Primeiro Terror Branco

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 Nota: Para outros significados, veja Terror Branco.
Massacre de prisioneiros jacobinos em Lião, 1795.

O Primeiro Terror Branco (Terreur Blanche) foi um período durante a Revolução Francesa ocorrido em 1795, quando uma onda de ataques violentos varreu grande parte da França. As vítimas desta violência foram pessoas identificadas como estando associadas ao Reinado do Terror - seguidores de Robespierre e Marat, e membros de clubes jacobinos locais. A violência foi perpetrada principalmente por aqueles cujos familiares ou associados foram vítimas do Grande Terror, ou cujas vidas e meios de subsistência foram ameaçados pelo governo e pelos seus apoiadores, antes da Reação Termidoriana. Apesar dos inúmeros episódios de extrema violência e revanchismo conservador, seus participantes escreveram que os atos praticados pelos integrantes daquilo que chamavam "juventude de ouro" haviam sido pacíficos.[1][2] O nome deriva do laço branco usado nos chapéus dos monarquistas.[3]

Eram compostos principalmente, em Paris, pelos Muscadins (ou "juventude de ouro") e, no campo, pelos monarquistas apoiadores dos Girondinos, aqueles que se opunham à Constituição Civil do Clero e aqueles que, por outro lado, eram à agenda política jacobina.[1][2]

O Grande Terror tinha sido em grande parte um programa político organizado, baseado em leis e promulgado através de instituições oficiais como o Tribunal Revolucionário, mas o Terror Branco foi essencialmente uma série de ataques descoordenados por ativistas locais que partilhavam interesses comuns e perspectivas, mas nenhuma organização central.[1][2]

Referências

  1. a b c Clément Weiss (2021). «Frappez : n'oubliez pas que la défense personnelle est de droit naturel et légitime: la jeunesse réactionnaire et les violences de rue à Paris en 1795» (em francês). Hypothèses, Éditions de la Sorbonne, p. 39-49. Consultado em 25 de fevereiro de 2024 
  2. a b c Stephen Clay (2007). «Justice, vengeance et passé révolutionnaire: les crimes de la Terreur blanche» (em francês). Annales historiques de la Révolution française, nº 350 (p. 109-133) 
  3. John Paxton (1988). Companion to the French Revolution (em inglês). [S.l.]: Facts on File Publications. 207 páginas 
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