Alternativa Democrática Nacional
Alternativa Democrática Nacional | |
---|---|
Presidente | Bruno Fialho[1] |
Secretário-Geral | Rui Fonseca e Castro |
Fundação | 5 de outubro de 2014 11 de fevereiro de 2015 (legalização) | (lançamento)
Sede | Lisboa |
Ideologia | Conservadorismo[2] Anti-establishment[3] Populismo |
Ala de juventude | Juventude ADN |
Antecessor | Partido Democrático Republicano |
Cores | Azul, Branco e Amarelo |
Página oficial | |
adn.com.pt/ | |
A Alternativa Democrática Nacional[nota 1] (ADN), fundada com a designação de Partido Democrático Republicano (PDR), é um partido político português conservador e populista. Resulta da alteração de designação do PDR, validada pelo Tribunal Constitucional a 28 de setembro de 2021.[4] O seu presidente é, desde janeiro de 2020, Bruno Fialho.
História[editar | editar código-fonte]
A 5 de Outubro de 2014, o advogado António Marinho e Pinto criou o PDR em Coimbra, após o seu abandono da delegação do Partido da Terra (MPT) no Parlamento Europeu, partido pelo qual foi eleito eurodeputado nas eleições para o Parlamento Europeu de 2014, com 7,15% dos votos.[5] Conseguiu reunir 13 000 assinaturas[6] (quase o dobro das 7 500 exigidas por lei), que foram entregues no Tribunal Constitucional a 1 de dezembro de 2014.
O então PDR foi legalizado pelo Tribunal Constitucional de Portugal a 11 de fevereiro de 2015.[7] Foi aceite como membro do Partido Democrata Europeu a 5 de maio de 2015.[8]
No dia 26 de Junho de 2015 teve lugar a tomada de posse do Conselho Nacional, órgão máximo do Partido, com os seus 25 conselheiros.
Nas eleições legislativas de 2015, às quais Marinho Pinto concorreu pelo círculo de Coimbra, não conseguiu eleger nenhum deputado tendo o partido obtido apenas 60 912 votos no total nacional, que corresponde a 1,13%.
Nas eleições legislativas de 2019, o partido perdeu mais de 80% dos votos das eleições anteriores, continuando sem eleger deputados.
No dia 18 de Janeiro de 2020, Bruno Fialho tomou posse como presidente do Partido Democrático Republicano.[9]



A 28 de setembro de 2021, com vista a alterar a imagem pública do anterior Partido Democrático Republicano e a desfazer equívocos decorrentes da confusão de siglas entre PDR e PNR — o antigo Partido Nacional Renovador, atualmente designado Ergue-te —, o anterior PDR passou a designar-se Alternativa Democrática Nacional, com a sigla ADN, alteração que foi aceite e registada pelo Tribunal Constitucional na sequência de deliberação tomada pelo Conselho Nacional do PDR a 13 de março de 2021.[4][10] Foi igualmente efectuada uma alteração aos estatutos e ao programa político do partido, em vigor à data das eleições legislativas de 2022, nas quais obteve um resultado semelhante ao das anteriores e não conseguindo eleger deputados.
A 27 de setembro de 2021 a ADN desvinculou-se do Partido Democrático Europeu, devido a divergências relacionadas com a comunidade LGBT.[11]
Posições políticas[editar | editar código-fonte]
No debate de partidos sem representação parlamentar para as Eleições legislativas portuguesas de 2022, o presidente Bruno Fialho afirmou que o novo ADN é um partido diferente do antigo PDR. O presidente do partido ficou igualmente conhecido pela sua atitude crítica às medidas sanitárias de combate à COVID-19.[12][13]
Relativamente à invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, o partido critica Vladimir Putin por ter atacado a Ucrânia, mas insiste que os principais culpados pela invasão foram os Estados Unidos, por motivo de Joe Biden ter alegadamente pressionado a Ucrânia para que entrasse na NATO.[14] O partido tem criticado abertamente as sanções à Rússia, defendendo que as mesmas enfraquecem o Ocidente e não têm o efeito desejado, tratando-se de um factor impeditivo para uma resolução célere da situação, e comparando-as às vacinas contra a COVID-19.[15]
II Congresso Nacional[editar | editar código-fonte]
Em 24 de Dezembro de 2022 foi convocado o II Congresso Nacional do partido pelo Conselho Nacional. O Congresso aconteceu na cidade do Porto, no dia 11 de Fevereiro de 2023.
O segundo Congresso Nacional foi um marco na vida do partido pois foram votadas as aprovação de novos Estatutos, Regulamentos do Conselho Nacional, Comissão Política, Eleitoral e Distritais, Concelhias e Núcleos e Programa Político. Além de ter servido como apresentação formal do novo Secretário-Geral Rui Fonseca e Castro então nomeado por Bruno Fialho.
