Arara-azul-grande: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m
m ajustando datas, traduzindo nome/parâmetro nas citações usando script, ajustando datas, traduzindo nome/parâmetro nas citações usando script
Etiqueta: Inserção do elemento "nowiki", possivelmente errônea
Linha 8: Linha 8:
| estado = VU
| estado = VU
| sistema_estado = iucn3.1
| sistema_estado = iucn3.1
| estado_ref = <ref name="IUCN"/>
| estado_ref = <ref name="IUCN" />
| reino = [[Animalia]]
| reino = [[Animalia]]
| filo = [[Chordata]]
| filo = [[Chordata]]
Linha 30: Linha 30:
Sua [[alimentação]], enquanto viver livremente, consiste basicamente dos [[fruto]]s das [[palmeira]]s disponíveis no local, sendo principalmente da castanha do urucuri (''[[Attalea phalerata]]'') e do [[coco-de-espinho]] (''Acrocomia aculeata''). Costumam viver em [[bando]], sendo consideradas aves sociais. São consideradas animais [[Monogâmica|monogâmicos]], devido a viverem com um mesmo parceiro durante toda a sua vida, sendo [[Fidelidade|fiéis]] aos locais de alimentação e [[reprodução]] — utilizam este último várias vezes. O casal divide todas as tarefas em relação aos cuidados com os [[ninho]]s e os [[filhote]]s, só se separando após a [[morte]] de um dos indivíduos, onde não costumam se juntar a um novo parceiro e continuar a se reproduzir.
Sua [[alimentação]], enquanto viver livremente, consiste basicamente dos [[fruto]]s das [[palmeira]]s disponíveis no local, sendo principalmente da castanha do urucuri (''[[Attalea phalerata]]'') e do [[coco-de-espinho]] (''Acrocomia aculeata''). Costumam viver em [[bando]], sendo consideradas aves sociais. São consideradas animais [[Monogâmica|monogâmicos]], devido a viverem com um mesmo parceiro durante toda a sua vida, sendo [[Fidelidade|fiéis]] aos locais de alimentação e [[reprodução]] — utilizam este último várias vezes. O casal divide todas as tarefas em relação aos cuidados com os [[ninho]]s e os [[filhote]]s, só se separando após a [[morte]] de um dos indivíduos, onde não costumam se juntar a um novo parceiro e continuar a se reproduzir.


Já foi considerada [[espécie ameaçada]], tal como a arara-azul-de-lear e a arara-azul-pequena, mas em 2014 foi retirada da [[Lista de aves ameaçadas do Brasil|lista brasileira de animais em extinção]].<ref name="IUCN" /><ref name=Daminelli /> No entanto, de acordo com a [[Lista Vermelha da IUCN|Lista Vermelha]] da [[União Internacional para a Conservação da Natureza]] (UICN / IUCN), é considerada uma [[espécie vulnerável]].<ref name=Silva /> A [[Destruição de habitat|perda de habitat]] e a captura de aves selvagens para o comércio de animais de estimação têm causado grande impacto em sua população na natureza.<ref name="IUCN"/> Foi listada no anexo I da [[Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Silvestres Ameaçadas de Extinção]] (CITES).<ref name=CITES /><ref name=INSTRUÇÃONORMATIVA01 />
Já foi considerada [[espécie ameaçada]], tal como a arara-azul-de-lear e a arara-azul-pequena, mas em 2014 foi retirada da [[Lista de aves ameaçadas do Brasil|lista brasileira de animais em extinção]].<ref name="IUCN" /><ref name=Daminelli /> No entanto, de acordo com a [[Lista Vermelha da IUCN|Lista Vermelha]] da [[União Internacional para a Conservação da Natureza]] (UICN / IUCN), é considerada uma [[espécie vulnerável]].<ref name=Silva /> A [[Destruição de habitat|perda de habitat]] e a captura de aves selvagens para o comércio de animais de estimação têm causado grande impacto em sua população na natureza.<ref name="IUCN" /> Foi listada no anexo I da [[Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Silvestres Ameaçadas de Extinção]] (CITES).


== Etimologia ==
== Etimologia ==
Linha 36: Linha 36:


== Taxonomia ==
== Taxonomia ==

[[imagem:Hyacinth Macaw head.jpg|miniaturadaimagem|upright=1.1|Vista de perto da cabeça, permitindo a visualização de seu típico bico curvado]]


O médico, [[ornitologia|ornitólogo]] e artista [[ingleses|inglês]] [[John Latham]] descreveu pela primeira vez a arara-azul-grande em 1790 sob o nome binomial ''Psittacus hyacinthinus''.<ref name=Latham1790 /> Tony Pittman em 2000 levantou a hipótese de que, embora a ilustração neste trabalho pareça ser de uma arara-azul-grande real, a descrição de Latham do comprimento da ave pode significar que mediu um espécime de arara-azul-de-lear.<ref name="theparrotsocietyuk.org" /> No entanto, a descrição de Latham foi baseada num espécime [[taxidermia|taxidérmico]], que era o único que Latham sabia existir até 1822. Foi preparado a partir de um animal vivo originalmente pertencente a Lord Orford e dado ao [[Representação (direito)|agente de terras]] [[James Parkinson (proprietário de museu)|Parkinson]] para exibição na [[Coleção Leveriana]] depois que morreu.<ref name=Latham1802 /><ref name=Latham1822 />
O médico, [[ornitologia|ornitólogo]] e artista [[ingleses|inglês]] [[John Latham]] descreveu pela primeira vez a arara-azul-grande em 1790 sob o nome binomial ''Psittacus hyacinthinus''.<ref name=Latham1790 /> Tony Pittman em 2000 levantou a hipótese de que, embora a ilustração neste trabalho pareça ser de uma arara-azul-grande real, a descrição de Latham do comprimento da ave pode significar que mediu um espécime de arara-azul-de-lear.<ref name="theparrotsocietyuk.org" /> No entanto, a descrição de Latham foi baseada num espécime [[taxidermia|taxidérmico]], que era o único que Latham sabia existir até 1822. Foi preparado a partir de um animal vivo originalmente pertencente a Lord Orford e dado ao [[Representação (direito)|agente de terras]] [[James Parkinson (proprietário de museu)|Parkinson]] para exibição na [[Coleção Leveriana]] depois que morreu.<ref name=Latham1802 /><ref name=Latham1822 />
Linha 46: Linha 48:


== Habitat e distribuição geográfica ==
== Habitat e distribuição geográfica ==
Habitam regiões tropicais, como regiões abertas no [[Brasil]], [[Paraguai]] e [[Bolívia]]. No Brasil, são basicamente encontradas em três regiões: [[Amazônia]] (estados do [[Amazonas]] e do [[Pará]]), Brasil Central (estados da [[Bahia]], [[Goiás]], [[Maranhão]], [[Piauí]], [[Tocantins]]) e [[Pantanal]] (estados do [[Mato Grosso]] e [[Mato Grosso do Sul]]).<ref name=InstitutoAraraAzul /><ref name=Rosa />


A arara-azul-grande ocorre hoje em três áreas principais na América do Sul: na região do [[Pantanal]] do Brasil, e adjacente ao leste da [[Bolívia]] e nordeste do [[Paraguai]], nas regiões de [[Cerrado]] do interior leste do Brasil ([[Maranhão]], [[Piauí]], [[Bahia]], [[Tocantins]], [[Goiás]], [[Mato Grosso]], [[Mato Grosso do Sul]] e [[Minas Gerais]]), e nas áreas relativamente abertas associadas ao [[rio Tocantins]], [[rio Xingu]], [[rio Tapajós]] e a ilha de [[Marajó]] no leste da [[Bacia Amazônica]] ([[Amazonas]] e [[Pará]]). Populações menores e fragmentadas podem ocorrer em outras áreas.<ref name=InstitutoAraraAzul /><ref name=Rosa /><ref name="Birdlife" /> A arara-azul-grande escapou ou foi deliberadamente solta na [[Flórida]], nos [[Estados Unidos]], mas não há evidências de que a população esteja se reproduzindo e só pode persistir devido a solturas ou fugas contínuas.<ref name=Myfwc />
Na região da Amazônia (menor grupo), são encontradas nas bordas da [[floresta tropical úmida]], [[floresta de galeria]] e matas secas em locais de [[Planície de inundação|várzea]] ricas em [[palmeira]]s, em áreas abertas e ao longo de [[rio]]s. No Brasil Central, são encontradas em áreas abertas a [[pastagem]], nas [[Vereda (cerrado)|veredas]], associadas aos buritizais, no [[Cerrado]], em áreas com secas temporárias, em [[chapada]]s e [[planalto]]s e nos vales dos paredões rochosos. Nesta região, seus [[ninho]]s encontram-se em ocos de palmeiras, árvores grandes com a copa em forma de [[guarda-chuva]] e/ou em falhas de paredões rochosos. Na região do Pantanal (maior grupo), são encontradas em áreas abertas e nas matas que possuem palmeiras ou acurizais, enquanto seus ninhos localizam-se tanto na borda ou interior de [[cordilheira]]s e [[Capão|capões]] quanto em áreas abertas para o [[pasto]].<ref name=InstitutoAraraAzul /><ref name=Rosa /><ref name=Biologonet />


[[Imagem:Anodorhynchus hyacinthinus -Disney -Florida-8.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|Espécime no [[Disney's Animal Kingdom]], na [[Flórida]]]]
== Dieta ==
[[Imagem:Anodorhynchus hyacinthinus -Disney -Florida-8.jpg|miniaturadaimagem|''Anodorhynchus hyacinthinus'']]


Nas últimas décadas, a variedade conhecida na Bolívia aumentou. É bem conhecido do extremo sudeste do país perto da fronteira trinacional com Brasil e Paraguai, onde é considerado símbolo emblemático da região,<ref name="SERNAP" /> e os moradores costumam alimentar as araras com [[milho]], como [[galinha]]s (''Gallus gallus domesticus'').<ref name="Franco2018" /> No início da década de 1990, tornou-se evidente que a espécie também ocorria na remota área do [[Parque Nacional Noel Kempff Mercado]], algumas centenas de quilômetros ao norte.<ref name="Collar1992" /> Acredita-se que a maior parte da população boliviana esteja na [[Área de Manejo Integrado San Matías]], uma área com extenso pantanal.<ref name="Franco2018" /> Os censos realizados em 2008, 2009, 2011<ref name="Pinto2011" /> e 2014,<ref name="Pinto2014" /> revelaram números populacionais estáveis: respectivamente 231, 107, 134,<ref name="Pinto2011" /> e 166.<ref name="Pinto2014" /> A contagem de pássaros num terreno tão pantanoso e difícil de navegar é inerentemente inadequada. Os censos foram realizados visitando locais com avistamentos anteriores relatados, porém, nem sempre foi possível visitar todos os locais, a cobertura variou. Assim, em 2011, a população estimada anteriormente de cerca de 300 aves nesta área foi considerada bastante precisa.<ref name="Pinto2011" /> Um estudo de 2014 que correlacionou os avistamentos com o habitat e extrapolou isso para uma área maior descobriu que as aves ocorrem na parte norte da Área Natural, e uma população semelhante provavelmente também ocorre numa área de tamanho igual ao norte desta, fora da Área Natural.<ref name="Pinto2014" /> Em um artigo da ''Mongabay Latam'' de 2018, os guardas florestais relatam que há evidências anedóticas de que a população estava aumentando e se espalhando, à medida que mais avistamentos eram relatados pelos habitantes locais e a ave foi confirmada pela primeira vez em vários municípios adjacentes.<ref name="Franco2018" />
Por viverem em grupos, também costumam [[Alimentação|comer]] em grupos como uma forma de proteção, sendo que sempre há um indivíduo de “vigia”, que há qualquer movimento ou barulho diferente, com seu grito faz com que todos saiam [[Voo|voando]]. Possuem uma alimentação especializada - que varia da disponibilidade de recursos da região em que se encontra -, mas de maneira geral, é baseada em [[semente]]s de palmeiras, que conseguem quebrar com facilidade devido ao bico, alimentando-se principalmente da castanha-do-acuri (''Attalea phalerata''), do coco-de-espinho, [[Macaúba-barriguda|macaúba]] ou bocaiúva (''[[Coco-de-espinho|Acrocomia aculeata]]'') e do urucuri (''[[Attalea phalerata]]'') . Na região do Pará, alimenta-se de [[inajá]] (''Maximiliana regia''), [[babaçu]] (''Orbiguya martiana''), [[tucumã]] (''Astrocaryum sp'') e gueroba (''Syagrus oleracea''). Nas regiões secas, alimenta-se de [[Syagrus coronata|licuri]](''Syagrus coronata''), [[catolé]] (''Syagrus cearensis''), [[piaçava]] (''Attalea funifera''), [[buriti]] (''Mauritia vinifera''), pidoba (''Orbiguya eicherii'') dentre outros.<ref name="IUCN" /><ref name=InstitutoAraraAzul /><ref name=Daminelli /><ref name=Rosa /><ref name=Biologonet />

