Partido Nacional Republicano (Portugal)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Partido Nacional Republicano
Partido Sidonista
Fundação 1918
Dissolução 1923
Ideologia Sidonismo
Nacionalismo português
Conservadorismo social
Espectro político Direita
Sucessor Partido Republicano Nacionalista
Sidónio Paes, fundador do partido.

O Partido Nacional Republicano (informalmente chamado de Partido Sidonista) foi um partido político português, do tempo da I República, fundado em Abril de 1918 para participar nas triplas eleições (legislativas, senatoriais e presidenciais) marcadas para o dia 28 do mesmo mês, centrando-se em torno do seu líder, o golpista Sidónio Paes.

O Partido dispunha do auxílio dos Unionistas, dos Centristas (que se viriam a fundir com os sidonistas pouco antes das eleições), dos Monárquicos e dos Católicos, tendo acabado por vencer as eleições com ampla maioria.

Assassinado o seu líder em Dezembro de 1918, o partido, órfão, entrou na decadência e no marasmo, e já na década de 1920 juntou-se aos Liberais e aos Reconstituintes para formar o Partido Republicano Nacionalista.

História[editar | editar código-fonte]

Em 5 de Dezembro de 1917, Sidónio Pais forçou a renúncia e o exílio de Bernardino Machado. Pais suspendeu a constituição e tentou estabelecer uma "Nova República" (não confundir com o "Estado Novo"), um estado militarista com um presidente ("chefe") forte. Pais era um político carismático e populista e assim, em certo sentido, já antecipou o Salazar. Para dar ao seu novo sistema estatal o verniz da legitimidade democrática, Pais prepara, para 28 de abril de 1918, as eleições presidenciais e parlamentares. As eleições presidenciais planejadas foram uma novidade, já que de acordo com a antiga Constituição, o presidente não era eleito diretamente pelo povo, mas pelo parlamento. Com dois decretos de 11 e 30 de março de 1918, Sidónio Pais mudou isso e também deixou as terceiras eleições gerais da Primeira República, com eleições para a Câmara dos Deputados e o Senado. Para esta eleição, ele fundou o Partido Republicano Nacional na primavera de 1918.

Além de seu partido, Pais também foi apoiado pelos monarquistas, unionistas e outros partidos de direita. Seu partido ganhou as eleições por esmagadora maioria (108 cadeiras na Câmara dos Deputados e 31 no Senado). Os democratas, principais opositores de Pais, boicotaram as eleições.

Em 14 de dezembro de 1918, Pais foi baleado em um ataque à Estação do Rossio, em Lisboa. O agora republicano Partido Nacional Republicano logo caiu em insignificância política. Seus remanescentes acabaram se fundindo à União Republicana Liberal e ao Partido Republicano Nacional de Reconstrução para formar o Partido Nacionalista Republicano. Em 1923, o partido foi dissolvido.

Resultados eleitorais[editar | editar código-fonte]

Data Votos % Deputados +/- Senadores +/- Status
1918 N/D 70,0 (1.º)
108 / 155
32 / 73
Governo
1919 Não concorreu
1921
1922

Eleições presidenciais[editar | editar código-fonte]

Data Candidato
apoiado
1ª Volta 2ª Volta 3ª Volta Notas
Votos % Votos % Votos %
4/1918 Sidónio Pais 470 831 91,6 (1.º)
12/1918 João do Canto e Castro 121 96,8 (1.º) 137 99,3 (1.º)
1919 Não concorreu
Ícone de esboço Este artigo sobre a política de Portugal é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.