Resultados Eleitorais[editar | editar código-fonte]
Eleições legislativas[editar | editar código-fonte]
Data | Líder | Cl. | Votos | % | +/- | Deputados | +/- | Status |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
2015 | António Marinho e Pinto | 7.º | 61 632 | 1,14 / 100,00 |
0 / 230 |
Extra-parlamentar | ||
2019 | António Marinho e Pinto | 17.º | 11 761 | 0,22 / 100,00 |
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0 / 230 |
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Extra-parlamentar |
2022 | Bruno Fialho | 14.º | 11 451 | 0,23 / 100,00 |
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0 / 230 |
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Extra-parlamentar |
Eleições europeias[editar | editar código-fonte]
Data | Líder | Cl. | Votos | % | +/- | Deputados | +/- |
---|---|---|---|---|---|---|---|
2019 | António Marinho e Pinto | 14.º | 15 789 | 0,48 / 100,0 |
0 / 21 |
Eleições autárquicas[editar | editar código-fonte]
(os resultados apresentados excluem os resultados de coligações que envolvem o partido)
Data | Cl. | Votos | % | +/- | Presidentes CM | +/- | Vereadores | +/- |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
2017 | 19.º | 2 799 | 0,05 / 100,00 |
0 / 308 |
0 / 2 074 |
|||
2021 | 66.º | 319 | 0,01 / 100,00 |
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0 / 308 |
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0 / 2 074 |
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Eleições regionais[editar | editar código-fonte]
Região Autónoma dos Açores[editar | editar código-fonte]
Data | Líder | Cl. | Votos | % | +/- | Deputados | +/- | Status | |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
2016 | Rui Guilherme da Costa Estrela | 12.º | 84 | 0,09 / 100,0 |
0 / 57 |
||||
2020 | Não concorreu |
Região Autónoma da Madeira[editar | editar código-fonte]
Data | Líder | Cl. | Votos | % | +/- | Deputados | +/- | Status |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
2019 | Filipe Rebelo | 14.º | 603 | 0,42 / 100,0 |
0 / 47 |
Símbolos do partido[editar | editar código-fonte]
Notas
- ↑ O nome oficial do partido, tal como está registado no Tribunal Constitucional e como surge nos boletins de voto, é escrito em maiúsculas.
Referências
- ↑ «Comissão Política». Consultado em 10 de outubro de 2021
- ↑ «PDR MUDA DE NOME PARA ALTERNATIVA DEMOCRÁTICA NACIONAL (ADN) E TEM NOVOS ESTATUTOS». Jornal da Madeira. Agência Lusa. 12 de outubro de 2021. Consultado em 31 de agosto de 2022
- ↑ Ferreira, Tânia Pereirinha, Marta Leite. «Contra testes, vacinas, máscaras e certificados. O que defende o novo partido ADN e que ligações tem aos movimentos negacionistas». Observador. Consultado em 25 de setembro de 2022
- ↑ a b «ACÓRDÃO Nº 765/2021». Tribunal Constitucional. 28 de setembro de 2021. Consultado em 10 de outubro de 2021
- ↑ «Marinho Pinto apresenta novo partido em Coimbra no domingo». Diário As Beiras
- ↑ «Marinho e Pinto formaliza segunda-feira o Partido Democrático Republicano». Diário de Notícias
- ↑ «ACÓRDÃO Nº 104/2015». Tribunal Constitucional. 11 de fevereiro de 2015. Consultado em 13 de fevereiro de 2015
- ↑ «The PDR, new EDP member - EDP – European Democratic Party». Consultado em 10 de setembro de 2015
- ↑ Bruno Fialho sucede a Marinho e Pinto na liderança do PDR, Lusa 19.01.2020
- ↑ PDR muda de nome para ADN porque quer ser “mais apelativo”, O Novo 25.06.2021
- ↑ «ADN desvincula-se do PDE/EDP devido a posições polémicas – Partido ADN». Consultado em 27 de setembro de 2022
- ↑ Henriques, João Pedro (18 de janeiro de 2022). «Partidos sem assento na AR. O debate em que o negacionismo mostrou a cara». Diário de Notícias. Consultado em 31 de agosto de 2022
- ↑ Pereirinha, Tânia; Leite Ferreira, Marta (18 de janeiro de 2022). «Contra testes, vacinas, máscaras e certificados. O que defende o novo partido ADN e que ligações tem aos movimentos negacionistas». Observador. Consultado em 31 de agosto de 2022
- ↑ Fialho, Bruno (26 de fevereiro de 2022). «A CULPA NÃO É SÓ DO PUTIN». Diário do Distrito. Consultado em 31 de agosto de 2022
- ↑ https://twitter.com/BrunoARFialho/status/1531556919965536256