Prefere habitats semiabertos, um tanto arborizados. Geralmente evita florestas densas e úmidas e, em regiões dominadas por esses habitats, geralmente fica restrita à borda ou seções relativamente abertas (por exemplo, ao longo dos principais rios). Em diferentes áreas de sua distribuição, essas araras são encontradas em campos de cerrado, em florestas secas de espinhos conhecidas como [[caatinga]] e em palmeirais ou pântanos,<ref name="Birdlife" /> particularmente o [[buriti]] (''Mauritia flexuosa'').<ref name="Forshaw2006" /> Um estudo boliviano de 2014 na Área Natural de Manejo Integrado de San Matías, que correlacionou os avistamentos ao habitat, descobriu que áreas incluindo savanas inundadas sazonalmente, zonas úmidas e habitats de áreas antropogênicas intercaladas com um mosaico de savanas eram os melhores indicadores à presença das araras. O habitat preferido de longe foi o antrópico, que são principalmente fazendas de gado praticando [[agricultura extensiva|pastagem extensiva]] nesta área. Os autores, no entanto, não ficaram muito impressionados com esses resultados e alertaram que a metodologia pode ser falha.<ref name="Pinto2014" /> Na região da Amazônia (menor grupo), são encontradas nas bordas da [[floresta tropical úmida]], [[floresta de galeria]] e matas secas em locais de [[Planície de inundação|várzea]] ricas em [[palmeira]]s, em áreas abertas e ao longo de [[rio]]s. No Brasil Central, são encontradas em áreas abertas a [[pastagem]], nas [[Vereda (cerrado)|veredas]], associadas aos buritizais, no Cerrado, em áreas com secas temporárias, em [[chapada]]s e [[planalto]]s e nos vales dos paredões rochosos. Nesta região, seus [[ninho]]s encontram-se em ocos de palmeiras, árvores grandes com a copa em forma de [[guarda-chuva]] e/ou em falhas de paredões rochosos. Na região do Pantanal (maior grupo), são encontradas em áreas abertas e nas matas que possuem palmeiras ou acurizais, enquanto seus ninhos localizam-se tanto na borda ou interior de [[cordilheira]]s e [[Capão|capões]] quanto em áreas abertas para o [[pasto]].<ref name=InstitutoAraraAzul /><ref name=Rosa /><ref name=Biologonet />

== Ecologia ==

[[imagem:Anodorhynchus hyacinthinus -zoo de La Palmyre-8a.jpg|miniaturadaimagem|Espécime no [[Zoológico de La Palmyre]], [[França]]]]
[[imagem:Anodorhynchus hyacinthinus wild.jpg|miniaturadaimagem|Araras-azuis-grandes em seu habitat natural, no Pantanal]]


== Comportamento ==
As araras costumam viver em grupos e constituem [[família]]s, sendo consideradas aves [[sociais]]. Possuem certa [[fidelidade]] aos locais de [[alimentação]] e [[reprodução]]. Quando a formação do casal é estabelecida, é baseada na fidelidade até a [[morte]] de um dos dois, sendo que podem viver por aproximadamente 50 anos. Praticam o [[cuidado parental]] não só com os seus, mas com todos os [[filhote]]s do grupo — dividindo os cuidados, não abandonando seus [[ovo]]s e sendo abertos a [[adoção]] de filhotes.<ref name=Silva /><ref name=Daminelli /> Os jovens e os casais que ainda não possuem filhotes costumam se reunir em ambientes denominados dormitórios, que servem como proteção e como um ambiente de troca de [[Informação|informações]]. Estão entre as aves mais [[Inteligência|inteligentes]], [[Curiosidade|curiosas]] e [[carismática]]s do grupo. São observadas voando na [[natureza]], andando pelo chão, penduradas nos cachos de [[fruto]]s das palmeiras ou em pousadas em [[galhos]], executando ''preening'' — ato de um indivíduo [[coçar]] ou [[Limpeza|limpar]] as penas do outro — e brincando uns com os outros ou com galhos, [[flor]]es e [[folha]]s. Devido aos processos de [[Migração de aves|migrações]] em busca de alimentos, são consideradas importantes dispersoras de sementes, espalhando os frutos para longe da planta-mãe. As araras-azuis são consideradas escavadores secundários por aproveitarem as cavidades já abertas por outros seres, como o [[pica-pau]], para formarem seus ninhos, aumentando este espaço e forrando-o com [[serragem]]. Por isso, também são dadas como engenheiras ambientais, devido a construírem estes locais que serão utilizados na reprodução e depois serão utilizados por outros indivíduos.<ref name=InstitutoAraraAzul /><ref name=Rosa /><ref name=Biologonet />
As araras costumam viver em grupos e constituem [[família]]s, sendo consideradas aves [[sociais]]. Possuem certa [[fidelidade]] aos locais de [[alimentação]] e [[reprodução]]. Quando a formação do casal é estabelecida, é baseada na fidelidade até a [[morte]] de um dos dois, sendo que podem viver por aproximadamente 50 anos. Praticam o [[cuidado parental]] não só com os seus, mas com todos os [[filhote]]s do grupo — dividindo os cuidados, não abandonando seus [[ovo]]s e sendo abertos a [[adoção]] de filhotes.<ref name=Silva /><ref name=Daminelli /> Os jovens e os casais que ainda não possuem filhotes costumam se reunir em ambientes denominados dormitórios, que servem como proteção e como um ambiente de troca de [[Informação|informações]]. Estão entre as aves mais [[Inteligência|inteligentes]], [[Curiosidade|curiosas]] e [[carismática]]s do grupo. São observadas voando na [[natureza]], andando pelo chão, penduradas nos cachos de [[fruto]]s das palmeiras ou em pousadas em [[galhos]], executando ''preening'' — ato de um indivíduo [[coçar]] ou [[Limpeza|limpar]] as penas do outro — e brincando uns com os outros ou com galhos, [[flor]]es e [[folha]]s. Devido aos processos de [[Migração de aves|migrações]] em busca de alimentos, são consideradas importantes dispersoras de sementes, espalhando os frutos para longe da planta-mãe. As araras-azuis são consideradas escavadores secundários por aproveitarem as cavidades já abertas por outros seres, como o [[pica-pau]], para formarem seus ninhos, aumentando este espaço e forrando-o com [[serragem]]. Por isso, também são dadas como engenheiras ambientais, devido a construírem estes locais que serão utilizados na reprodução e depois serão utilizados por outros indivíduos.<ref name=InstitutoAraraAzul /><ref name=Rosa /><ref name=Biologonet />


== Reprodução ==
=== Dieta ===

[[Imagem:Desenvolvimento dos filhotes Anodorhynchus hyacinthinus.jpg|miniaturadaimagem|Fases do desenvolvimento dos filhotes: A) 0-25 dias, B) e C) 26-77 dias, D) juvenil<ref name=Nature />]]
A maior parte da dieta da arara-azul-grande é especializada - que varia da disponibilidade de recursos da região em que se encontra -, mas de maneira geral, é baseada em [[semente]]s de palmeiras, que conseguem quebrar com facilidade devido ao bico. Seus bicos fortes são capazes até de quebrar [[coqueiro|cocos]] (''Cocos nucifera''), grandes vagens de [[castanha-do-brasil]] (''Bertholletia excelsa'') e nozes de [[macadâmia]]. Também possuem línguas secas e lisas com um osso dentro delas que as torna ferramenta eficaz para bater em frutas.<ref name=NationalGeographic /> A noz de acuri é tão dura que as araras-azuis-grandes não podem se alimentar dela até que tenha passado pelo [[sistema digestivo]] do [[gado]].<ref name="WWF" /> Além disso, comem frutas e outras matérias vegetais, como [[néctar]]. Além disso, viajam em busca dos alimentos mais maduros por vasta área.<ref name=PBS />

Por viverem em grupos, também costumam [[Alimentação|comer]] em grupos como forma de proteção, sendo que sempre há um indivíduo de “vigia”, que há qualquer movimento ou barulho diferente, com seu grito faz com que todos saiam [[Voo|voando]]. No Pantanal, alimenta-se principalmente da castanha-do-acuri (''[[Attalea phalerata]]''), do [[coco-de-espinho]] (''Acrocomia aculeata''), [[macaúba-barriguda]] (''Acrocomia intumescen'') e do urucuri (''[[Attalea phalerata]]'').<ref name=InstitutoAraraAzul /><ref name=Rosa /><ref name=Biologonet /> Esse comportamento foi registrado pelo [[naturalismo|naturalista]] inglês [[Henry Walter Bates]] em seu livro de 1863, ''[[The Naturalist on the River Amazons]]'', onde escreveu que:

{{Citação2|bq=s|cinza=s|
1= Voa aos pares, alimentando-se das nozes duras de várias palmeiras, mas principalmente da [[mucujá]] (''Acrocomia lasiospatha''). Essas nozes, que são tão duras que dificilmente podem ser quebradas com um martelo pesado, são esmagadas pelo poderoso bico dessa arara.<ref name=Bates />}}

[[Charles Darwin]] comentou sobre o relato de Bates sobre a espécie, chamando-a de "pássaro esplêndido" com seu "bico enorme" capaz de se alimentar dessas nozes de palmeira.<ref name="DarwinApp" /> Em cativeiro, as nozes nativas do habitat natural da arara-azul-grande muitas vezes não estão prontamente disponíveis. Nessas circunstâncias, a noz de macadâmia (que é nativa da [[Austrália]]) é uma alternativa adequada, nutritiva e prontamente aceita.<ref name=Bluemacaws /> Coincidentemente, é uma das únicas aves com força de mandíbula necessária para abrir a noz, o que requer 300 psi de pressão para quebrar a casca.<ref name=Imponderables /> Na região do Pará, alimenta-se de [[inajá]] (''Maximiliana regia''), [[babaçu]] (''Orbiguya martiana''), [[tucumã]] (''Astrocaryum sp'') e [[gueroba]] (''Syagrus oleracea''). Nas regiões secas, alimenta-se de [[licuri]] (''Syagrus coronata''), [[catolé]] (''Syagrus cearensis''), [[piaçava]] (''Attalea funifera''), [[buriti]] (''Mauritia vinifera''), [[pidoba]] (''Orbiguya eicherii'') dentre outros.<ref name=InstitutoAraraAzul /><ref name=Rosa /><ref name=Biologonet />

=== Uso de ferramentas ===

O uso limitado de ferramentas foi observado em araras-azuis-grandes selvagens e em cativeiro. Avistamentos relatados de uso de ferramentas em araras selvagens remontam a 1863. Exemplos de uso de ferramentas que foram observados geralmente envolvem folha mastigada ou pedaços de madeira. As araras geralmente incorporam esses itens ao se alimentar de nozes mais duras. Seu uso permite que as nozes que as araras comem permaneçam em posição (evitam escorregar) enquanto as roem. Não se sabe se isso é um comportamento social aprendido ou uma característica inata, mas a observação em araras em cativeiro mostra que as araras criadas à mão também exibem esse comportamento. As comparações mostram que as araras mais velhas foram capazes de abrir as sementes com mais eficiência.<ref name=Borsari />

=== Reprodução ===

[[Imagem:Desenvolvimento dos filhotes Anodorhynchus hyacinthinus.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|Fases de desenvolvimento dos filhotes: (A) filhote, 0–25 dias, as aves da foto têm 17 e 18 dias, respectivamente. O ganho de massa nessa fase é lento, (B) pintinho, 26–77 dias, as aves na foto têm 44 e 45 dias, respectivamente, (C) pintos, as aves na foto têm 61 e 62 dias, respectivamente. Crescimento geométrico até atingir o peso máximo, (D) juvenil, 78–107 dias, aves nas fotos com 104 e 105 dias, respectivamente. O peso é mantido até 90-95 dias, quando a perda de peso começa com as primeiras tentativas de voar.<ref name=Nature />]]

A arara-azul-grande atinge a [[maturidade]] aos três anos e aproximadamente aos sete anos inicia sua própria família. À reprodução, costumam escolher os ninhos com características padronizadas, como o tamanho e a forma, mas de forma predominante escolhem árvores com destaque no quesito [[vegetação]] possuindo cavidades mais acessíveis.<ref name=InstitutoAraraAzul /><ref name=Daminelli /> A nidificação ocorre entre julho e dezembro, com ninhos construídos em cavidades de árvores ou falésias, dependendo do habitat,<ref name="Birdlife" /> e os cuidados com o filhote pode ir até [[fevereiro]] do ano seguinte.<ref name=InstitutoAraraAzul /><ref name=Daminelli /> Na região do Pantanal, 90% dos ninhos são construídos no [[manduvi]] (''Sterculia apetala''). A arara-azul-grande depende do [[tucano-toco]] (''Ramphastos toco'') para seu sustento. O tucano-toco contribui com 83,3% da distribuição de sementes da manduvi que a arara necessita à reprodução. No entanto, o tucano-toco é responsável por dispersar 83% das sementes de manduvi, mas também consome 53% dos ovos predados.<ref name="Birdlife" /> Cavidades de tamanho suficiente são encontradas apenas em árvores com cerca de 60 anos de idade ou mais, e a competição é acirrada.<ref name="Pizo08" /> Os orifícios existentes são alargados e parcialmente preenchidos com lascas de madeira.<ref name="MB WWF" />

