Jardim do Paço (Castelo Branco)

O Jardim do Paço Episcopal de Castelo Branco revela-se como um dos mais originais exemplares do Barroco em Portugal. Em especial no que respeita à estatuária: aos aspectos simbólicos e à disposição dos seus elementos em percursos temáticos.

Foi o Bispo da Guarda, D. Joăo de Mendonça (1711-1736) que encomendou e provavelmente orientou as obras do Jardim. Mais tarde, já no fim do séc. XVIII, o segundo bispo da Diocese de Castelo Branco, D. Vicente Ferrer da Rocha fez ali obras de algum relevo. Em 1911, o Jardim passa para as mãos da Câmara Municipal por arrendamento e em 1919 adquiri-o a título definitivo.

Este jardim Barroco, em forma rectangular, é dominado por balcőes e varandas com guardas de ferro e balaústres de cantaria. Apresenta cinco lagos, com bordos trabalhados, nos quais estão instalados jogos de água. No patamar intermédio da Escadaria dos Reis existem repuxos e jogos de água surpreendentes.

Por entre os canteiros de buxo erguem-se simbólicas estátuas de granito, em que se destacam os Novíssimos do Homem, Quatro Virtudes Cardeais, as Três Virtudes Teologais, os Signos do Zodíaco, as Partes do Mundo, as Quatro Estaçőes do Ano, o Fogo e a Caça. Dispostos à maneira de escadório, encontram-se representados os Apóstolos e os Reis de Portugal até D. José I.

No patim superior, encontram-se estátuas alusivas ao Antigo Testamento e à simbologia da água como elemento purificador. O Jardim Alagado, tanque floreado de curvas bem delineadas e canteiros de flores, tem ao centro um repuxo de cantaria por três golfinhos entrelaçados e encimados por uma coroa.

O interesse e curiosidade da iconografia do conjunto escultórico resulta do facto de haver uma aliança singular entre o universo religioso e universo panteísta.

Este jardim beneficiou de uma profunda e complexa intervenção de restauro e conservação, no âmbito do Programa Polis, a nível de tratamento de vegetação, reintrodução de espécies vegetais originais, recuperação dos sistemas de águas, iluminação cénica e drenagem.

A intervenção contemplou também na limpeza da cantaria e recolocação de estátuas nos locais originais, recuperação dos muros e do tanque principal, sob a cascata de Moisés. Durante a intervenção foi descoberto o sistema hidráulico perfeitamente intacto, construído em 1725, procedendo-se à sua conservação e restauro.


» Azulejos do Jardim do Paço Episcopal

Os muros delimitadores do Jardim do Paço apresentam painéis de azulejo figurativo, monocromo, azul sobre fundo branco, representando várias vistas de Castelo Branco, da Antiga Quinta e Bosque, a Capela de Săo Joăo e respectivo Cruzeiro; aparecem, ainda, painéis de azulejo rectilíneos, com os ângulos curvos, emoldurados a cantaria e a faixa cerâmica, a representar os desenhos de Castelo Branco, efectuados por Duarte de Armas, no Séc. XVI, bem como a representação do bispo D. João de Mendonça.

Cruzeiro de São João

Cruzeiro de São João

Arco do Bispo
Ver artigo principal: Cruzeiro de São João

Foi edificado no século XVI juntamente com uma capela demolida no início do século XX e da qual não restam vestígios. É um cruzeiro manuelino granítico com um Cristo Crucificado. Localiza-se no Largo de São João e é classificado de Monumento Nacional.

Dommus Municipalis

Localizado na Praça Luís de Camões este edifício data do século XVI tendo sido alvo de diversas reconstruções posteriormente. Começou por acolher a câmara municipal, mas já funcionou como tribunal, cadeia e, mais recentemente, como biblioteca municipal.

Portados quinhentistas

Castelo Branco é a cidade com maior número de portados quinhentistas em Portugal. São um legado do século XVI e constituem uma das mais genuínas expressões do património arquitectónico desse século. Em 1979, o Cónego Anacleto Pires Martins identificou 324 portados com características quinhentistas na zona histórica da cidade dos quais 30 têm traços manuelinos.

Muitas outras edificações centenárias são parte integrante do vasto património histórico da cidade. De todos eles, destacam-se ainda os seguintes:

Igrejas, conventos e capelas

  • Igreja de Săo Miguel / Sé Concatedral
  • Igreja de Nossa Senhora de Fátima (Missionários Redentoristas)
  • Igreja do Valongo
  • Igreja de S. José Operário (situada na Alameda do Cansado)
  • Igreja de São Tiago
  • Igreja de Santa Maria do Castelo
  • Capela de Nossa Senhora da Piedade
  • Convento de Santo António
  • Convento da Graça
  • Ermida da Nossa Senhora de Mércoles
  • Capela de Santa Ana
  • Capela de Săo Martinho

Turismo

Os estabelecimentos de alojamento e a restauração não têm apenas turistas como clientes. As sociedades destes ramos mais directamente ligados ao turismo sediadas no concelho representavam pouco mais de 2% do volume de negócios do mesmo.

