Violência política no Egito (2013–2014)
Violência política no Egito | |||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Parte de Crise política interna egípcia e Primavera Árabe | |||||||||
| |||||||||
Participantes do conflito | |||||||||
Forças Armadas do Egito Tamarod Frente de Salvação Nacional e simpatizantes |
Irmandade Muçulmana Coalizão Anti-Golpe | ||||||||
Baixas | |||||||||
+ 3 143 mortos[1] + 17 000 feridos + 18 977 presos |
A crise política egípcia foi uma onda de violência e manifestações que aconteceram no Egito como consequência do golpe de Estado de 2013.[2][3][4][5]
Logo após a remoção do presidente Mohamed Morsi do poder em 3 de julho por militares egípcios, diversos grandes protestos populares liderados, na maioria das vezes, pela Irmandade Muçulmana abalaram o país. A principal reivindicação dos manifestantes era o retorno de Morsi a presidência. Alguns setores da sociedade, contudo, apoiaram o golpe e também fizeram manifestações favoráveis ao novo governo interino. Por vários dias, os protestos contra os golpistas sofreram com a repressão por parte das forças de segurança egípcias, que acabou terminando com diversas mortes.[6] Confrontos entre manifestantes simpatizantes dos militares e militantes de grupos islâmicos também foram reportados.[7] O então primeiro-ministro do país, Hazem al-Beblawy, ameaçou reprimir e impedir qualquer manifestação pró Morsi nos arredores da mesquita de Rabaa al-Adawiya, onde muitos manifestantes que apoiavam a Irmandade Muçulmana estavam acampados, e também na praça al-Nahda.[8][9]
Em 14 de agosto, confrontos violentos nas ruas da capital Cairo entre manifestantes, apoiados por militantes islamitas armados, e soldados do exército nacional terminaram com a morte de 638 pessoas.[10] Ao fim de agosto, a violência aumentou de intensidade, causando a morte de centenas de pessoas e a prisão de milhares de outras. Vários integrantes da cúpula da Irmandade Muçulmana no Egito também foram presos.[11] A comunidade internacional tem tomado pouca ação a respeito da crise egípcia, mas condena a violência que tem tomado conta das principais cidades do país, especialmente na cidade do Cairo.[12]
Em janeiro de 2014 os protestos perderam força considerável.
Referências
- ↑ «Egypt's Unprecedented Instability by the Numbers». Carnegie Endowment for International Peace. 24 de março de 2014
- ↑ [UPDATED] At least 30 killed in political violence in Egypt. UPI.com (5 de julho de 2013). Página acessada em 25 de agosto de 2013.
- ↑ Political violence in Egypt on MSN Video. Video.ca.msn.com. Página acessada em 25 de agosto de 2013.
- ↑ Quentin Sommerville. «BBC News -Egypt crisis: 'Scores killed' at Cairo protest». BBC. Consultado em 29 de julho de 2013
- ↑ Metro UK. «Egypt crisis: Hundreds killed in violent Cairo clashes». Metro.co.uk. Consultado em 29 de julho de 2013
- ↑ «Cairo death toll rises after clash at Republican Guard headquarters | African News». BDlive. Consultado em 28 de julho de 2013
- ↑ «Egypt: More than 100 killed in Cairo massacre». Asharq al-Awsat. Consultado em 27 de julho de 2013
- ↑ «As Ramadan Winds Down, Tensions Ramp Up In Egypt». NPR. Consultado em 25 de agosto de 2013
- ↑ «PM: Ramadan delayed Rabaa and al-Nahda crackdown». Egypt Independent. Consultado em 17 de agosto de 2013
- ↑ «Egypt's Brotherhood gets the massacre it knew was coming». GlobalPost. Consultado em 17 de agosto de 2013
- ↑ «Egypt declares national emergency». BBC News. 14 de agosto de 2013
- ↑ "Comunidade internacional condena violência no Egito". Página acessada em 14 de agosto de 2013.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «"Egypt Turmoil"» (em inglês). na Al Jazira
- «"Entenda a crise política no Egito"». no Portal G1