Faz a [[Postura (biologia)|postura]] de um a quatro ovos (outras fontes falam em dois ovos<ref name="WWF" />), no qual, a fêmea cuida da [[incubação]] dos ovos - que dura cerca de 30 dias - e da proteção dos mesmos - devido a servirem de alimento para outros animais como os [[corvídeos]] ([[gaio (ave)|gaio]]s e [[corvo]]s<ref name="mongabay2008" /><ref name="Collar1992" />), [[gralha]] (''Cyanocorax sp''), o [[gambá-de-orelha-branca]] (''Didelphis albiventris''), a [[irara]] (''Eira barbara''), o tucano-toco, o [[carcará]] (''Caracara plancus''), e o [[quati-de-cauda-anelada]] (''Nasua nasua'')-, e o macho fica responsável em alimentá-la.<ref name=InstitutoAraraAzul /><ref name=Daminelli /><ref name="WWF" /> Os jovens são [[parasitismo|parasitados]] por [[larva]]s de [[mosca]]s do gênero ''[[Philornis]]''.<ref name="Allgayer2009" /> Geralmente apenas um filhote sobrevive, já que o segundo ovo eclode vários dias após o primeiro, e o filhote menor não pode competir com o primogênito por comida. Uma possível explicação para esse comportamento é o que se chama de hipótese do seguro. A arara põe mais ovos do que pode ser normalmente emplumado para compensar os ovos anteriores que não eclodiram ou os filhotes primogênitos que não sobreviveram.<ref name=Kuniy /> Após a [[eclosão]] do ovo, os filhotes nascem [[Frágil|frágeis]] -sendo que, até os 45 dias de vida precisam de cuidados essenciais devido aos [[Predação|predadores]], além de [[barata]]s e [[formiga]]s-, e ficam cerca de três meses no ninho, sob o cuidado dos pais, até se aventurarem no primeiro voo.<ref name="Allgayer2009" /> Até os 10 meses de vida, são alimentados pelos pais e estão em fase de [[aprendizagem]] em relação a o que e onde comer, onde [[dormir]] e a se defenderem de predadores. Após este período, já sabem se alimentar sozinhos mas ainda continuam seguindo os pais até por 18 meses onde entram para bandos jovens, deixando os pais livres para se reproduzirem novamente.<ref name=InstitutoAraraAzul /><ref name=Daminelli /><ref name="WWF" />

=== Traços gerais ===

As araras-azuis-grandes são os psitacídeos mais longos. Também são muito equilibradas e podem ser mais calmas do que outras araras, sendo conhecidas como "gigantes gentis".<ref name="Kalhagen" /> Um veterinário assistente deve estar ciente das necessidades nutricionais específicas e sensibilidades farmacológicas ao lidar com elas. Possivelmente devido a fatores genéticos ou limitações de criação em cativeiro, esta espécie pode se tornar neurótica/fóbica, o que é problemático.<ref name=Lennox />


== Conservação e ameaças ==
A arara-azul-grande atinge a [[maturidade]] aos três anos e aproximadamente aos sete anos inicia sua própria família. À reprodução, costumam escolher os ninhos com características padronizadas, como o tamanho e a forma, mas de forma predominante escolhem árvores com destaque no quesito [[vegetação]] possuindo cavidades mais acessíveis. Geralmente se reproduzem de [[setembro]] a [[outubro]] e os cuidados com o filhote pode ir até [[fevereiro]] do ano seguinte. Faz a [[Postura (biologia)|postura]] de um a quatro ovos, no qual, a fêmea cuida da [[incubação]] dos ovos - que dura cerca de 30 dias- e da proteção dos mesmos - devido a servirem de alimento para outros animais como a [[gralha]] (''Cyanocorax sp''), o gambá (''[[Gambá-de-orelha-branca|Didelphis albiventris]]''), a irara (''[[Irara|Eira barbara)]]'', o tucano ''[[Tucano-toco|(Ramphastos toco]]''), o carcará (''[[Carcará|Polyborus plancus]]''), e o quati (''[[Quati-de-cauda-anelada|Nasua nasua]]'')-, e o macho fica responsável em alimentá-la. Após a [[eclosão]] do ovo, os filhotes nascem [[Frágil|frágeis]] -sendo que, até os 45 dias de vida precisam de cuidados essenciais devido aos [[Predação|predadores]], além de [[barata]]s e [[formiga]]s-, e ficam cerca de três meses no ninho, sob o cuidado dos pais, até se aventurarem no primeiro voo. Na maioria das vezes, somente um filhote [[sobrevive]] sendo ele o mais saudável e forte. Até os 10 meses de vida, são alimentados pelos pais e estão em fase de [[aprendizagem]] em relação a o que e onde comer, onde [[dormir]] e a se defenderem de predadores. Após este período, já sabem se alimentarem sozinhos mas ainda continuam seguindo os pais até por 18 meses onde entram para bandos jovens, deixando os pais livres para se reproduzirem novamente.<ref name=InstitutoAraraAzul /><ref name=Daminelli />


A arara-azul-grande foi registrada no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção e na [[Lista Vermelha da IUCN|Lista Vermelha]] da [[União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN). Em 2014, a UICN alterou seu status para [[vulnerável]] - que permanece até os dias de hoje - e houve a sua saída da Lista Vermelha do Brasil.<ref name=Rosa /> Também é listada no anexo um da [[Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Silvestres Ameaçadas de Extinção]] (CITES), no qual proíbe sua venda, onde tal espécie é tão popular para o [[comércio ilegal de aves]].<ref name="Scientific American" /><ref name=CITES /><ref name=INSTRUÇÃONORMATIVA01 /> A primeira estimativa adequada de sua população selvagem total foi publicada por Munn em 1987 como três mil indivíduos, com uma variação de {{fmtn|2500}} a cinco mil. Yamashita estimou a população mundial cativa total como igual ou um pouco mais do que em 1988.<ref name="Collar1992" /> Um blogueiro anônimo associado à ONG World Wildlife Fund afirmou em 2004 que cerca de 10 mil aves foram retiradas da natureza na década de 1980, das quais metade foi destinada ao mercado brasileiro, e que a população selvagem aumentou para {{fmtn|6500}}.<ref name="Birdlife" /><ref name=WWF3 />
== Variação do grau de ameaça ==
Na década de 80, levantamentos realizados apontaram uma [[Diminuição do tamanho|diminuição]] [[População|populacional]] estimada em 2500 indivíduos. Tal diminuição tinha/tem como fatores principais o [[tráfico de animais silvestres]] e a perda do [[habitat]] natural. A espécie foi registrada no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção e na [[Lista Vermelha da IUCN]] ([[União Internacional para a Conservação da Natureza|International Union for Conservation of Nature]], em português, União Internacional para Conservação da Natureza). Em 2014 a IUCN alterou seu status para [[vulnerável]] - que permanece até os dias de hoje - e houve a sua saída da Lista Vermelha do Brasil.<ref name=Rosa /> Também é listada no Apêndice 1 do CITES ([[Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Silvestres Ameaçadas de Extinção|Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção]]), no qual proíbe sua venda, onde tal espécie é tão popular para o [[comércio ilegal de aves]].<ref name=InstitutoAraraAzul /><ref name="Scientific American" />


Em 2018, devido à realização de esforços para [[Conservação da natureza|conservação]] da espécie –diminuindo a captura para fins como o [[Tráfico de animais|tráfico]] – a arara-azul-grande saiu da lista de espécies ameaçadas de [[extinção]] presente no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção 2018. No entanto, mesmo com sua saída da lista, e mesmo com aumento do números de indivíduos ainda está em situação preocupante devido à destruição de seu habitat natural, a baixa [[taxa de natalidade]] e -ainda presente- captura de ovos e filhotes destinados ao tráfico.<ref name=WWF /><ref name=LivroVermelho />
No Brasil, a arara-azul-grande consta como vulnerável na Lista de espécies de flora e fauna ameaçadas de extinção do Estado do [[Pará]] de 2007;<ref name="ExtinçãoZero" /><ref name=Aleixo /> criticamente em perigo na Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna do Estado de [[Minas Gerais]] de 2010;<ref name=ListaMinasGerais /> como em perigo na Lista Oficial das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção do Estado da [[Bahia]] de 2017.<ref name=ListaBahia /><ref name=SiBBr /> Em 2018, devido à realização de esforços para [[Conservação da natureza|conservação]] da espécie – diminuindo a captura para fins como o [[Tráfico de animais|tráfico]] – a arara-azul-grande saiu da lista de espécies ameaçadas de [[extinção]] presente no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do [[Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade]] (ICMBio).<ref name=LivroVermelho /> No entanto, mesmo com sua saída da lista, e mesmo com aumento do números de indivíduos ainda está em situação preocupante devido à [[destruição de habitat|destruição de seu habitat natural]], a baixa [[taxa de natalidade]] e -ainda presente- captura de ovos e filhotes destinados ao tráfico.<ref name=WWF2 /> A arara-azul-gigante é protegida por lei no Brasil e na Bolívia.<ref name="Birdlife" /> Vários estudos de longo prazo e iniciativas de conservação estão em andamento; o [[Projeto Arara Azul]] no estado brasileiro de [[Mato Grosso do Sul]] realizou importantes pesquisas anilhando pássaros individuais e criou vários ninhos artificiais para compensar o pequeno número de locais disponíveis na região.<ref name="WWF" /> O [[Zoológico de Minesota]] com a BioBrasil e o [[World Wildlife Fund]] estão envolvidos na conservação da arara-azul.<ref name="MB WWF" /><ref name=MnZoo />


{{referências|refs=
{{referências|refs=
Linha 114: Linha 143:
<ref name="animaldiversity.ummz.umich.edu">{{Citar web|sobrenome=Hagan|nome=Emily|ano=2004|título=''Anodorhynchus hyacinthinus''|acessodata=13 de maio de 2023|url=http://animaldiversity.ummz.umich.edu/site/accounts/information/Anodorhynchus_hyacinthinus.html|publicado=Animal Diversity Web (ADW) - Museu de Zoologia da Universidade de Michigão|arquivodata=19 de abril de 2023|arquivourl= http://web.archive.org/web/20230419141115/https://animaldiversity.org/site/accounts/information/Anodorhynchus_hyacinthinus.html}}</ref>
<ref name="animaldiversity.ummz.umich.edu">{{Citar web|sobrenome=Hagan|nome=Emily|ano=2004|título=''Anodorhynchus hyacinthinus''|acessodata=13 de maio de 2023|url=http://animaldiversity.ummz.umich.edu/site/accounts/information/Anodorhynchus_hyacinthinus.html|publicado=Animal Diversity Web (ADW) - Museu de Zoologia da Universidade de Michigão|arquivodata=19 de abril de 2023|arquivourl= http://web.archive.org/web/20230419141115/https://animaldiversity.org/site/accounts/information/Anodorhynchus_hyacinthinus.html}}</ref>


<ref name="Forshaw2006">{{citar livro|primeiro=Joseph M. |último=Forshaw |autorlink=Joseph Forshaw |título=Parrots of the World; an Identification Guide |others=Illustrated by [[Frank Knight (artista)|Frank Knight]] |página=95 |publicado=[[Princeton University Press]] |isbn=978-0-691-09251-5 |ano=2006 |url=https://archive.org/details/parrotsofworldid0000fors|local=Princeton}}</ref>
<ref name="Forshaw2006">{{citar livro|primeiro=Joseph M. |último=Forshaw |autorlink=Joseph Forshaw |título=Parrots of the World; an Identification Guide |others=Illustrated by [[Frank Knight (artista)|Frank Knight]] |página=95 |publicado=[[Princeton University Press]] |isbn=978-0-691-09251-5 |ano=2006 |url=https://archive.org/details/parrotsofworldid0000fors|local=Princeton}}</ref>


