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Agorafobia: diferenças entre revisões

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Os quadros de agorafobia podem reverter espontaneamente. Quando isso não acontece, a terapia cognitivo-comportamental representa o recurso mais eficaz de tratamento. Baseia-se numa técnica chamada de auto-exposição ao estímulo fóbico que consiste no enfrentamento gradual das situações geradoras do medo. À medida que são vencidas as etapas, o grau de dificuldade aumenta, até que não haja mais nenhum desconforto diante de determinado estímulo.
Os quadros de agorafobia podem reverter espontaneamente. Quando isso não acontece, a terapia cognitivo-comportamental representa o recurso mais eficaz de tratamento. Baseia-se numa técnica chamada de auto-exposição ao estímulo fóbico que consiste no enfrentamento gradual das situações geradoras do medo. À medida que são vencidas as etapas, o grau de dificuldade aumenta, até que não haja mais nenhum desconforto diante de determinado estímulo.

== Ligações externas ==

*[http://www.drauziovarella.com.br/Sintomas/5301/agorafobia Dr. Drauzio Varella]


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Revisão das 20h59min de 11 de agosto de 2010

Predefinição:Fobias

Agorafobia (do grego ágora - assembléia; assembléia do povo; lugar em que a assembléia se reúne; praça pública + phobos - medo) é originalmente o medo de estar em espaços abertos ou no meio de uma multidão. Em realidade, o agorafóbico teme a multidão pelo medo de que não possa sair do meio dela caso se sinta mal e não pelo medo da multidão em si. Muitas vezes é seqüela de transtorno do pânico.

A agorafobia poderia ser traduzida mais precisamente como o medo de ter medo. É a ansiedade associada a essa perturbação, classificada como antecipatória, já que se baseia no medo de se sentir mal e não poder chegar a um hospital ou obter socorro com facilidade. A antecipação da sensação de mal-estar é tão intensa que pode originar um episódio de pânico. É uma perturbação marcada por um estado de ansiedade exacerbada, que aparece sempre que a pessoa se encontra em locais ou situações dos quais seria difícil sair caso se sentisse mal (túneis, pontes, grandes avenidas, ônibus lotados, trens, barcos, festas, ajuntamentos de pessoas etc.).

Diferentemente da maior parte das pessoas, que sequer se preocupa com esse tipo de coisas, o agorafóbico não consegue desvincular-se dessas crenças irracionais, o que pode levar a comportamentos de fuga em relação a situações potencialmente ameaçadoras (ir a cinemas, concertos, centros comerciais etc.), limitando cada vez mais a sua qualidade de vida.

No clímax do problema, tais pessoas só se sentem verdadeiramente bem em casa (de preferência, acompanhadas) ou no seu carro – por ser visto como um prolongamento do lar por funcionar como um meio rápido para lá chegar, em caso de aflição. O agravamento da situação condiciona de forma brutal o cotidiano dessas pessoas. Atividades simples como ir ao supermercado, ao cabeleireiro ou ao ginásio deixarão de poder ser concretizadas sem acompanhamento, visto que o agorafóbico tenderá a pensar “E se eu me sentir mal, quem é que vai estar lá para me ajudar?”.

Esse isolamento progressivo faz com que alguns casos de agorafobia se confundam com situações de fobia social. Mas tais perturbações são diferentes. Por exemplo, uma pessoa que sofre de fobia social teme entrar num local público porque receia que todos fiquem olhando para si (medo do julgamento das pessoas). Assim, até pode conseguir freqüentar esses espaços, mas esforçar-se-á por passar despercebida, sem ser notada.

Pelo contrário, o agorafóbico não teme ser avaliado pelas pessoas que freqüentam aquele espaço – ele teme não ter a quem recorrer caso se sinta mal. Do mesmo modo, tais pessoas podem desenvolver o medo de andar de elevador, dando vazão à claustrofobia, que é outra manifestação possível da agorafobia.

Tal como acontece noutras perturbações, os comportamentos fóbicos podem existir em níveis variáveis de pessoa para pessoa, pelo que nem sempre é necessário recorrer à ajuda especializada. Algumas pessoas poderão identificar-se com pequenos indícios das manifestações descritas anteriormente, sem que isso implique que possam ser rotuladas de agorafóbicas.

O mais importante passa por identificar quaisquer comportamentos de fuga que estejam a condicionar o seu dia-a-dia e tentar vencê-los, até que praticamente desapareçam - o que pode ocorrer. Enfrentar pouco a pouco esse medo infundado é o caminho para vencer a agorafobia (através do auto-entendimento de como se processa essa fobia), além de se lançar mão dos medicamentos disponíveis, como ansiolíticos e antidepressivos.

Diagnóstico

O diagnóstico leva em conta a história e os sintomas apresentados. Estabelecer o diagnóstico da agorafobia é importante para diferenciá-la de outras fobias (fobia social, estresse pós-traumático, etc.) e orientar o tratamento.

Sintomas

Os sintomas são semelhantes aos da crise de pânico e a intensidade varia de pessoa para pessoa. Eles podem ser classificados em:

1)psicológicos (medo de morrer, de enlouquecer, de perder o controle sobre si próprio);

2)somáticos (taquicardia, palpitação, falta de ar, sudorese abundante, náuseas, vômitos, dor de estômago, diarréia, tremores, tonturas).

Tratamento

Os quadros de agorafobia podem reverter espontaneamente. Quando isso não acontece, a terapia cognitivo-comportamental representa o recurso mais eficaz de tratamento. Baseia-se numa técnica chamada de auto-exposição ao estímulo fóbico que consiste no enfrentamento gradual das situações geradoras do medo. À medida que são vencidas as etapas, o grau de dificuldade aumenta, até que não haja mais nenhum desconforto diante de determinado estímulo.

Ligações externas

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Ver também