Hotel Rainha Dona Amélia (***).
Alojamento em Castelo Branco
Hotéis Pensões e Residenciais Alojamento Rural Parques de Campismo Pousadas Estalagens Total
Número de Estabelecimentos 2 12 2 1 1 1 19
Número de Quartos 167 236 20 - 18 37 478
Capacidade de Alojamento 271 397 36 250 70 78 1102

Alguns dos locais a visitar são o Jardim do Paço Episcopal (1725), o Parque da Cidade, o castelo dos Templários e o Museu Francisco Tavares Proença Júnior, sediado no antigo Paço Episcopal rico em peças arqueológicas, tapeçarias, numismática e pintura quinhentista Portuguesa. Note-se também o crescimento de bastantes zonas de lazer, destinadas aos mais novos. O Programa Pólis criou novas piscinas municipais, novos parques para a prática de desporto e renovou o Parque da Cidade. De especial importância é também a sua vida nocturna. Perfeitamente integradas no centro cívico da cidade, a Devesa, estão as "Docas", um conjunto de novos bares e cafés, de ambiente calmo, para todas as idades, que proporcionam momentos únicos a quem as visita. Sendo maioritariamente frequentados pelos naturais, também as frequentam jovens da zona de Portalegre, das zonas mais rurais do concelho e, até de Lisboa e Porto.

Fórum Castelo Branco

Espaços públicos

Espaços verdes

  • Jardim do Paço
  • Parque da Cidade
  • Geoparque Naturtejo

Espaços comerciais

  • Fórum Castelo Branco
  • Centro Comercial Alegro Castelo Branco
  • Centro Comercial Nuno Álvares
  • Centro Comercial São Tiago

Economia lol

Acessos

Castelo Branco é servida por uma estação ferroviária da Linha da Beira Baixa. O concelho é servido por mais estações, predominantemente nas freguesias mais rurais. Em termos rodoviários, possui um terminal de camionagem, com carreiras para todos os pontos do País, nomeadamente Lisboa, Porto e Algarve e, também para Espanha. A cidade é servida por uma auto-estrada, a A23 (Torres Novas - Guarda) tendo três saídas; saída sul, com acesso directo à zona industrial, a saída centro, com acesso mais dirigido à zona histórica e, a saída norte, para as zonas mais habitacionais e, também já para as zonas mais rurais. Tem outras saídas para as freguesias mais rurais.

De Lisboa: Pela A1 até ao nó de Torres Novas/A23 e nesta até uma das três saídas (Norte, Centro ou Sul)

Do Porto: Pela A1 até Albergaria-a-Velha/A25, nesta até à Guarda/A23 e nesta até à saída mais conveniente.

Do Algarve: Embora existam várias alternativas, a melhor é pela A22 até Faro/IP2, esta até à Variante de Portalegre e depois A23.

Ensino

Ao nível do ensino secundário, a cidade de Castelo Branco dispõe das escolas, Escola Secundária Nuno Álvares (antigo Liceu), Escola Secundária Amato Lusitano (antiga Escola Industrial), existindo também três escolas profissionais.

Ao nível do ensino superior, o Instituto Politécnico de Castelo Branco tem diversos Campus de ensino instalados na cidade.

Ensino de 2º e 3º Ciclo

  • EB 2/3 João Roiz de Castelo Branco
  • EB 2/3 de Afonso de Paiva
  • EB 2/3 Cidade de Castelo Branco
  • EB 2/3 Faria de Vasconcelos

Ensino secundário

  • Escola Secundária com 3.º ciclo do ensino básico de Amato Lusitano
  • Escola Secundária com 3.º ciclo do ensino básico de Nuno Álvares

Ensino profissional

  • ETEPA - Escola Tecnológica e Profissional Albicastrense
  • INETESE (Instituto de Educação Técnica de Seguros) - Pólo de Castelo Branco
  • Escola Profissional Agostinho Roseta - Pólo de Castelo Branco

Ensino superior

A este nível, a cidade conta com o Instituto Politécnico de Castelo Branco do qual fazem parte a Escola Superior Agrária, a Escola Superior de Educação, a Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, a Escola Superior de Artes Aplicadas, a Escola Superior de Tecnologia e o Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional. Para além destas, também faz parte do Instituto Politécnico a Escola Superior de Gestão que se localiza em Idanha-a-Nova.