<ref name=Rosa>{{citar livro|ultimo=Rosa|primeiro=João Marcos|url=https://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/comunicacao/publicacoes/publicacoes-diversas/DCOM_livro_arara_azul_carajas.pdf|título=Arara azul Carajás|editora=Nitro, [[Universidade Estadual de São Paulo]] (Unesp), [[Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade]] (ICMBio), [[Projeto Arara Azul]], Vale|ano=2016|local=Belo Horizonte|páginas=15-17, 35-37|isbn=978-85-62658-08-2| arquivodata=19 de janeiro de 2022|arquivourl= http://web.archive.org/web/20220119121538/https://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/comunicacao/publicacoes/publicacoes-diversas/DCOM_livro_arara_azul_carajas.pdf}}</ref>
<ref name=Rosa>{{citar livro|ultimo=Rosa|primeiro=João Marcos|url=https://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/comunicacao/publicacoes/publicacoes-diversas/DCOM_livro_arara_azul_carajas.pdf|título=Arara azul Carajás|editora=Nitro, [[Universidade Estadual de São Paulo]] (Unesp), [[Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade]] (ICMBio), [[Projeto Arara Azul]], Vale|ano=2016|local=Belo Horizonte|páginas=15-17, 35-37|isbn=978-85-62658-08-2| arquivodata=19 de janeiro de 2022|arquivourl= http://web.archive.org/web/20220119121538/https://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/comunicacao/publicacoes/publicacoes-diversas/DCOM_livro_arara_azul_carajas.pdf}}</ref>
Linha 120: Linha 149:
<ref name=Biologonet>{{Citar web|url=https://www.biologianet.com/zoologia/arara-azul.htm|titulo=Arara-azul: características, habitat, alimentação| acessodata=13 de maio de 2023|arquivourl=http://web.archive.org/web/20230130171151/https://www.biologianet.com/zoologia/arara-azul.htm|arquivodata=30 de janeiro de 2023|website=Biologia Net|lingua=pt-br}}</ref>
<ref name=Biologonet>{{Citar web|url=https://www.biologianet.com/zoologia/arara-azul.htm|titulo=Arara-azul: características, habitat, alimentação| acessodata=13 de maio de 2023|arquivourl=http://web.archive.org/web/20230130171151/https://www.biologianet.com/zoologia/arara-azul.htm|arquivodata=30 de janeiro de 2023|website=Biologia Net|lingua=pt-br}}</ref>


<ref name=WWF>{{citar web|título=Arara-azul|acessadoem=13 de maio de 2023|publicado=[[World Wide Fund for Nature]] (WWF)|url= https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/areas_prioritarias/pantanal/nossas_solucoes_no_pantanal/protecao_de_especies_no_pantanal/arara_azul/|arquivourl=http://web.archive.org/web/20230511221042/https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/areas_prioritarias/pantanal/nossas_solucoes_no_pantanal/protecao_de_especies_no_pantanal/arara_azul/|arquivodata=11 de maio de 2023}}</ref>
<ref name=WWF2>{{citar web|título=Arara-azul|acessadoem=13 de maio de 2023|publicado=[[World Wide Fund for Nature]] (WWF)|url= https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/areas_prioritarias/pantanal/nossas_solucoes_no_pantanal/protecao_de_especies_no_pantanal/arara_azul/|arquivourl=http://web.archive.org/web/20230511221042/https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/areas_prioritarias/pantanal/nossas_solucoes_no_pantanal/protecao_de_especies_no_pantanal/arara_azul/|arquivodata=11 de maio de 2023}}</ref>


<ref name=Nature>{{Citar periódico|url=https://www.nature.com/articles/s41598-022-19677-5|título=Growth model analysis of wild hyacinth macaw (''Anodorhynchus hyacinthinus'') nestlings based on long-term monitoring in the Brazilian Pantanal |data=13 de setembro de 2022|acessodata=13 de maio de 2023 |periódico=Scientific Reports |número=1 |ultimo=Guedes |primeiro=Neiva Maria Robaldo |ultimo2=Toledo |primeiro2=Maria Cecília Barbosa |paginas=15382 |lingua=en |doi=10.1038/s41598-022-19677-5 |issn=2045-2322 |pmid=36100629 |ultimo3=Fontoura |primeiro3=Fernanda Mussi |ultimo4=da Silva |primeiro4=Grace Ferreira |ultimo5=Donatelli |primeiro5=Reginaldo José|arquivourl=http://web.archive.org/web/20230401183141/https://www.nature.com/articles/s41598-022-19677-5|arquivodata=1 de abril de 2023}}</ref>
<ref name=Nature>{{Citar periódico|url=https://www.nature.com/articles/s41598-022-19677-5|título=Growth model analysis of wild hyacinth macaw (''Anodorhynchus hyacinthinus'') nestlings based on long-term monitoring in the Brazilian Pantanal |data=13 de setembro de 2022|acessodata=13 de maio de 2023 |periódico=Scientific Reports |número=1 |ultimo=Guedes |primeiro=Neiva Maria Robaldo |ultimo2=Toledo |primeiro2=Maria Cecília Barbosa |paginas=15382 |lingua=en |doi=10.1038/s41598-022-19677-5 |issn=2045-2322 |pmid=36100629 |ultimo3=Fontoura |primeiro3=Fernanda Mussi |ultimo4=da Silva |primeiro4=Grace Ferreira |ultimo5=Donatelli |primeiro5=Reginaldo José|arquivourl=http://web.archive.org/web/20230401183141/https://www.nature.com/articles/s41598-022-19677-5|arquivodata=1 de abril de 2023}}</ref>
Linha 129: Linha 158:


<ref name="Scientific American">{{citar web|url=http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/arara-azul-grande_precisa_de_uma_companheira.html|título=Arara-azul-grande precisa de uma companheira|data=25 de julho de 2011|acessodata=15 de abril de 2023|publicado=[[Scientific American Brasil]]|citação=''Anodorhynchus hyacinthinus'' ainda são encontradas nas florestas em três áreas do Brasil e pequenas partes da Bolívia. São protegidas pelo Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora – CITES, que proíbe sua venda, embora essa espécie continue sendo popular no comércio ilegal de animais de estimação.}}</ref>
<ref name="Scientific American">{{citar web|url=http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/arara-azul-grande_precisa_de_uma_companheira.html|título=Arara-azul-grande precisa de uma companheira|data=25 de julho de 2011|acessodata=15 de abril de 2023|publicado=[[Scientific American Brasil]]|citação=''Anodorhynchus hyacinthinus'' ainda são encontradas nas florestas em três áreas do Brasil e pequenas partes da Bolívia. São protegidas pelo Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora – CITES, que proíbe sua venda, embora essa espécie continue sendo popular no comércio ilegal de animais de estimação.}}</ref>

<ref name="Pizo08">{{citar periódico|último1=Pizo|primeiro1=Marco A.|primeiro2=Camila I.|último2=Donatti|primeiro3=Neiva R.|último3=Guedes|primeiro4= Mauro|último4=Galetti|título=Conservation Puzzle: Endangered Hyacinth Macaw Depends on Its Nest Predator for Reproduction|periódico=Biological Conservation|volume=141|número=3|ano=2008|páginas=792–96 |url=http://web.me.com/galetti/Labic/Publications_files/Pizo_Donatti_Galetti_BiolConserv2008_Conservartion%20puzzle%20endangered%20macaw%20depends%20on%20its%20nest%20predator%20for%20reproduction.pdf |doi=10.1016/j.biocon.2007.12.023 |acessodata=23 de outubro de 2013}}</ref>

<ref name=Myfwc>{{citar web|url=http://myfwc.com/wildlifehabitats/nonnatives/birds/hyacinth-macaw/.|urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110601092019/http://myfwc.com/wildlifehabitats/nonnatives/birds/hyacinth-macaw/ |arquivodata=1 de junho de 2011 |título=Nonnatives - Hyacinth Macaw}}</ref>

<ref name="Birdlife">{{citar web|url=https://www.birdlife.org/datazone/speciesfactsheet.php?id=1543 |título=Hyacinth Macaw (''Anodorhynchus hyacinthinus''): BirdLife species factsheet |publicado=[[BirdLife International]] |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110622125312/https://www.birdlife.org/datazone/speciesfactsheet.php?id=1543 |acessodata=19 de setembro de 2013|arquivodata=22 de junho de 2011 }} – via [[ARKive]]</ref>

<ref name="Pinto2014">{{citar periódico|último1=Pinto-Ledezma |primeiro1=Jesús N. |último2=Sandoval |primeiro2=X. Vanessa |último3=Pérez |primeiro3=Valkiria N. |último4=Caballero |primeiro4=Thania J. |último5=Mano |primeiro5=Katherine |último6=Pinto Viveros |primeiro6=Marco A. |último7=Sosa |primeiro7=Ronald |data=setembro de 2014 |título=Desarrollo de un modelo espacial explícito de hábitat para la paraba jacinta (''Anodorhynchus hyacinthinus'') en el Pantanal boliviano (Santa Cruz, Bolivia) |títulotrad=A spatial explicit habitat model for the Hyacinth Macaw (''Anodorhynchus hyacintinus'') in the Bolivian Pantanal (Santa Cruz, Bolivia) |url=http://www.scielo.org.bo/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1605-25282014000200002 |língua=es|arquivourl=http://web.archive.org/web/20230419050440/http://www.scielo.org.bo/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1605-25282014000200002| arquivodata= 19 de abril de 2023|periódico=Ecología en Bolivia |volume=49 |número=2|acessodata=31 de outubro de 2021}}</ref>

<ref name="Pinto2011">{{citar periódico|último1=Pinto-Ledezma |primeiro1=Jesús N. |último2=Sosa |primeiro2=Ronald |último3=Paredes |primeiro3=Maya |último4=García |primeiro4=Ivan |último5=Villarroel Segarra |primeiro5=Daniel |último6=Muyucundo |primeiro6=Steven |último7=Rivero Mamani |primeiro7=Mary Laura |data=junho de 2011 |título=La Paraba Jacinta (''Anodorhynchus hyacinthinus''): Estado Poblacional y su Conservación en el Pantanal Boliviano |títulotrad=The Hyacinth Macaw (''Anodorhynchus hyacinthinus''): Population Status and its Conservation in Bolivian Pantanal |url=http://museonoelkempff.org/sitio/Informacion/KEMPFFIANA/Kempffiana7(1)/19_31_Pinto-Ledezma.pdf |língua=es |periódico=Kempffiana |volume=7 |número=1 |arquivourl=http://web.archive.org/web/20230419201138/https://museonoelkempff.org/sitio/Informacion/KEMPFFIANA/Kempffiana7(1)/19_31_Pinto-Ledezma.pdf| arquivodata=19 de abril de 2023| páginas=19–31 |acessodata=31 de outubro de 2021}}</ref>

<ref name="SERNAP">{{citar web|url=http://sernap.gob.bo/sanmatias/ |título=Área Natural de Manejo Integrado San Matías|data=2018 |língua=es |publicado= Serviço Nacional de Áreas Protegidas, Governo da Bolívia|arquivourl=http://web.archive.org/web/20230420021720/http://sernap.gob.bo/sanmatias/| arquivodata=20 de abril de 2023|acessodata=31 de outubro de 2021}}</ref>

<ref name="Franco2018">{{citar web|url=https://es.mongabay.com/2018/05/bolivia-paraba-azul-ave/ |título=Paraba azul: ¿podrá salvarse la población de esta ave emblemática de Bolivia?|último=Franco Berton|primeiro=Eduardo|data=16 de maio de 2018|website=[[Mongabay]] Latam|língua=es|publicado=Environmental News|arquivourl=http://web.archive.org/web/20230420021713/https://es.mongabay.com/2018/05/bolivia-paraba-azul-ave/|arquivodata=20 de abril de 2023| acessodata=31 de outubro de 2021}}</ref>

<ref name="Collar1992">{{citar livro|último1=Collar |primeiro1=N. J.|último2=Gonzaga |primeiro2=L. P.|último3=Krabbe |primeiro3=N. |último4=Madroño Nieto |primeiro4=A. |último5=Naranjo |primeiro5=L. G. |último6=Parker |primeiro6=T. A., III |último7=Wege |primeiro7=D. C. |data=1992 |título=Threatened Birds of the Americas|capítulo=Hyacinth Macaw ''Anodorhynchus hyacinthinus'' |capítulourl=http://datazone.birdlife.org/userfiles/file/Species/AmRDBPDFs/Anodorhynchus_hyacinthinus_eng.pdf |local=Washington DC |publicado=Smithsonian Institution Press|arquivourl=http://web.archive.org/web/20230415180317/http://datazone.birdlife.org/userfiles/file/Species/AmRDBPDFs/Anodorhynchus_hyacinthinus_eng.pdf|arquivodata=15 de abril de 2023|páginas=1–9}}</ref>

<ref name=Imponderables>{{citar web|url=http://www.imponderables.com/archives/000214.php |título=Imponderables: Macadamia Nuts|data=14 de abril de 2005| arquivourl=http://web.archive.org/web/20230415180318/http://www.imponderables.com/archives/000214.php|arquivodata=15 de abril de 2023|acessodata=14 de maio de 2023}}</ref>

<ref name=Bluemacaws>{{citar web|url=https://www.bluemacaws.org/en-gb/articles/the-hyacinth-macaw |título=The Hyacinth Macaw|arquivodata=15 de abril de 2023|arquivourl=http://web.archive.org/web/20230415180319/https://www.bluemacaws.org/en-gb/articles/the-hyacinth-macaw|acessodata=14 de maio de 2023}}</ref>

<ref name="DarwinApp">{{citar periódico|autor=Darwin, Charles |ano=1863 |título=An Appreciation: The Naturalist on the River Amazons by Henry Walter Bates |periódico=Natural History Review |volume=iii |url=http://www.lepidopterology.com/almanac/display.php?q=bates-amazon |acessodata=27 de março de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110607200303/http://www.lepidopterology.com/almanac/display.php?q=bates-amazon |arquivodata=7 de junho de 2011 |urlmorta= sim}}</ref>

<ref name=Bates>{{citar livro|último=Bates |primeiro=Henry Walter |autorlink=Henry Walter Bates |ano=1863 |título=The naturalist on the River Amazons |volume=1 |publicado=John Murray |local=Londres |página=133 |url=https://www.biodiversitylibrary.org/page/18557093}}</ref>

<ref name=NationalGeographic>{{citar web|título=Macaw ''Psittacidae''|url=http://animals.nationalgeographic.com/animals/birds/macaw/ |publicado=National Geographic|arquivourl=http://web.archive.org/web/20230422210950/https://www.nationalgeographic.com/animals/birds/facts/macaws|arquivodata=22 de abril de 2022|acessodata=24 de outubro de 2013 |data=11 de novembro de 2010}}</ref>

<ref name="WWF">{{citar web|título=Hyacinth Macaw| url=http://www.wwf.org.br/english/informa/sitearara_arara.htm|urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20021104224234/http://www.wwf.org.br/english/informa/sitearara_arara.htm |arquivodata=2002-11-04 |acessodata=19 de setembro de 2013|publicado=[[World Wide Fund for Nature]] (WWF)}}</ref>

<ref name=PBS>{{citar web|título=The Real Macaw Endangered Tropical Jewels |url=https://www.pbs.org/wnet/nature/episodes/the-real-macaw/endangered-tropical-jewels/2734/ |publicado=Public Broadcasting Service |data=26 de fevereiro de 2004 |acessodata=23 de dezembro de 2014|arquivodata=23 de abril de 2023|arquivourl=http://web.archive.org/web/20230423054439/https://www.pbs.org/wnet/nature/the-real-macaw-endangered-tropical-jewels/2734/}}</ref>

<ref name=Kuniy>{{citar periódico|último=Kuniy |primeiro=A. A.|título=Handling technique to increase the hyacinth macaw population (''Anodorhynchus hyacinthinus'') (Lalham, 1720) – Report of an experience in Pantanal, Brazil |pmid=16710531 |doi=10.1590/S1519-69842006000200021 |periódico=Brazilian Journal of Biology|url=https://www.scielo.br/j/bjb/a/68J3hKHBSjHKDzQbVRnPr8S/?lang=en|acessodata=14 de maio de 2023|volume=66 |número=1B |ano=2006 |páginas=381–82 |doi-access=free|arquivourl=http://web.archive.org/web/20220803144953/https://www.scielo.br/j/bjb/a/68J3hKHBSjHKDzQbVRnPr8S/?lang=en| arquivodata=3 de agosto de 2022}}</ref>

<ref name="MB WWF">{{citar web|primeiro=Meindert |último=Brouwer|título=The hyacinth macaw makes a comeback |publicado=[[World Wide Fund for Nature]] (WWF)|url=http://wwf.panda.org/what_we_do/how_we_work/conservation/species_programme/species_news/species_news_archive.cfm?12641/The-hyacinth-macaw-makes-a-comeback |acessodata=20 de julho de 2011 |data=21 de abril de 2004}}</ref>

<ref name=Borsari>{{citar periódico|doi=10.1007/s10071-004-0221-3 |pmid=15248094 |título=Preliminary observations of tool use in captive hyacinth macaws (''Anodorhynchus hyacinthinus'') |periódico=Animal Cognition |volume=8 |número=1 |páginas=48–52 |ano=2004 |último1=Borsari |primeiro1=Andressa |último2=Ottoni |primeiro2=Eduardo B. |url=https://www.researchgate.net/publication/8461381_Preliminary_observations_of_tool_use_in_captive_hyacinth_macaws_Anodorhynchus_hyacinthinus|s2cid=200601}}</ref>

<ref name="Allgayer2009">{{citar periódico|autor=Allgayer, M. C. |autor2=Guedes, N. M. R. |autor3=Chiminazzo, C. |autor4=Cziulik, M. |autor5=Weimer, T. A. |ano=2009 |título=Clinical Pathology and Parasitologic Evaluation of Free Living Nestlings of the Hyacinth Macaw (''Anodorhynchus hyacinthinus'') |periódico=Journal of Wildlife Diseases |volume=45 |número=4 |páginas=972–81 |pmid=19901373 |doi=10.7589/0090-3558-45.4.972 |doi-access=free|url= https://www.researchgate.net/publication/38078203_Clinical_pathology_and_parasitologic_evaluation_of_free-living_nestlings_of_the_Hyacinth_Macaw_Anodorhynchus_hyacinthinus}}</ref>

<ref name=Lennox>{{citar livro|último=Lennox |primeiro=Angela M.|ultimo2=Harrison|primeiro2=Greg J.|páginas=35|título=Clinical Avian Medicine|volume=1| capítulourl=http://old.trustedpartner.com/docs/library/000087/02companion.pdf|capítulo=The companion bird|editor1=Harrison, G. J.|editor2=Lightfoot, T. L.|ano=2006|local=Palm Beach, Flórida| editora=Spix Publishing|acessodata= 14 de maio de 2023|arquivodata=28 de dezembro de 2014|arquivourl= http://web.archive.org/web/20141228111530/http://old.trustedpartner.com/docs/library/000087/02companion.pdf}}</ref>

<ref name="Kalhagen">{{citar web|último=Kalhagen |primeiro=Alyson |título=Hyacinth Macaws <nowiki>|url=http://birds.about.com/od/breedsofbirds/p/hyacinths.htm |obra=Pet Birds |publicado=About.com |acessodata=28 de outubro de 2013 |arquivodata=29 de outubro de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20131029191920/http://birds.about.com/od/breedsofbirds/p/hyacinths.htm |</nowiki>|urlmorta= sim}}</ref>

<ref name="mongabay2008">{{Citar web|url=http://news.mongabay.com/2008/0313-hance_macaws.html|título=Predator of the world's largest macaw key to its survival|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090604144418/http://news.mongabay.com/2008/0313-hance_macaws.html|arquivodata=4 de junho de 2009| publicado=Mongabay|data=13 de março de 2008}}</ref>

<ref name=WWF3>{{citar web|url=https://wwf.panda.org/wwf_news/?12641/The-hyacinth-macaw-makes-a-comeback |título=The hyacinth macaw makes a comeback| data=21 de abril de 2004|arquivourl=http://web.archive.org/web/20230415180318/https://wwf.panda.org/wwf_news/?12641/The-hyacinth-macaw-makes-a-comeback| arquivodata=15 de abril de 2023|publicado=[[World Wildlife Fund]] (WWF) |acessodata=22 de outubro de 2021}}</ref>

<ref name=MnZoo>{{citar web|url=http://www.mnzoo.com/conservation/conservation_world_hyMacaw.asp |título= BioBrasil and the Minnesota Zoo working to save Hyacinth Macaws |publicado=Minnesota Zoo |acessodata=19 de setembro de 2013}}</ref>

<ref name=ListaMinasGerais>{{Citar web|título=Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna do Estado de Minas Gerais|data=30 de abril de 2010|publicado=Conselho Estadual de Política Ambiental - COPAM| acessodata=2 de abril de 2022|url=http://www.ief.mg.gov.br/images/stories/biodiversidade/deliberao_normativa_copam_n147.pdf|arquivodata= 21 de janeiro de 2022|arquivourl=http://web.archive.org/web/20220121130245/http://www.ief.mg.gov.br/images/stories/biodiversidade/deliberao_normativa_copam_n147.pdf}}</ref>

<ref name=ListaBahia>{{citar web|url=https://www.bahianoticias.com.br/fotos/principal_noticias/211071/mg/especies%20extincao%20bahia4.pdf|titulo=Lista Oficial das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção do Estado da Bahia.|data=agosto de 2017|acessodata=1 de maio de 2022|publicado=Secretaria do Meio Ambiente|arquivodata=2 de abril de 2022|arquivourl=http://web.archive.org/web/20220502041100/https://www.bahianoticias.com.br/fotos/principal_noticias/211071/mg/especies%20extincao%20bahia4.pdf}}</ref>

<ref name=ExtinçãoZero>{{Citar livro|título=Extinção Zero. Está é a nossa meta|ano=2007|local=Belém|editora=Conservação Internacional - Brasil; Museu Paraense Emílio Goeldi; Secretaria do Estado de Meio Ambiente, Governo do Estado do Pará|url=https://www.conservation.org/docs/default-source/brasil/EncarteListadeExtincaoPara.pdf|acessodata=2 de maio de 2022|arquivourl=http://web.archive.org/web/20220120102428/https://www.conservation.org/docs/default-source/brasil/EncarteListadeExtincaoPara.pdf|arquivodata=2 de maio de 2022}}</ref>

<ref name=Aleixo>{{Citar livro|sobrenome=Aleixo|nome=Alexandre|ano=2006|título=Oficina de Trabalho "Discussão e Elaboração da Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção do Estado do Pará|editora=Museu Paraense Emílio Goeldi; Conservação Internacional; Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (SECTAM)|url=https://www.semas.pa.gov.br/download/RELAT%C3%93RIO%20T%C3%89CNICO%20SOBRE%20AS%20ESP%C3%89CIES%20AMEA%C3%87ADAS%20DO%20PAR%C3%81.pdf|acessodata=5 de maio de 2023|arquivourl=http://web.archive.org/web/20220619130425/https://www.semas.pa.gov.br/download/RELAT%C3%93RIO%20T%C3%89CNICO%20SOBRE%20AS%20ESP%C3%89CIES%20AMEA%C3%87ADAS%20DO%20PAR%C3%81.pdf|local=Belém|arquivodata=19 de junho de 2022}}</ref>


<ref name=LivroVermelho>{{Citar web|url=https://www.gov.br/icmbio/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-diversas/livro_vermelho_2018_vol1.pdf|título=Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção|acessodata=3 de maio de 2022|ano=2018|arquivodata=3 de maio de 2018|arquivourl=http://web.archive.org/web/20220204045845/https://www.gov.br/icmbio/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-diversas/livro_vermelho_2018_vol1.pdf|local=Brasília|editora=[[Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade]] (ICMBio), [[Ministério do Meio Ambiente (Brasil)|Ministério do Meio Ambiente]]}}</ref>
<ref name=LivroVermelho>{{Citar web|url=https://www.gov.br/icmbio/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-diversas/livro_vermelho_2018_vol1.pdf|título=Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção|acessodata=3 de maio de 2022|ano=2018|arquivodata=3 de maio de 2018|arquivourl=http://web.archive.org/web/20220204045845/https://www.gov.br/icmbio/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-diversas/livro_vermelho_2018_vol1.pdf|local=Brasília|editora=[[Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade]] (ICMBio), [[Ministério do Meio Ambiente (Brasil)|Ministério do Meio Ambiente]]}}</ref>

<ref name=SiBBr>{{Citar web|url=https://ala-bie.sibbr.gov.br/ala-bie/species/175052|título=''Anodorhynchus hyacinthinus'' (Latham, 1862)|publicado =Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr)|acessodata=14 de maio de 2023}}</ref>


}}
}}


== Bibliografia ==
== Ligações externas ==


* {{Citar web|titulo=Mudança climática ameaça arara-azul do Panatanal|url=http://revistaquestaodeciencia.com.br/questao-de-fato/2020/03/10/mudanca-climatica-ameaca-arara-azul-do-panatanal|data=10-03-2020|acessodata=|publicado=[[Instituto Questão de Ciência|Revista Questão de Ciência]]|ultimo=Silveira|primeiro=Evanildo da|wayb=20200318003108}}
* {{Citar periódico|titulo=Mudança climática ameaça arara-azul do Panatanal|url=http://revistaquestaodeciencia.com.br/questao-de-fato/2020/03/10/mudanca-climatica-ameaca-arara-azul-do-panatanal|data=10 de março de 2020|jornal=Revista Questão de Ciência|publicado=Instituto Questão de Ciência|ultimo=Silveira |primeiro=Evanildo da|arquivourl=http://web.archive.org/web/20210930190322/http://revistaquestaodeciencia.com.br/questao-de-fato/2020/03/10/mudanca-climatica-ameaca-arara-azul-do-panatanal|arquivodata=30 de setembro de 2021}}


{{Correlatos
{{Correlatos
Linha 148: Linha 235:
{{Controle de autoridade}}
{{Controle de autoridade}}


[[Categoria:Araras (aves)]]
[[Categoria:Anodorhynchus]]
[[Categoria:Anodorhynchus]]
[[Categoria:Aves descritas em 1790]]
[[Categoria:Aves descritas em 1790]]
Linha 154: Linha 240:
[[Categoria:Aves da Bolívia]]
[[Categoria:Aves da Bolívia]]
[[Categoria:Aves do Pantanal]]
[[Categoria:Aves do Pantanal]]
[[Categoria:Fauna da Amazônia]]
[[Categoria:Fauna do Cerrado]]
[[Categoria:Aves do Maranhão]]
[[Categoria:Aves do Piauí]]
[[Categoria:Aves da Bahia]]
[[Categoria:Aves do Tocantins]]
[[Categoria:Aves de Goiás]]
[[Categoria:Aves de Mato Grosso]]
[[Categoria:Aves de Mato Grosso do Sul]]
[[Categoria:Aves de Minas Gerais]]
[[Categoria:Aves do Amazonas]]
[[Categoria:Aves do Pará]]
[[Categoria:Espécies no anexo I da CITES]]
[[Categoria:Espécies no anexo I da CITES]]
[[Categoria:Espécies citadas na Lista Oficial das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção do Estado da Bahia]]
[[Categoria:Espécies citadas na lista Extinção Zero do Estado do Pará]]
[[Categoria:Espécies citadas na Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna do Estado de Minas Gerais]]
[[Categoria:Espécies citadas na Instrução Normativa MMA N.º 05]]
[[Categoria:Espécies citadas na Instrução Normativa MMA N.º 05]]
[[Categoria:!Wikiconcurso Wiki Loves Pará (artigos)]]
[[Categoria:!Wikiconcurso Wiki Loves Pará (artigos)]]