Outros

  • Conservatório Regional de Castelo Branco
  • Centro de Formação Profissional de Castelo Branco
  • USALBI - Universidade Sénior Albicastrense
  • AEBB - Associação Empresarial da Beira Baixa

Desporto

O Sport Benfica e Castelo Branco é o clube mais emblemático da cidade. Actualmente disputa o Campeonato Nacional de Seniores mas já marcou presença na Liga de Honra tendo estado muito perto de subir ao escalão máximo do futebol português. Foi fundado em 1924 e disputa os seus jogos no Estádio Municipal Vale do Romeiro com lotação para 15000 pessoas. Existem também o Desportivo de Castelo Branco e a Associação Recreativa e Cultural do Bairro do Valongo que se dedicam apenas aos escalões mais jovens.

A Associação Recreativa do Bairro da Boa Esperança, criada em 1976, é uma equipa de futsal que compete na segunda divisão nacional da modalidade.

Em termos de Andebol Masculino a cidade é representada pela Associação Desportiva Albicastrense - A.D.A, criada a 29 de Março de 1979 e que compete na terceira divisão nacional zona centro.

Espaços desportivos

  • Estádio Municipal Vale do Romeiro
  • Estádio da Associação R. C. Valongo
  • Estádio da Escola Superior Agrária
  • Campo n.º 1 da Zona de lazer
  • Campo n.º 2 da Zona de lazer
  • Campo n.º 3 da Zona de lazer
  • Pavilhão Municipal
  • Pavilhão Municipal da Boa Esperança
  • Pavilhão Escola Afonso de Paiva
  • Pavilhão Escola Superior de Educação
  • Pavilhão da Escola Faria de Vasconcelos
  • Pavilhão da Escola Faria de Vasconcelos
  • Pavilhão da Escola Dr. João Roiz
  • Pavilhão da Escola Cidade de Castelo Branco
  • Campos de Ténis do Albi Sport Clube
  • Campos de Ténis do Hotel Colina do Castelo
  • Campo de Ténis da Quinta Dr. Beirão
  • Campo de Ténis do Albi Sport Clube
  • Piscina Municipal
  • Piscina do Centro Social Redentoristas
  • Tanque de aprendizagem
  • Piscina Hotel Colina do Castelo
  • Eurocircuito de Autocross
  • Pista de Kartcross
  • Pista de Ralicross

Imprensa

Jornais

Existem três jornais, todos semanários, que servem a cidade:

Rádios

As rádios regionais são:

  • Rádio Beira Interior (92.0 MHz)
  • Rádio Juventude (101.8 MHz)[11]
  • UrbanaFM (97.5 MHz e 100.8 MHz).

Televisão

  • Beira TV - É uma das televisões que transmite, através da Internet, notícias da cidade de Castelo Branco e de toda a Beira Interior. Funciona nas instalações da Escola Superior de Artes Aplicadas, onde alunos e professores também contribuem na elaboração do seu conteúdo.
  • Castelo Branco TV
  • Beira Baixa TV

Organização política e administrativa

O actual presidente da Câmara é Luís Correia (2013), eleito pelo Partido Socialista.

Geminações

A cidade de Castelo Branco está geminada com as seguintes cidades[12]

A cidade de Castelo Branco, juntamente com Cáceres, Plasência e Portalegre fazem parte do Triurbir, uma organização de cidades parceiras.[13]

Política

Resultados das eleições autárquicas

Câmara Municipal

Partidos % M % M % M % M % M % M % M % M % M % M % M
1976 1979 1982 1985 1989 1993 1997 2001 2005 2009 2013
PS 43,3 4 32,2 2 24,2 2 13,9 1 38,3 3 38,4 3 65,3 7 70,7 6 68,7 6 69,9 6 61,9 7
PPD/PSD 23,6 2 53,8 5 45,4 4 46,1 4 22,9 2 19,0 1 17,0 1 20,0 2
CDS-PP 11,8 1 4,6 3,9 5,4 3,3 1,9 3,9 3,0
FEPU/APU/CDU 8,5 10,7 1 11,3 1 7,2 4,2 5,2 4,0 2,9 3,5 3,4 5,2
AD 51,6 4 56,2 4
PRD 16,5 1 3,7
PSD-CDS 21,4 1