Revisão das 04h58min de 14 de maio de 2023

Como ler uma infocaixa de taxonomiaArara-azul-grande
Espécime avistado no Pantanal
Espécime avistado no Pantanal
Casal de araras-azuis no Pantanal
Casal de araras-azuis no Pantanal
Estado de conservação
Espécie vulnerável
Vulnerável (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Classe: Aves
Ordem: Psittaciformes
Família: Psittacidae
Tribo: Arini
Género: Anodorhynchus
Espécie: A. hyacinthinus
Nome binomial
Anodorhynchus hyacinthinus
(Latham, 1790)
Distribuição geográfica
Distribuição da arara-azul-grande na América do Sul. Embora presente na Bolívia e Paraguai, é predominante no Brasil nos biomas Amazônia, Cerrado e Pantanal.
Distribuição da arara-azul-grande na América do Sul. Embora presente na Bolívia e Paraguai, é predominante no Brasil nos biomas Amazônia, Cerrado e Pantanal.
Sinónimos
Psittacus hyacinthinus (Latham, 1790) (basinômio)

A arara-azul-grande[2][3] (nome científico: Anodorhynchus hyacinthinus), também conhecida popularmente como arara-preta, araraúna, arara-hiacinta, arara-jacinto, araruna ou somente arara-azul,[4] é a maior espécie de arara (tribo dos arinos, Arini) da família dos psitacídeos (Psittacidae)[5] se comparado às outras três espécies de araras-azuis tipicamente sul-americanas — a arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari), a arara-azul-pequena (Anodorhynchus glaucus) e a ararinha-azul (Cyanopsitta spixiii).[6][4] É nativa do centro e leste da América do Sul, onde ocorre na Bolívia, no Paraguai e no Brasil nas biomas Amazônia, Cerrado e Pantanal.[4]

Com comprimento (do topo da cabeça até a ponta da longa cauda pontiaguda) de cerca de um metro, é mais comprida que qualquer outra espécie de arara, e pode pesar até dois quilos. Embora geralmente seja facilmente reconhecida, pode ser confundida com a arara-azul-de-lear. Apresenta plumagem azul cobalto com pele nua amarela em torno dos olhos e fita da mesma cor na base da mandíbula. Seu bico parece maior que o próprio crânio. Devido à essas características, são alvo do tráfico, onde são exportadas para diversos países e acabam integradas a zoológicos, parques de diversão ou até mesmo coleções particulares de aves.[6]

Sua alimentação, enquanto viver livremente, consiste basicamente dos frutos das palmeiras disponíveis no local, sendo principalmente da castanha do urucuri (Attalea phalerata) e do coco-de-espinho (Acrocomia aculeata). Costumam viver em bando, sendo consideradas aves sociais. São consideradas animais monogâmicos, devido a viverem com um mesmo parceiro durante toda a sua vida, sendo fiéis aos locais de alimentação e reprodução — utilizam este último várias vezes. O casal divide todas as tarefas em relação aos cuidados com os ninhos e os filhotes, só se separando após a morte de um dos indivíduos, onde não costumam se juntar a um novo parceiro e continuar a se reproduzir.

Já foi considerada espécie ameaçada, tal como a arara-azul-de-lear e a arara-azul-pequena, mas em 2014 foi retirada da lista brasileira de animais em extinção.[1][7] No entanto, de acordo com a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN), é considerada uma espécie vulnerável.[5] A perda de habitat e a captura de aves selvagens para o comércio de animais de estimação têm causado grande impacto em sua população na natureza.[1] Foi listada no anexo I da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Silvestres Ameaçadas de Extinção (CITES).

Etimologia

O vernáculo arara é oriundo do tupi a'rara e serve de designação comum às aves da tribo dos arinos (Arini), da família dos psitacídeos (Psittacidae).[8] Antônio Geraldo da Silva, em seu Dicionário Histórico das Palavras Portuguesas de Origem Tupi (DHPT), parafraseou a explicação de José de Alencar sobre o tema, segunda a qual o termo originalmente era escrito ará para designar periquitos, mas os indígenas comumente repetiam a última sílaba para designar um aumentativo, em especial para se referirem à espécie maior do gênero.[9] O termo foi registrado em 1576 como aráras e em cerca de 1584 como arara.[8] Jacinto é uma referência à flor homônima do gênero Hyacinthus, também de coloração azul.[10] Araraúna e araruna é uma junção de a'rara com o pospositivo tupi -una, "preto" ou "negro", que geralmente é reduzido como -um ou -u. O pospositivo ocorre a partir do século XVI e é utilizado na construção de vários termos de uso popular.[11] Araraúna ocorre em cerca de 1584,[12] enquanto araruna ocorre em cerca de 1584 como ararúna, em cerca de 1594 como arauna e em cerca de 1631 como araruna.[13] O nome genérico Anodorhynchus vem do grego antigo anodōn, "sem dentes", e rhunkhos, "bico", e faz referência ao bico sem dentes de maxila sem entalhe. O epíteto específico hyacinthinus (lit. "jacintino(a)") deriva do grego antigo huakinthos e alude ao jacinto devido à cor azul predominante da espécie.[14][4]

Taxonomia

Vista de perto da cabeça, permitindo a visualização de seu típico bico curvado

O médico, ornitólogo e artista inglês John Latham descreveu pela primeira vez a arara-azul-grande em 1790 sob o nome binomial Psittacus hyacinthinus.[15] Tony Pittman em 2000 levantou a hipótese de que, embora a ilustração neste trabalho pareça ser de uma arara-azul-grande real, a descrição de Latham do comprimento da ave pode significar que mediu um espécime de arara-azul-de-lear.[16] No entanto, a descrição de Latham foi baseada num espécime taxidérmico, que era o único que Latham sabia existir até 1822. Foi preparado a partir de um animal vivo originalmente pertencente a Lord Orford e dado ao agente de terras Parkinson para exibição na Coleção Leveriana depois que morreu.[17][18]

No entanto, Latham menciona outro pássaro, que ele chama de 'arara-azul', supostamente do mesmo tamanho.[17][18] Esta arara-azul já havia sido descrita no volume de Latham de 1781 de seu A general synopsis of birds como meramente uma variedade da arara-canindé (Ara ararauna),[19] e foi anteriormente figurada na obra de Mathurin Jacques Brisson (1760),[20] Patrick Browne (1756)[21] e Eleazar Albin (1738)[22] como uma arara encontrada na Jamaica.[19] Albin, Browne e Brisson fazem referência a autores ainda mais antigos e afirmam que a ave também ocorre no continente,[20][21] e Albin afirma que esta ave é a versão feminina da araracanga (Ara macao).[22] Latham menciona que a proveniência dos psitacídeos em geral era muitas vezes confundida pelo fato de que as aves eram muito comercializadas em todo o mundo para fins de venda.[19]

Descrição

A arara-azul-grande é uma ave de grande porte, podendo chegar a um metro de comprimento (três pés e três polegadas) — medindo da ponta do bico à ponta da cauda — e 1,20 metro de envergadura, sendo mundialmente a maior espécie da família dos psitacídeos. Seu peso varia de 1,7 quilo quando filhote (três libras e 12 onças) a 1,3 (duas libras e dez onças) quilo quando adulto.[23][24] Cada asa tem 38,8–42,5 centímetros (15+1⁄4–16+3⁄4 polegadas) de comprimento.[23] Possui predominância do azul cobalto em suas penas, em degradê da cabeça à cauda, sendo a parte debaixo das asas e sua cauda longa em preto. Além disso, apresenta amarelo intenso nas pálpebras, ao redor dos olhos e na pele em torno da mandíbula. Seu potente bico é preto, grande e curvado e a sua língua apresenta cor preta com faixa amarela nas laterais.[4][25] As espécies da ordem da qual as araras-azuis-grandes pertencem são caracterizadas pelo bico curvado para baixo, crânio arredondado, mandíbula larga, pés com dois dedos para frente e dois dedos para trás e, principalmente, plumagem com cores intensas.[26]

Habitat e distribuição geográfica

A arara-azul-grande ocorre hoje em três áreas principais na América do Sul: na região do Pantanal do Brasil, e adjacente ao leste da Bolívia e nordeste do Paraguai, nas regiões de Cerrado do interior leste do Brasil (Maranhão, Piauí, Bahia, Tocantins, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais), e nas áreas relativamente abertas associadas ao rio Tocantins, rio Xingu, rio Tapajós e a ilha de Marajó no leste da Bacia Amazônica (Amazonas e Pará). Populações menores e fragmentadas podem ocorrer em outras áreas.[4][25][27] A arara-azul-grande escapou ou foi deliberadamente solta na Flórida, nos Estados Unidos, mas não há evidências de que a população esteja se reproduzindo e só pode persistir devido a solturas ou fugas contínuas.[28]

Espécime no Disney's Animal Kingdom, na Flórida

Nas últimas décadas, a variedade conhecida na Bolívia aumentou. É bem conhecido do extremo sudeste do país perto da fronteira trinacional com Brasil e Paraguai, onde é considerado símbolo emblemático da região,[29] e os moradores costumam alimentar as araras com milho, como galinhas (Gallus gallus domesticus).[30] No início da década de 1990, tornou-se evidente que a espécie também ocorria na remota área do Parque Nacional Noel Kempff Mercado, algumas centenas de quilômetros ao norte.[31] Acredita-se que a maior parte da população boliviana esteja na Área de Manejo Integrado San Matías, uma área com extenso pantanal.[30] Os censos realizados em 2008, 2009, 2011[32] e 2014,[33] revelaram números populacionais estáveis: respectivamente 231, 107, 134,[32] e 166.[33] A contagem de pássaros num terreno tão pantanoso e difícil de navegar é inerentemente inadequada. Os censos foram realizados visitando locais com avistamentos anteriores relatados, porém, nem sempre foi possível visitar todos os locais, a cobertura variou. Assim, em 2011, a população estimada anteriormente de cerca de 300 aves nesta área foi considerada bastante precisa.[32] Um estudo de 2014 que correlacionou os avistamentos com o habitat e extrapolou isso para uma área maior descobriu que as aves ocorrem na parte norte da Área Natural, e uma população semelhante provavelmente também ocorre numa área de tamanho igual ao norte desta, fora da Área Natural.[33] Em um artigo da Mongabay Latam de 2018, os guardas florestais relatam que há evidências anedóticas de que a população estava aumentando e se espalhando, à medida que mais avistamentos eram relatados pelos habitantes locais e a ave foi confirmada pela primeira vez em vários municípios adjacentes.[30]

Prefere habitats semiabertos, um tanto arborizados. Geralmente evita florestas densas e úmidas e, em regiões dominadas por esses habitats, geralmente fica restrita à borda ou seções relativamente abertas (por exemplo, ao longo dos principais rios). Em diferentes áreas de sua distribuição, essas araras são encontradas em campos de cerrado, em florestas secas de espinhos conhecidas como caatinga e em palmeirais ou pântanos,[27] particularmente o buriti (Mauritia flexuosa).[23] Um estudo boliviano de 2014 na Área Natural de Manejo Integrado de San Matías, que correlacionou os avistamentos ao habitat, descobriu que áreas incluindo savanas inundadas sazonalmente, zonas úmidas e habitats de áreas antropogênicas intercaladas com um mosaico de savanas eram os melhores indicadores à presença das araras. O habitat preferido de longe foi o antrópico, que são principalmente fazendas de gado praticando pastagem extensiva nesta área. Os autores, no entanto, não ficaram muito impressionados com esses resultados e alertaram que a metodologia pode ser falha.[33] Na região da Amazônia (menor grupo), são encontradas nas bordas da floresta tropical úmida, floresta de galeria e matas secas em locais de várzea ricas em palmeiras, em áreas abertas e ao longo de rios. No Brasil Central, são encontradas em áreas abertas a pastagem, nas veredas, associadas aos buritizais, no Cerrado, em áreas com secas temporárias, em chapadas e planaltos e nos vales dos paredões rochosos. Nesta região, seus ninhos encontram-se em ocos de palmeiras, árvores grandes com a copa em forma de guarda-chuva e/ou em falhas de paredões rochosos. Na região do Pantanal (maior grupo), são encontradas em áreas abertas e nas matas que possuem palmeiras ou acurizais, enquanto seus ninhos localizam-se tanto na borda ou interior de cordilheiras e capões quanto em áreas abertas para o pasto.[4][25][26]

Ecologia

Espécime no Zoológico de La Palmyre, França
Araras-azuis-grandes em seu habitat natural, no Pantanal

As araras costumam viver em grupos e constituem famílias, sendo consideradas aves sociais. Possuem certa fidelidade aos locais de alimentação e reprodução. Quando a formação do casal é estabelecida, é baseada na fidelidade até a morte de um dos dois, sendo que podem viver por aproximadamente 50 anos. Praticam o cuidado parental não só com os seus, mas com todos os filhotes do grupo — dividindo os cuidados, não abandonando seus ovos e sendo abertos a adoção de filhotes.[5][7] Os jovens e os casais que ainda não possuem filhotes costumam se reunir em ambientes denominados dormitórios, que servem como proteção e como um ambiente de troca de informações. Estão entre as aves mais inteligentes, curiosas e carismáticas do grupo. São observadas voando na natureza, andando pelo chão, penduradas nos cachos de frutos das palmeiras ou em pousadas em galhos, executando preening — ato de um indivíduo coçar ou limpar as penas do outro — e brincando uns com os outros ou com galhos, flores e folhas. Devido aos processos de migrações em busca de alimentos, são consideradas importantes dispersoras de sementes, espalhando os frutos para longe da planta-mãe. As araras-azuis são consideradas escavadores secundários por aproveitarem as cavidades já abertas por outros seres, como o pica-pau, para formarem seus ninhos, aumentando este espaço e forrando-o com serragem. Por isso, também são dadas como engenheiras ambientais, devido a construírem estes locais que serão utilizados na reprodução e depois serão utilizados por outros indivíduos.[4][25][26]

Dieta

A maior parte da dieta da arara-azul-grande é especializada - que varia da disponibilidade de recursos da região em que se encontra -, mas de maneira geral, é baseada em sementes de palmeiras, que conseguem quebrar com facilidade devido ao bico. Seus bicos fortes são capazes até de quebrar cocos (Cocos nucifera), grandes vagens de castanha-do-brasil (Bertholletia excelsa) e nozes de macadâmia. Também possuem línguas secas e lisas com um osso dentro delas que as torna ferramenta eficaz para bater em frutas.[34] A noz de acuri é tão dura que as araras-azuis-grandes não podem se alimentar dela até que tenha passado pelo sistema digestivo do gado.[35] Além disso, comem frutas e outras matérias vegetais, como néctar. Além disso, viajam em busca dos alimentos mais maduros por vasta área.[36]

Por viverem em grupos, também costumam comer em grupos como forma de proteção, sendo que sempre há um indivíduo de “vigia”, que há qualquer movimento ou barulho diferente, com seu grito faz com que todos saiam voando. No Pantanal, alimenta-se principalmente da castanha-do-acuri (Attalea phalerata), do coco-de-espinho (Acrocomia aculeata), macaúba-barriguda (Acrocomia intumescen) e do urucuri (Attalea phalerata).[4][25][26] Esse comportamento foi registrado pelo naturalista inglês Henry Walter Bates em seu livro de 1863, The Naturalist on the River Amazons, onde escreveu que:

Voa aos pares, alimentando-se das nozes duras de várias palmeiras, mas principalmente da mucujá (Acrocomia lasiospatha). Essas nozes, que são tão duras que dificilmente podem ser quebradas com um martelo pesado, são esmagadas pelo poderoso bico dessa arara.[37]

Charles Darwin comentou sobre o relato de Bates sobre a espécie, chamando-a de "pássaro esplêndido" com seu "bico enorme" capaz de se alimentar dessas nozes de palmeira.[38] Em cativeiro, as nozes nativas do habitat natural da arara-azul-grande muitas vezes não estão prontamente disponíveis. Nessas circunstâncias, a noz de macadâmia (que é nativa da Austrália) é uma alternativa adequada, nutritiva e prontamente aceita.[39] Coincidentemente, é uma das únicas aves com força de mandíbula necessária para abrir a noz, o que requer 300 psi de pressão para quebrar a casca.[40] Na região do Pará, alimenta-se de inajá (Maximiliana regia), babaçu (Orbiguya martiana), tucumã (Astrocaryum sp) e gueroba (Syagrus oleracea). Nas regiões secas, alimenta-se de licuri (Syagrus coronata), catolé (Syagrus cearensis), piaçava (Attalea funifera), buriti (Mauritia vinifera), pidoba (Orbiguya eicherii) dentre outros.[4][25][26]

Uso de ferramentas

O uso limitado de ferramentas foi observado em araras-azuis-grandes selvagens e em cativeiro. Avistamentos relatados de uso de ferramentas em araras selvagens remontam a 1863. Exemplos de uso de ferramentas que foram observados geralmente envolvem folha mastigada ou pedaços de madeira. As araras geralmente incorporam esses itens ao se alimentar de nozes mais duras. Seu uso permite que as nozes que as araras comem permaneçam em posição (evitam escorregar) enquanto as roem. Não se sabe se isso é um comportamento social aprendido ou uma característica inata, mas a observação em araras em cativeiro mostra que as araras criadas à mão também exibem esse comportamento. As comparações mostram que as araras mais velhas foram capazes de abrir as sementes com mais eficiência.[41]

Reprodução

Fases de desenvolvimento dos filhotes: (A) filhote, 0–25 dias, as aves da foto têm 17 e 18 dias, respectivamente. O ganho de massa nessa fase é lento, (B) pintinho, 26–77 dias, as aves na foto têm 44 e 45 dias, respectivamente, (C) pintos, as aves na foto têm 61 e 62 dias, respectivamente. Crescimento geométrico até atingir o peso máximo, (D) juvenil, 78–107 dias, aves nas fotos com 104 e 105 dias, respectivamente. O peso é mantido até 90-95 dias, quando a perda de peso começa com as primeiras tentativas de voar.[42]

A arara-azul-grande atinge a maturidade aos três anos e aproximadamente aos sete anos inicia sua própria família. À reprodução, costumam escolher os ninhos com características padronizadas, como o tamanho e a forma, mas de forma predominante escolhem árvores com destaque no quesito vegetação possuindo cavidades mais acessíveis.[4][7] A nidificação ocorre entre julho e dezembro, com ninhos construídos em cavidades de árvores ou falésias, dependendo do habitat,[27] e os cuidados com o filhote pode ir até fevereiro do ano seguinte.[4][7] Na região do Pantanal, 90% dos ninhos são construídos no manduvi (Sterculia apetala). A arara-azul-grande depende do tucano-toco (Ramphastos toco) para seu sustento. O tucano-toco contribui com 83,3% da distribuição de sementes da manduvi que a arara necessita à reprodução. No entanto, o tucano-toco é responsável por dispersar 83% das sementes de manduvi, mas também consome 53% dos ovos predados.[27] Cavidades de tamanho suficiente são encontradas apenas em árvores com cerca de 60 anos de idade ou mais, e a competição é acirrada.[43] Os orifícios existentes são alargados e parcialmente preenchidos com lascas de madeira.[44]

Faz a postura de um a quatro ovos (outras fontes falam em dois ovos[35]), no qual, a fêmea cuida da incubação dos ovos - que dura cerca de 30 dias - e da proteção dos mesmos - devido a servirem de alimento para outros animais como os corvídeos (gaios e corvos[45][31]), gralha (Cyanocorax sp), o gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris), a irara (Eira barbara), o tucano-toco, o carcará (Caracara plancus), e o quati-de-cauda-anelada (Nasua nasua)-, e o macho fica responsável em alimentá-la.[4][7][35] Os jovens são parasitados por larvas de moscas do gênero Philornis.[46] Geralmente apenas um filhote sobrevive, já que o segundo ovo eclode vários dias após o primeiro, e o filhote menor não pode competir com o primogênito por comida. Uma possível explicação para esse comportamento é o que se chama de hipótese do seguro. A arara põe mais ovos do que pode ser normalmente emplumado para compensar os ovos anteriores que não eclodiram ou os filhotes primogênitos que não sobreviveram.[47] Após a eclosão do ovo, os filhotes nascem frágeis -sendo que, até os 45 dias de vida precisam de cuidados essenciais devido aos predadores, além de baratas e formigas-, e ficam cerca de três meses no ninho, sob o cuidado dos pais, até se aventurarem no primeiro voo.[46] Até os 10 meses de vida, são alimentados pelos pais e estão em fase de aprendizagem em relação a o que e onde comer, onde dormir e a se defenderem de predadores. Após este período, já sabem se alimentar sozinhos mas ainda continuam seguindo os pais até por 18 meses onde entram para bandos jovens, deixando os pais livres para se reproduzirem novamente.[4][7][35]

Traços gerais

As araras-azuis-grandes são os psitacídeos mais longos. Também são muito equilibradas e podem ser mais calmas do que outras araras, sendo conhecidas como "gigantes gentis".[48] Um veterinário assistente deve estar ciente das necessidades nutricionais específicas e sensibilidades farmacológicas ao lidar com elas. Possivelmente devido a fatores genéticos ou limitações de criação em cativeiro, esta espécie pode se tornar neurótica/fóbica, o que é problemático.[49]

Conservação e ameaças

A arara-azul-grande foi registrada no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção e na Lista Vermelha da [[União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN). Em 2014, a UICN alterou seu status para vulnerável - que permanece até os dias de hoje - e houve a sua saída da Lista Vermelha do Brasil.[25] Também é listada no anexo um da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Silvestres Ameaçadas de Extinção (CITES), no qual proíbe sua venda, onde tal espécie é tão popular para o comércio ilegal de aves.[50][51][52] A primeira estimativa adequada de sua população selvagem total foi publicada por Munn em 1987 como três mil indivíduos, com uma variação de 2 500 a cinco mil. Yamashita estimou a população mundial cativa total como igual ou um pouco mais do que em 1988.[31] Um blogueiro anônimo associado à ONG World Wildlife Fund afirmou em 2004 que cerca de 10 mil aves foram retiradas da natureza na década de 1980, das quais metade foi destinada ao mercado brasileiro, e que a população selvagem aumentou para 6 500.[27][53]

No Brasil, a arara-azul-grande consta como vulnerável na Lista de espécies de flora e fauna ameaçadas de extinção do Estado do Pará de 2007;[54][55] criticamente em perigo na Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna do Estado de Minas Gerais de 2010;[56] como em perigo na Lista Oficial das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção do Estado da Bahia de 2017.[57][58] Em 2018, devido à realização de esforços para conservação da espécie – diminuindo a captura para fins como o tráfico – a arara-azul-grande saiu da lista de espécies ameaçadas de extinção presente no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[59] No entanto, mesmo com sua saída da lista, e mesmo com aumento do números de indivíduos ainda está em situação preocupante devido à destruição de seu habitat natural, a baixa taxa de natalidade e -ainda presente- captura de ovos e filhotes destinados ao tráfico.[60] A arara-azul-gigante é protegida por lei no Brasil e na Bolívia.[27] Vários estudos de longo prazo e iniciativas de conservação estão em andamento; o Projeto Arara Azul no estado brasileiro de Mato Grosso do Sul realizou importantes pesquisas anilhando pássaros individuais e criou vários ninhos artificiais para compensar o pequeno número de locais disponíveis na região.[35] O Zoológico de Minesota com a BioBrasil e o World Wildlife Fund estão envolvidos na conservação da arara-azul.[44][61]