Assembleia Municipal

Partidos % M % M % M % M % M % M % M % M % M % M % M
1976 1979 1982 1985 1989 1993 1997 2001 2005 2009 2013
PS 43,1 13 30,9 11 27,5 10 21,4 4 38,2 11 39,4 11 61,1 18 63,3 18 59,6 18 59,6 18 57,8 18
PPD/PSD 27,5 8 28,7 5 44,0 12 44,0 13 24,8 7 22,7 6 21,4 6 20,9 6
CDS-PP 12,5 3 4,2 1 5,9 1 3,5 1 3,2 5,2 1 4,1 1
FEPU/APU/CDU 9,2 2 11,6 4 13,5 4 6,9 1 4,9 1 5,8 1 5,8 1 4,7 1 4,6 1 4,6 1 5,8 1
AD 53,7 20 59,1 21
PRD 33,8 5 4,1 1
PSD-CDS 25,4 7
BE 2,1 4,7 1 5,6 1 3,5 1

Albicastrenses ilustres

Estátua de Amato Lusitano no centro da cidade
  • Amato Lusitano - Famoso médico Renascentista que se notabilizou por ter descoberto as válvulas venosas e por ter escrito as «Centúrias das Curas Medicinais». Foi ainda professor universitário e médico pessoal do Papa Júlio III. Por todo o seu trabalho, é considerado o príncipe da medicina portuguesa.
  • Eduardo Marçal Grilo - Foi Ministro da Educação do XIII Governo Constitucional liderado por António Guterres.
  • Afonso de Paiva - Explorador português nomeado para recolher informações no Oriente aquando do reinado de D. João II.
  • João Roíz de Castelo Branco - Poeta do século XV. Um dos seus poemas mais famosos encontra-se inscrito no Parque da Cidade, em Castelo Branco.
  • Vasco Lourenço - Militar português que pertenceu à Comissão Política do Movimento das Forças Armadas na época da Revolução dos Cravos.
  • Cardeal da Mota - Sacerdote promovido a cardeal pelo Papa Bento XIII graças a um pedido feito por D. João V. Exerceu ainda o cargo de Secretário de Estado após a morte de Diogo de Mendonça Corte Real.
  • António Salvado - Professor de profissão, notabilizou-se como poeta e escritor tendo a sua vasta obra sido reconhecida não só em Portugal como no resto do mundo.
  • Nuno Melo - Conhecido ator a nível nacional e internacional, fez cinema teatro e televisão entre Portugal e Brasil.
  • José Boavida - Conhecido ator a nível nacional fez cinema, televisão e teatro.
  • Ana Hormigo - Judoca que compete nas categorias de -48 kg e de -52 kg tendo já conquistado várias medalhas em provas nacionais e internacionais.

Galeria de imagens

Ver também

Referências

  1. INE (2013). Anuário Estatístico da Região Centro 2012 (PDF). Lisboa: Instituto Nacional de Estatística. p. 33. ISBN 978-989-25-0217-5. ISSN 0872-5055. Consultado em 5 de maio de 2014 
  2. Instituto Geográfico Português (2013). «Áreas das freguesias, municípios e distritos/ilhas da CAOP 2013» (XLS-ZIP). Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP), versão 2013. Direção-Geral do Território. Consultado em 28 de novembro de 2013. Cópia arquivada em 4 de dezembro de 2013 
  3. INE (2012). Censos 2011 Resultados Definitivos – Região Centro (PDF). Lisboa: Instituto Nacional de Estatística. p. 119. ISBN 978-989-25-0184-0. ISSN 0872-6493. Consultado em 27 de julho de 2013 
  4. INE (2012). «Quadros de apuramento por freguesia» (XLSX-ZIP). Censos 2011 (resultados definitivos). Tabelas anexas à publicação oficial; informação no separador "Q101_CENTRO". Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 27 de julho de 2013. Cópia arquivada em 8 de outubro de 2014 
  5. Assembleia da República. «Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro (Reorganização administrativa do território das freguesias)» (pdf). Diário da República eletrónico. Consultado em 19 de Julho de 2013. Cópia arquivada (PDF) em 6 de Janeiro de 2014 
  6. «Estudo da DECO diz que Viseu é a melhor cidade para viver em Portugal». 2007 
  7. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Cidade de Castelo Branco". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 22 de outubro de 2014 
  8. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  9. INE - http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos_quadros
  10. (PDF). Dgotdu.pt http://www.dgotdu.pt/PresentationLayer/ResourcesUser/DGOTDU/EstudosNaoPublicados/CasteloBranco/Castelo%20Branco.pdf  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  11. «Mundo da Rádio: Rádio Juventude (101,8 MHz Castelo Branco) na iminência de perder o alvará!». mundodaradio.blogspot.pt. Consultado em 16 de janeiro de 2016 
  12. Anmp.pt http://www.anmp.pt/anmp/pro/mun1/gem101l0.php?  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  13. Triurbir.eu http://www.triurbir.eu/  Em falta ou vazio |título= (ajuda)

Ligações externas

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