Referências

  1. a b c BirdLife International (2016). Anodorhynchus hyacinthinus (em inglês). IUCN 2016. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2016​: e.T22685516A93077457. doi:10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22685516A93077457.en Página visitada em 8 de outubro de 2019.
  2. Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. p. 184. ISSN 1830-7809. Consultado em 13 de janeiro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 23 de abril de 2022 
  3. Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), verbete arara-grande-azul
  4. a b c d e f g h i j k l m n «A arara-azul». Instituto Arara Azul. Consultado em 13 de maio de 2023. Cópia arquivada em 27 de novembro de 2023 
  5. a b c Silva, Grace (2015). «Aspectos da biologia reprodutiva da arara-azul Anodorhynchus hyacinthinus (latham, 1790) no mosaico Carajás/PA» (PDF). São Paulo: Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", Instituto de Biociências de Botucatu (2040400): 13, 17, 18. Consultado em 13 de maio de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 15 de dezembro de 2021 
  6. a b Fauna ameaçada de extinção (PDF). Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 2001. p. 12. ISBN 85-240-0853-9 
  7. a b c d e f Daminelli, Rebeca; Silva, Sandro (2010). Casos de Sucesso Na Educação Ambiental: Casos de 1 a 10. Curitiba: IESDE Brasil. p. 95, 98. ISBN 9788576387756 
  8. a b Grande Dicionário Houaiss, verbete arara.
  9. Silva, Antônio Geraldo da. Dicionário Histórico das Palavras Portuguesas de Origem Tupi. São Paulo: Melhoramentos 
  10. Ferreira, Alberto Buarque de Holanda (1986). Novo dicionário da língua portuguesa 2.ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. p. 155-156 
  11. Grande Dicionário Houaiss, verbete -una.
  12. Grande Dicionário Houaiss, verbete araraúna.
  13. Grande Dicionário Houaiss, verbete araruna.
  14. Jobling, James A. (2010). The Helm Dictionary of Scientific Bird Names. Londres: Christopher Helm. pp. 48, 196. ISBN 978-1-4081-2501-4 
  15. Latham, John (1790). Index Ornithologicus, Sive Systema Ornithologiae: Complectens Avium Divisionem in Classes, Ordines, Genera, Species, Ipsarumque Varietates (em latim). 1. Londres: Sumptibus authoris (prostant venales apud Leigh & Sotheby). p. 84. doi:10.5962/bhl.title.131313 
  16. Pittman, Tony (2000). «The Lear's Macaw». Parrots - Parrot Conservation - Breeding. The Parrot Society UK. Consultado em 13 de maio de 2023. Cópia arquivada em 19 de abril de 2023 
  17. a b Latham, John (1802). Supplement II to the General synopsis of birds. Londres: Leigh, Sotheby, & Son. p. 80 & 81. doi:10.5962/bhl.title.49008 
  18. a b Latham, John (1822). A general history of birds. II. Winchester: Printed by Jacob and Johnson, for the author. p. 109. doi:10.5962/bhl.title.62572 
  19. a b c Latham, John (1781). A general synopsis of birds. I–1. Londres: Benj. White. pp. 198, 204 & 205. doi:10.5962/bhl.title.49894 
  20. a b Brisson, Mathurin Jacques (1760). Ornithologia, sive Synopsis methodica sistens avium divisionem in ordines, sectiones, genera, species, ipsarumque varietates (em francês e latim). IV. Paris: Ad Ripam Augustinorum, apud Cl. Joannem-Baptistam Bauche, bibliopolam, ad Insigne S. Genovesae, & S. Joannis in Deserto. p. 192 & 193. doi:10.5962/bhl.title.51902 
  21. a b Browne, Patrick (1756). The civil and natural history of Jamaica: in three parts. Londres: Printed for the author, and sold by T. Osborne and J. Shipton. p. 472. doi:10.5962/bhl.title.10826 
  22. a b Albin, Eleazar (1738). Derham, William, ed. A natural history of birds: illustrated with a hundred and one copper plates, engraven from the life. III. Londres: Printed for the author and sold by William Innys. p. 10. doi:10.5962/bhl.title.62897 
  23. a b c Forshaw, Joseph M. (2006). Parrots of the World; an Identification Guide. Illustrated by Frank Knight. Princeton: Princeton University Press. p. 95. ISBN 978-0-691-09251-5 
  24. Hagan, Emily (2004). «Anodorhynchus hyacinthinus». Animal Diversity Web (ADW) - Museu de Zoologia da Universidade de Michigão. Consultado em 13 de maio de 2023. Cópia arquivada em 19 de abril de 2023 
  25. a b c d e f g Rosa, João Marcos (2016). Arara azul Carajás (PDF). Belo Horizonte: Nitro, Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Projeto Arara Azul, Vale. pp. 15–17, 35–37. ISBN 978-85-62658-08-2. Cópia arquivada (PDF) em 19 de janeiro de 2022 
  26. a b c d e «Arara-azul: características, habitat, alimentação». Biologia Net. Consultado em 13 de maio de 2023. Cópia arquivada em 30 de janeiro de 2023 
  27. a b c d e f «Hyacinth Macaw (Anodorhynchus hyacinthinus): BirdLife species factsheet». BirdLife International. Consultado em 19 de setembro de 2013. Cópia arquivada em 22 de junho de 2011  – via ARKive
  28. «Nonnatives - Hyacinth Macaw». Arquivado do original em 1 de junho de 2011 
  29. «Área Natural de Manejo Integrado San Matías» (em espanhol). Serviço Nacional de Áreas Protegidas, Governo da Bolívia. 2018. Consultado em 31 de outubro de 2021. Cópia arquivada em 20 de abril de 2023 
  30. a b c Franco Berton, Eduardo (16 de maio de 2018). «Paraba azul: ¿podrá salvarse la población de esta ave emblemática de Bolivia?». Mongabay Latam (em espanhol). Environmental News. Consultado em 31 de outubro de 2021. Cópia arquivada em 20 de abril de 2023 
  31. a b c Collar, N. J.; Gonzaga, L. P.; Krabbe, N.; Madroño Nieto, A.; Naranjo, L. G.; Parker, T. A., III; Wege, D. C. (1992). «Hyacinth Macaw Anodorhynchus hyacinthinus» (PDF). Threatened Birds of the Americas. Washington DC: Smithsonian Institution Press. pp. 1–9. Cópia arquivada (PDF) em 15 de abril de 2023 
  32. a b c Pinto-Ledezma, Jesús N.; Sosa, Ronald; Paredes, Maya; García, Ivan; Villarroel Segarra, Daniel; Muyucundo, Steven; Rivero Mamani, Mary Laura (junho de 2011). «La Paraba Jacinta (Anodorhynchus hyacinthinus): Estado Poblacional y su Conservación en el Pantanal Boliviano» [The Hyacinth Macaw (Anodorhynchus hyacinthinus): Population Status and its Conservation in Bolivian Pantanal] (PDF). Kempffiana (em espanhol). 7 (1): 19–31. Consultado em 31 de outubro de 2021. Cópia arquivada (PDF) em 19 de abril de 2023 
  33. a b c d Pinto-Ledezma, Jesús N.; Sandoval, X. Vanessa; Pérez, Valkiria N.; Caballero, Thania J.; Mano, Katherine; Pinto Viveros, Marco A.; Sosa, Ronald (setembro de 2014). «Desarrollo de un modelo espacial explícito de hábitat para la paraba jacinta (Anodorhynchus hyacinthinus) en el Pantanal boliviano (Santa Cruz, Bolivia)» [A spatial explicit habitat model for the Hyacinth Macaw (Anodorhynchus hyacintinus) in the Bolivian Pantanal (Santa Cruz, Bolivia)]. Ecología en Bolivia (em espanhol). 49 (2). Consultado em 31 de outubro de 2021. Cópia arquivada em 19 de abril de 2023 
  34. «Macaw Psittacidae». National Geographic. 11 de novembro de 2010. Consultado em 24 de outubro de 2013. Cópia arquivada em 22 de abril de 2022 
  35. a b c d e «Hyacinth Macaw». World Wide Fund for Nature (WWF). Consultado em 19 de setembro de 2013. Arquivado do original em 4 de novembro de 2002 
  36. «The Real Macaw Endangered Tropical Jewels». Public Broadcasting Service. 26 de fevereiro de 2004. Consultado em 23 de dezembro de 2014. Cópia arquivada em 23 de abril de 2023 
  37. Bates, Henry Walter (1863). The naturalist on the River Amazons. 1. Londres: John Murray. p. 133 
  38. Darwin, Charles (1863). «An Appreciation: The Naturalist on the River Amazons by Henry Walter Bates». Natural History Review. iii. Consultado em 27 de março de 2013. Arquivado do original em 7 de junho de 2011 
  39. «The Hyacinth Macaw». Consultado em 14 de maio de 2023. Cópia arquivada em 15 de abril de 2023 
  40. «Imponderables: Macadamia Nuts». 14 de abril de 2005. Consultado em 14 de maio de 2023. Cópia arquivada em 15 de abril de 2023 
  41. Borsari, Andressa; Ottoni, Eduardo B. (2004). «Preliminary observations of tool use in captive hyacinth macaws (Anodorhynchus hyacinthinus. Animal Cognition. 8 (1): 48–52. PMID 15248094. doi:10.1007/s10071-004-0221-3 
  42. Guedes, Neiva Maria Robaldo; Toledo, Maria Cecília Barbosa; Fontoura, Fernanda Mussi; da Silva, Grace Ferreira; Donatelli, Reginaldo José (13 de setembro de 2022). «Growth model analysis of wild hyacinth macaw (Anodorhynchus hyacinthinus) nestlings based on long-term monitoring in the Brazilian Pantanal». Scientific Reports (em inglês) (1). 15382 páginas. ISSN 2045-2322. PMID 36100629. doi:10.1038/s41598-022-19677-5. Consultado em 13 de maio de 2023. Cópia arquivada em 1 de abril de 2023 
  43. Pizo, Marco A.; Donatti, Camila I.; Guedes, Neiva R.; Galetti, Mauro (2008). «Conservation Puzzle: Endangered Hyacinth Macaw Depends on Its Nest Predator for Reproduction» (PDF). Biological Conservation. 141 (3): 792–96. doi:10.1016/j.biocon.2007.12.023. Consultado em 23 de outubro de 2013 
  44. a b Brouwer, Meindert (21 de abril de 2004). «The hyacinth macaw makes a comeback». World Wide Fund for Nature (WWF). Consultado em 20 de julho de 2011 
  45. «Predator of the world's largest macaw key to its survival». Mongabay. 13 de março de 2008. Cópia arquivada em 4 de junho de 2009 
  46. a b Allgayer, M. C.; Guedes, N. M. R.; Chiminazzo, C.; Cziulik, M.; Weimer, T. A. (2009). «Clinical Pathology and Parasitologic Evaluation of Free Living Nestlings of the Hyacinth Macaw (Anodorhynchus hyacinthinus. Journal of Wildlife Diseases. 45 (4): 972–81. PMID 19901373. doi:10.7589/0090-3558-45.4.972Acessível livremente 
  47. Kuniy, A. A. (2006). «Handling technique to increase the hyacinth macaw population (Anodorhynchus hyacinthinus) (Lalham, 1720) – Report of an experience in Pantanal, Brazil». Brazilian Journal of Biology. 66 (1B): 381–82. PMID 16710531. doi:10.1590/S1519-69842006000200021Acessível livremente. Consultado em 14 de maio de 2023. Cópia arquivada em 3 de agosto de 2022 
  48. Kalhagen, Alyson. «Hyacinth Macaws |url=http://birds.about.com/od/breedsofbirds/p/hyacinths.htm |obra=Pet Birds |publicado=About.com |acessodata=28 de outubro de 2013 |arquivodata=29 de outubro de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20131029191920/http://birds.about.com/od/breedsofbirds/p/hyacinths.htm |» [ligação inativa] 
  49. Lennox, Angela M.; Harrison, Greg J. (2006). «The companion bird» (PDF). In: Harrison, G. J.; Lightfoot, T. L. Clinical Avian Medicine. 1. Palm Beach, Flórida: Spix Publishing. 35 páginas. Consultado em 14 de maio de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 28 de dezembro de 2014 
  50. «Arara-azul-grande precisa de uma companheira». Scientific American Brasil. 25 de julho de 2011. Consultado em 15 de abril de 2023. Anodorhynchus hyacinthinus ainda são encontradas nas florestas em três áreas do Brasil e pequenas partes da Bolívia. São protegidas pelo Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora – CITES, que proíbe sua venda, embora essa espécie continue sendo popular no comércio ilegal de animais de estimação. 
  51. «Appendices I, II and III». Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora. Consultado em 15 de abril de 2023. Cópia arquivada em 29 de dezembro de 2007 
  52. «Instrução Normativa MMA N.º 01, de 15 de abril de 2014» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 15 de abril de 2014. Cópia arquivada (PDF) em 26 de outubro de 2022 
  53. «The hyacinth macaw makes a comeback». World Wildlife Fund (WWF). 21 de abril de 2004. Consultado em 22 de outubro de 2021. Cópia arquivada em 15 de abril de 2023 
  54. Extinção Zero. Está é a nossa meta (PDF). Belém: Conservação Internacional - Brasil; Museu Paraense Emílio Goeldi; Secretaria do Estado de Meio Ambiente, Governo do Estado do Pará. 2007. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 2 de maio de 2022 
  55. Aleixo, Alexandre (2006). Oficina de Trabalho "Discussão e Elaboração da Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção do Estado do Pará (PDF). Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi; Conservação Internacional; Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (SECTAM). Consultado em 5 de maio de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 19 de junho de 2022 
  56. «Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna do Estado de Minas Gerais» (PDF). Conselho Estadual de Política Ambiental - COPAM. 30 de abril de 2010. Consultado em 2 de abril de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 21 de janeiro de 2022 
  57. «Lista Oficial das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção do Estado da Bahia.» (PDF). Secretaria do Meio Ambiente. Agosto de 2017. Consultado em 1 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 2 de abril de 2022 
  58. «Anodorhynchus hyacinthinus (Latham, 1862)». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 14 de maio de 2023 
  59. «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018 
  60. «Arara-azul». World Wide Fund for Nature (WWF). Consultado em 13 de maio de 2023. Cópia arquivada em 11 de maio de 2023 
  61. «BioBrasil and the Minnesota Zoo working to save Hyacinth Macaws». Minnesota Zoo. Consultado em 19 de setembro de 2013 

Ligações externas


Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre Arara-azul-grande:
Commons Categoria no Commons
Wikispecies Diretório no Wikispecies